No começo deste mês (3), o museu e centro de hospedagem automotiva Box54, localizado na região de Araçariguama, interior de SP, foi tomado por uma pequena invasão britânica. Quase 100 modelos de Mini, entre os clássicos da Austin, Morris e Rover, com 1,3 litro ou menos, e os das três modernas gerações da releitura sob gestão da BMW, se reuniram no encontro dos clubes Mini Club Brasil e Mini Club SP – com participações ilustres do MG Club do Brasil (não perca o lindo MG B vermelho na galeria!) e de antigomobilistas independentes.
Entre os antigos, merece nosso destaque a dupla de raríssimos Mini Countryman (o estilo woodie é original de fábrica!) e Morris Mini Van de primeira geração (dá até pra imaginar uma destas servindo a equipe de suporte do rali de Monte Carlo, não?); bem como o Mini preparado de Joel Medeiros, com cabeçote de alumínio, comando bravo, escapes e suspensão dimensionados, rodas John Brown Superlight de tala larga, para-lamas alargados e faróis auxiliares. Para a gente, este foi o exemplar que mais salientou a alma de carro de rali inerente aos Mini clássicos.
Com baixo centro de gravidade, balanços e entre-eixos curtíssimos, peso-pena e uma dinâmica cortante, os Mini fizeram muito estrago não só nos ralis como também nas provas de turismo, fazendo muito Ford Mustang, Falcon e Lotus Cortina passar calor na década de 1960.
Já entre os modernos, o espaço foi dominado pelas duas últimas gerações do hot hatch – R56 e F56 –, em todas as configurações de carroceria: hatch, Cabrio, Roadster, Coupé, Paceman (o hatch bombado), Countryman (o “SUV”) e Clubman (o Mini Cooper esticado e com portas tipo barn door). O grande barato de vê-los todos juntos é ter uma espécie de catálogo visual sobre tudo o que pode ser feito em termos de personalização em um Mini Cooper: capas de espelho, pinturas de teto, adesivos, grades, rodas, emblemas, faróis auxiliares, forrações, bocais de tanque, lips, saias, asas e extratores – incluindo peças da finada categoria Mini Challenge.
Da mesma forma que ocorre com as Harley Davidson, são tantas opções que é raro ver dois iguais ou um Mini equipado com itens aftermarket – é claro, vamos excluir desta frase as peças de preparação, dos clássicos módulos JB4 da Burger Motorsports, sistemas de cold air intake a upgrades de turbina.
Neste clima de celebração, a Mini não perdeu a oportunidade de comparecer oficialmente ao evento e expôs o seu mais novo lançamento: o Mini Cabrio em sua nova geração F56 (a terceira desta nova fase, sob gestão da BMW), que chegou há menos de um mês em versão única, a S, por R$ 164.900. Com motor B48 2.0 turbo TwinPower de 192 cv a 6.000 rpm e 28,5 mkgf de torque a 1.250 rpm, ele acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 s, com máxima de 228 km/h. O exemplar exposto ostentava o típico union jack estampado no tecido da capota.
Sem mais delongas, acelere com a gente em uma overdose de mais de 100 fotografias do Mini Day. Não esqueça de clicar nas fotos para ampliar!