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Quatro cilindros, 400 cm³: Ninja ZX4-RR no Brasil
Aqueles de nós que sofremos de idade avançada (uma aflição, sem dúvida nenhuma, melhor que a outra opção) lembramos bem dela: a Honda CB400 Four. Por causa dela, quando a Honda começou a fabricar a nossa CB400 bicilíndrica foi até um anticlímax. Como não lembrar do som de quatro cilindros em linha e apenas 400 cm³? Soava, pelos 4×1 antissociais abertos da época, como um fugitivo de Spa-Francochamps. Ou do Isle of Man TT.
Pois bem, mais de 50 anos depois que essa moto aportou aqui, e 40 anos que a CB400 bicilíndrica tornou essa cilindrada popularíssima no Brasil, a quatro cilindros de 400 cilindradas está de volta ao Brasil. Não, não é uma Honda desta vez. É do time verde. Sim, a Kawasaki lançou a Ninja ZX4-RR no Brasil.

E o que é uma Ninja ZX4-RR? Uma versão ainda mais radical da ZX4-R, que existe desde 2023. Uma sensacional esportiva quatro-cilindros, em tamanho pequeno. É uma bomba de quatro cilindros numa categoria cheia de bicilíndricos. A Honda, hoje, nesta categoria oferece uma 300 cm³ monocilíndrica, e uma 500 cm³ bicilíndrica. Num só modelo, o Team Green trouxe algo melhor.
A moto parece, no papel, sensacional. O motor é extremamente superquadrado, aos 57 x 39,1 mm, e dá quase a cilindrada do nome exatamente: 399 cm³. A moto corta a, pasme, 16.000 rpm, e com taxa de 12.3:1 e quatro corpos de borboleta de 34 mm, fornece nada menos que 80 cv a 14.500 rpm, e 4 mkgf a 13.000 rpm. Sim, 200 cv/litro aspirados.
Uma embreagem slipper clutch, e um quickshifter bidirecional permite reduções e trocas de marcha sem embreagem. A eletrônica da 4RR apresenta quatro modos de pilotagem integrados: Sport, Road, Rain e Rider. Você pode personalizar as configurações de controle de tração, ou mesmo desativá-lo, se quiser. Attaboy!
Ajustabilidade é também o nome do jogo quando se fala em suspensão. O garfo Showa SFF-BP (Separate Function Fork-Big Piston) de 37 mm com ajuste de pré-carga da mola no lado esquerdo e ajuste de amortecimento de retorno/compressão no lado direito. O uso de uma articulação de amortecedor na parte superior do braço oscilante (em vez de na parte inferior) permite que o amortecedor traseiro Balance Free Rear Cushion (totalmente ajustável como o garfo) fique longe do motor, evitando o acúmulo de calor.
Por fim, dois discos de freio de 290 mm na dianteira são fixados por pinças de quatro pistões, com uma combinação de disco único de 220 mm/pinça de dois pistões na traseira, um sistema de freios além de qualquer outra moto da categoria.
A moto pesa 188 kg com todos os fluidos, e mede 1379 mm de entre-eixos; o banco está a 800 mm do chão. As rodas são de alumínio fundido de 17 polegadas com cinco raios, calçadas com pneus radiais Pirelli Diablo Corsa 3 (120/70-ZR17 na frente, 160/60-ZR17 atrás). Chega em junho a um preço de R$ 60.390 já com frete incluso; é bem mais cara que uma Hornet 500 (R$ 43.040), mas é aquele negócio: se você tem os meios, altamente recomendada. Tem tudo para se tornar algo lembrado com carinho no futuro, como a 400 Four. E não algo completamente esquecido, como é a norma. (MAO)
Fiat Titano renovada lançada no Brasil
A Titano, como sabemos, deriva de um projeto chinês em parceria com a Peugeot, que acabou, para aproveitar a maior rede por aqui, sendo lançada como um Fiat no Brasil. Mas sua produção no Uruguai, na fábrica da Nordex, e com o motor 2.2 BlueHDI, herança ainda da antiga PSA, limitavam a picape no concorrido segmento das picapes médias. Agora fabricada na Argentina e revista pela engenharia brasileira da Fiat, a picape reaparece renovada.

Agora vem equipada com o motor 2.2 Multijet, já presente na Ram Rampage e na Fiat Toro. São agora 200 cv e 45,9 mkgf de torque, ou 20 cv e 5,1 mkgf a mais que o motor antigo. Vem também com nova caixa de transferência da BorgWarner, com três opções de acoplamento: 2H (4×2 em “high”), 4Auto (4×4 com engate automático, que engata o diferencial dianteiro somente quando detecta perda de aderência na traseira) e 4L (4×4 com caixa de redução). Vem também com útil bloqueio do diferencial traseiro e assistência para descida de ladeiras.
A Fiat diz que resolveu a maior reclamação da antiga picape: a suspensão. Apesar de conceitualmente a mesma, a suspensão foi toda recalibrada e agora dá “mais conforto e estabilidade em terrenos irregulares, e a direção, que passa a ser elétrica, ampliando ainda mais o conforto em terrenos diversos e, principalmente, em manobras.”
A Fiat diz também que além do melhor desempenho, a nova motorização mais moderna trouxe mais economia de combustível também, uma melhoria de 16 a 17%. E isso, com desempenho bem melhor: o 0 a 100 km/h passa de 12,4 segundos para 9,9 segundos.
