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Car Culture Sessão da manhã

McLaren F1 GTR e P1 GTR se encontram na pista – e o resultado é simplesmente épico

O Salão de Genebra está se aproximando, e não há dúvida de que um dos carros mais esperados é o McLaren P1 GTR, que será exibido ao público pela primeira vez no evento suíço — mesmo que a gente já saiba algumas coisas sobre ele e tenha visto as fotos que a McLaren divulgou há alguns dias. Agora, para nos deixar babando ainda mais, os ingleses soltaram um vídeo do P1 GTR dividindo o asfalto com seu lendário antecessor, o F1 GTR. Prepare a pipoca para 90 segundos da mais pura pornografia automotiva!

Desta vez não vamos ficar enrolando, não. Vamos deixar a conversa para depois.

Dá para ver que a McLaren realmente se orgulha da linhagem curta, porém matadora, formada pelo F1 GTR e pelo P1 GTR. Não é para menos: o primeiro é a versão de pista de um carro que já era perfeito nas ruas — Gordon Murray, criador do F1, nem mesmo gostava da ideia de uma versão espartana e preparada para as pistas. Em sua visão, inspirada no Honda NSX, o McLaren F1 deveria ser um carro confortável e prático para uso nas ruas e um monstro nas pistas sem modificação alguma.

Não foi o que aconteceu: diversas equipes independentes, vendo potencial no McLaren F1 como carro de corrida, tentaram convencer Gordon Murray a desenvolver uma versão modificada para as pistas — em 1994 a FIA havia acabado de lançar a categoria BPR Global GT, que consistia em corridas de longa duração com versões modificadas de superesportivos como a Ferrari F40 e o Porsche 911 Turbo. Diante da possibilidade de dominar os rivais, a McLaren transformou o F1 em um carro de competição para a temporada de 1995.

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A BPR teve uma vida curta, durando só até 1996, e o F1 venceu as duas temporadas em que competiu. Era um carro mais leve graças à remoção de todos os itens de conforto, e por isso era mais ágil apesar da menor potência (as regras para homologação limitavam a potência dos carros de competição a 600 cv, e por isso o motor V12 BMW de 6,1 litros recebeu um restritor de ar nos coletores de admissão. Assim, o F1 GTR tinha pelo menos 27 cv a menos que a versão de rua. E um detalhe: o câmbio original (manual de seis marchas) foi mantido sem modificações em relação ao modelo de rua.

Outras modificações incluíam a instalação de uma gaila de proteção, freios de carbono-cerâmica e uma asa traseira ajustável — além de uma traseira mais longa no GTR “Long Tail”, que foi criado em 1997 e também tinha dianteira mais longa, asa traseira mais larga e para-lamas modificados para abrigar pneus maiores — tudo para combater novos e mais avançados rivais, como o Porsche 911 GT1 e o Mercedes-Benz CLK-GTR.

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Apesar de homenagear o McLaren F1 GTR #06R que competiu em Le Mans em 1995, com sua pintura amarela e verde, o P1 GTR tem uma abordagem completamente diferente: a McLaren não mediu esforços para torná-lo um carro ainda mais insano que o já velocíssimo P1 de rua e enfrentar, de igual para igual, a LaFerrari FXX K.

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Recapitulando: o motor V8 biturbo de 3,8 litros e o motor elétrico foram modificados para entregar, no total, 1000 cv — 84 cv a mais que os 916 da versão civil –; o conjunto aerodinâmico recebeu um splitter frontal maior, difusores traseiros mais avantajados e uma asa que brota da grade traseira; o interior ganhou bancos de competição, cintos de seis pontos e um volante inspirado nos carros de Fórmula 1, que concentra todos os comandos essenciais para o piloto; e os acabamentos e itens de conforto (que não fazem o carro andar mais rápido) foram eliminados.

Além disso, cada um que comprar um P1 GTR fará parte do GTR Driver Programme. Segundo Paul McKenzie, diretor do programa, os donos do P1 GTR aprenderão a aproveitar ao máximo a capacidade e o verdadeiro desempenho do carro em circuitos como Silverstone, no Reino Unido, o Circuito da Catalunha, na Espanha.

Agora, nos deem licença — vamos assitir ao vídeo mais umas cinco vezes.

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