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Norton está de volta, com a Manx R

A renomada marca britânica Norton, depois de uma história para lá de convoluta, está sob a direção da indiana TVS desde 2020. E, após cinco anos de investimento e desenvolvimento, está finalmente pronta para apresentar uma linha completa de motocicletas modernas.

Na EICMA 2025, a Norton revelou os primeiros quatro modelos de uma linha planejada de seis motos. A Manx é uma naked de 1200 cm³ com motor V4. A Manx R é uma superbike completa equipada com o mesmo motor. A Atlas é uma moto de aventura de 585 cm³ com motor bicilíndrico paralelo, basicamente uma versão do motor da nova BMW F 450 GS, que é da TVS. A Norton Atlas GT é uma versão mais voltada para o uso urbano da Atlas sem o GT.
A nova Norton Manx R 2026 é a primeira a ser lançada, e a única que tem seus detalhes revelados neste momento. É ambiciosa: vai competir com marcas como Ducati, BMW e as quatro grandes japonesas.

A TVS já investiu mais de 200 milhões de libras esterlinas em uma nova fábrica capaz de produzir 8.000 motos por ano, e está em processo de criação de uma rede de varejo com mais de 200 concessionárias no Reino Unido, EUA, Europa e Índia. A empresa tem operado desde a aquisição pela TVS, fabricando os antigos modelos Commando com motor bicilíndrico paralelo e um pequeno número das superbikes V4SV e das cafe racers V4CR, ambas baseadas no motor V4 de 1200 cm³ lançado em 2016 nas superbikes V4RR e V4SS.

Esse motor V4 é a base das novas Manx. A Norton, porém, o descreve como completamente novo, tamanha a extensão das atualizações que recebeu. Ainda é um V a 72°, e com os mesmos 1200 cm³, mas na Manx R ele entrega impressionantes 206 cv. Isso representa 21 cv a mais do que o V4SV conseguia, e para tornar isso ainda mais impressionante, o motor também terá homologação internacional, ao contrário das versões anteriores do V4, que eram vendidas sob as regras britânicas de aprovação individual de veículos, sem homologação normal.
Segundo a marca, o foco do motor é a usabilidade, e não potência máxima. Promete uma ampla faixa de desempenho entre 5.000 rpm e 10.000 rpm, com a potência máxima atingida a 11.500 rpm. O torque da Norton atinge 13,3 mkgf a 9.000 rpm. Assim como outras motos nessa categoria, a Manx R possui um alto nível de tecnologia para controlar esse desempenho, incluindo controle de tração e ABS em curvas, controle de empinada, controle de derrapagem, diversos modos de pilotagem, quickshifter com ajuste de rotação e controle de largada.

O quadro é todo novo, em alumínio fundido, com uma balança traseira monobraço, semelhante à da V4SV anterior. Ele é equipado com suspensão Marzocchi semi-ativa e controlada eletronicamente em ambas as extremidades, conectada à mesma unidade de medição inercial usada para o controle de tração e ABS, bem como os sensores de posição do acelerador e dos freios, permitindo monitorar e reagir constantemente à inclinação da moto.
A moto é equipada com componentes de alta qualidade, como as pinças de freio Brembo Hypure Monoblock, que atuam em discos de 330 mm, e rodas BST de fibra de carbono com pneus Pirelli Supercorsa SP V4, que contribuem para o peso reduzido de 204 kg da Manx R. Há também um enorme painel de instrumentos com tela sensível ao toque TFT de 8 polegadas e blocos de interruptores de alumínio no guidão. A tecnologia inclui a esperada conectividade Bluetooth total.

