Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Não, a Mercedes não vai usar motor BMW

Após especulações sobre o potencial de um acordo de fornecimento de motores entre a Mercedes-Benz e a BMW, um desmentido oficial foi emitido. Markus Schaefer, Diretor de Tecnologia e membro do Conselho de Administração do Grupo Mercedes-Benz, afirmou que a empresa não tem intenção de usar motores externos — especialmente de um concorrente direto como a BMW.
Os boatos sugeriam que as duas empresas alemãs estavam em negociações avançadas para que a Mercedes utilizasse o motor a gasolina 2.0 litros turboalimentado da BMW em modelos futuros, especialmente veículos compactos e versões híbridas plug-in do Classe C e Classe E. O objetivo era, segundo informações, reduzir os custos de desenvolvimento e garantir a conformidade com as futuras normas de emissões Euro 7.

“Não há verdade nisso. Desenvolvemos nossa própria família de motores modulares — FAME (Família de Motores Modulares) — que abrange todos os deslocamentos e já está em conformidade com as regulamentações UE7, China7 e EUA.” – disse Markus Schaefer, colocando fim na conversa.
Bom, como dissemos quando demos voz a este boato, o pior não seria um motor BMW num Mercedes-Benz. O pior é que hoje em dia, não faria diferença alguma. Qual a real diferença entre um dois litros turbo da Mercedes, BMW, Audi ou VW hoje em dia? Mas enfim, é isso: nada de motor BMW em Mercedes, pelo jeito. (MAO)
Novo Renault Megane E-Tech será um “Hot-Hatch”

A atualização do Mégane E-Tech tem sido um grande foco da Renault; o modelo foi lançado em 2022 como um dos primeiros carros elétricos da nova geração da marca, mas depois de algum sucesso inicial, houve uma “queda acentuada nas vendas do carro nos últimos 18 meses”.
As vendas caíram drasticamente em torno de 67% (para 10.082) na Europa no primeiro semestre de 2025 em comparação com o ano anterior. Por isso, a Renault está pronta para lançar uma versão topo de linha do Mégane E-Tech no próximo ano, como parte de uma reformulação radical de estilo que reposicionará o elétrico como um hatchback de alta performance. Talvez, até, uma volta da sigla R.S., de tanto sucesso no Megane quando era a gasolina.

Em discurso no Salão do Automóvel de Munique, o CEO da marca Renault, Fabrice Cambolive, confirmou que o Mégane E-Tech será reposicionado como “um hot-hatch”. OK, não espere exatamente isso; será um hatchback, sim, mas refreie seu cérebro de pensar em coisas de menos de 1 tonelada e motor nervoso do passado; o Megane elétrico atual mede 4,2 metros de comprimento e um metro e meio de altura, e pesa 1680 kg.
Não que o Megane R.S. fosse exatamente pequeno quando descontinuado em 2023: tinha 4,3 m de comprimento e 1,4 metro de altura, e pesava 1450 kg; tinha um 1,8 litro turbo que dava 300 cv na versão final “Ultime”.

O que esperar deste novo Megane elétrico esportivo? Bem, no topo da linha Renault esportiva hoje está o supercarro elétrico em cosplay de hatchback chamado 5 Turbo 3E, que tem 560 cv e custa preço de supercarro italiano; certamente não chegaremos a tanto. O E-tech hoje tem 220 cv, então algo em torno dos 350-400 cv daria performance do Megane RS Ultime. Um bom chute. Veremos! (MAO)
Yamaha dois-tempos, em 2026

Quem disse que não se pode mais comprar motocicletas com motor de dois tempos? Na linha brasileira 2026 da Yamaha, existem dois modelos com o motor que queima óleo junto com a gasolina, e tem potencialmente o dobro da potência de um quatro-tempos equivalente.
OK. São motos para fora-de-estrada, sem faróis, placas, piscas e tudo mais. Mas existem, e são uma lembrança gostosa de uma época que eficiência significava tão-somente mais potência em um motor mais leve e menor em tamanho.

A primeira Yamaha dois tempos 2025 do catálogo é a YZ250. A moto vem com o conhecido 2 tempos de 250 cm³ com o sistema YPVS (Yamaha Power Valve System) e arrefecimento líquido, alimentado aqui por um carburador Hitachi Astemo Keihin PWK38S de 38 mm. Sim, você ouviu certo, um carburador! A Yamaha não divulgou sua potência, mas estima-se algo na casa dos 45-50 cv. O que é muito, se você não notou; equivale a 200 cv/litro aspirado. A transmissão é de 5 marchas e os freios, tem discos de 270 mm na dianteira e 240 mm na traseira.

