FlatOut!
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Zero a 300

Mustang é o esportivo mais vendido no Brasil, próximo Nissan GT-R quer ser o esportivo mais rápido do mundo, Villeneuve diz que Williams “já era” e mais!

Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Mustang é o esportivo mais vendido no Brasil

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Depois de conquistar a liderança dos esportivos nos EUA e na Europa, o Mustang também está repetindo seu desempenho no Brasil. O modelo começou a ser vendido há apenas quatro meses, mas já assumiu a liderança do segmento segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave.

Na verdade, o muscle car da Ford assumiu a dianteira logo em seu primeiro mês de vendas, o que comprova a noção de que a marca estava perdendo tempo ao não oferecer o carro oficialmente no Brasil enquanto o Camaro era popular a ponto de se tornar tema de música. Desde o início das vendas o Mustang já soma 628 unidades vendidas em 2018, número 6,6 vezes maior que o segundo esportivo mais vendido, o Porsche 911, que teve 95 exemplares vendidos de janeiro a junho. E vale lembrar que as vendas do Mustang começaram somente em abril.

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Enquanto isso, o Camaro, seu principal rival há 50 anos, vendeu apenas 17 unidades em 2018, e dificilmente irá chegar perto do desempenho de 2017, quando vendeu 90 unidades. O desempenho do Chevy em 2018 é quase 37 vezes menor que o do Mustang.

A situação do Camaro, na verdade, é tão crítica que ele corre o risco de ser alcançado pelo Corvette, que sequer tem importação oficial para o Brasil. Desde janeiro já foram vendidos 14 Corvette, apenas três unidades a menos que o Camaro. Em maio, por exemplo, o Corvette chegou a ser mais vendido que o Camaro, pois o muscle car não vendeu nenhuma unidade enquanto o Vette teve 3 unidades emplacadas.

Por outro lado, o Mustang tem a seu favor o fator novidade. O carro foi reestilizado em 2017 e logo chegou ao Brasil com sua cara nova, enquanto o Camaro mantém a mesma identidade visual desde 2010, embora tenha ganhado uma nova geração em 2016.

 

Nissan diz que próximo GT-R será o supercarro mais rápido do mundo

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Com 11 anos de estrada o Nissan GT-R já não tem mais a relação custo/desempenho matadora de quando foi lançado, em 2007. Desde então o Godzilla (o apelido, aliás, é outra coisa que está envelhecendo no carro) ficou mais caro, mais potente, mas já não supera seus rivais como fazia na virada desta década.

Para piorar a história, a Nissan tinha outras prioridades antes de renovar seu supercarro, o que atrasou a chegada da próxima geração para 2020 ou 2021. Enquanto isso o carro vai sobrevivendo, ainda com um desempenho razoável para seu segmento e com novas versões e até mesmo uma possível edição de aniversário de gosto controverso. Mas a demora ao menos poderá ser compensada por um desempenho inigualável. Ao menos é o que promete o chefe de design da Nissan, Alfonso Albaisa.

Em entrevista ao site britânico Autocar, Albaisa disse que o próximo GT-R não será em nada parecido com o GT-R50, e que o carro “precisa ser especial”, algo como “o superesportivo mais rápido do planeta”.

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O modelo ainda está em uma fase inicial de desenvolvimento, e embora já haja algumas propostas de estilo, é impossível definir como será o carro porque o powertrain e a plataforma ainda não estão definidos. Albaisa não mencionou se o carro será eletrificado ou não, mas é certo que ele terá alguma forma de eletrificação, afinal, estamos falando de um carro da década de 2020.

“Independentemente de usarmos muita eletricidade ou nenhuma eletricidade, podemos conseguir muita potência. Mas estamos fazendo uma nova ‘plataforma’ e nosso objetivo é claro: o GT-R precisa ser o carro mais rápido de sua espécie. Ele tem que dominar a pista, e tem que jogar o jogo do avanço tecnológico, mas isso não significa que ele precisa ser elétrico”, disse.

Apesar de não estar confirmado, é possível que o powertrain seja derivado do GT-R feito para as 24 Horas de Le Mans de 2016, uma evolução do desastroso GT-R LM Nismo de 2015 que acabou cancelado antes de chegar às pistas. O carro usava um V6 biturbo de três litros dianteiro e um motor elétrico no eixo traseiro.

Quanto ao visual, ele tentará manter o estilo musculoso como o do R35 para ser “imponente e excessivo como um animal”. “Não importa o que os outros supercarros estão fazendo. Ele tem que dizer ‘Sou um GT-R, sou um tijolo. Tente me pegar’. É o tijolo mais rápido do mundo. E quando avalio os esboços do novo carro, repito muito isso ‘menos asa, mais tijolo'”, completou.

