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Zero a 300

Moto GWM de 8 cilindros | 50 anos de GTI | Mercedes revê estratégia de elétricos e mais!

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VW comemora 50 anos do GTI com nova variante do Golf

Os alemães, se você nunca notou, jogam um jogo de imitação; cada um deles mantem uma lupa em cima dos vizinhos, e se a Mercedes lança um cupê de quatro portas diferentão hoje, amanhã um BMW parecido aparece, e depois de amanhã um Audi também; espere mais um tempinho e um VW similar aparece, ligeiramente mais barato.

Então não é espantoso notar que a submarca ID, de carros elétricos VW, pode estar com seus dias contados. Afinal de contas, a Mercedes já anunciou que abandonará a sua EQ similar, então, agora é errado agora ter submarca elétrica. BMW i, você é a próxima.

Este processo parece ter começado via os GTX; se vocês se lembram, GTX é a sigla equivalente ao GTI na submarca ID. A próxima geração de VWs elétricos esportivos usará os mesmos emblemas GTI e R que têm sido usados há décadas nos carros com motor a gasolina da marca. Diz o CEO Herr Thomas Schäfer à Autocar: “GTX é a marca de desempenho da [plataforma] MEB, mas voltaremos ao GTI e R nos próximos produtos daqui para frente”.

É algo lógico: a sigla GTI é bem mais forte, e está fazendo 50 anos em 2024. Este ano é de comemorar e expandir a famosa sigla inaugurada no primeiro Golf esportivo, tantos anos atrás.

Herr Schäfer himself publicou em sua conta do LinkedIn recentemente um teaser de uma nova variante do Golf GTI que deve aparecer ainda este mês. A data de estreia está marcada para 31 de maio, durante as 24 Horas de Nurburgring.

O vídeo mostra o hot hatch cruzando a icônica pista de corrida, mas a Volkswagen pixelizou os detalhes mais sutis. Pelo que podemos perceber, a nova variante traz um para-choque dianteiro mais esportivo. O acento que sai da parte inferior é mais longo nesta versão, retrocedendo em direção aos para-lamas externos como presas inversas.

O local dá o tom do que pode ser este novo GTI; algo ainda mais focado em pista. Talvez um tempo surpreendente no famoso inferno verde? O nome pode ser algo como Clubsport 50 ou Edition 50.; desde o aniversário de 20 anos em 1994 a VW mostra versões assim regularmente.

O GTI Clubsport 45

O GTI hoje tem 241 cv; fica um pouco difícil posicionar uma nova versão extrema sem incomodar o seu irmão maior, o Golf R, que tem 315 cv (ou 333 cv em edições especiais). Tenho certeza de que alguém na VW sugeriu um Golf R com nome GTI e uns 10 cv a menos, e alguns equipamentos retirados (tração integral, por exemplo); coloque um nome evocativo dos 50 anos qualquer, e cobre o preço maior que o do Golf R; limite a série em uns 1000 carros et voilá.

Mas isso é só exercício de adivinhação de minha parte; saberemos mais deste novo GTI comemorativo em algumas semanas. (MAO)

 

GMW pode fazer motocicleta de oito cilindros

A Honda era o maior fabricante de motocicletas do mundo já há muito tempo no meio dos anos 1960; ainda assim, era vista com desdém pelos entusiastas e o público em geral, uma produtora de artigos baratos do oriente, e só. Em 1969, lançou a CB750: quatro cilindros em linha (coisa exótica então), mais desempenho e qualidade, a um preço menor que BMW, Triumph ou Ducati. Em poucos anos, a indústria europeia estava em frangalhos; só voltou tempos depois, vendendo “motos de luxo”, caras e exclusivas. A Honda tomou para si seu antigo mercado de volume, simplesmente.

Quando a Honda copiou (e melhorou) as motos europeias

Uma marca chinesa parece agora disposta a repetir essa história. O interessante é que é uma marca até hoje somente de automóveis: a GWM. Ela mesmo, que vende aqui os Haval e os Ora. Normalmente empresas começam com motos e migram para carros, como Triumph, BMW, Honda e Suzuki; a GMW pretende fazer o contrário.

O chefe de design da GWM, Andrew Dyson, disse durante uma conferência da empresa que destacou os planos da marca para o futuro, que a moto que planejam não será qualquer uma. É uma Touring no idioma da Honda Gold Wing, mas se a estabelecida marca tem seis cilindros contrapostos, a GMW terá, pasme, um oito cilindros na mesma configuração.

Alguns detalhes construtivos da nova moto já vazaram em registros de patente; deverá ser DOHC, arrefecido à líquido, e acoplado a uma transmissão automática tipo DCT. O motor apareceu também no salão de Pequim este ano, com o nome de “Souo H8”, e anunciado como “o único motor de motocicleta de oito cilindros no mundo”. Como a Honda Gold Wing tem pouco mais de 1,8 litros, pode-se imaginar dois litros ou mais para a moto chinesa.

Pode se imaginar também uma custom derivada dela, como foi a Honda Valkyrie. Lembre que a BMW também será atingida: sua K1600 tem hoje seis cilindros em linha e 1,6 litro. Um desafio a uma categoria estagnada, que é definitivamente sensacional. E nem vou mencionar que um motor desses ficaria sensacional em Fuscas e derivados. Ops! Já mencionei. Será que a GWM vende só o motor sem a moto?