A moto vem equipada com suspensões KYB de longo curso, e é vendida somente na cor Icon Blue, com grafismos Yamaha Racing e rodas azuis. Este puro-sangue de alto desempenho não sai barato, claro: R$ 67.990.

O outro modelo é uma moto para crianças iniciantes no motocross: a YZ65. Vem com um monocilíndrico dois tempos também arrefecido à líquido, com YPYS e carburador, e, como diz o nome, 65 cm³. De novo a potência não é divulgada, mas nunca é menor que 15 cv nessas motos. O que dá um desempenho impressionante. A moto é como se fosse uma moto normal de cross, mas em escala para um menino de 10 anos; as rodas por exemplo são dianteira de 14 polegadas e roda traseira de 12 polegadas.

Mas de resto, é como as irmãs maiores: quadro de alumínio, suspensão KYB dianteira invertida e a traseira monochoque, e freios a disco modernos. O guidão ajustável permite que a moto acompanhe o crescimento do piloto. O preço sugerido é de R$ 43.990 (MAO)
Mercedes-AMG cogita um GT elétrico — mas ainda não sabe se vale a pena

A AMG já bateu o martelo: o sucessor do GT 4 portas será elétrico, estreia no ano que vem e inaugura a nova plataforma AMG.EA de 800 volts. Mas a grande dúvida na divisão é se o AMG GT de duas portas também deve ganhar uma versão a bateria. É claro que não.
Michael Schiebe, CEO da marca, foi direto ao ponto: “Emocionalmente, sim, deveríamos fazer. Mas precisamos saber se existe mercado suficiente para justificar o investimento.” Traduzindo: a AMG sabe que precisa fazer, mas também sabe que ninguém vai comprar.
Não seria a primeira vez que eles se arriscam nesse território. Em 2013, o SLS Electric Drive até fez barulho no Nürburgring, mas foi produzido em números ridículos e desapareceu sem sucessor. Agora, a conversa é outra: o GT elétrico serviria como vitrine tecnológica, um halo car para enfrentar o Maserati Granturismo Folgore, hoje o único superesportivo elétrico de duas portas em produção — e que ninguém lembra que existe, tanto que não vendeu 35 unidades na Itália e França somadas em 2024.

Enquanto isso, Porsche 911, Aston Martin Vantage e Ferrari Amalfi seguem fiéis à combustão. A própria AMG garante que o GT V8 a gasolina vai continuar firme na próxima década. Ou seja: a marca não tem pressa. E, no fim, a questão é menos a tecnologia — que eles já dominam — e mais a realidade: vale gastar milhões num carro que ninguém está pedindo, para um mercado que não existe? (Leo Contesini)
GR Yaris ganha pacote aerodinâmico assinado pela Gazoo Racing

A Toyota apresentou no Japão o Aero Performance Package para o GR Yaris, desenvolvido com feedback direto de pilotos das categorias Super Taikyu e All Japan Rally. O kit chega às concessionárias japonesas em 1º de outubro e transforma o hot hatch em algo ainda mais próximo de um carro de competição.

São seis modificações principais: capô de alumínio ventilado inspirado no GRMN, splitter dianteiro para reduzir o lift, dutos nos para-lamas dianteiros para melhorar a resposta da frente em frenagens fortes, cobertura plana do tanque para otimizar o fluxo por baixo do carro, novas saídas de ar no para-choque traseiro e, claro, a peça que rouba a cena — um aerofólio traseiro ajustável.

Debaixo do capô, nada muda: o 1.6 turbo de três cilindros segue entregando 300 cv e 40,8 mkgf, com câmbio manual de seis marchas ou automático de oito, sempre ligado ao sistema GR-Four de tração integral. Na versão RZ High Performance, há ainda diferenciais Torsen e rodas forjadas BBS.

No Japão, o pacote adiciona cerca de ¥495.000 (US$ 3.370) ao preço do GR Yaris. Isso coloca o hot hatch entre ¥4.000.000 (US$ 27.500) e ¥5.820.000 (US$ 39.500). A Toyota já mostrou o kit na Europa, então a expectativa é que ele chegue também a outros mercados. (Leo Contesini)