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Conheça o novo Porsche Cayenne
O centro do mundo do automóvel realmente se mudou para a China; o novo Porsche Cayenne, nas versões normal e “cupê”, foi mostrado no Salão de Shangai. Não é totalmente novo, mas tem grande atualização de estilo, interior novo, e mudanças técnicas.
A linha começa com um V6 turbo de 3,0 litros, com potência aumentada para 353 cv e 51 mkgf. A versão Cayenne E-Hybrid adiciona um motor elétrico de 175 cv, para um total de 469 cv. A capacidade da bateria cresceu para 25,9 kWh. Há um novo carregador CA de 11 quilowatts permite recarregar a bateria em menos de duas horas e meia.
O Cayenne S agora tem um V8 biturbo de 4,0 litros, em vez do V6 anterior. Dá 474 cv e 61 mkgf. Com este motor, faz o 0-96 km/h em 4,4 segundos (com o Pacote Sport Chrono opcional). A velocidade máxima é de 272 km/h.
Todo Cayenne é turbo agora; mas existe uma versão mais turbo que os outros turbo, o Cayenne Turbo. Sacou? O topo de linha Cayenne Coupe Turbo GT tem uma versão de 659 cv do V8 biturbo de 4,0 litros. Faz o 0-96 km/h em 3,1 segundos e tem uma velocidade máxima de 304 km/h. mph.
A aparência mudou um pouco também. Os faróis de LED Matrix Design têm uma forma ligeiramente mais nítida do que antes. Um novo capô e para-lamas redesenhados fazem parte das mudanças deste face-lift. As lanternas traseiras também são novas.
O Cayenne Coupe está disponível com um pacote “lightweight” opcional que reduz 32 kg do veículo, embora a empresa não revele ainda como. Uma redução substancial, mas infelizmente menos efetiva num carro que pesa de 2,200 a 2,610 kg. Barrabás, um Porsche de mais de duas toneladas e meia!
Todas essas mudanças são pequenas e incrementais; a maior mudança é o painel totalmente novo. O interior, parece, está cada vez mais importante na indústria. O painel principal do motorista tem agora uma tela digital curva e independente de 12,6 polegadas. No centro, há uma tela auxiliar de 12,3 polegadas, para infotainment e outras funções.
A novidade aqui é o comando do câmbio, agora uma alavanquinha no meio do painel, entre as duas telas. Demorou, mas temos agora um Porsche de 2,6 toneladas com comando de câmbio no painel. A alavanca na coluna de direção, no estilo de barca americana tradicional, não foi usado por preconceito apenas, acredito: seria o lógico aqui.
Uma tela de 10,9 polegadas no lado do passageiro do painel é um novo opcional. Permite que uma pessoa sentada ali opere o sistema de navegação. Ou esse ocupante pode “ver televisão” porque uma camada na tela impede que o motorista veja o que está sendo reproduzido ali.
O novo Cayenne já está disponível para encomenda nos EUA, a preços que vão de US$80,850 (R$ 399.399) a US$197,950 (R$ 977.873), uma enorme variação que indica que existe muito dinheiro fácil a ser ganho neste campo de atuação da marca. Não é informado quando chegarão aqui no Brasil, mas não deve demorar. (MAO)
Um novo Renault Clio
O Renault Clio de quinta geração já tem mais de quatro anos; é hora de uma refrescada no modelo, para mantê-lo palatável frente a seus competidores europeus na categoria do Polo. É um facelift significativo, considerando que o hatchback subcompacto tem uma frente completamente redesenhada com faróis mais finos e uma grade mais larga e diferente. Além do novo design, uma novidade é a versão “Esprit Alpine”, que deve substituir o acabamento RS-line.
A Renault está oferecendo o novo Clio em nada menos que cinco designs de rodas com um diâmetro de até 17 polegadas, todos com o mais recente logotipo corporativo em alumínio escovado.
Debaixo do capô não existem lá muitas novidades. A linha começa com o conhecido 1,0 litro de três cilindros e 65 cv, com câmbio manual de cinco marchas. O 1.0 turbo na Europa tem 90 cv e 16 mkgf, e vem com câmbio manual de seis velocidades. O diesel pode estar fora de moda, mas a Renault ainda oferece um na forma do Blue dCi 100, um turbodiesel de 1,5 litro, 100 cv e 19,5 mkgf, acoplado ao câmbio manual de seis velocidades.
