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Este é o novo Mercedes-AMG S 63 E Performance
Antes dos anos 2000, a ideia de um Mercedes-Benz S-class “esportivo” era um despropósito, um absurdo, algo impensável. Um S-class era um sedã sério para pessoas sérias, veloz e seguro sim, mas sem atiçar emoções como a vulgar “excitação”. Na época, não era de bom tom adultos se dedicarem a atividades infantis, e o S-class definitivamente era um veículo para adultos.
Sim, existiram S-class com motores V8 gigantes (os 6.2 e 6.9), e até um com um V12 de 400 cv, mas esportivo? Bom Deus, não, Jarvis, isto seria muito vulgar: Mercedes é aristocrata, e não fica bem com um boné virado para trás.
Mas eles apareceram, na forma dos S-class AMG, e eram algo sensacional de verdade. Fizeram tanto sucesso que se tornaram uma tradição nesses últimos 20 anos. E agora temos eles de volta, na forma do incrível Mercedes-AMG S 63 E Performance 2023. É o Classe S mais potente já criado em toda a história da Mercedes.
O motor, para surpresa de ninguém, continua um V8 de 4 litros duplo-turbo: na China acima de 4 litros se paga imposto exponencialmente maior, e a China é o maior mercado deste carro, disparado. Mas aqui vem com um motor elétrico extra montado no eixo traseiro. O resultado combinado é de 800 cv e nada menos que 145,9 mkgf. Barrabás.
O motor V8 dá 611 cv; ele está conectado às quatro rodas por meio de uma transmissão automática de nove marchas e um motor elétrico onde o eixo traseiro normalmente ficaria, inclusive com um diferencial autoblocante controlado eletronicamente. O motor elétrico tem uma potência contínua de 94 cv, e um pico de 188 cv está disponível por um máximo de 10 segundos. Há uma transmissão de duas velocidades neste motor elétrico; ela muda para a segunda marcha a cerca de 140 km/h. Este motor auxiliar é alimentado por uma bateria de 13,1 kWh que também fica na parte traseira.
Com isso o enorme sedã (5289 mm num entre-eixos de 3216 mm) de 2,2 toneladas faz o 0-96 km/h em 3,2 segundos, a caminho da sua máxima limitada eletronicamente. Normalmente é de 250 km/h, mas por um preço a Mercedes permite 290 km/h. Ainda limitado; quem pode imaginar até onde 800 cv iriam sem limitador?
O resto do carro é a limousine S-class que estamos acostumados: um festival de equipamentos, conectividade, telas de cristal líquido diversas, assistências eletrônicas ao motorista diversas, e bancos que custam mais que um Kwid inteiro. A Mercedes ainda não divulgou os preços do carro, embora seja seguro presumir que será acima dos US$ 200.000 (R$ 1.056.000) nos EUA. (MAO)
GM vai lançar carro mais barato que Onix para America Latina; mas não para o Brasil
Uma coisa clara para todos é que a América Latina é um mercado carente de veículos mais baratos. Um exemplo é o fenômeno que vemos hoje aqui no Brasil, onde carros realmente baratos só vendem para frotistas: o preço-base é tão alto que acabam ignorados pelos compradores particulares, que esticam o orçamento para algo mais sofisticado. Foi o que aconteceu no meio dos anos 1980, quando o Monza, um carro que ocupava o lugar dos SUVs pequenos hoje, era o mais vendido. O ciclo foi quebrado com o aparecimento da isenção de impostos para os 1.0 no início dos anos 1990. Mais de 30 anos atrás!
Agora a GM, que no passado criou o Celta para competir com o pioneiro Mille entre os “populares”, está preparando um carro sub-Onix. O Onix, sabemos, já não é mais barato nem pequeno (apesar de um bom custo/benefício), como deve ser para ter sucesso aqui hoje. Mas parece que há espaço para um carro mais barato que ele.
A GM no México mostrou um teaser de seu novo subcompacto em desenvolvimento: um hatch de entrada desenvolvido para mercados emergentes (eufemismo para “pobre”) em parceria com a chinesa Wuling. Ainda sem nome anunciado, o novo carro será vendido na China com a marca Wuling, e em outros mercados onde isso faça sentido, como Chevrolet.
Vamos frear a ânsia de achar um sacrilégio um Wuling com marca Chevrolet. A marca americana já é usada desta forma há mais de 40 anos, de todas as formas possíveis e imagináveis. Se há um dinheiro a ser ganho com a gravatinha, será ganho; a diluição da marca não parece ser um problema para a GM, então…
O novo hatchback deve substituir a dupla Sail/Aveo, de origem coreana, e já bem velhinhos, no mercado mexicano. Será a base da marca em preço por lá, abaixo do Onix. Depois, deve ser vendido nos outros mercados latino-americanos.
