FlatOut!
Image default
Pensatas

Por que os carros populares não têm impostos populares?

Às vezes parece que alguns assuntos procuram a gente. Há três semanas publicamos uma pensata sobre a possibilidade de voltarmos a ter carros populares no Brasil, depois que o chefão local da Stellantis alertou para a necessidade de uma convergência de esforços do governo, das fabricantes e das instituições financeiras para discutir o assunto. O problema dos populares de R$ 70.000, afinal, não é só do público que não tem essa grana para comprar um carro novo. Quando as fabricantes decidiram se concentrar nos carros mais caros, com maior valor agregado/percebido, parecia o plano perfeito: em vez de ficar fazendo centenas de milhares de carros populares, dando garantia para todos eles em troca de margens estreitas que só valem a pena quando se tem um grande volume de vendas, eles fariam umas poucas dezenas de milhares de carros de luxo, que são trocados a cada três ou cinco anos e embolsariam margens gordas. Acontece que não é assim que a indústria funciona. O valor agregado dos produtos