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Motores da F1 vão roncar mais alto e usar menos eletrificação
Nesta última terça-feira (31), a FIA e a F1 anunciaram as novas diretrizes para o regulamento das unidades motrizes (o novo termo técnico para “motor”). Elas visam atender as duas principais demandas das equipes e do público nos últimos anos: ronco de motor e custos mais baixos.
Eles continuarão usando turbo, ainda terão deslocamento de 1,6 litro, layout em V de seis cilindros e uma unidade elétrica auxiliar, mas haverá algumas modificações no conjunto atual para atingir os objetivos desejados (e necessários). O regulamento técnico será divulgado na íntegra somente em 2018, porém as medidas já foram reveladas.
A primeira, e talvez mais importante, é que os motores terão limite de giros 3.000 rpm mais alto, o que significa que eles poderão chegar a 18.000 rpm. Como o limite de motores por temporada deverá ser mantido, na prática as equipes deverão adotar um limite um pouco mais baixo, como já acontece hoje, com os motores chegando pouco abaixo de 14.000 rpm. Acho que podemos esperar algo na casa das 16.000 rpm — o que já deve melhorar significativamente o ronco.
O MGU-H, que é a unidade elétrica que recupera energia dos gases do escape para manter o eixo da turbina girando nas desacelerações (e assim matar o lag) será removido. O MGU-K (o antigo KERS) será mantido, porém com ativação manual pelo piloto, e terá opção de guardar a energia armazenada por quanto tempo o piloto achar necessário, tornando-se um elemento de estratégia de corrida. A sobrealimentação do V6 continuará com um único turbo (algo que, em nossa opinião, deveria ter mudado — V6 biturbo é um layout mais convencional na indústria automotiva e era o que ajudava os carros turbo dos anos 1980 a roncar alto), e os controles eletrônicos e baterias serão padronizados para todas as equipes. Por último, a categoria pretende usar mais componentes padronizados, de forma que a substituição seja mais barata e facilitada, o que ajuda na redução de custos.
Essa redução é fundamental para que a Fórmula 1 atraia novos fabricantes de motores. Porsche, Aston Martin e Cosworth já se mostraram interessadas, porém o ingresso das três fabricantes dependeria da redução de custos. Esperamos que elas sejam suficientes para que os três fabricantes decidam entrar na briga. Se Mercedes, Renault, Honda e Ferrari continuarem na parada, a entrada das três novas resultaria em sete fornecedores diferentes de motores — algo que não acontece desde 2006, quando Toyota, Honda, BMW, Mercedes, Ferrari, Cosworth e Renault estavam no páreo. Será que veremos uma F1 como aquela?
Jeep revela nova geração do Wrangler
Depois de meses de flagras, mas milagrosamente nenhum teaser, a Jeep finalmente revelou as primeiras imagens da nova geração do Wrangler. Ele é exatamente como o antigo, e adotou apenas alguns elementos de design para torná-lo mais moderno, como mostram as únicas três imagens que a Jeep divulgou.
Os modelos apresentados foram o Unlimited Sahara, com quatro portas e teto de aço, e o Rubicon duas-portas, apresentado com portas e capota removidas, e para-brisa rebatido — que também revela a nova gaiola integral do modelo. As principais mudanças foram os faróis, mais trabalhados e com LEDs, também usados nas DRL integradas aos para-lamas, um capô mais arredondado, a grade mais reclinada e os para-choques remodelados.
Infelizmente a Jeep não revelou detalhes técnicos do modelo — isso só irá acontecer daqui a um mês, quando ele for apresentado no Salão de Los Angeles, em 29 de novembro. O que se sabe até agora, é que ele deverá adotar um motor 2.0 turbo de quatro cilindros e mais alumínio em sua carroceria. Viu só como se mantém um clássico vivo, Land Rover?
“The Grand Tour” estreia nova temporada em 8 de dezembro
Depois de um acidente de moto, um capotamento de carro elétrico, e uma temporada no hospital com uma pneumonia quase fatal, o trio de “The Grand Tour” finalmente concluiu as gravações da nova temporada do programa e, com isso, já tem uma data de estreia: 8 de dezembro.
A Amazon acaba de lançar o novo trailer da temporada, embalado pela clássica “Live and Let Die” de Paul McCartney e sua banda dos anos 70, os Wings.
Desta vez o programa abandonou o formato itinerante de sua tenda, que agora passa a ser fixa em Cotswolds, no Reino Unido e não há nenhuma referência ao acidente de Richard Hammond, mas o Rimac Concept:One aparece em vários momentos do vídeo. Também é possível ver um desafio feito com um trio de Jaguar do início da década passada, uma viagem através de Moçambique feita com uma perua Mercedes S123, uma picape Toyota Hilux e uma moto (provavelmente aquela moto com a qual Hammond se acidentou há alguns meses), o segmento do Bugatti Chiron e vários off-roaders levantando poeira, lama e saltando na terra.
Suspensão de CNH por pontuação aumenta para seis meses
Se você tem CNH registrada em São Paulo, dê uma olhada nessa notícia: a partir deste mês, os motoristas que atingirem 20 pontos de infrações, ficarão com a CNH suspensa por, no mínimo, seis meses em vez de apenas 30 dias como era até 31 de outubro. O tempo máximo de suspensão continua sendo de 12 meses.
A mudança de prazos na suspensão foi estabelecida em novembro de 2016 por uma lei federal, mas somente agora foi adotada pelo Detran de São Paulo. Caso o motorista seja reincidente, o tempo mínimo sobe de seis para oito meses.
Motoristas paulistas que estourarem 20 pontos em multas de trânsito perderão a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) agora pelo prazo de seis meses. A regra passa a valer a partir desta quarta-feira, 1º. Antes, o limite mínimo era de apenas um mês. O tempo máximo sem habilitação continua sendo de 12 meses.
Como observa o jornal “Estado de São Paulo”, a mudança nas regras aconteceu após a alta do número de motoristas suspensos no estado: somente neste ano 424.625 motoristas entregaram sua CNH suspensa por pontuação — 12,5% a mais que no mesmo período do ano passado.
BMW passa a oferecer componentes M Performance no Brasil
Ontem mesmo falamos sobre o pacote M Performance para o novo M5, e agora a BMW divulgou o início da venda dos componentes de sua divisão esportiva no Brasil.
Os acessórios estão disponíveis para o M3 e M4, e vão desde a grade frontal preta, de R$ 2.461, ao volante M Performance com rev/shift lights de R$ 14.066. No meio disso, a marca oferece capas de retrovisores de fibra de carbono (R$ 6.826), spoiler traseiro de fibra de carbono (R$ 5.388), tapetes de R$ 1.496, Drive Analyser (data logger) de R$ 2.589 e um sistema de escape M Performance, de R$ 10.465, além de grades dos respiros do para-lamas em preto (R$ 1.231), splitter de fibra de carbono (R$ 5.585) e acabamento da grade no mesmo material.
No total se equipado com todos os itens possíveis, o M3/M4 terá seu preço aumentado em R$ 50.107.