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Zero a 300

O carro 1:1 da Tamiya | O Yaris Cross | Um novo Mazda RX e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Tamiya Wild One Max é carro de controle remoto sem controle remoto e em tamanho natural.

Se você ainda não percebeu que vivemos numa época bat-shit crazy, veja esta. Uma empresa de brinquedos cria nos anos 1980 um dune-buggy tubular em escala 1:10, pequeno, radiocontrolado, cópia dos dune-buggy em tamanho natural que enfestavam dunas na época, mundo afora. Agora, está fazendo o caminho inverso: um carro real 1:1 que pode ser dirigido, cópia da cópia em escala dos anos 1980.

Mas tem mais: é uma cópia em 1:1 de um carrinho de controle remoto, mas o controle não é remoto; você tem que dirigir ele como um carro normal. Ein? Pois é. Mas de qualquer forma, parece divertido.

O carrinho de brinquedo dos anos 1980 era o Tamiya Wild One, e este de hoje é o Tamiya Wild One Max. Criado pela The Little Car Company, a mesma empresa que faz o Bugatti Baby II, em conjunto com a Tamiya, o processo de desenvolvimento tomou dois anos, desde que foi anunciado inicialmente em 2021. A ideia original era um carro para crianças, ainda em escala, como o Bugatti, mas evoluiu para um carro de verdade 1:1, com dois lugares.

Como o carrinho de controle remoto, é elétrico: oito baterias removíveis fornecem um total de 14,4 kWh de energia. O motor elétrico está nas rodas traseiras, muito parecido com brinquedo original, mas este atinge 100 km/h. Para lidar com terrenos acidentados, ele usa amortecedores Bilstein e molas Eibach com freios Brembo e pneus off-road Maxxis de 14 polegadas. O desenho da suspensão é sofisticado: independente nas quatro rodas por triângulos sobrepostos.

É basicamente um brinquedo para off-road; não é legal nas ruas da maioria dos países. Um pacote legal para uso nas ruas é disponível no Reino Unido e da União Europeia. Nos EUA, por exemplo, não é permitido nas ruas, e não há notícias de disponibilidade e legalidade no Brasil.

Preço também não foi divulgado, mas a julgar pelas ofertas anteriores da empresa, não deve ser barato. Uma edição limitada de 100 carros “Launch Edition” estão planejadas para produção em 2024, embora a empresa diga que outras versões do Wild One Max serão oferecidas posteriormente.

O que me faz perguntar: o que há de errado com um buggy tubular com mecânica VW, do tipo que ainda existe por aí aos montes, a preços módicos? Certamente será mais barato e útil que isso. E vou até dizer que criar um desenho idêntico à esse não é difícil de fazer, se você sabe soldar. Mas enfim, quando se faz a cópia da cópia da cópia, mudando escala em cada iteração, algo tinha que se perder, não? (MAO)

 

Conheça o Toyota Yaris Cross que deve vir ao Brasil.

É inevitável: o caminho da singularidade SUV parece cada vez mais chegar a termo. Agora, depois do Corolla Cross, teremos mais um carro Toyota “suavizado” pelo termo Cross. Apresentado na Indonésia, o Toyota Yaris Cross deve ser o modelo que virá ao Brasil, diferente do europeu. O design é inspirado no Corolla Cross e no RAV4, e deve ser o carro que a empresa irá produzir em Sorocaba, no estado de São Paulo, a partir de 2024.

A julgar pelo sucesso do Corolla Cross, deve agradar: é algo neste gênero, em pacote menor. No interior, muito do Yaris continua, as mudanças parecendo bem menores que no exterior.

O carro mede 4.310 mm de comprimento em um entre-eixos de 2.620 mm, o que o colocará bem no meio da disputada categoria cheia de Cretas e HR-V’s. Não há informação oficial de peso, mas deve ficar em torno de 1200-1300 kg.

Na Indonésia o carro básico vem com um 1.5 a gasolina de 106 cv e 14 mkgf, com transeixo manual de 5 velocidades, ou opcionalmente automática do tipo CVT. Opcionalmente há também um sistema híbrido, que combina um motor 1.5 de 80 cv com um elétrico de 90 cv.