E já que estamos neste assunto de flat-8 em Fusca, uma dica para a dona GWM. Existe uma marca europeia deitada em berço esplêndido esperando que alguém lhe puxe o tapete. Se você fizer outro oito contraposto maior, aspirado, e pendurar ele atrás do eixo traseiro de um cupê 2+2 com cara de Ora Funky Cat… (MAO)

 

Mercedes-Benz cancela nova plataforma para carros elétricos

EQS de segunda geração; cancelado

De acordo com uma reportagem da inglesa Autocar, a Mercedes-Benz deverá reduzir drasticamente o seu investimento no desenvolvimento de plataformas de veículos elétricos. Não vai avançar com os planos para uma nova arquitetura MB.EA Large. A nova plataforma, prevista para ser lançada em 2028, deveria ser a base para os sucessores dos EQE e EQS existentes.

A decisão de cancelar o projeto foi tomada devido às vendas fracas dos modelos EQE e EQS existentes, segundo as fontes da Autocar. O cancelamento impede um gasto estimado de entre 4 e 6 bilhões de euros.

A plataforma atual permanece então, sendo desenvolvida, mas sem o vultuoso investimento antes planejado. A decisão de cancelar os planos para a plataforma MB.EA Large faz parte de um “realinhamento mais amplo das futuras atividades de desenvolvimento da Mercedes-Benz”.

O fabricante adiou recentemente sua meta de atingir uma participação de 50% de EV (veículos elétricos e híbridos plug-in) nas vendas em 2025, adiando os planos para 2030. Também reverteu os planos de vender apenas carros elétricos a partir de 2030; agora diz que o fará apenas “em mercados onde as condições permitirem”.

Isto deve significar que os próximos Classe S de sétima geração, GLE SUV de quarta geração, GLE Coupé de terceira geração e GLS de terceira geração sejam todos modelos a combustão, híbridos com capacidade de carregamento externo plug-in, com base em uma versão atualizada da plataforma MRA atual. Eles devem então ser vendidos junto com seus equivalentes elétricos baseados na plataforma EVA2 atualizada. Ou seja: não desistiu completamente dos elétricos, mas está segurando investimentos para ver onde toda esta história vai dar. Algo que cada vez mais parece impossível de prever. (MAO)

 

Porsche 911 Híbrido chega em duas semanas

Pois é… nem o Porsche 911 escapou de receber um motor elétrico para dar uma força no desempenho enquanto controla as emissões para agradar os legisladores europeus. Segundo a própria fabricante, o 911 híbrido chega no próximo dia 28 de maio, daqui a exatos 14 dias.

Nós já vimos o que a Porsche é capaz de fazer esportivamente com um powertrain híbrido no 918 Spyder, e também conhecemos muito bem o que o 911 é capaz de fazer em Nürburgring, então dificilmente alguém irá rejeitar completamente um Porsche 911 híbrido.

A Porsche ainda não confirmou o posicionamento do 911 híbrido, mas disse que ele baixou o tempo da “versão correspondente de seu antecessor” em 8,7 segundos e disse que ele vira Nürburgring Nordschleife em 7:16,934. Isso significa que a Porsche o comparou ao 992 GTS 4, que virou o circuito em 7:25,632.

Ou seja: a Porsche deverá substituir o 992 GTS 4 pelo modelo híbrido ou então dará um jeito de encaixá-lo entre o GTS 4 e o Turbo básico — não por acaso há uma brecha de 100 cv na linha entre estes dois modelos, o que indica que o 911 híbrido pode se meter ali, com cerca de 500-530 cv de potência combinada.

A Porsche ainda diz que rodou mais de 4.500.000 km pelos engenheiros e pilotos durante os testes e desenvolvimento deste modelo, passando pelo círculo polar Ártico, pelos desertos de Dubai e também em cenários de trânsito intenso tipo “para-e-anda”.

Infelizmente, isso é tudo o que a Porsche revelou sobre o modelo, por ora. Os detalhes completos serão revelados somente daqui a duas semanas, em 28 de maio. Considerando o histórico híbrido e o que já foi apresentado, será difícil criticar a hibridização do 911. (Leo Contesini)

 

Ferrari descarta downsizing do motor V12

Mais um dia de contrastes no Zero a 300: ontem vimos a Mercedes desfazendo a desfaçatez com o ronco do C63 em contraste com a Lamborghini transformando seu V12 em coisa de audiófilo. Hoje, temos o 911 se tornando um híbrido, enquanto a Ferrari reafirma que não tem planos de turbinar seu motor V12.

Segundo o chefe de desenvolvimento da Ferrari, Gianmaria Fulgenzi, o motor V12 turbo é algo em que ele não pensa. Em entrevista à revista Autocar, ele disse que a Ferrari usa turbos quando precisa manter a potência e diminuir o motor. Mas o V12 aspirado usado na 12Cilindri não encolheu, mantendo seus 6,5 litros de deslocamento e chegando aos 830 cv.

A Ferrari também investiu uma quantia macarrônica de dinheiro para fazer este V12 adequado ao protocolo de emissões Euro6 sem comprometer o desempenho. “O V12 é natural”, disse Fulgenzi. “É algo que traz emoção, barulho e aceleração desde as rotações mais baixas até as mais altas. É esse o produto que queremos entregar”, completou.

Apesar de ser basicamente o mesmo V12 da 812 Competizione, essa atualização para a 12Cilindri é capaz de modificar a curva de torque na terceira e quarta marchas com um sistema chamado “Adaptative Torque Shaping” (algo como “Modelagem Adaptativa de Torque”).

O discurso da Ferrari é um alívio aos fãs de supercarros, mas note que ele fala mais sobre o presente que sobre o futuro. Até 2035, o ano em que os europeus decidiram se livrar dos motores queimadores de petróleo, a Ferrari deverá ter mais duas sucessoras para a 12Cilindri. Com as normas cada vez mais restritas, é difícil imaginar a solução aspirada da Ferrari para elas.  (Leo Contesini)