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Novos itens de segurança passam a ser obrigatórios a partir deste mês
A partir deste mês entram em vigor três normas publicadas em 2015 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran): a obrigatoriedade do cinto de segurança de três pontos para os ocupantes do banco traseiro e de Isofix ou Latch em todos veículos novos à venda no país, e a obrigatoriedade de controle de estabilidade (ESP/ESC) em todos os modelos lançados neste ano com projeto novo — sejam inéditos ou novas gerações. Os dispositivos serão obrigatórios em todos os veículos de passeio e utilitários.
A obrigatoriedade do Isofix/Latch ajudará a resolver um problema ignorado pela histeria da discussão sobre as cadeirinhas: o uso da cadeirinha por si não garante a segurança das crianças porque, muitas vezes, a cadeirinha é utilizada de forma errada — nos EUA, por exemplo, a cadeirinha foi usada de forma incorreta em 59% dos acidentes com crianças, enquanto no Reino Unido estima-se que 65% das crianças viaja de forma inadequada nas cadeirinhas.
Boa parte deste uso incorreto se deve à forma de afixação do assento no carro ou mesmo à falta de itens para a instalação correta. Carros com cintos traseiros sub-abdominais, por exemplo, não comportam as cadeirinhas modernas — por esta razão eles devem usar os chamados “bebê-conforto”, que não oferecem a mesma proteção que as cadeirinhas. Há também casos em que as cadeirinhas são afixadas incorretamente apesar de o carro ter instalado os cintos de três pontos necessários. Com os sistemas Isofix e Latch a instalação é simplificada, minimizando o risco de erros, além de a cadeirinha passar a ser ancorada na estrutura do carro, em vez de apenas amarrada pelo cinto. (Leo Contesini)
Governo irá recorrer da decisão que suspende a redução do DPVAT
O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo federal irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a redução de valores do DPVAT para 2020. Segundo Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União irá questionar a decisão no STF, mas ainda não há um prazo definido para que a ação seja movida.
A redução do DPVAT havia sido definida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) após recomendação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) devido às fraudes encontradas no seguro em anos anteriores, que resultou em uma reserva de mais de R$ 5 bilhões. Segundo a SUSEP, a reserva permitiria a redução dos valores a serem pagos pelos proprietários de veículos sem prejuízos às indenizações.
A seguradora Líder levou o caso ao Supremo Tribunal Federal, onde era relatado pelo ministro Alexandre Moraes, porém devido ao recesso, o ministro de plantão Dias Toffoli acatou o pedido da seguradora Líder e suspendeu a resolução do CNSP, elevando os preços apesar da redução de indenizações.
O DPVAT já havia sido extinto por Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro, porém o STF suspendeu a MP, mantendo a cobrança da taxa.
Como já dissemos na semana passada, em maio de 2019, antes mesmo de o DPVAT entrar em pauta, defendemos a extinção deste seguro, porém condicionada à criação de uma nova modalidade. Os motivos passam pela impossibilidade de negociar o preço por não haver concorrência, visto que se trata de monopólio privado, pela cobertura insuficiente e incompatível com a necessidade pessoal de cada beneficiário e até pela equivalência do seguro particular ao seguro obrigatório, para quem já contrata esse serviço.
Quanto ao Sistema Único de Saúde (SUS), é importante lembrar que o DPVAT é um seguro voltado para as vítimas de trânsito e não um imposto cuja função é arrecadação para formar caixa do governo. É injusto que condutores que não se acidentam financiem duplamente o sistema de saúde, visto que o SUS é financiado por impostos e outras taxas, e o IPVA já pode ser destinado ao SUS (e provavelmente é), visto que não tem vinculação de gastos com o sistema de transporte/infraestrutura. (Leo Contesini)
Preços “vazados” de VW Polo e Virtus GTS passam dos R$ 100.000
Volkswagen Polo GTS e Virtus GTS certamente estão entre os carros mais aguardados de 2020. As versões esportivas dos compactos já têm visual e especificações conhecidas, e sua chegada está marcada para as próximas semanas. O que não se têm, ainda, é o preço – a VW certamente está fazendo o possível para manter a informação guardada a sete chaves.
