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Novo Citroën C3 chega por R$ 68.990
O aguardado Citroën C3 finalmente foi revelado por completo — incluindo seus preços e versões, que era a parte realmente aguardada. Como esperado, o modelo foi encaixado entre o Fiat Mobi e o Fiat Argo — pense na Stellantis, não apenas na Citroën, ok? Custando R$ 68.990 em sua versão inicial e chegando aos R$ 97.990, ele visa preencher os espaços não ocupados por outros modelos do grupo nestes segmentos de entrada do mercado.
Começando pelas especificações técnicas: como se esperava, o novo Citroën C3 terá mesmo o motor 1.0 FireFly da Fiat, com 71 cv/75 cv (G/E) a 6.000 rpm e torque de 10,7 kgfm / 10 kgfm (G/E) a 3.250 rpm. Além dele, o C3 também terá o 1.6 16v do Peugeot 208, um motor que foi desenvolvido pela PSA e já era usado nas gerações anteriores do C3. Como no 208, o 1.6 16v no C3 produz 113 cv/120 cv (G/E) e 15,4 kgfm/15,6 kgfm (G/E) a 4.250 rpm.
O motor 1.0 é sempre combinado ao câmbio manual de cinco marchas, enquanto o 1.6 também pode ser combinado ao câmbio automático de seis marchas — o que é uma boa notícia para quem não faz questão de um automático, mas quer mais potência que os 75 cv do 1.0. É uma combinação que vem ficando escassa no mercado brasileiro.
O ponto de destaque do novo Citroën C3 são suas dimensões. Lembra de quando o Sandero foi lançado, trazendo muito mais espaço que os concorrentes da mesma categoria de preços? Pois a Citroën tentou fazer algo parecido aqui. É claro que ele tem as limitações da plataforma, mas seu entre-eixos de 2,54 metros é mais longo que o do Fiat Pulse, por exemplo. O comprimento está na média do mercado, com 3,98 metros, mas seu porta-malas tem 315 litros e é o maior da categoria — o mais próximo é o do Hyundai HB20 e do Fiat Argo, ambos com 300 litros.
Todas as versões são equipadas com ar-condicionado, vidros elétricos nas portas dianteiras, direção assistida, travas elétricas, controles de tração e estabilidade, e assistente de partida em aclives, além de monitoramento de pressão dos pneus. O sistema multimídia com a tela wide de 10 polegadas já está disponível como item de série na primeira versão intermediária. Veja como ficaram os preços, versões e equipamentos do novo Citroën C3:
Live 1.0 Flex – R$ 68.990 (básico) – R$ 71.190 (completo). Itens de série: airbag duplo, controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em aclives, monitoramento de pressão dos pneus, ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, indicador de trocas de marcha, rodas de 15 polegadas com calotas. Opcionais: pintura metálica (R$ 1.300 – R$ 70.290) e pacote “Protection Pack”, com frisos laterais e protetor de cárter (R$ 900 – R$ 69.890).
Live Pack 1.0 Flex – R$ 74.990 (básico) – R$ 77.190 (completo). Itens de série: os mesmos da Live, mais sistema multimídia com tela de 10 polegadas e conectividade sem fio Android Auto e Apple Carplay, porta USB, volante com comandos de som, Bluetooth, chave com telecomando, banco dianteiro com ajuste de altura, limpador e desembaçador traseiro. Opcionais: pintura metálica (R$ 1.300 – R$ 76.290) e pacote “Protection Pack” (R$ 900 – R$ 75.890).
Feel 1.0 flex – R$ 78.990 (básico) – R$ 82.590 (completo). Itens de série: os mesmos da Live Pack, mais vidros elétricos traseiros, alarme perimétrico, duas portas USB, DRL, rodas de liga leve de 15 polegadas, decoração azul metálica no painel, barras no teto (rack), volante com ajuste de altura e maçanetas na cor da carroceria. Opcionais: pintura metálica de dois tons (R$ 1.300 – R$ 80.290), pacote “Comfort Pack” com sensores de ré e câmera de ré (R$ 1.400 – R$ 80.390) e pacote “Protection Pack” (R$ 900 = R$ 79.890).
