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História

O Fiat 127, e a tragédia de seu criador

Meus heróis não salvam vidas. Eles constroem coisas. Há uma diferença aqui básica: as coisas criadas para melhorar a vida duram para sempre. Podem ser melhoradas por novas gerações, mantidas pelas velhas como lembrança; são ponto de partida e ponto de retorno. Salvar vidas é temporário; toda vida acaba. O que construímos fica para a humanidade para sempre. Uma transcendência que poucos percebem, mas é definitivamente o mais próximo do divino que se pode chegar. Mas para ser um herói não basta apenas construir algo; ele tem que ter algo a mais em sua história, algo que o eleve a condição de mito, de algo fora do normal e que valha a pena lembrar. Uma batalha gigante contra obstáculos imensos talvez. Uma quantidade de criações enorme, quem sabe. Um brilhantismo anormal no que faz, quiçá. Tudo isso pode elevar uma história mundana para um patamar superior, o da lenda. Mas não há uma história mais épica e emocionante do que o herói que morre jovem, ao perseguir seus objetivos