 

Jaguar registra nome J-Type

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Os americanos do site AutoGuide descobriram que a Jaguar Land Rover registrou recentemente o nome J-Type na Europa. Embora a marca esteja reservada para praticamente todos os segmentos automobilísticos — desde um modelo de carro a planos de manutenção —, é provável que o nome acabe usado em um futuro esportivo de motor central-traseiro.

Como bem observou o site americano, o sufixo Type indica que o carro a ostentar o nome poderá ser um esportivo, mas não deverá ser o sucessor do F-Type. Há duas possibilidades, ambas podem ter sido antecipadas pelo designer-chefe Ian Callum e pelo chefe de estratégia de produto da Jaguar Land Rover, Hanno Kirner.

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A primeira foi mencionada por Callum há dois anos, durante uma entrevista à revista Road & Track: “Acho que temos permissão para quebrar o molde. Nosso F-Type, antes de ser o carro de produção que se tornou, era um conceito de motor central-traseiro. Nunca aconteceu. Teria sido diferente. Mas acho que temos permissão para fazer isso porque somos uma fabricante de esportivos.”

A segunda veio em maio, em uma entrevista de Callum e Kirner à revista Autocar publicada no final de maio deste ano. Na ocasião, Kirner disse que Callum estava trabalhando em um F-Type 2+2 e que o tipo de carroceria é importante para a Jag. Isso indica que a fabricante pode estar planejando um sucessor para o Jaguar XK, que foi cancelado em 2014 depois que o F-Type foi lançado.

Na entrevista à Autocar, Kirner também disse gostar da ideia de “uma arquitetura flexível que pode dar qualquer tipo de carro” à fabricante. É possível, portanto, que a Jaguar esteja planejando não um, mas dois modelos sobre sua próxima arquitetura modular, prevista para 2019. Um deles seria a segunda geração do F-Type, e o outro o sucessor do XK, talvez batizado… J-Type.

 

Mercedes poderá produzir novo Classe A Sedan no Brasil

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Na sexta-feira passada (13) vimos que a Mercedes confirmou a chegada do sedã da Classe A ao Brasil, tendo o modelo como um dos destaques da marca no Salão do Automóvel. O modelo seria trazido do México, onde será produzido também para abastecer o mercado americano, onde a Audi já vende o A3 Sedan desde seu lançamento. O que não sabíamos até agora, é que o modelo virá do México provisoriamente, pois poderá ser fabricado no Brasil.

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A notícia foi publicada pelo site Automotive Business, que entrevistou o gerente sênior de vendas da Mercedes no Brasil, Dirlei Dias. Segundo Dias, a produção do modelo por aqui o tornaria mais imune à volatilidade do dólar — que não afeta o Audi A3 Sedan, produzido no Paraná, de forma tão significativa quanto afetou o CLA. Além disso, com o lançamento do Rota 2030 as fabricantes agora encontram um cenário mais estável para investir no Brasil.

 

Jacques Villeneuve diz que a Williams “já era”

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Se a Williams parecia no fim da linha no início desta década, quando apostou nos motores Cosworth e Renault, as temporadas de 2014 e 2015 significaram a possível virada da equipe para os próximos anos. Foi quando a Williams Martini se tornou a terceira equipe da categoria, atrás apenas da Mercedes e da Ferrari, superando a até então dominante Red Bull Racing.

Contudo, o otimismo durou pouco. Veja a tabela desta temporada e você terá que descer até a última linha para encontrar a equipe de Sir Francis: com apenas quatro pontos conquistados pelo improvável oitavo lugar de Lance Stroll no Azerbaijão, a equipe amarga o último lugar no campeonato de construtores. Para tornar a situação ainda mais vexaminosa, Sergey Sirotkin é o único piloto do grid que não pontuou neste ano.

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E a situação não parece muito perto de melhorar, como analisou o ex-piloto da equipe e campeão da F1 de 1997, Jacques Villeneuve. Para o canadense, não há esperança para a Williams. Em entrevista à Autosport, Villeneuve foi questionado se a Williams poderia melhorar neste ano. A resposta foi curta e seca: “Não. A equipe está morta”.

“Não há gerência. Houve uma opção em 2013, de colocar o herdeiro ou a herdeira. E eles colocaram Claire em vez de Jonathan. Um grande erro, basta olhar onde a equipe está hoje”, disse Villeneuve. “É preciso admitir que você está ferrado. Não sei como eles irão se recuperar. Não vejo uma forma. Não ajuda em nada ter dois pilotos sem experiência. Não em uma equipe como esta”, completou.”

A equipe não respondeu às afirmações de Villeneuve, mas Claire Williams já mencionou que a equipe está em um processo de “identificação de seus pontos fracos” e que sua atual situação também é uma forma de “dar saltos maiores à frente”.