Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Novo Nissan Kicks já está em produção em Resende
Da cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro, vem a notícia de que a Nissan já começou a produzir o novo SUV Kicks. O lançamento é o mais importante em anos, para a empresa aqui no Brasil. E todos sabemos como a Nissan precisa de um sucesso hoje, mesmo aqui no nosso pequeno mercadinho brasileiro.

O antigo Kicks continua, renomeado Kicks Play, visto que o novo é maior, e certamente mais caro. O Kicks que agora é Play, que com afeição é apelidado de “Coices” por par de amigos que tem exemplares com câmbio manual, é um relativo sucesso: preço bom e um excelente quatro em linha aspirado de 1,6 litros. Pena que agora só exista com transeixo automático do tipo CVT.
O novo é maior: mede 4.366 mm de comprimento em um entre-eixos 2.656 mm, e portanto 56 mm maior que o agora chamado Kicks Play nas duas dimensões. Lá fora, a Nissan propagandeou um aumento considerável de espaço interno neste novo carro.
Ainda não se sabe oficialmente mais detalhes, mas provavelmente deve ter o motor 1.0 turbo de três cilindros da Horse, a divisão de motores da Renault-Nissan. No Renault Kardian, fornece 120 cv e 5.000 rpm e 20,4 mkgf a 2.000 rpm com gasolina e 125 cv e 5.000 rpm e 22,4 mkgf a 2.250 rpm com etanol. Provavelmente, porém, a Nissan usará o seu tradicional CVT no Kicks, e não o transeixo do Kardian. Já fabricado no México para venda nos EUA, lá tem um motor 2.0 aspirado movido a gasolina apenas, também com transmissão automática CVT.
O novo carro já está em produção e deverá chegar ao mercado ainda neste semestre, provavelmente em junho, como ano/modelo 2026. Será vendido também na Argentina. Deve competir em uma faixa superior de preço comparado ao atual: as versões mais sofisticadas do de Hyundai Creta e VW T-Cross , e o Jeep Compass. (MAO)
O Lotus Elise se perde no deserto
A ideia de se fazer carros esporte virarem veículos off-road é boa; principalmente se imaginarmos alta velocidade em deserto, e não baixíssima em pirambeiras enlameadas. “Off-Road”, afinal de contas, pode significar muita coisa. Inesperado, porém, é o sucesso desse tipo de coisa. Nos EUA, empresas tem grande sucesso em converter Miatas, por exemplo, e tanto a Porsche quanto a Lamborghini já venderam versões deste tipo de seus carros esporte.
Agora é a vez do… Lotus Elise série 1! Esta, é realmente inesperada; o minúsculo e leve carro esporte inglês com chassi de alumínio colado e rebitado não parece lá uma fundação que nos leva a imaginar esse tipo de coisa. Mas não é que ficou legal?
É ideia da empresa Get Lost. De acordo com a equipe por trás deste veículo, não se trata apenas de um Elise com suspensão elevada e alguns painéis de carroceria trocados. Não, claro: “é uma releitura completa do roadster leve, com grandes mudanças internas e externas”.
Toda a suspensão é feita sob medida, para dar o curso e altura necessários. A altura do solo é 100 mm mais alta que a original, e os pneus são enormes e para o fora de estrada. Fora isso, não há muitos detalhes. A empresa não disse nada sobre motor e câmbio além de que é novo, mais potente, e mais confiável; muito provavelmente o motor e transeixo Toyota V6 com supercharger usado no Emira. O que faria do levíssimo Elise algo assustador.
“A ideia de levar um Elise para o off-road pode parecer ridícula, e foi exatamente por isso que a adotamos. Essa ideia boba nos deu uma verdadeira liberdade criativa”, disse o fotógrafo e fundador George Williams.
O Project Safari continua reconhecível como um Elise, mas ganha faróis de LED, quatro luzes extras de LED frontais e enormes alargadores de para-lamas que cobrem uma bitola maior. A Get Lost adicionou uma entrada de ar montada no teto e um estepe externo full-size.
A Get Lost diz que está planejando começar a entregar carros aos clientes ainda este ano e que está aceitando “cartas de interesse” de “clientes, colaboradores e qualquer pessoa que se veja nessa visão”. (MAO)
Jaguar oferece peças de reposição para o E-type
A Jaguar acaba de anunciar uma nova linha de peças de reposição para carros clássicos da marca, agora disponíveis para o famoso E-Type. A nova seleção, disponível através da Jaguar Classic, visa ajudar os proprietários a manter essas máquinas clássicas rodando.
Sim, a Jaguar. A mesma marca que quer ser totalmente nova, discombombulante, e totalmente elétrica. Bom, pelo menos, uma parte dela não está pronta para esquecer o seu passado de glória.
A empresa já oferece peças para o E-Type há algum tempo, mas agora há muito mais delas disponíveis. Agora inclui conjuntos de travessas dianteiras, conjuntos de chassi dianteiro, painéis de assoalho e soleiras externas. A estrutura completa do roadster está disponível também. Além desses, mais de 30 novos painéis de carroceria estão disponíveis para o carro.
Mantendo-se fiel ao E-Type original, utilizou o mesmo método de construção e tubos Reynolds para o conjunto do chassi dianteiro. Lembrando que o E-type tinha um monobloco em chapa estampada, mas só até o curvão (parede corta-fogo): dali em diante uma estrutura tubular segurava o motor e a suspensão, e era aparafusada ao curvão.
Para garantir que todos se encaixassem perfeitamente, os engenheiros da Jaguar utilizaram desenhos originais, mas modelaram tudo em CAD 3D moderno. As peças novas foram então digitalizadas juntamente com as originais para certificar que eram idênticas: necessário, pois mudar peça e esquecer de modificar desenho é algo que nunca morreu na indústria, apesar de hoje raro. Na Inglaterra dos anos 1960? Digitalizar peças que montam no carro é imprescindível.
Todos esses componentes incluem garantia de dois anos no Reino Unido e na Europa ou de um ano nos mercados internacionais. Há também novas portas, capôs, revestimentos e acabamentos internos que podem ser encomendados pela Jaguar Classic, que também vende motores inteiros novos, transmissões e componentes de escapamento de reposição.
Há um mercado para essas peças? Bem, 72,528 Jaguar E-types foram fabricados e vendidos; cada um deles hoje vale algo, e sua reforma, desejável. Se você tem um número de chassi dele no seu nome, dá para fazer um Jaguar novo!
Nunca pensei que ia falar isso de novo dessa marca, mas… Parabéns Jaguar! Bom trabalho. E boa sorte com esse negócio de reposição. Algo me diz que vai ser necessário sucesso nele. (MAO)
Mercedes-Benz G-class volta às origens
OK, pode ser só eu que me sinto assim. Mas para ser totalmente sincero, gostava mesmo do Mercedes-Benz Geländewagen quando ele era muito lerdo, e muito espartano. Motor potente é legal, claro, e as primeiras vezes em que ele recebeu um potente V8 foram legais por serem engraçadas. Um absurdo, na verdade. Um G-wagen com mais de 300 cv, há,há,há, que louco! Hoje, todos eles são cheios de cromados, extremo luxo, preço na estratosfera e motores com quantos cavalos vapor? Aparentemente, todos. A piada dos 300 cv hoje é inversa: só 300 cv?
Mas o mundo é maior que Dubai, e sempre pensei que em algum lugar, outros devem pensar como eu: como era legal o antigo G-class! E agora tenho certeza de que não estou sozinho: A Mercedes revelou planos para colocar um “G-class de aparência retrô” em produção limitada. Evoca um estilo que lembra o SUV original dos anos 80, com cores pastel, acabamento preto, iluminação diferenciada e emblemas exclusivos.

