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BYD faz elétrico mais veloz do mundo
Lembra do YangWang U9? Um carro elétrico esportivo da BYD de quatro motores que em seu lançamento em janeiro dizia-se capaz de chegar a mais de 390 km/h? Talvez você se lembre que ele tinha uma suspensão capaz de fazê-lo saltar obstáculos de até 4 metros a uma altura de 35 mm, feito um Mach-5 dos anos 2020?
Bom, lembrando ou não o fato é que ele está de volta às manchetes. Vem em nova configuração de quatro motores elétricos mais potentes, e mais de 3 mil cavalos vapor. Sim, você ouviu corretamente, três mil. De acordo com o fabricante, o veículo elétrico apresenta a plataforma veicular de ultra-alta voltagem de 1.200 volts “primeira do mundo produzida em massa”, que combina um sistema de gerenciamento térmico aprimorado.
Pois bem: a notícia hoje é que este U9 Track Edition de 3 mil cavalos-vapor atingiu 470,7 km/h em 8 de agosto na Alemanha. Ele quebrou o recorde anterior estabelecido pelo Aspark Owl em 2024, a 437,7 km/h. O Rimac Nevera? Não passa de 432 km/h, coitadinho. O Air Fryer 9000 YangWang U9 Track Edition é agora o mais veloz elétrico do mundo.
A Track Edition conta com o sistema DiSus-X do U9, aquele que o permite pular como se tivesse um Chimpanzé e um membro da família no porta-malas. Na Track Edition, a Yangwang aprimorou o “controle de postura corporal” do software para cenários de pista, permitindo ajustes independentes da suspensão em cada roda para otimizar a dirigibilidade.
Visualmente, o U9 Track Edition perde a asa traseira do U9, mas ganha um Splitter dianteiro de fibra de carbono. Os pneus são uma colaboração com a LingLong Giti Tire, e apresentam um design de banda de rodagem personalizado e um “composto otimizado”. (MAO)
Porsche desiste de baterias próprias
Enquanto os chineses continuam indo de vento em popa com seus carros elétricos de todos os preços, outros fabricantes de carros elétricos de luxo não andam com tanta sorte. Um deles é a Porsche.
Em 2021, o CEO da Porsche, Oliver Blume, afirmou: “A célula de bateria é a câmara de combustão do futuro”. Essa citação foi feita quando ele anunciou que a marca estava investindo milhões de dólares em uma nova empresa chamada Cellforce. A empresa foi criada para produzir células de bateria de alto desempenho para a Porsche. Agora, de acordo com uma reportagem da Reuters, a Porsche cancelou os planos de fabricar suas próprias baterias e está demitindo dois terços da equipe da Cellforce.
Isso porque a adoção de veículos elétricos desacelerou e muitos fabricantes estão recuando em suas metas anteriores. Isso fez com que Blume mudasse de tom em 2025. “A Porsche não vai produzir suas próprias células de bateria por motivos de volume e falta de economias de escala”, disse Blume em 25 de agosto.
A reportagem da Reuters afirma que cerca de 200 dos quase 300 empregos na Cellforce serão cortados. Alguns desses empregos podem ser transferidos para a unidade de baterias da Volkswagen, a PowerCo. Esta é uma mudança drástica em relação a alguns anos atrás, quando a Porsche esperava ter uma fábrica capaz de produzir baterias de alto desempenho suficientes para 1.000 veículos por ano. Agora, parece que, pelo menos no futuro próximo, a Porsche continuará a depender de baterias produzidas na China.
O que significa, também, vários milhões jogados no lixo. Engraçado é que para fazer novas caixas manuais ou motores aspirados, nunca há dinheiro; para gastar em carros elétricos que, aparentemente, o mercado está dizendo que ninguém quer, há um poço sem fim de grana para usar. Vai entender. (MAO)
JLR faz restomod do Defender inspirado em Churchill
A JLR parou de fazer o Defender original em 2016; mas percebendo o mercado milionário de restomods do carro, resolveu entrar nele também. A divisão Works Bespoke é o braço da empresa dedicado a recriar carros especiais do passado. Agora, este braço fez uma homenagem ao Land Rover Série 1 presenteado a ninguém menos que Winston Churchill.