No topo da linha está o E-Tech Full Hybrid 145, que combina um motor 1.6 de quatro cilindros aspirado com um par de motores elétricos e uma bateria de íon-lítio com capacidade de 1,2 kWh, para um total de 145 cv.
Não há mudanças substanciais no interior, mas os materiais agora são “sustentáveis”. Você não pode comprar o Clio 2024 com revestimento em couro, por exemplo. Em vez disso, um material feito de fibras orgânicas e de poliéster, chamado TEP, toma seu lugar. Plástico é mais ecológico que couro? Na verdade, não, mas as vacas emitem, e emitir não é bom. Mas plástico não é tão biodegradável como o couro, então estou confuso. Como foi feita a conta para descobrir se um é melhor que o outro? (MAO)
BMW M7, só que elétrico: o i7 M70 xDrive
A BMW mostrou no salão de Shangai uma nova versão do série 7 elétrico, o i7. O burburinho ventilado é que este será o mais próximo que chegaremos de um M7; um sedã mega potente, ainda que elétrico. E não, essa pintura estranha em dois tons não é coisa de um tuner alemão doidão: é de fábrica mesmo. A gente merece.
O nome é mais uma das saladas de letrinhas indecifráveis que compõe os nomes de modelos BMW atualmente: i7 M70 xDrive. Vem com o motor elétrico mais potente da BMW, com a potência no eixo traseiro aumentada em 25,5% em relação ao i7 xDrive60. São agora 483 cv no eixo traseiro, que somados aos 255 cv do dianteiro, dão um total de 650 cv. Sim, a soma é 783 cv, mas o resultado no carro é limitado, aparentemente.
Por algum motivo obscuro, o torque máximo é selecionável: 103,4 mkgf no modo Sport, 112 mkgf nas funções “M Sport Boost” ou “M Launch Control”. A BMW diz que este é o sedã elétrico mais rápido da marca, com 0-100 km/h em 3,7 segundos. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h.
Para maximizar a autonomia, o i7 M70 também vem com o novo modo “Max Range” da BMW, que limita a velocidade máxima do carro a 90 km/h e restringe as funções de conforto, como controle climático e assentos aquecidos. Mesmo sem usar este recurso emergencial, no ciclo EPA americano, a autonomia é de 475 km.
Ainda não foi divulgado o preço deste horrendo sedã em dois tons, mas estima-se que o i7 normal chegue ao Brasil por R$ 1,2 milhão; esta versão mais potente certamente não será mais barata. (MAO)
Plymouth Cuda 440 Rapid Transit de 1970 reaparece, e à venda
Este carro das fotos nunca foi um veículo de produção normal. Mas apesar do jeitão de Hot Wheels em tamanho real, também não é trabalho de customizadores malucões. Bom, tá, são customizadores malucões os caras que criaram isso, certamente, mas o carro é assinado pela Chrysler herself. É um carro-conceito de 1970, criado para a caravana promocional de muscle-cars da empresa, chamada de “Rapid Transit System”.
Agora, este carro exclusivo está à venda, e vai dar a um novo proprietário a chance de possuir um pedaço divertido e psicodélico da história dos muscle cars. É o Plymouth Cuda 440 Rapid Transit.
É um carro baseado em um dos primeiros Cuda de produção, carregando o número de série nº 100005. O engenheiro Chuck Miller foi o responsável por construí-lo, enquanto o design foi feito por Harry Bradley, o criador da linha original de carros de brinquedo Hot Wheels em 1967. Apesar de sua idade, o carro mantém sua pintura original e todas as extensas modificações visuais que o tornaram único. O interior está em estado impecável, com bancos de couro e painéis de madeira que foram preservados ao longo dos anos.
Tem várias alterações em relação a um Cuda normal: nova frente, grade personalizada que esconde os faróis, escapamento lateral, capô Shaker e lanternas traseiras personalizadas. Os pneus traseiros mais largos e o pára-quedas falso sugerem um dragster. Sob o capô, o carro traz O famoso V8 440 de bloco grande, com três carburadores duplos six-pak e 390 cv, e transmissão automática TorqueFlite. Tem apenas 1.556 km marcados no odômetro. Esteve sumido por décadas, mas agora apareceu novamente.
O Cuda 440 Rapid Transit é apenas um dos 3.000 veículos que serão oferecidos no 36º leilão Original Spring Classic da Dana Mecum, que acontecerá de 12 a 20 de maio no Indiana State Fairgrounds em Indianápolis, EUA. (MAO)