Entretanto, os últimos dias foram marcados por supostos vazamentos nos preços. Primeiro, foi uma imagem que surgiu em fóruns de proprietários. Nela, uma suposta tabela de preços para o ano de 2020 diz que o VW Polo GTS custará, com todos os equipamentos, R$ 103.440. É um valor salgado, claro, mas os carros estão caros no nosso mercado – e, além disso, na prática o Polo GTS terá também a missão de preencher a lacuna deixada pelo Golf GTI. Mesmo que seu motor seja um 1.4 turbo de 150 cv, acoplado a uma caixa automática de seis marchas. Na tabela, o preço do VW Virtus GTS ainda não aparece.
Em meio a críticas por conta do preço elevado, porém, outra informação surgiu. De acordo com o blog do jornalista Jorge Moraes, hospedado no portal Uol, nenhum dos GTS passará dos R$ 100.000 – ao menos em um primeiro momento.
Citando como fonte uma concessionária VW que certamente não quer entrar em maus lençóis, a publicação afirma que, na verdade, o Polo GTS com todos os opcionais (que na verdade são dois, pintura metálica e som Beats) custará R$ 93.680. No caso do VW Virtus, o preço máximo é R$ 98.400. Subtraindo os preços dos opcionais praticados pela Volkswagen – R$ 2.400 pelo som Beats e R$ 1.570 da pintura metálica –, Polo GTS e Virtus GTS devem partir de R$ 89.710 e R$ 94.430, respectivamente. Sim, ainda são valores altos, mas ao menos nenhum deles chega aos seis dígitos. Isto deve acalmar a população.
Agora, é claro que nenhum destes dados foi confirmado oficialmente pela Volkswagen. Que, aliás, pode até mesmo alterar os planos de última hora, com base na reação do público aos valores supostamente vazados. (Dalmo Hernandes)
Ford irá oferecer três versões do Territory
A Ford passa por um mau momento no Brasil. Depois de entregar de bandeja o segmento das picapes compactas para as concorrentes ao extinguir a Courier e não trazer uma substituta, ela não conseguiu manter o EcoSport na liderança do segmento que ele próprio inventou, e também nunca ameaçou nenhum hatch compacto com o Fiesta. Com o fim do segmento dos hatches médios e a decisão de oferecer o Edge somente na versão ST pelo preço do Mustang, a Ford encolheu sua linha de produtos para apenas cinco modelos, sendo dois deles de nicho. Na prática ela disputa o mercado com o Ka, o EcoSport e a picape Ranger.
O resultado não poderia ser diferente: a Ford perdeu a quarta posição do mercado pelo segundo ano consecutivo. Rumores dizem que até mesmo os concessionários estão reclamando, pois a marca não tem um rival para o Argo e o Polo, não tem um rival para o Corolla, não rivaliza com Compass, nem com Tiguan.
É para resolver este problema que eles planejaram trazer o Territory, apresentado no final de 2018 durante o Salão do Automóvel. Na ocasião ficamos em dúvida sobre a capacidade de o Territory conquistar os clientes que a Ford precisa, e esta impressão permaneceu ao longo do último ano, à medida em que os concorrentes se atualizaram.
Segundo o pessoal do Autos Segredos, o Ford Territory será oferecido nas versões SEL, SEL Plus e Titanium. Ainda não há confirmação de preços, mas podemos estimar com base nos preços do EcoSport que ele deverá partir dos R$ 110.000 e esbarrar nos R$ 140.000. Ainda que tenha eventualmente suas qualidades — especialmente com o motor flex 1.5 turbo de origem japonesa — ele esbarra em rivais como o Volkswagen Tiguan Allspace 250, no Chevrolet Equinox 1.5 e no próprio Compass, que, apesar de ter perdido a liderança para o Renegade, ainda é um dos modelos mais vendidos e valorizados do mercado. Será que o Territory conseguirá abocanhar uma fatia deste mercado? (Leo Contesini)
Chevrolet aumenta preços do Onix e Onix Plus
Um dos destaques durante o lançamento da nova geração do Onix foi o preço do modelo antigo ter sido mantido no novo, isso muda agora com um reajuste que subiu o preço do compacto. O Onix hatch de entrada subiu o preço em R$ 1.200, passando a partir de R$ 49.690. No sedã Onix Plus o aumento foi maior: o modelo de entrada subiu em R$ 5.100, agora custando R$ 60.090.