First Edition – R$ 83.990 (não há opcionais). Itens de série: os mesmos da Feel 1.0 flex, mais faróis de neblina, pintura de dois tons, barras de teto “Alu Shadow”, acabamento lateral “airbumps”, moldura do farol de neblina, tapetes exclusivos e badges “First Edition”.
Feel 1.6 flex manual – R$ 86.990 (básico) – R$ 90.590 (completo). Itens de série: os mesmos da Feel 1.0. Opcionais: pintura metálica de dois tons (R$ 1.300 – R$ 88.290), pacote “Comfort Pack” com sensores de ré e câmera de ré (R$ 1.400 – R$ 88.390) e pacote “Protection Pack” (R$ 900 = R$ 87.890).
Feel Pack 1.6 automático – R$ 93.990 (básico) – R$ 97.590 (completo). Itens de série: os mesmos da Feel 1.6, mais câmbio automático de seis marchas e trocas sequenciais, modo Eco, rodas de liga leve de 15 polegadas, câmera de ré e volante com acabamento de couro. Opcionais: pintura metálica de dois tons (R$ 1.300 – R$ 95.290), pacote “Comfort Pack” com sensores de ré e câmera de ré (R$ 1.400 – R$ 95.390) e pacote “Protection Pack” (R$ 900 = R$ 94.890).
First Edition 1.6 automático – R$ 97.990 (não há opcionais). Itens de série: os mesmos da First Edition 1.0. (Leo Contesini)
Brasil produziu 90.000.000 de veículos em 65 anos
A indústria automobilística brasileira começou oficialmente em 1956, com o lançamento do Romi Isetta e da perua DKW Universal, mas a roda começou a girar de verdade em 1957, há exatos 65 anos, o primeiro ano cheio em que se contou a produção de automóveis no Brasil. Desde então a indústria atingiu a marca de 90.000.000 de veículos — contando automóveis, ônibus e caminhões, sem considerar veículos agrícolas e em regime CKD.
A informação foi divulgada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea. Segundo os dados, o primeiro ano de produção teve apenas 30.542 unidades, mas em 1960 a indústria nacional já havia ultrapassado a marca dos 100.000 veículos por ano. Em 1993, depois de 36 anos e uma década instável no mercado, a indústria atingiu a marca de 1.000.000 de unidades anuais e chegou ao recorde histórico de 3.713.813 unidades em 2013.
A marca dos 100.000.000 de veículos produzidos deverá ser atingida em 2026, segundo estimativas da Anfavea — justamente quando a indústria automobilística brasileira completar 70 anos. É um número expressivo, que resulta em uma média de 1.420.000 veículos por ano e coloca o Brasil entre os dez maiores produtores de veículos do planeta. (Leo Contesini)
Ford testa seu V8 de caminhão no Mustang
Em 2020, a Ford surpreendeu todo mundo quando lançou um novo V8 Big-Block para suas picapes grandes. V8 de bloco grande parecia coisa do passado, dos anos 1960; mas aqui estava um motor totalmente novo, de 7,3 litros, OHV com um comando só e lávulas acionadas por varetas e balancins, parrudíssimo, grande, pesado, e dando 436 cv @ 5500 rpm, e 65,7 mkgf a 4000 rpm.
Todo mundo ficou imaginando como ficaria um Mustang com este motor, claro. Mas parecia que o grande e pesado motor era para caminhão, não carro, e a Ford na época dizia que tal coisa era uma completa impossibilidade.
Mas empresas gostam de dinheiro, e a Ford percebe que todo mundo quer um motor desses. Começa a oferece-lo como “crate motor”, um motor completo vendido encaixotado para qualquer um que quisesse. Nos EUA, completo com todos os computadores, acessórios, e transmissão automática de 10 marchas (numero de peça M-9000-PM73A), custa US$ 19.995 (R$ 103.374,15). Só o motor (P/N M-6007-73) custa US$ 9.175 (R$ 47.434,75).
O motor, chamado de “Godzilla”, cabe num Mustang? Bem… Vejam este carro, uma mula da Ford para testar um novo kit de motor “crate” com câmbio manual. A Ford explica que, como esse trem de força funciona em sua própria ECU autônoma, ele pode ser usado em qualquer coisa, desde uma picape dos anos 50 até um Mustang novinho em folha. A equipe de desenvolvimento escolheu este Shelby GT350 testar o kit simplesmente porque eles o tinham por perto.
