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Zero a 300

O Cobra 2.0 | O Miura Liberty Walk | Só Toyota híbrido não paga IPVA em SP e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

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Novo AC Cobra terá versão de quatro cilindros.

Há um ano, a empresa inglesa herdeira direta do logotipo AC anunciou um novo Cobra. Para quem passou os últimos 60 anos em uma viagem ao planeta Urano, vale lembrar o que era o Cobra original: um carro esporte dos anos 1950 chamado AC Ace, que vinha com motores seis em linha ao redor dos 2 litros e suspensão independente nas quatro rodas, tornado uma lenda pela simples inserção de um V8 pequeno de grande deslocamento da Ford, em 1962. A tal inserção foi obra de Carrol Shelby na Califórnia, então o Cobra era chamado de Shelby Cobra nos EUA, ou AC Cobra na Europa.

Quão rápido era um Cobra MkIII 427?

Hoje então há novos Cobra com marca Shelby vindos dos EUA (fabricados pela Superformance, que tem acordo para usar o nome Shelby e numeração de chassi “CSX”), e agora AC Cobra moderno também. O carro, que é oferecido como cupê ou roadster, vem com um V8 Coyote de Mustang. A AC fabrica hoje também um Ace: a carroceria é igual à do antigo Ace, mas a mecânica moderna; o motor é o quatro em linha 2,3 litros turbo da Ford, com 300 cv.

O Ace com Ford 2.3 litros Turbo

Pois bem, a notícia de hoje é que o novo Cobra, a partir de 2026, poderá vir com um quatro em linha também. Eu pensei que o nome “Cobra” seria para sempre indicação de motor V8, mas parece que estava errado. Não é um novo Ace: é um novo Cobra “2.0”.

Chassi de alumínio: o novo Cobra

Parece que nem quem gasta muito dinheiro em carros assim conhece o suficiente para saber a diferença entre um Ace e um Cobra. Mas enfim: o fato é que de qualquer forma, o novo Cobra de quatro cilindros não será nada fraco.

Poucos detalhes são conhecidos sobre o motor que a AC Cars está preparando para o Cobra. O que sabemos é que será 2 litros turbo, e que haverá duas variantes em oferta, com a mais potente produzindo 395 cv e, pasme, usará uma transmissão opcional de dupla embreagem.

Especula-se que o motor poderia ser o onipresente quatro cilindros turbo EA888 da VW, encontrado em modelos como o Golf GTI e Golf R. O motivo do quatro em linha? A AC aparentemente acredita que há gente que prefere algo mais econômico que ainda forneça ampla potência. Talvez tenha a ver com preço também: provavelmente o novo Cobra será mais barato sem o V8. O que, nome errado de lado, é sempre algo bom. (MAO)

 

O Lamborghini Miura da Liberty Walk

Existem dois tipos básicos de entusiasta. Amor pelo alto desempenho é o que tem em comum; mas a maneira com que mostram ao mundo este amor é diferente para ambos. O primeiro tipo não gosta de chamar a atenção; gosta de carros discretos e completamente sem adornos. O outro não tem medo disso: adora que a velocidade possível com seu carro seja aparente mesmo com ele parado. Entre esses dois extremos é claro que há infinitos tons de cinza; mas os tipos básicos são assim explicados.

Dez motivos para amar o Lamborghini Miura

Não preciso dizer qual dos dois é fã da japonesa Liberty Walk, não é mesmo? Principalmente quando ela mostra sua nova criação; um Lamborghini Miura com o seu tratamento. O Miura, sozinho, já é um carro que é tudo menos discreto: de suas curvas, guelras e aletas até o berro inconfundível do V12 Lamborghini, discreto não é, mesmo sem modificação. Aqui, aumenta o volume para 12.

E sim: a empresa recortou e modificou um dos raros e amados carros originais. Não é uma réplica, é um carro modificado. Alguns puristas mais sensíveis estão gritando “sacrilégio!!!” e balançando as bengalas para o céu. Menos de 800 Miuras foram fabricados, e certamente nem todos sobreviveram.

O kit da Liberty Walk para o Miura leva o nome de LB-Silhouette Works GT e se junta a uma série de outros kits semelhantes, incluindo para o Lamborghini Murcielago, Aventador, Huracan e a Ferrari 458 Italia, para citar apenas alguns. Praticamente todos os painéis externos do supercarro italiano clássico foram atualizados ou substituídos.

A parte dianteira ganhou um moderno e dramático splitter, além dos obrigatórios canards agressivos. Os para-lamas dianteiros são mais largos e as rodas também são diferentes. Saias laterais aerodinâmicas e um par de pequenos espelhos retrovisores inspirados em corridas completam a lateral. O enorme “capô” traseiro é todo novo, com paralamas alargados e um moderno difusor embaixo.

Há também uma asa traseira enorme, claro, e o carro foi severamente rebaixado, mesmo sendo o original já um carro baixo. Supostamente, tem suspensão a ar para poder passar por obstáculos como suaves rampas de acesso a garagens.

