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Zero a 300

Nosso review do GP da Austrália | Volkswagen irá priorizar modelos premium | a nova Honda Hornet e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

O GP da Austrália – a análise do Juliano Barata

Contrastes. Leclerc e sua Ferrari F75 absolutos. Até a quebra de Verstappen no terço final da prova, Charles abria quase meio segundo por volta. Mesmo com o monegasco vacilando na relargada, a diferença de performance seria irresistível. O graining reclamado por Max no primeiro stint só reforça minha impressão: a Red Bull, pra acompanhar a Ferrari, precisa de um setup arriscado aerodinamicamente e que acaba sacrificando o grip mecânico, superaquecendo e consumindo muito pneu. Ao menos em um circuito como o de Melbourne.

Perez e sua ultrapassagem por fora no S de alta em cima de Hamilton (que momento!) mostra o quão confortável ele está com o carro do regulamento 2022. Hamilton, por sua vez, fez uma largada incrível, deixando pra trás Perez e Russell de uma vez. As Mercedes evoluíram um belo naco (bem como a McLaren) e provaram que não era só na classificação. Se a Red Bull não trabalhar mais duro tanto em performance quanto em confiabilidade, não só perderá contato com a Ferrari: estará na alça de mira de Hamilton e Russell ainda nesse semestre.

Falando em largada e S de alta, fim de semana para Sainz esquecer. Após uma largada horrível, um erro besta no S de alta o fez rodar e encalhar na brita. Só não foi pior que o erro amador de Vettel na saída da Curva 4: rodar e bater saindo de uma curva de baixa é erro de paydriver iniciante. Nota para Albon ter feito 99% da prova com o mesmo jogo de pneus! Me pergunto se faz sentido manter a regra de um pitstop obrigatório…

O circuito ficou bem mais emocionante com as alterações, mas de forma geral achei uma prova morna. (Juliano Barata)

 

Porsche está testando Taycan como… fornecedor de energia!?

Falando em tempos instáveis, a Porsche é uma das empresas que mais demonstra estar preparada para o que der e vier. Eles estão investindo, ao mesmo tempo, em motores ultra-eficientes, em gasolina sintética, em esportivos aspirados e esportivos elétricos. Aconteça o que acontecer, a Porsche terá uma tecnologia pronta para implementar.

E isso fica claro com a mais nova notícia soprada pelos ventos da Estugarda, como diriam os tugas: na mesma semana em que eles giram o botão da gasolina sintética até o volume 11, eles anunciam uma parceria com a concessionária de energia elétrica TransnetBW e com a consulturia Intelligent Energy System Services para testar o Taycan como fornecedor de energia para a rede elétrica pública.

A ideia é usar a eletricidade dos carros para equilibrar a distribuição de eletricidade em momentos de pico de consumo. Isso, porque a estabilidade da rede elétrica é uma grande preocupação no futuro projetado em que a frota global será eletrificada, então a Porsche vislumbrou a possibilidade de usar a eletricidade de carros estacionados para equilibrar o fornecimento nos momentos de pico de consumo. Como o Taycan tem uma arquitetura elétrica de 800 volts, a energia pode ser transferida para a rede de maneira rápida.

“Se a rede não tiver sua frequência estabilizada, há o risco de blecaute. Por ora, as usinas convencionais conseguem compensar estas flutuações. O uso de baterias de alta tensão como buffer pode ser uma situação benéfica para os dois lados: os proprietários de carros elétricos podem ser compensados pelo fornecimento nestes momentos de instabilidade”, diz a Porsche.

O teste foi feito com cinco unidades do Taycan que foram conectados à rede elétrica pelo Porsche Home Energy Manager, e foi concluído com sucesso. A proposta é semelhante aquela feita pela Tesla com seu Powerwall, que não destacou a capacidade de devolver a eletricidade para a rede, mas é capaz de fazer isso — que é algo necessário se quisermos tantos carros elétricos (e tantos gadgets sofisticados) em um futuro próximo. (Leo Contesini)

 

Volkswagen irá focar em modelos premium

Lembra daquele papo da elitização do automóvel pelas regras e regulamentações e custos de implementação de tecnologias? Parece que já está acontecendo, com um pequeno empurrão da crise global pela qual estamos passando desde o início da pandemia do coronavírus.