A linha 2026 da Titano começará a ser oferecida em pré-venda a partir de junho, com previsão das primeiras entregas em julho. Ficou mais cara: os preços começam em R$ 233.990 para a Titano Endurance com câmbio manual, e chagam em R$ 285.990 para a topo de linha Titano Ranch AT. (MAO)
Último V8 Jaguar sobrevive no Defender 2026
A Land Rover fez uma reestilização extremamente sutil no Defender para o ano-modelo 2026. O mais interessante é que o antigo V8 de 5 litros com supercharger não morre; vai conviver com o novo V-8 biturbo do Defender Octa, pelo menos por enquanto.
Este V-8 supercharged é agora um dos motores mais antigos do mercado. É na verdade uma versão do Jaguar AJ-V8, desenvolvido com a Ford quando esta comprou a Jaguar. A versão de 5,0 litros estreou em 2009 e, por um tempo, esteve disponível em muitos modelos da linha Jaguar Land Rover. Mas com a Jaguar encerrando a produção de carros a gasolina e com todos os modelos Range Rover migrando para um motor V-8 biturbo de 4,4 litros da BMW, o Defender provavelmente será o último carro a receber esse motor superalimentado.
O motor é conhecido por consumir quantidades prodigiosas de combustível, mas, com 525 cv, também tornar esse jipão enorme e automático tão rápido quanto um Lamborghini ou Porsche. O 0-100 km/h se dá em 5 segundos, e a velocidade máxima é limitada nos 240 km/h.
No geral, as mudanças para o Defender 2026 são bem pequenas. Um novo design dos faróis, faróis de neblina de série, lanternas traseiras fumê, acabamentos revisados, além de novas cores e designs de rodas. Por dentro, as coisas são praticamente as mesmas, exceto por uma tela de infoentretenimento de 13,1 polegadas no lugar da antiga unidade de 11,4 polegadas.
O Defender ganha a opção do sistema Adaptive Off-Road Cruise Control da Land Rover, que ajusta automaticamente a velocidade dependendo dos obstáculos. Isso, segundo a Land Rover, contribui para uma direção off-road “tranquila”.
Na Europa, o Defender 2026 já está à venda, e não deve demorar muito para chegar ao resto do mundo. O último motor Jaguar; quem puder, compre enquanto ainda existem. (MAO)
Alpine fará supercarro com motor a combustão
Na apresentação do enorme SUV-cupê elétrico A390 para a imprensa, o CEO da Renault, Luca De Meo, confirmou ao TopGear e a outras publicações que a Alpine fará um supercarro. Com lançamento previsto para 2028, seria um híbrido de 1.000 cv, com um motor V-6 turboalimentado nas rodas traseiras e um motor elétrico em cada roda dianteira.
Diz o chefe da Alpine, Philipe Krief: “Este carro tem três objetivos. Um é elevar a Alpine. É necessário esse tipo de carro, pois ele influencia toda a gama. Segundo, é ser um laboratório de inovação, para o supercarro em geral, para a Alpine e para todo o Grupo Renault. Terceiro, será um bom negócio.”
A divisão de competição da Alpine, a Alpine Hypertech, está desenvolvendo o trem de força do supercarro. A empresa, criada após a Renault encerrar seu programa de motores de Fórmula 1, também comanda o ataque da Alpine no Campeonato Mundial de Endurance da Alpine, entre outros programas avançados de engenharia da empresa. Krief também disse ao TopGear que o carro não se pareceria com o recente conceito Alpenglow, que aparece nas fotos desta nota.
É uma boa notícia, pois mostra que nem todo Alpine será 100% elétrico como se esperava, quando o substituto elétrico do A110 aparecer. E não será surpresa também se a empresa mudar de ideia, e manter o A110 a gasolina a venda por mais tempo, atualizado. Veremos! (MAO)
Rally Clássico São Paulo 2025: inscrições abertas para segunda etapa
O Campeonato Rally Clássico São Paulo, já abriu inscrições para a segunda prova de 2025, a ser realizada dia 28 de junho de 2025. O destino desta vez é o famoso Museu Roberto Lee, em Caçapava, no Vale do Paraíba paulista. Na chegada, como sempre, uma festa: encontro de carros antigos, food trucks e premiação. O trajeto, prometem os organizadores, está simplesmente sensacional.
A largada será em uma novíssima e moderna e recém-inaugurada unidade do Frango Assado na Rodovia Dutra, fora do trânsito de SP, e como sempre, com uma ótima estrutura para receber os participantes.
Criado por gente que gosta de colocar carro na estrada, e não ficar parado do lado deles somente o campeonato é realmente muito legal. É um campeonato, que terá várias provas durante o ano, troféu e premiação, e um campeão do torneio no fim. Tudo com supervisão da FASP – Federação de Automobilismo de São Paulo, e com premiação oficial, consagrando campeão paulista no final do ano.
O Rally não exige experiência tão pouco conhecimento sobre o assunto, basta um piloto e um navegador, e há categoria para a maioria dos carros, até ano 2015. Um ambiente tranquilo e divertidíssimo, e uma oportunidade para tirar o carro da garagem e pôr na estrada em um clima de competição amigável.
Este ano o pessoal, tentando popularizar o campeonato, baixou bastante o preço de admissão, para R$ 489 por prova. Os assinantes do plano Flatouter tem um desconto sensacional, e pagam R$400, ou, na primeira participação, R$ 350. Este desconto para a primeira participação é para incentivar quem nunca fez rali, experimentar! E quem já participa do rali, basicamente ganharia a assinatura anual de graça com esses descontos, e ainda sobra algum! Imperdível.
O FlatOut, como sempre, estará presente no evento. Nos vemos lá! (MAO)