O Manx R será rapidamente seguido pelo Manx e pelos dois modelos Atlas, bem como por mais duas motos ainda não anunciadas, com as vendas previstas para começar no início de 2026. Sim, definitivamente, a Norton está de volta; e desta vez, parece que para ficar. (MAO)
O GP do Brasil 2025

Num fim de semana que viu um horrível acidente de Bortoleto na Sprint Race, (e outro, incrivelmente, no início da corrida), Lando Norris venceu o Grande Prêmio do Brasil. O resultado amplia sua vantagem sobre seu companheiro de equipe e rival no campeonato de 1 para 24 pontos.
O Grande Prêmio do Brasil começou com o caos, com Gabriel Bortoleto, bateu nas barreiras, encerrando seu fim de semana desastroso. Bortoleto comunicou pelo rádio que foi empurrado para fora da linha de corrida pelo Aston Martin de Lance Stroll. Enquanto Bortoleto batia, Lewis Hamilton caía na classificação, caindo da 13ª para a 18ª posição e sofrendo danos em uma colisão com Carlos Sainz.

Norris cruzou a linha de chegada pouco mais de 10 segundos à frente de Kimi Antonelli, que conquistou seu melhor resultado na carreira, segurando o atual campeão Max Verstappen. Este, liderava a corrida a menos de 20 voltas do final, tornou-se o oitavo piloto na história da Fórmula 1 a terminar a corrida no pódio depois de largar dos boxes.
George Russell conseguiu segurar Piastri nas voltas finais, mantendo o piloto que já liderou o campeonato a 10 pontos de distância neste fim de semana, após seu acidente e abandono na corrida sprint de sábado.
Na relargada, a seis voltas do final, Lando Norris teve uma largada limpa, enquanto seus rivais se enroscavam atrás dele. Charles Leclerc tentava ultrapassar Kimi Antonelli para assumir a segunda posição, mas teve que recuar para não ultrapassar antes da linha de chegada. Ao mesmo tempo, Oscar Piastri tentou ultrapassar Antonelli por dentro, travou as rodas para tentar evitar o contato com o piloto da Mercedes, mas não conseguiu e acabou atingindo Antonelli, que por sua vez atingiu Leclerc.

Leclerc saiu da pista com danos na suspensão e uma roda dianteira esquerda voando de volta para a pista, em direção aos outros carros. O piloto da Ferrari torna-se o segundo a abandonar a corrida. Voltas depois, seu companheiro de equipe, Hamilton, também abandonaria a prova, tendo sofrido muitos danos devido ao incidente na primeira volta e a um segundo incidente com Franco Colapinto. Ele abandonou a corrida na volta 39. (MAO)
Novo Bentley Flying Spur deve redefinir estilo da marca

A maioria dos fabricantes está repensando suas ambições em relação aos veículos elétricos; a Bentley é um desses fabricantes. A marca de luxo inglesa está estendendo seu cronograma, e agora diz que será totalmente elétrica só em 2035. A empresa agora continuará a produzir veículos com motores de combustão interna e introduzirá modelos híbridos adicionais para atender às crescentes demandas do mercado e aos requisitos regulatórios.

O sedã Flying Spur de próxima geração provavelmente também refletirá essa mudança de estratégia, oferecendo versões híbridas, híbridas plug-in e totalmente elétricas. Embora as informações sobre sedã grande da Bentley ainda sejam limitadas, acredita-se que será baseado fortemente no conceito EXP 15 fastback, mostrado no início de 2025.
Este tema seguirá no interior do carro, que provavelmente também será parecido com o do EXP 15. Deve combinar luxo analógico com sofisticação digital. Os principais recursos podem incluir um para-brisa curvo que se estende até um teto com tela de transparência ajustável, complementado por um revestimento digital retrátil para projeções de realidade aumentada.

Pode-se esperar o retorno do motor a combustão interna puro, juntamente com variantes híbridas plug-in (PHEV) e elétricas (EV). O primeiro utilizará um motor V8 biturbo revisado, entregando entre 600 e 700 cv e mais de 90 mkgf de torque.
A variante PHEV deverá apresentar um motor V8 já existente e um motor elétrico traseiro, ambos acoplados a uma bateria. Compartilhando componentes com o futuro Porsche Cayenne elétrico, a versão totalmente elétrica poderá produzir até 1.000 cv e utilizar um pacote de baterias de 113 kWh (com carregamento sem fio), capaz de uma autonomia de quase 600 km.

