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Audi RS4 aparece em testes e com menos disfarces ao lado do novo A7
Já faz dois anos que a Audi deixou de fabricar sua superperua, a RS4, e até agora não apresentou sua sucessora. A demora até faz sentido: primeiro a marca atualizou as versões comportadas do sedã, do fastback (A5) e da perua. Agora é a vez dos esportivos, como mostram estas fotos enviadas pelo leitor Luiz Felipe de Carvalho.
O modelo estava circulando pela cidade de Málaga, na Espanha, acompanhado de um A3 Sportback e de um protótipo do novo A7. Nesta nova geração a perua dispensa o 4.2 V8 aspirado em favor de um 2.9 V6 biturbo, compartilhado com o Porsche Panamera — é a herdeira da RS2, não?
A troca de dois cilindros por dois turbos não afetará a potência, segundo a imprensa europeia, que estima cerca de 450 cv para esta nova geração — exatamente o que o antigo V8 produzia. Não significa que ela ficará estagnada: apesar da potência semelhante, ela deverá ser mais leve que sua antecessora, tal como as versões comportadas desta geração do A4, que tem cerca de 120 kg a menos devido ao uso extensivo de ligas de aço de alta resistência e alumínio.
Como nas gerações anteriores, o Audi RS4 não será o mais potente em sua categoria — este posto fica com o Mercedes-AMG C63 S Estate, de 510 cv — mas considerando que a BMW não tem uma perua M3, a Audi deverá apostar em um posicionamento de preço que a coloque exatamente entre o Mercedes-AMG C43 Estate, que usa um 3.0 V6 biturbo de 362 cv, e a C63 básica, que tem 476 cv. Além disso, a Audi costuma apostar em um pacote mais recheado para compensar a potência menor que a dos rivais. Isso deverá se repetir por aqui.
O outro segredo que estava junto com o RS4 é a nova geração do A7, o fastback de grande porte da Audi, concorrente do Mercedes CLS e do BMW Série 6 Gran Coupe. Neste novo A7 o visual será mais próximo do A8 que do A6, como é atualmente. A grade hexagonal mais larga e os faróis incisivos deixam isso claro, bem como as lanternas traseiras interligadas por uma faixa que atravessa toda a largura do carro.
Os motores deverão ser os mesmos do Porsche Panamera: 2.9 V6 biturbo e o novo 4.0 V8 biturbo desenvolvido pela Porsche.
Viper biturbo é o novo recordista de velocidade de tração traseira em 800 metros
Mesmo com sua morte decretada, o Dodge Viper continua mostrando que seu V10 aspirado ainda tem potencial para quebrar recordes e superar muitos adversários moderninhos. Além de cravar 7:03 em Nürburgring, um exemplar da geração anterior sobrealimentado por dois turbos acaba de se tornar o carro de tração traseira mais rápido do mundo em 800 metros
Infelizmente as especificações exatas e a potência do Viper não foram divulgadas (sim, nós também ficamos frustrados), mas o que importa aqui é a velocidade que o muscle car de dez cilindros conseguiu atingir em meia milha (800 metros): nada menos que 237 mph, ou 381 km/h. Sim, há carros mais rápidos com tração traseira (não é mesmo McLaren?), mas nenhum deles atinge essa velocidade em tão pouco espaço. O vídeo acima infelizmente não mostra a passagem recorde, mas é possível vê-lo em uma série de tentativas acima de 220 mph (355 km/h).
O recordista absoluto nas provas de meia-milha é um Nissan GT-R de 3.000 cv preparado pela ETS, que chega ao final dos 800 metros a 255,5 mph, ou 411 km/h. É uma diferença de 30 km/h mas, considerando que o Viper não tem tração integral para ajudar o carro a saltar nos primeiros metros, chegar aos 381 km/h em meia-milha é um feito e tanto.