Trata-se do Land Rover Classic Defender V8 Churchill Edition, e é uma edição especial sob encomenda de apenas 10 carros. Eles podem ser feitos na versão jipe “90”, com teto de lona ou rígido, ou na versão perua “110”. São baseados em Defenders produzidos entre 2012 e 2016.
O carro que inspirou a coisa toda é o “UKE 80”, que foi presenteado a Churchill em comemoração ao seu 80º aniversário em 1954. Ele foi restaurado após ser adquirido por um comprador suíço em 2013 e, desde então, está em exposição no Museu de Clássicos Emil Frey em Safenwil, Suíça.
A JLR diz que membros da equipe Works Bespoke viajaram ao museu para coletar amostras e “mergulhar completamente nos detalhes da época”, para garantir que “cada aspecto da Edição Churchill esteja à altura de sua inspiração”.
A inspiração, claro, é apenas em estilo. Talvez só a cor. Afinal de contas, o carro de Churchill, como todo Land Rover em 1954, era extremamente espartano, e tinha um quatro em linha de 50 cv. Este vem com um V8 de cinco litros e 400 cv, para começo de conversa. Custam ao redor dos £ 300.000, o equivalente a algo ao redor dos dois milhões de reais, na Inglaterra, então espartano não vai ser. Né?
São pintados com o mesmo Verde Bronze do original, e os bancos e acabamento interno serão revestidos com couro Bridge of Weir, quase idêntico, na cor Verde Garrafa. A pintura externa – uma cor clássica da Land Rover – também é usada nas rodas de aço de 16 polegadas e reveste o console central.
Também são destaques um para-choque dianteiro galvanizado, uma grade de malha metálica, um decalque “UKE 80” nos para-lamas dianteiros e um emblema personalizado na traseira. Os carros vem com câmbio automático ZF de oito marchas, e tração total part-time com reduzida. A empresa já está pegando encomendas. (MAO)
Argentina tem Vans “Crew-cab” da Stellantis
Não é inteligente ficar imaginando que a grama do vizinho é mais verde; a maioria das vezes, ela é só de uma cor diferente da sua, e seu vizinho também inveja você. E mesmo que seja, é de bom tom ficar feliz com o sucesso do vizinho. Não o invejar! É feio, minha mamãe me ensinou, e meu pai garantiu que assim agisse.
Mas nesse caso, não posso deixar de senti-la. A notícia é a seguinte: a Argentina recebeu a reestilização das vans médias Peugeot Expert / Citroën Jumpy da Stellantis. Como aqui, vieram com um novo e potente motor turbodiesel de 2,2 litros, 150 cv e nada menos que 37 mkgf. A transmissão é manual, com seis marchas e a tração é dianteira.
Até aqui, sem inveja: é o mesmo carro que temos aqui. Mas há agora uma versão muito mais interessante, que está disponível lá e não aqui: a versão “Mixta”. Trata-se do que os americanos chamam de “crew-cab van”, com duas fileiras de passageiros, e vidros laterais. Assim, a enorme van pode ainda carregar um milhão de coisas lá atrás, e levar uma família de seis para viajar sem problemas.
É a melhor configuração para uso particular, e faz do furgão um veículo de uso diário sensacional. Esta van já era uma delícia de conduzir com o 1.5 litro de 120 cv; o motor mais potente só deve ter melhorado a experiência. Para quem reboca carro de corrida para pista, é um veículo perfeito: dá para levar uma oficina para pista no fim de semana, e levar as crianças para a escola durante.
Mas uso particular certamente não é prioridade aqui no Brasil; os compradores nesta faixa de preço preferem emular imagens diferentes, especialmente em picapes cabine dupla. Ninguém quer parecer funcionário da Cia de Força e Luz, acho. Fazer o que?
Ter inveja dos argentinos, ué. É só o que dá para fazer. (MAO)