Supercarros são caros, exclusivos — o que, rendundantemente, significa que poucas pessoas têm condições de comprá-los. Isto não significa, porém, que os fabricantes esbanjem na hora de fabricá-los. Uma boa maneira de economizar uns trocados na hora de fabricar um supercarro (ou em veículos fora-de-série, como o Puma) é usar peças de carros bem mais populares e baratos. Quer ver só?
Callaway C12
O Callaway C12 é, na verdade, um kit disponibilizado pela Callaway para os donos de Chevrolet Corvette C5. As lanternas traseiras são do Chevrolet Tigra, o pequeno cupê baseado no Corsa.
Invicta S1
A Invicta foi uma fabricante britânica que ficou 70 anos inativa, até voltar com o S1, lançado em 2003. Talvez você não tenha ouvido falar nele, mas certamente conhece o VW Passat B5, que lhe cedeu as lanternas traseiras — espertamente viradas para parecerem peças inéditas.
SSC Ultimate Aero
O SSC Ultimate Aero foi fabricado entre 2006 e 2013, e já foi até rival do Bugatti Veyron pelo posto de carro de produção mais rápido do mundo. Será que os faróis de Ford Focus de primeira geração ajudaram nisso?
Jaguar XJ220
O XJ220 é mesmo impressionante: já foi o carro mais rápido do mundo, usava um motor V6 de carro de rali do Grupo B, e tinha… as lanternas do Rover 200 — que muita gente pensa ter vindo do Ford Escort de quinta geração.
Aston Martin Virage
O Virage em nada lembra os elegantes cupês que são vendidos pela Aston Martin hoje — nem de frente, nem de lado, e muito menos de traseira, com aquelas lanternas emprestadas do Volkswagen Scirocco de segunda geração — e que parecem muito com as do nosso velho conhecido, o Santana. Não o guitarrista, o carro.
Lamborghini Diablo e Nissan R390
O Nissan Fairlady/300ZX, emprestou os faróis para o especial de homologação da companhia para as 24 Horas de Le Mans de 1997 e 1998, o R390 GT1 e sua versão de rua. Em 1999, na Itália, os Lamborghini Diablo perdia os faróis escamoteáveis, que davam lugar às peças emprestadas dos Nissan.
Ford RS2000
O monstro do Grupo B não era exatamente um galã, mas era sensacional. A Ford se preocupou em fazê-lo rápido, e não tinha tempo para projetar uma lanterna traseira exclusiva. A solução foi usar as peças do Ford Sierra, ele próprio um dos carros mais legais da Ford europeia.
Lotus Esprit
O Lotus Esprit, que já não está entre nós há 10 anos, usou por alguns anos as lanternas traseiras de outro esportivo muito apreciado por nós, por vocês e por qualquer entusiasta que se preze: o Toyota AE86.
McLaren F1
A lenda. O maior supercarro de todos os tempos. O detentor do recorde de velocidade para carros de rua, atingindo os 391 km/h em Ehra-Lessien, com Andy Wallace ao volante. O supercarro que usa retrovisores de Volkswagen Corrado.
Noble M400
Antes do insano Noble M600, havia o Noble M400. E ele era tão insano que usava as lanternas do Hyundai Sonata de quarta geração, que estreou em 2001. Quem disse que a Hyundai não fabrica (ou ajuda a fabricar) supercarros?
Aston Martin DBS
Não eram apenas os Aston mais antigos que se aproveitavam das peças de carros de outras marcas não tão luxuosas. Em 2009, o DBS usava os retrovisores da perua Volvo V70 — e olha como eles pareciam estar em casa!
Ascari KZ1
A Ascari tem este nome em homenagem ao piloto Alberto Ascari, o primeiro piloto na história a vencer dois campeonatos de Fórmula 1, pilotando pela Ferrari. Mas parece que eles também gostam da Peugeot, pois seu supercarro KZ1 tem faróis de 206.
TVR Griffith 500
Pode não parecer, mas as lanternas do TVR Griffith 500 são, na verdade, as peças do Chevrolet Vectra A. Se você não achou parecida, talvez seja melhor olhar de cabeça para baixo. Viu? Tudo faz sentido agora.
Bônus: Puma GTB S1
A primeira série do Puma GTB pode não ser um supercarro, mas certamente é um clássico entre os esportivos fora-de-série nacionais. Além do motor 4.1 do Chevrolet Opala, outra peça emprestada eram as lanternas traseiras, que vinham do Alfa Romeo 2300 (o aniversariante da semana!) e eram invertidas na traseira do GTB.
Conhece mais algum exemplo? A caixa de comentários está aí para isto!