O novo Onix não consta no configurador do site da marca e esse aumento não foi anunciado através de release, portanto não é possível saber ainda se os aumentos afetaram os outros modelos da linha Onix. Com esses reajustes os modelos de entrada ficam com o preço muito próximo do do modelo LT, portanto o resto da linha também deve ter recebido aumentos.
O modelo Premier do Onix Plus havia recebido um reajuste em novembro, onde subiu o preço de R$ 73.190 para R$ 74.090. Agora no site o modelo Premier do sedã está anunciado como a partir de R$ 75.090. O hatch no modelo topo de linha parte de R$ 71.790, um aumento de R$ 1.800. Esses aumentos já estavam programados segundo uma nota enviada para os concessionários em dezembro e deve afetar toda a linha Chevrolet. (Eduardo Rodrigues)
Troller TX4 com câmbio automático inicia as vendas por R$ 167.530
O câmbio automático é uma adição muito aguardada no Troller T4, o modelo TX4 com esse tipo de transmissão foi anunciado em novembro de 2019 mas sem preço. O fabricante cearense iniciou as vendas do TX4 com preço sugerido de R$ 167.530, um aumento de R$ 26.630 em relação ao T4 manual. O modelo pode ser diferenciado pela pintura Azul Naval em partes da carroceria. Ele é oferecido nas cores Marrom Trancoso, Verde Maragogi e Prata Geada.
O TX4 já vem de série com acessórios para o fora de estrada além do câmbio automático, como parachoques reforçados e com suporte para guincho, snorkel, pneus Pirelli Scorpion, rack de teto e estribos laterais reforçados. O cambio automático é o de seis marchas usado pela Ranger e junto dele veio o bloquei eletrônico do diferencial traseira oferecido na picape, o T4 manual usa um diferencial autoblocante. O motor continua o mesmo cinco cilindros 3.2 turbodiesel de 200 cv.
O câmbio automático facilita a vida de quem usa o Troller na cidade, mas também possui suas virtudes no fora de estrada. Utilitários com cambio automático podem subir trechos íngremes lentamente com mais tranquilidade e podem parar ou trocar de marcha em trechos alagados. O câmbio automático tende a ser mais amigável com iniciantes no fora de estrada. (Eduardo Rodrigues)
Jeep planeja modelo menor que o Renegade para competir com o Suzuki Jimny
O Renegade é atualmente o menor modelo da Jeep, mas o fabricante americano tem planos de fazer a partir de 2022 um utilitário ainda menor para poder competir com o Suzuki Jimny. O plano foi revelado pelo chefe de marketing da marca na Europa, Marco Pigozzi, para a revista britânica Auto Express. O modelo está planejado para o mercado Europeu e não se sabe ainda se poderá vir para o Brasil.
Pigozzi adianta que o modelo compacto manterá as capacidades fora de estrada tradicionais da marca e medirá por volta de quatro metros de comprimento. O novo Jeep fará parte do atual plano de eletrificação da marca e terá opção de powertrain elétrico vindo da PSA. O modelo também será adequado para o uso urbano, por isso prevejo que usará a plataforma modular CMP da PSA.
Essa plataforma já é preparada para eletrificação e poderá receber um motor elétrico na traseira para oferecer tração nas quatro rodas. Apesar de ter o Jimny como rival, o pequeno Jeep não deverá usar chassi do tipo escada e eixo rígido na dianteira e traseira como o Suzuki, o Jeep deverá seguir os moldes do Renegade em sua concepção. (Eduardo Rodrigues)
Lamborghini Huracán EVO RWD é revelado
Se podemos dizer algo com certeza, em contraste, é que o Lamborghini Huracán tem se mostrado um dos supercarros mais old school da atualidade: a fabricante italiana que pertence a alemães acaba de revelar a versão RWD do Huracán Evo, com uma versão de 610 cv e 57 kgfm de torque do motor V10 de 5,2 litros – tudo canalizado para as rodas traseiras. O câmbio continua sendo de dupla embreagem e sete marchas, porque hoje em dia não dá mais para seguir totalmente à velha escola.