Com a escassez de insumos, redução da demanda e inflação generalizada, as fabricantes precisaram se adaptar, priorizando a produção de modelos de maior valor percebido/agregado, que tendem a ser mais lucrativos. A razão, além da diferença custo vs. preço de venda, é que os segmentos superiores não enfrentam crises, pois o dinheiro, como diria Tio Patinhas, não é problema, e sim a solução dos problemas.

E como ele é a solução dos problemas, os fabricantes descobriram como obter mais desta solução e estão priorizando os modelos que trazem mais dinheiro, ou seja, os modelos premium. A BMW e a Mercedes-Benz foram duas marcas que já declararam essa estratégia para os próximos anos. A Volkswagen, não falou, mas fez: em 2021 o grupo priorizou os modelos mais caros da Audi e da Porsche, duas marcas que têm muito volume e valor agregado — Bentley e Lamborghini, por outro lado, têm apenas o valor, mas não o volume.

A estratégia ajudou a Volkswagen a lucrar 451% mais em 2021, mesmo vendendo 8% menos que em 2020. Diante disso, por que voltar à estratégia anterior depois que tudo voltar ao normal? O diretor financeiro da Volkswagen, Arno Antlitz, confirmou que esta será mesmo a estratégia da Volkswagen: “O objetivo não é o crescimento. Queremos qualidade e margens, e não volume e participação de mercado”, disse em entrevista ao jornal de economia Financial Times.

Esta pode ser a explicação para o fim do Gol/Voyage e sua substituição por um modelo crossoverizado e pelo Polo track, dois carros de maior valor percebido e, possivelmente, maiores margens. Carros populares, como sabemos, têm margem baixa e se pagam pelo volume de vendas, o que é demasiadamente vulnerável em temos de instabilidade econômica. Não significa que a Volkswagen deixará de ser “Volks”, mas que teremos menos Volks nos próximos anos.

Segundo Antlitz, o número de modelos a gasolina e a diesel serão reduzidos em até 60% até o final desta década na Europa. Justamente onde, há alguns anos, a indústria alertou para o risco de elitização dos automóveis. Como mencionei mais acima, são tempos instáveis, estes. E embora pareça uma revolução permanente, a instabilidade é justamente um antônimo de certeza. Muita coisa será dita e feita, para daqui a alguns anos ser revista e desfeita, e muita coisa acabará permanecendo. Afinal, quem esperava que 2020 fosse como 2020? (Leo Contesini)

 

Uma Ferrari SF90 com interior em Jeans

Responda rápido: o que tem em comum um Chevette 1979 e a Ferrari SF90 Stradale 2022? A resposta é que ambos podiam vir com o estofamento revestido de Jeans; mesmo que o dono da Ferrari tenha provavelmente pago muito, mas muito mais caro por ele. Para quem não lembra, a Chevrolet ofereceu em 1979 uma série especial “Chevette Jeans” por aqui, com o interior todo revestido no famoso tecido de calças. Era inspirado em algo que já acontecera antes nos EUA, em 1973, no infame AMC Gremlin Levi Edition.

O interior desta SF90 veio assim da Ferrari, pedido sob encomenda através do seu programa Tailor Made. Segundo a duPont Registry, o tecido se chama Kuroki Superstone Bleach Denim. Além dos assentos e outros detalhes do interior revestidos nele, algumas peças do interior são azuis, como por exemplo, as borboletas de troca de marcha atrás do volante.

A Ferrari de Fort Lauderdale, na Florida, EUA, compartilhou o carro no Instagram, mostrando esta construção sob medida. Supercarros de fibra de carbono envoltos em Alcântara estão por toda parte, mas um interior em jeans? Isso é algo verdadeiramente único. (MAO)

 

Ford Maverick ST flagrado em testes

A nova picape monobloco “pequena” da Ford, o Maverick, baseado numa arquitetura de tração dianteira, é um grande sucesso, principalmente nos EUA. A Ford tem sérias dificuldades em atender a demanda pelo carro. Mesmo assim, versões ainda mais interessantes estão sendo desenvolvidas, como provam as fotos divulgadas pelo site Motor 1.

