Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Mercedes revela o interior do novo Classe G
A essa altura de 2017 você já deve estar sabendo que a Mercedes está preparando uma nova geração para o seu utilitário quarentão, o Geländenwagen, mais conhecido como Classe G. O modelo é basicamente o mesmo desde seu lançamento nos anos 1970, e desde então vem passando apenas por evoluções técnicas e refinamentos do acabamento, sem mudar realmente sua base mecânica.
Apesar de os protótipos flagrados até agora mostrarem o mesmo tipo de caixote sobre rodas que conquistou os milionários do mundo todo, a nova geração dará um salto gigante em relação à antecessora no interior, que abandona de vez ponteiros e botões plásticos para adotar telas e superfícies sensíveis ao toque. É o que mostram as imagens oficiais do interior do novo G-Wagen, reveladas pela Mercedes nesta terça-feira (12).
Sem ver o lado de fora (ou ignorando as janelas retangulares), você poderia dizer que se trata do interior do Classe E ou do Classe S. O volante ficou mais esportivo, com três raios e almofada do airbag circular — lembrando vagamente o volante dos Porsche atuais — e o quadro de instrumentos adotou a enorme tela dupla que a Mercedes vem usando em todos os seus carros (e que surgiu lá nos anos 1990 no conceito F200 Imagination). O sistema de áudio (que é controlado pela tela centralizada no painel) é fornecido pela Burmester e usa 16 alto-falantes.
Apesar da reestilização completa, o Classe G mantém alguns detalhes de seus antepassados, como a alça de apoio no painel e os interruptores cromados para o sistema de tração no console central. Por fora, contudo, ele manterá muitos elementos tradicionais de seu design, como o estepe pendurado na traseira, as maçanetas salientes e os faróis circulares.
Projeto de lei quer criar faixas exclusivas para motos
Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional quer modificar o Código de Trânsito Brasileiro para reservar e regulamentar faixas ou pistas exclusivas para motocicletas em “vias de grande circulação”.
O projeto, proposto pelo senador acreano Jorge Viana em 2013, pretende incluir no Código de Trânsito a competência dos departamentos e autoridades de trânsito em “planejar, projetar, regulamentar, implantar e operar esquemas especiais de circulação em vias com elevado volume de tráfego, de modo a promover a melhoria da segurança do trânsito” e “reservar faixa ou pista exclusiva para a circulação de motocicletas, motonetas e ciclomotores em vias com elevado volume de tráfego, selecionadas com base em critérios técnicos”. Também segundo a proposta, os condutores que circularem fora da faixa/pista reservada estarão cometendo infração média, sujeita a multa e quatro pontos na CNH.
A proposta tramita no Congresso em caráter conclusivo, o que significa que agora que foi aprovado pelas comissões da Câmara dos Deputados, segue para as comissões análogas do Senado e, caso aprovado em todas elas, segue para a presidência da república, que tem 30 dias para vetá-lo ou sancioná-lo.
União Europeia quer Mercosul aberto aos carros europeus
Nos últimos meses o Mercosul e a União Europeia (UE) retomaram as negociações para um acordo entre os dois blocos comerciais, iniciadas ainda nos anos 1990. Entre os pontos discutidos para o acordo, estão a revisão tributária para a carne e etanol sul-americanos e a abertura do Mercosul aos carros europeus.
A discussão agora gira em torno dos prazos e os detalhes do acordo; os europeus querem que o Mercosul abra o mercado para seus carros o mais rápido possível, mas Brasil e Argentina pedem até 15 anos para uma abertura gradual — uma vez que os benefícios incluem a isenção de impostos de importação. O Mercosul, por sua vez, ainda pede que a abertura do mercado europeu à carne e ao etanol produzidos por aqui seja feita em no máximo dez anos.
Outra exigência é que a concessão de benefícios às fabricantes europeias seja o investimento na produção dos carros no Mercosul. A Argentina já está planejando a transição, cogitando acordos com os sindicatos e redução de impostos, mas o Brasil ainda não definiu os detalhes do Rota 2030, que irá substituir o Inovar-Auto após 31 de dezembro. Por conta disso, a Argentina já estima uma redução de 35% nos preços dos carros — resultantes da redução dos custos de produção e de impostos. Já no Brasil…
A reunião dos representantes de cada bloco econômico aconteceria nesta quarta-feira (13), porém foi adiada para o início de 2018.
Um DeTomaso para 2020
Nós geralmente somos bastante céticos diante de projetos ambiciosos que divulgam apenas renderizações e nada muito concreto, mas desta vez a proposta é tão legal que não poderia passar batida. A ARES Design — a nova empresa de Dany Bahar, ex-CEO da Lotus que queria produzir SUVs pesados com a marca de Colin Chapman — revelou as primeiras imagens de seu “Project Panther”. Como o nome sugere, o projeto pretende criar uma interpretação moderna para o clássico De Tomaso Pantera.
O modelo será baseado no Lamborghini Huracán, que irá ceder seu V10 de 5,2 litros e 610 cv, seu câmbio de sete marchas e embreagem dupla, seu sistema de tração integral, e também seu monocoque de fibra de carbono e seus sub-chassis de alumínio. Sim: será um Huracán com uma carroceria modificada para ficar mais parecido com o Pantera.
E é aqui que o negócio fica interessante: além da silhueta matadora do Pantera, ele terá elementos clássicos como os faróis escamoteáveis do modelo original, combinado com tecnologias modernas, como faróis e lanternas de LED e paineis da carroceria feitos de fibra de carbono.
Bahar disse que o carro será feito na nova fábrica da ARES, em Modena e que os clientes irão recebê-lo no segundo semestre de 2018.
Já viu o Apollo Intensa Emozione em ação?
Em outubro os novos proprietários da Gumpert apresentaram o sucessor do Apollo, o novo Apollo Intensa Emozione, equipado com o V12 da Ferrari F12, porém com admissão, escape e ECU da Autotecnica Motori. São 780 cv a 8.500 rpm com máxima de 9.000 rpm.
Na época dissemos que as especificações soavam bem, afinal, são números vistosos. Mas agora podemos dizer que o motor também soa bem, por que alguém levou o carro para as ruas de Hong Kong e fez alguns burnouts com o supercarro. E é claro que haviam câmeras apontadas para ele.
A sonoridade brutal chega a distorcer a captura de áudio, e lembra vagamente os antigos V10 e V12 da Fórmula 1 dos anos 1990 saindo dos boxes. Se ainda resta alguma crítica ao carro, bem… que não seja ao powertrain.