Era final de março do ano de 2013 quando a hora da verdade chegou: será que, no final das contas (e que “belas” contas), tanto tempo e esforço iriam realmente valer a pena?
Nos dias que antecederam a primeira partida, fiquei mais presente na oficina (leia-se “todo dia chegava lá cedo e ficava a manhã inteira enchendo o saco do pessoal”). O processo todo da montagem do motor no carro levou três dias.
Enquanto isso, aproveitei que estava por lá e revisei algumas coisas que estavam ao meu alcance, como iluminação e o interruptor de temperatura da ventoinha, que já havia pedido a um amigo que trouxesse dos EUA assim que o identifiquei quebrado.
Enquanto isso, o pessoal ia colocando o motor no lugar. Fios, mangueiras, suportes, conectores, parafusos… era realmente muita coisa, mas tudo ia se encaixando no lugar sem muito esforço.
No dia anterior à partida, fui incumbido da missão de comprar o óleo do motor. Uma breve pesquisa no manual e vi que, apesar de ser um motor tão singular, não demandaria tanta frescura nesse aspecto: um bom e velho 20W50 iria servir.
E eis que dia 28 de março, eu escuto isso pela primeira vez.
Infelizmente não foi a primeira partida (eles já haviam testado o carro pouco antes de eu chegar), mas foi a minha primeira partida (e sim, eu acelerei o carro frio, me desculpem). Mesmo com o motor falhando absurdamente e faltando metade do escapamento, o prazer de bater na chave e ouvir aquele barulho era incomensurável. Quem estava presente na hora disse que há tempos não viam olhos brilhando como os meus.
Como logicamente nem tudo poderia ser perfeito, ao engatar alguma marcha no câmbio automático, o carro não andou. Felizmente, bastou trocar filtro e óleo do câmbio pra que a tração nas rodas traseiras pudesse surgir.
Mas o funcionamento do motor ainda não estava liso. Andando nas quadras próximas à oficina, o carro não desenvolvia e apagava freqüentemente. Várias teorias foram testadas e vários outros testes foram feitos. Até que, na saída pra um deles, isso acontece.
Logicamente, depois dessa, não seria o mínimo prudente dar outra partida sem verificar o que tinha acontecido. A atenção saiu da injeção e voltou ao motor. E toda aquela euforia se derretia e descia pelo ralo em questão de segundos.
O carro ficou onde estava, na companhia de alguns outros pacientes ilustres. O motor seria desmontado pra ver o que realmente tinha acontecido, o que ocorreria nos próximos dias. E naturalmente, será contado no próximo post. Até lá!
Por Sherman Vito, Project Cars #61