Trata-se do futuro Maverick ST. Mais baixo, com rodas maiores e um intercooler visível na frente, parece algo realmente interessante. Embora obviamente versões off-road do carro devem aparecer antes (o carro compartilha plataforma com o eficiente Bronco Sport), a Ford parece estar realmente trabalhando nesta versão esportiva.

Obviamnete apenas podemos especular sobre a potência e o motor; a aposta é que será o mesmo Ecoboost dois litros, mas com algo em torno de 400cv. E tração total permanente focada em desempenho, claro. Com a experiência da Ford em fazer carros de comportamento primoroso no uso esportivo, parece que teremos realmente uma picape esportiva de verdade, capaz até, pasmem, de rodar um circuito com tempos bons e diversão. A mente viaja na possibilidade… (MAO)

 

O último Ford GT Heritage Edition

Muita gente nem lembra mais que se pode ir numa concessionária Ford no primeiro mundo e se pedir um Ford GT; este carro de corrida para as ruas permanece um dos mais fantásticos carros a venda hoje. Mas não durará muito.

A Ford revelou o modelo final da série Heritage Edition, e esta homenageia o controverso final das 24 Horas de Le Mans em 1966, aquela do filme Ford vs Ferrari, a primeira, a que definitivamente acabou com a história da Ferrari em La Sarthe. O vencedor, o carro da Holman-Moody é o homenageado. Não o carro de Ken Miles, o vencedor moral.

O Ford GT Holman Moody Heritage Edition fará sua estreia pública no Salão do Automóvel de Nova York no final deste mês, ao lado da segunda geração do modelo Ford GT40 que ficou em terceiro lugar no pódio há 56 anos na corrida mundialmente famosa.

A edição especial “ultra-limitada” apresenta a decoração personalizada em ouro e vermelho do carro de corrida original de 1966, com círculos brancos. O número ‘5’ está estampado nas portas, capô e asa traseira. Mike Severson, gerente do programa Ford GT, disse: “De todas as pinturas do Ford GT Heritage Edition que fizemos, o tema dourado e vermelho da Holman Moody Heritage Edition é uma homenagem épica ao final de Le Mans de 1966.”

Os outros Heritage Edition Ford GT, você se lembra, foram o Ford GT 64 (com a pintura do protótipo) , a edição ’66 Daytona e a edição Alan Mann. Todos simplesmente fantásticos, pois usam estas pinturas antigas com orgulho e significado. (MAO)

 

Honda espanhola mostra teaser de nova Hornet

Em novembro de 2021, a Honda mostrou um teaser de um retorno de uma lenda ao redor do mundo, inclusive no Brasil: a Hornet.  O New Hornet Concept, como era chamado, indicou um renascimento de um nome amado por todos; até os amigos do alheio, infelizmente.

O nome Hornet tem vinte e quatro anos. Agora a Honda Motocicletas España postou em sua conta oficial do Instagram mais teasers da volta da motocicleta. Mostra a evolução dos logotipos do Honda Hornet nos últimos 24 anos. Os logotipos de 1998, 2000, 2003, 2007, 2013 e o novo do Hornet aparecem em sequência. Há um pouco de música de fundo para acompanhá-lo, mas serve como uma base conveniente para os ruídos do motor de cada uma das diferentes gerações da moto ao longo do tempo.

A Honda ainda não divulgou nenhum detalhe técnico sobre a nova Hornet. No entanto, o som nos clips está fazendo os fãs suspeitarem que é um bicilíndrico. Mas não se sabe nada, na verdade; é pura especulação. A esportiva Naked tradicionalmente de 4 cilindros em linha e 600 cm³ ainda é muito amada por aqui; vamos ver o que essa nova reinterpretação nos traz. (MAO)

 


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