A razão para essa protuberância enorme? O motor protótipo tem uma entrada de ar que aponta para cima, então os engenheiros precisavam instalar um capô que desse espaço para ele. O coletor de produção virá com uma entrada em linha reta, o que vai mudar esta situação, felizmente. Sim, cabe no Mustang, portanto. A Ford então não vende um Mustang Big-Block, mas você pode fazer o seu em casa fácil. (MAO)
Ariel Hipercar: quatro motores e 1.180 cv
Agora é lei: em 2035 se você quer vender carro na Europa, tem que ser elétrico. Empresas como a Ariel, acostumadas a vender carros de corrida tubulares que podem ser emplacados, os incríveis Atom e Nomad, te então que começar a estudar o que fará nesta situação.
A resposta parece ser a mesma para todos que ficam de frente à este dilema: tentar compensar a completa falta de personalidade dos elétricos com muita potência. Conheça o Ariel Hipercar.
Como todo Ariel, é compacto, pequeno; a empresa tentou manter o espírito de “esqueleto” de suas carrocerias. Mas é um carro fechado, e francamente, feio e estranho. Mas pelo menos, diferente e criativo.
Existe um motor elétrico de 295 cv para cada uma de suas rodas motrizes individuais; uma bateria de 62 kWh sob o piso da cabine; um sistema de refrigeração de múltiplos circuitos tremendamente complicado para as várias fontes de calor do carro. Sim, são 1180 cv e tração em todas as rodas individualmente. Uma solução bonita tecnicamente, pelo menos.
Está planejado uma turbina a gás para estender a autonomia também, segundo a empresa, embora ainda não exista em operação. O carro ainda está no início de seu desenvolvimento, mas foi mostrado para a revista Autocar inglesa como uma amostra do futuro da Ariel. Afinal de contas, pode não parecer, mas 2035 chegará rapidinho… (MAO)
Hamann personaliza o BMW X5 M Competition
Alguém lembra do X5 Le Mans que a BMW mostrou nos anos 2000? Graças a um V12 de 6.0 l e 700 cv do vencedor de Le Mans, o BMW V12 LMR, o primeiro Mega-SUV fazia o 0-100 km/h em menos de cinco segundos. A velocidade máxima era eletronicamente limitada a 310 km/h.
Hoje? O mais rápido dos X5, o X5 M Competition, vem equipado com um V8 twin-turbo de 4,4 litros que produz 625 cv e 76 mkgf de fábrica. Isso é suficiente para impulsionar o veículo de 2,4 toneladas de 0-100 km/h em 3,7 segundos. É limitado à 250 km/h, velocidade que opcionalmente (com pneus diferentes) pode subir para 285 km/h.
É desempenho suficiente para este mastodonte, claro. Por isso, inteligentemente, a preparadora alemã Hamann GmbH não mexe no motor original; mas mesmo assim faz uma série de modificações interessantes no mega-SUV, que chama de “Big Red”.
O carro da Hamann inclui um splitter dianteiro proeminente com entradas de ar falsas integradas. O mesmo tema é seguido pelas extensões das soleiras laterais e pelos complementos do para-choque traseiro. O destaque da extremidade traseira é o novo difusor com detalhes em vermelho e as ponteiras de escape quádruplas de 115 mm revestidas de carbono visivelmente maiores. Há também um spoiler traseiro.
Além da chamativa cor do carro apresentado, um tom vermelho vivo chamado M Toronto Red Metallic, a característica mais atraente deste X5 M são as rodas de 23 polegadas em acabamento preto brilhante e detalhe vermelho. Um conjunto de pneus Continental Sport Contact 7 medindo 315/25R23 é montado nelas. As molas são rebaixadas da Hamann que reduzem a distância ao solo em 40 mm na frente e 35 mm na traseira.
O custo de reproduzir o “Big Red” é de aproximadamente US$ 15.000 (R$ 77.550), nos EUA. Mas você tem que fornecer o seu próprio X5 Competition para ser modificado. (MAO)
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