Oficialmente, não há confirmação deste carro no Brasil, mas parece ser ele mesmo o objetivo do investimento de R$ 1,63 bilhão em suas fábricas em Porto Feliz e Sorocaba, com a previsão de lançar um novo carro em 2024. A empresa diz que será um modelo compacto e híbrido-flex; outro hatch/sedã pequeno que não vai ser. (MAO)

 

Mazda pede patente para carro esporte híbrido com Wankel

De acordo com o site “The Drive”, a Mazda pode estar trabalhando em um novo carro esporte avançado, com um Wankel rotativo. Tudo por causa de um pedido de patente nos EUA, que mostra algo com esta configuração.

O documento não inclui muitas informações sobre o motor rotativo em si, mas diz que ele é colocado na frente do carro, em posição central-dianteira. Aparentemente, a Mazda também vê potencial em tipos de motores mais tradicionais “como motores alternativos”.

O carro seria também um híbrido. Há também uma combinação de diferentes tipos de motores elétricos – um par de motores de indução de 23 cv nos cubos de roda dianteiros e para as rodas traseiras um motor síncrono de ímã permanente de 36 cv que fica montado no motor de combustão, fornecendo o carro uma capacidade de tração nas quatro rodas. Parece um esquema interessante, com os motores elétricos fornecendo “enchimento” de faixas de torque baixas, e ajudando o motor à gasolina de diversas forma. As possibilidades são bem interessantes para alta performance.

A patente da Mazda propõe também um sistema único de tensão variável, que aparentemente usa quatro módulos de 48 volts alojados em um único pacote. Com uma carga de sistema mais baixa, os módulos funcionam como uma bateria tradicional de 48 volts, mas quando o potencial total é necessário, a bateria usa interruptores elétricos para reconfigurar dois pares de células de bateria para operar em série a 96 volts. Segundo a patente, esse design economiza peso, o que é crucial em um carro esportivo com motor a combustão, três motores elétricos e bateria.

A Mazda parece estar extremamente ativa em criar sistemas híbridos inovadores usando os Wankel ultimamente. Esperamos que finalmente esta seja a volta esperada do motor em sua aplicação mais interessante: o carro esporte. Veremos. (MAO)

 

Alpina C2 2.7: o melhor dos E30?

OK, vamos ser sinceros aqui. O BMW M3 E30 é um ícone, um carro derivado de competição que pede para ser dirigido com vontade, um carro de homologação que trocava quase tudo do série 3 E30 normal por componentes de competição. Hoje é uma lenda, e uma que vale uma montanha de dinheiro impossível de escalar se você não for um dos mais bem-sucedidos membros da sociedade. Ou tenha ganhado na mega da virada.

Mas a verdade é que existe outro série 3 E30 que não é tão caro e raro, e, fora de pistas e passeios realmente à moda, é até melhor: os 325i. O motor dele, um seis em linha de 2,5 litros SOHC, é mais suave, mais torcudo, e mais gostoso, no dia-a-dia, que o bravo quatro em linha do M3. O M3 é mais potente, mas por pouco: 170 cv versus algo de 200 a 240 cv no M3, dependendo do ano e versão. E a entrega do carro seis cilindros é na realidade muito mais sofisticada e agradável.

Aqui no Brasil, apesar de termos poucos E30, a diferença existe também; mas lá fora chega a ser incrível como os M3 são valorizadíssimos, e os 325i, valem nada. Recentemente, isso tem mudado; os menos sofisticados dos E30 que sobreviveram a décadas de abuso começam a ser itens disputados também.

E aí existem empresas como a Alpina. Vejam o caso deste carro que apareceu em leilão virtual do site americano Bring a Trailer: um C2 2.7 de 1988, na carroceria sedã quatro portas, e câmbio manual de cinco marchas. A primeira coisa que salta os olhos, além do estado impecável, é a cor e decoração Alpina. Branco com faixas azul e verde limão, e com as lindas e tradicionais rodas “turbina” da Alpina, leva a gente direto aos anos 1980, sem escala. Tenho certeza que ao entrar nele, um terno rosa com ombreiras, um mullet e um bigode aparecem em você em um passe de mágica.

E é algo sensacional: o motor aumentado para 2693 cm³ por meio de curso maior, cabeçote trabalhado, comando de válvulas Alpina, coletor de escapamento especial, para 210 cv. O carro pode fazer 0-100 km/h em 6,5 segundos, e chegar a 240 km/h. E com um berro sofisticado que só um BMW seis em linha pode dar.

Isso sem falar do interior com Recaros em tecido cinza com as faixas Alpina, o teto solar, o som Blaupunkt de época e a plaquinha da Alpina garantindo que este carro foi totalmente refeito em Buchloe. Quem precisa de um M3? (MAO)