O novo topo de linha Flying Spur deve ter detalhes revelados já no início do ano que vem, com o lançamento oficial no fim de 2026. (MAO)
A volta do Hot Lap Limeira

Este fim de semana um dos mais sensacionais eventos amadores de automobilismo retornou, depois de uma pausa de dois anos: o Hot Lap Limeira. Realizado no sábado dia 8 de novembro, o evento foi um total sucesso, mesmo com um recorde de 50 carros inscritos, e uma chuva danada em toda parte da manhã.

O Hot Lap Limeira é um track-day diferente por vários motivos. Primeiro, é num kartódromo: basicamente só curvas, uma atrás da outra, sem muito tempo para a contemplação que ocorre nas retas de autódromos comuns. É curva o tempo todo, e o traçado da pista de Limeira é sensacional. A pista pede que não se ultrapasse, a não ser que o cara da frente permita; é estreita.

Depois, foi criada por entusiastas de pista, basicamente para terem onde correr sem gastar muito dinheiro: é um dos eventos de pista mais em conta que existem. Depois, como é num lugar afastado, numa cidade do interior, meio que no meio do mato; e os boxes ficam peto da reta e são abertos, o evento tem um espírito de convescote entre amigos e entusiastas que não falha a encantar. Cadeiras entre os carros viram rodas de conversas animadas.

Depois, a pista, sendo truncada, não ajuda gente que só tem muito motor: são as curvas que definem tudo, e os tempos sempre são próximos.

Há quatro categorias premiadas e lugar para todo tipo de carro, dos 1.0 aspirados (e Chevettes e Fuscas!) da D1 até os carros de corrida da D4. Neste sábado, o incrível Chevette 2.0 do Ricardo “R37” fez bonito com o menor tempo do dia, 1:01,642. Isso é 2,717 segundos melhor que o Civic Type R do Matheus Prado, em segundo, que por sua vez foi apenas 0,016 segundos melhor que a Corvette C6 do Rafael da Costa. Tanto o Type R quanto o Corvette foram dirigidos com vontade; deu gosto de ver. E o resultado do segundo para o quinto colocado mostra como foi disputado! E como a pista truncada nivela tudo. Ver Chevette bater Corvette foi sensacional, tenho que confessar; e mostra como ali, Davi pode bater Golias.
O Milton Rubinho, com seu Sandero RS, e o Leo Ceregati com seu Voyage Turbo “Pangaré” também fizeram bonito, andando muito perto do segundo e terceiro lugares. O Buda (da Garagem do Buda) andou muito com seu Astra Turbo e ficou em sexto; outros destaques foram a perua S6 de 700 cv do Pablo, com velocidade e som de grupo B circa 1986, e o C4 VTR do Samuel fazendo a curva 1 no freio de mão. A variedade de coisas legais no evento é que faz ele tão legal.

O MAO esteve lá, agora sem Chevette. Interessante é que a Alfa Romeo 156 fez tempo melhor que o Chevette do Fabio Pinho, que andava junto com o Chevette azul na D1; então a Medalha Trifoglio poderia ter sido ganha, se alguém tivesse tentado. Para quem não lembra, a medalha era para qualquer Alfa Romeo que fosse mais rápido em pista que o Chevette Trifoglio Special, ambos carros andando no mesmo dia.
Mas ao contrário de lugares como a Capuava, onde os tempos da 156 são confortavelmente melhores que o do Chevette, em Limeira a disputa seria acirrada: ficaram abaixo do melhor tempo dos Chevettes Trifoglio, meu e do Fabio, no sábado passado. Ia ser uma disputa boa, ali.

Há lugar para todo tipo de carro no Hot Lap Limeira; não é caro participar e o assinante do FlatOut tem desconto. Se você se animou, siga o perfil @hl_limeira, para saber quando acontecerão os próximos eventos. Que desejamos serem muitos! Nos vemos lá! (MAO)


