Olá amigos! Me chamo Gustavo, e vou contar um pouco sobre o projeto MothaFocus. Sempre fui fã de rallyes e principalmente do Colin McRae, meu ídolo de sempre. Desde que comecei a acompanhar o WRC, lá no começo dos anos 90, passei a adorar os carros de Grupo A e WRCars, e admirava o estilo de pilotagem alucinado e agressivo do McRae. É um dos raros casos em que um piloto e um carro formam uma imagem indissolúvel! Pensar em McRae vinculado à Subaru (com o clássico 555) é uma coisa automática.
Desde então, formei minha lista dos sonhos (ah Mega-Sena…) composta por carros como Lancia Delta Integrale Evo2, Ford Escort RS Cosworth, Subaru Impreza 22b, Toyota Celica GT-Four, Mitsubishi Lancer Evo V, e da geração mais nova, Ford Focus, todos em trajes de rally!
A história do meu Focus começou em 2007. Tenho um Passat Pointer (foto acima) desde 1998 – meu xodó – e no início de 2007 eu estava noivo, e tinha um Ford Mondeo e um Gol GT que tinha acabado de restaurar. Para levantar grana para o casório, pensava em vender o Mondeo e usar o GT no dia a dia, inclusive para viagens a trabalho. Porém, a desequilibrada da noiva começou a insinuar uma venda do Passat (o quê?!?! NO WAY!!!), e esse era o assunto em todas as conversas. Todas.
Decidi, então, que daria um basta nisso: vendi a noiva! E não tenho saudades dela, antes que alguém pergunte!
Vendi então o Mondeo e o GT, e fui atrás de um dos “dream cars” do WRC, logicamente em versões civilizadas e pacatas do nosso mercado. As opções eram Subaru Impreza e Ford Focus, modelos que foram pilotados pelo ídolo McRae. Como já havia diversos Subaru, de todos os tipos e níveis de preparação no País, senti que meu lado “sangue azul” de admiração pelos Ford estava me levando para a segunda opção, que seria mais exclusiva e interessante de desenvolver. Parti então em busca de um Focus azul ou branco, este último quase impossível de ser encontrado nesta primeira geração. Até que um dia, a sorte sorriu: encontro um branco como queria, na loja onde um amigo trabalhava. Não bastando a vontade, me fizeram um super desconto – abracei o negócio na hora!
Da concessionária, o carro permaneceu original por… dez quilômetros. Foi a distância até a loja de outro amigo, onde montei rodas TSW e molas Eibach, setas brancas, ponteira de escape, troca da película dos vidros, e ali já perdeu a cara de morto e de tiozão – compare as fotos!
Mas isso era só um pixel do iceberg. Desde então, estou vivendo o desafio de montar um carro sem nada de opções de performance disponíveis no nosso mercado. Agora, depois de quase quatro anos desde o início da preparação, está quase como eu sonhei. Como este tipo de carro NUNCA está pronto, ainda planejo outros upgrades no futuro – alguns bastante radicais. Nas próximas etapas vou detalhar tudo o que já foi feito e o que ainda farei. Para dar mais água na boca, veja como ele está hoje…
…e pegue uma carona comigo na Subida da Montanha de Campo Largo, que rolou no fim do ano passado (a foto de abertura é da largada). Meu melhor tempo foi 3:01,53, me garantindo a vitória na minha categoria (Pro Mod) e a quarta colocação na geral.
Um grande abraço a todos, e “If in doubt, FLAT OUT”!
Por Gustavo Loeffler, Project Cars #43