Limitado a apenas 460 unidades em todo o mundo, essa nova edição especial tem muito de um carro feito em 2023 para comemorar o meio milhão de Classe G’s produzidos, inclusive na cor Verde Agave, os mesmos protetores de faróis e as mesmas setas na cor âmbar. Além do Verde Agave, os compradores podem escolher entre Creme ou Bege Colorado. As três cores estavam entre as primeiras disponíveis para os compradores do Classe G na década de 1980, de acordo com a Mercedes.

O nome da versão é meio estranho: “Edition Stronger Than the 1980s”. Ein? Bom, provavelmente faz sentido se pronunciado com forte sotaque do sul da Alemanha. De qualquer forma, independentemente da cor escolhida, o carro vem com o para-choque dianteiro, grade do radiador, protetor de para-choque, protetor inferior, para-choques, soleiras laterais, arcos de roda e capas dos retrovisores pintados em um tom de preto chamado “Night Black Magno” para refletir o design Classe G original. Nada de pintura na cor da carroceria aqui, graças a Deus: isso arruinou o estilo do G-class. Rodas de 18 polegadas prateadas são de série.

No interior, inserções de tecido xadrez Dove Gray. A inevitável plaquinha dizendo qual dos 460 carros é o seu está fixada no console central. A alça de apoio do passageiro apresenta a frase “STRONGER THAN THE 1980s”, enquanto os painéis das soleiras das portas dianteiras apresentam um mapa topográfico da montanha Schöckl, o campo de testes em Graz, Áustria, lar ancestral do Geländewagen.
Quando lançado em 1979, o G-class mais desejável era o 300 GD, o mais potente dos Diesel: tinha um seis em linha sem turbo de 3 litros, e dava 88 cv e 17,5 mkgf; sim, existia G-wagen mais fraco que isso. O mais potente G-wagen de primeira geração era o 280 GE a gasolina, com um seis em linha aspirado de 180 cv.
O novo G-Wagen retrô também é seis em linha; mas como estamos em 2025, é um moderno três-litros turbo com auxílio de um motor elétrico (mild-hybrid), 450 cv e 51,5 mkgf de torque. A potência chega às quatro rodas por meio de uma transmissão automática de nove marchas e uma caixa de transferência de duas velocidades, com três diferenciais blocantes.
Basicamente, um G550 normal: faz 0-100 km/h em 5,3 segundos, que seria desempenho de supercarro em 1980, não de jipe. O interior do G retrô é completamente moderno, claro, com telas para o painel de instrumentos e o sistema de infoentretenimento, completo com Apple CarPlay sem fio e Android Auto.
Não há preço divulgado para o “Edition Stronger Than the 1980s” ainda. Certamente será significativamente mais caro do que um G550 normal, que já não é o que se define como barato. Mas falemos sério: G-wagen nunca foi barato, nem quando lento e espartano. Algumas coisas nunca mudam. (MAO)