Não há informação sobre a efetividade aerodinâmica dos novos adendos, e provavelmente é tudo só para aparência; mas uma das conhecidas deficiências do carro original é a de extremo lift no eixo dianteiro a alta velocidade. Será que pelo menos isso melhorou aqui? Melhor nem tentar descobrir, suponho.

Além deste controverso modelo, a empresa mostrou seu tratamento em um outro modelo bem mais popular e que existe em grande quantidade: o Mazda MX5 Miata atual. Neste caso parece ornar mais e ser algo mais esperado. E é o que a empresa vende de verdade: o Miura é para chamar atenção, o que conseguiu.

Também rebaixado e com seus conhecidos alargadores de paralama aparafusados por fora, o bodykit LB Works para o Mazda MX-5 tem preço a partir do equivalente a R$ 28.891, no Japão. Em fibra de carbono, o preço do kit sobe para R$ 38.612. Esses preços não incluem pintura ou montagem, e cada componente também pode ser comprado individualmente. (MAO)

 

Mustang tem pior ano de vendas da sua história

Um jeito otimista de se olhar as vendas do Ford Mustang em 2024 é dizer que é o líder do mercado de cupês esportivos americanos. Claro: é o único desde que Camaro e Challenger foram extintos. Não, não há maneira de ser otimista aqui: o Mustang teve seu pior ano de vendas em 2024.

Apenas 44.003 pessoas compraram Mustang no ano passado, tornando oficialmente 2024 o pior ano para vendas do Mustang em seus 60 anos de história. As vendas caíram tanto que, pela primeira vez, o Mustang Mach-E, aquele HR-V plus-size elétrico que de Mustang tem só o nome, vendeu mais que o Mustang de verdade. Sete mil carros a mais, para ser exato. Que triste!

O elétrico Mach-E

As vendas do Mustang estão em declínio constante há anos, exceto em 2023, quando os números aumentaram ligeiramente. Anteriormente, o pior ano de vendas registrado foi 2022, com 47.566 unidades vendidas. Olhando mais de perto os números deste ano, vemos um declínio muito acentuado no final do ano, caindo 43,4% por cento no quarto trimestre em comparação com o ano passado, com apenas 7.518 carros vendidos.

O Mach-E, por outro lado, agora finalmente parece estar vendendo bem.  O quarto trimestre foi especialmente forte, com 16.119 unidades vendidas, o que significa um aumento de 35,6% em relação ao ano passado. Aparentemente a Ford americana tem sido agressiva com os preços e incentivos do Mach-E nos últimos 12 meses para conter a desaceleração da demanda por EVs, ou seja, provavelmente não há lucro aqui, só desova de estoque.

O Mustang Mach-E começa em US$ 38.490 (R$ 261.732) nos EUA; o Mustang de verdade começa nos US$ 33.515 (R$ 207.122), com o motor quatro em linha turbo de 320 cv. Aqui no Brasil o GT V8 Performance, única versão disponível, com 488 cv, começa em R$ 529.000. Este ano deve vir com câmbio manual opcional, algo extremamente desejável neste carro. Se você pode, por favor compre. Mais de um, se for possível! Se a gente não fizer isso, já viu né? (MAO)

 

Só os Toyota híbridos tem isenção de IPVA em São Paulo

Janeiro é mês de IPVA. Entra governo e sai governo e é sempre a mesma coisa: não basta quase metade do preço dos carros ser imposto, o imposto nos combustíveis, no seu salário e na verdade em tudo que se compra: todo ano você tem que pagar uma fração do valor do seu carro também para o sinhô. Depois dizem que escravidão é crime; a financeira, pelo menos, continua.

Mas enfim. A notícia hoje é bem confusa então presta atenção: o governo paulista isentou do IPVA carros híbridos flex ou a hidrogênio. Mas não os elétricos, sabe-se lá o motivo. Efetivamente, beneficiaria apenas os híbridos-leves (MHEV) da Fiat, Pulse e Fastback Hybrid, e os híbridos convencionais (HEV) da Toyota, o Corolla e Corolla Cross Hybrid. Não existem outros híbridos abaixo de R$ 250 mil. Hidrogênio? Não me faça rir.

Pois bem: no dia 24 de dezembro, o governo de SP aprovou Portaria SRE 94/2024. Ela foi aprovada no apagar das luzes do ano passado, publicada no Diário Oficial em 26 de dezembro e divulgada pela Secretaria da Fazenda do estado em 31 de dezembro.

E o que diz a tal Portaria SRE 94/2024? A portaria é redigida de forma que apenas os Toyota sejam elegíveis. Para ter direito à isenção do tributo, o veículo híbrido precisa ter motor elétrico que tenha uma potência mínima de 40 kW e seja alimentado por um sistema de tensão com, no mínimo, 150 Volts, capaz de recuperar energia para as baterias. Deixa de fora Fiat, mas inclui Toyota assim. Se não conhecesse a idoneidade moral dos governantes diria que parece até encomendado.

Não, não há explicação além da ladainha de “desenvolvimento sustentável do estado”, “tecnologias modernas”, e o governador dizendo que priorizou produtores de seu estado. Sei. A gente merece. (MAO)