BMW mostra novo X2 camuflado
Não é novidade que a BMW irá produzir um SUV/crossover para ser posicionado entre o X1 e o X3, mas até agora ela só apresentou projeções renderizadas e um mockup em tamanho real, que foi trazido para o Salão de São Paulo e está sendo mostrado pela fabricante mundo afora.
Mas agora, com o lançamento se aproximando (ele deve acontecer sem setembro, no Salão de Frankfurt), a BMW revelou as primeiras imagens do modelo real. Apesar de estar camuflado, ele parece bastante fiel às formas conceituais exibidas no mockup, com uma dianteira mais refinada que a do X1 e uma linha de cintura ascendente e um perfil mais estreito da área envidraçada — recursos estéticos já adotados pelos rivais Porsche Macan e Range Rover Evoque.
A motorização deverá ser a mesma de todos os outros BMW: um 2.0 turbo de quatro cilindros nas versões X2 20i e X2 28i e um 3.0 turbo de seis cilindros na versão X2 40i. O modelo também poderá ser produzido no Brasil, o que o tornaria mais competitivo em termos de preços, como a Land Rover fez com o Evoque. A faixa de preços, aliás, irá ficar pouco acima dos R$ 220.000 (que é onde a tabela do X1 termina) e deverá chegar perto dos R$ 350.000.
Fórmula 1 poderá adotar componentes padronizados
Um dos maiores problemas que a Fórmula 1 tem enfrentado nas últimas décadas é a falta de competitividade das equipes pequenas, limitadas por seus orçamentos bem menores que o das grandes equipes e times de fabricantes, como Ferrari e Mercedes. Mas agora com o controle dos americanos da Liberty e com Ross Brawn no comando técnico, essa história poderá mudar.
O diretor-executivo da McLaren, Zak Brown, mencionou que “algumas equipes acham que deveria haver alguns componentes padronizados” para limitar o orçamento. E, mais recentemente, o novo CEO da F1, Chase Carey, confirmou ao site Motorsport.com que esta é uma medida que está sendo considerada para reduzir os custos da F1, mas reforçou que existe uma preocupação para não limitar o avanço tecnológico.
“Não queremos padronizar os carros — achamos que é muito importante ter um esporte que combine competição com o desenvolvimento de tecnologias de ponta. Não queremos tornar tudo igual, mas acho que podemos padronizar alguns componentes”, disse ao site.
Como observou o Motorsport.com, apesar de não ter mencionado que tipos de componentes poderiam ser padronizados, Ross Brawn havia sugerido no início do ano que estes componentes poderiam ser peças que “não alteram o show e não são identificadas pelos fãs”, caso das suspensões.
Infiniti apresenta monoposto retrô conceitual
O que você está vendo acima é um monoposto retrô da Infiniti, apresentado neste último final de semana durante o Concours d’Elegance Pebble Beach. Sim, eu também achei estranho ler as palavras “retrô” e “Infiniti” na mesma frase, afinal, a fabricante japonesa foi criada em 1989 como uma divisão de luxo da Nissan. Mas olhe para essa obra de arte sobre rodas. Você não vai se importar com este mero detalhe, não?
Segundo Alfonso Albaisa, vice-presidente de design da Infiniti, o conceito começou como uma ideia vaga: “E se tivéssemos encontrado um carro esquecido por 70 anos em um galpão no sul do Japão? E se esse carro tivesse sido a semente do Grande Prêmio do Japão? Como seria esse carro?”. A resposta é o Prototype 9, como o conceito foi batizado.
O Prototype 9 foi fabricado pela própria Nissan, que formou uma equipe de artesãos para modelar a carroceria a mão em um chassi feito com tecnologias modernas, como corte a laser dos tubos de aço do chassi. O encontro do clássico e do moderno também acontece no motor que é elétrico e tem 150 cv. Parece pouco, mas o carro pesa 890 kg e por isso chega aos 100 km/h em 5,5 segundos, de acordo com a Nissan. A suspensão não é diferente do que seria se o Japão tivesse construído um carro de corrida em 1936, e usa feixe-de-mola e pneus igualmente retrô.