No Brasil? Claro que não. A estrutura de custos para venda de carros neste país inviabiliza hoje investimento em carros baratos. É hora de o governo intervir como fez em 1990, ou nada mudará. Definitivamente não seria saudável seguir o movimento para preços ainda maiores com os elétricos, como a rica Europa e EUA fazem. Mas o mais provável é que continuemos como estamos há 30 anos: sem fazer nada. (MAO)
Este é o novo Munro MK1
A Escócia é conhecida por muitas coisas, de cenários belíssimos e estradas vazias sensacionais, ao clima depressivo e o alcoolismo rampante. Mas não por produzir automóveis. Agora uma empresa chamada Munro Vehicles, baseada em Glasgow, quer mudar isso. E ao mesmo tempo competir com a Ineos no buraco do mercado inexplicavelmente deixado abandonado pela Land Rover quando parou de fazer o Defender tradicional.
Este é o Munro Mk1. Um caixote sobre rodas elétrico que é criado para ir a qualquer lugar e ser tratado como uma mula de carga sem nome. Duas opções de propulsor existem: 300 cv ou 380 cv. Também pode-se escolher entre uma bateria de 61 kWh ou um pacote maior de 82 kWh, esta última com autonomia de 306 km. Munro diz que o Mk_1 pode enfrentar percursos off-road por até 16 horas com uma única carga.
O carro suporta carregamento DC de 100 kW, o que permite ir de 15 a 80% de carga em 36 minutos. Se a bateria for alimentada por uma fonte CA de 22 kW, levará cerca de três horas para ir de 15 a 100%. Após oito anos de uso e 160.000 km, a bateria ainda deve reter cerca de 80% de sua capacidade original de energia.
É um jipe tradicional, com chassi e carroceria separados, tração nas quatro rodas permanente e dois eixos rígidos. O diferencial central é bloqueável, assim como também são bloqueáveis os outros dois diferenciais, para uso extremo fora de estrada. Uma caixa de transferência com reduzida também faz parte da especificação. O vão livre é de 480 milímetros e pode atravessar um rio de até 800 mm de profundidade. Os ângulos de aproximação e saída são de 84° e 51°, respectivamente.
Com mais de 300 cv, também não é nada lento, como eram os jipes antigos que emula. O 0-100 km/h é de apenas 4,9 segundos, coisa de supercarro não muito tempo atrás. Mas como velocidade não é o objetivo, e alta velocidade reduz a autonomia significativamente, a velocidade máxima é de 130 km/h. O que explica o motivo de jipe sempre ter motor fraco; será que com um motor de 80 cv e 40 mkgf de torque não faria o mesmo (fora aceleração de supercarro) com menos peso e mais autonomia? Tá, parei.
Munro está pedindo a partir de £ 49.995 (R$ 319.968) pelo carro, que pode vir numa variedade de entre-eixos e carrocerias, como convém a um Land Rover Defender jipe tradicional. O Mk1 começará a ser entregue aos primeiros clientes em 2023. (MAO)
Casal do Michigan doa 35 carros raros para Universidade local
Acumular coisas que gostamos é inevitável. Mas quando chega uma certa idade, e percebemos que, ao contrário do que acreditávamos como adolescentes, não vamos viver para sempre, vem o dilema do que fazer com a tralha acumulada durante uma vida toda. Deixar para os filhos é boa opção, mas na vasta maioria das vezes os interesses deles são outros, e se o valor financeiro da tralha não fizer diferença para o futuro deles, o dilema continua. E tem gente, claro, que não tem filhos para deixar coisas.
Gente como Michael Morey e sua esposa, Dianne, residentes do Michigan, nos EUA, que estavam certamente com um dilema desses. Michael é fundador da Bandit Industries, uma empresa de trituração de madeira cujo imenso sucesso o permitiu amealhar uma incrível coleção de carros americanos interessantes. A solução para o dilema foi muito legal: vão doar os 35 veículos para a Northwood University.
A universidade, localizada em Midland, Michigan, receberá os veículos até o final do ano e planeja vender a maior parte deles no Leilão Kissimmee da Mecum, no dia 6 de janeiro.
A coleção inclui Pickups Chevrolet e Bel Airs, bem como alguns Corvettes. Mas as estrelas são os Muscle-cars: um Pontiac GTO 1966, um Plymouth Hemi GTX 1969, um Plymouth Hemi Cuda 1970 e um Dodge Challenger R/T 1970.
Estima-se o valor da coleção em mais de US$ 2 milhões (R$ 10.560.000) e a universidade planeja usar os recursos para melhorar o seu campus. A doação também será usada para construir um fundo de bolsas que apoie a “missão de livre iniciativa” da Northwood University.
A universidade manterá um Corvette 1958, para exibir no campus, e os Morey’s divulgaram um comunicado dizendo: “Os carros têm sido uma grande parte de nossas vidas”, mas “é hora deles escreverem um novo capítulo e apoiar rapazes e moças que desejam trabalhar duro, construir algo próprio e influenciar positivamente as comunidades que chamam de lar”. Amém! (MAO)