O motor tem 30 cv a menos que a versão de tração integral, mas a tração traseira promete compensar a potência ligeiramente menor com muito mais emoção e disposição para escorregar o eixo traseiro nas curvas. A Lamborghini promete “diversão ao volante tanto em piso molhado quanto em pista seca, e até mesmo na neve”.
A ausência de componentes de tração no eixo dianteiro também faz com que o Huracán Evo RWD perca alguns quilinhos – 33 kg, para ser mais exato, levando o peso seco total a 1.388 kg. Para ir de zero a 100 km/h, o supercarro leva 3,3 segundos, ou seja, 0,4 segundo a mais que o Evo AWD. A velocidade máxima, porém, continua nos 327 km/h. Naturalmente, os engenheiros da Lamborghini recalibraram o sistema P-TCS (Performance Traction Control System) para o novo drivetrain, a fim de manter as características dos modos de condução – “Strada”, que prioriza a aderência e o conforto para uso normal; “Sport”, que torna a traseira mais animada e dá prioridade para a diversão ao volante na pista; e “Corsa”, que equilibra o diferencial traseiro para facilitar a vida de quem quer virar tempos.
Fora as mudanças mecânicas, o Huracán Evo AWD também diferencia-se da versão de tração nas quatoro rodas pelo para-choque dianteiro, que possui apenas três entradas de ar e desenho menos agressivo. Se eu fosse comprar um Lamborghini, já sei exatamente qual seria. (Dalmo Hernandes)
Mercedes-Benz e Volvo podem firmar parceria para desenvolvimento de novos motores
Motores elétricos vão dominar o mundo? Um dia, talvez. Mas, por enquanto, parece que os motores a combustão interna ainda têm chão pela frente – duas gigantes da indústria, Mercedes-Benz e Volvo, parecem estar prestes a unir forças na criação de novos propulsores.
A informação vem de um jornal alemão chamado Automobilwoche. Segundo eles, a Mercedes-Benz e a Volvo estão em processo de firmar uma parceria. A fabricante sueca foi procurada pela publicação e diz que, de fato, isto está acontecendo, mas que ainda é preciso tomar uma decisão definitiva. Eles também afirmam que é cedo para descartar outras possíveis alianças, e que não é possível dar mais detalhes sobre planos futuros.
No caso da Mercedes-Benz, o porta-voz da companhia disse apenas que a parceria com a Volvo está “se desenvolvendo de maneira positiva” – e só. (Dalmo Hernandes)
Mercedes-Benz anuncia recall de mais de 700.000 carros por problemas com o teto solar
Quando você compra um carro com teto solar, o que você quer é dirigir a céu aberto quando tiver vontade – e apenas quando tiver vontade. É por isso que a Mercedes-Benz anunciou a realização de um recall gigantesco, envolvendo exatamente 744.852 carros: neles, o teto solar pode sair voando sem aviso.
Os modelos envolvidos são o Classe C produzido entre 2001 e 2007; O CLK fabricado entre 2003 e 2009; o CLS feito entre 2007 e 2011; e o Classe E produzido entre 2003 e 2009. Em todos eles, o defeito está na cola usada para fixar o teto, que pode deteriorar-se além do esperado com o tempo. Isto porque, segundo a Mercedes, a Webasto – que fornece os tetos solares para os alemães – não aplicou a quantidade suficiente de primer à moldura do teto durante a fabricação.
Por enquanto o recall é direcionado ao público norte-americano, mas provavelmente é uma boa ideia que os proprietários destes modelos no Brasil fiquem atentos a possíveis chamados em um futuro próximo. (Dalmo Hernandes)