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Zero a 300

O Fiat Fastback por dentro | O primeiro dos últimos Dodge V8 | o adeus ao pai da Ferrari F40 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Fiat Fastback terá interior diferente do Pulse

Se você pensou que o Fiat Fastback teria o mesmo interior do Pulse (como eu pensei), você pensou errado. A Fiat acabou de divulgar as primeiras imagens do interior e, apesar de ter alguns elementos do Pulse — afinal a arquitetura elétrica tem seus limites —, o acabamento em si é bem diferente, com elementos metálicos (ou com acabamento semelhante a metal).

Outro elemento que traz um certo refinamento é o console central elevado, que envolve os ocupantes e traz essa sensação de um carro mais sofisticado. Além disso, ele tem acabamento com esses elementos metalizados, o que reforça a sensação. A Fiat ainda destacou os botões do console central — start-stop, auto-hold e freio de estacionamento eletrônico.

O restante é compartilhado com o Pulse — o sistema multimídia, o quadro de instrumentos e os comandos do ar-condicionado. O Fiat Fastback será apresentado no próximo dia 14 de setembro. (Leo Contesini)

 

Dodge mostra a primeira série especial que marcam fim do V8

Se preparem: a Dodge vai acabar com seus magníficos Charger e Challenger V8 no fim de 2023, mas até lá, pode ter certeza que vai capitalizar o assunto. Afinal, todo mundo fica inquieto quando sabe que é a última chance de comprar algo. É impossível de se ignorar isso, e o som dos porquinhos sendo quebrados e as planilhas de excel em fúria podem ser ouvidos por todo mundo. É hora de gastar dinheiro, sempre, e a Dodge não vai deixar de recolher este dinheiro para si.

A marca já declarou que fará uma série de modelos, chamados coletivamente de “Last Call”, última chamada. E este é o primeiro deles, que devem somar sete no total: o Dodge Challenger Shakedown.

As diferenças são puramente estéticas, mas os fãs devem reconhecer o nome e a aparência deste Challenger. É uma ode ao carro-conceito Shakedown Challenger, que apareceu no SEMA de 2016. Listras pretas e vermelhas que cobrem a parte superior do carro, do capô ao porta-malas, são remanescentes deste carro.

Além disso, temos aqui o indefectível “shaker hood”, uma série de emblemas “392”, Challenger e R/T especiais, freios Brembo de seis pistões vermelhos em rodas de 20 polegadas, e um interior exclusivo preto e vermelho. Um emblema Shakedown no interior completa o carro.

Dodge fará apenas 1.000 Challenger Shakedowns: 500 deles Challenger R/T Scat Pack, e mais 500 com carroceria Widebody. O preço do Challenger Shakedown ainda não está disponível, e os modelos devem chegar aos concessionários durante a primavera americana de 2023. (MAO)

 

Koenisegg aumenta produção do CC850

Impossível não notar que o mercado de supercarros mega-exclusivos e caros explodiu sem limites. Este é apenas mais um dos exemplos disso. Embora a Koenigsegg não esteja divulgando o preço do seu recém-lançado supercarro “retrô” CC850, não deve custar menos de dois milhões de dólares. A empresa planejou fazer 50 deles, mas, como é praxe hoje em dia, todos já foram encomendados imediatamente.

Ainda assim, os clientes do nosso querido carequinha aristocrático e gente-boa Von Koenisegg que não foram rápidos o suficiente, aparentemente reclamaram para ele. A quantidade de 50 carros era para marcar o aniversário dele, de 50 anos, mas já foi deixada para trás: a marca informou que vai fazer mais 20 carros, para um total final agora de 70 veículos.

Como funciona o câmbio manual do Koenigsegg CC850?

O carro é realmente incrível: num jogo de números que o careca adora, tem 1.385 hp, 1.385 Nm e 1.385 kg. O câmbio, que graças a Deus o Leo já explicou como funciona e assim me poupou o trabalho, é um manual com pedal de embreagem e sete marchas nove marchas um monte de marchas. Mas mesmo que você tenha se animado, e tenha também vinte milhões de reais aí de bobeira, meu chute é que já perdeu a chance: os vinte carros extras já devem ter sido encomendados também, a esta altura. (MAO)

 

Morreu Nicola Materazzi, pai da Ferrari F40, aos 83 anos

Não vou encarar essa como uma má notícia: a morte é parte integrante da vida, e faz parte da jornada de todos, dos que partem, e dos que ficam. Então vamos aqui ao invés disso comemorar a passagem de um dos grandes. O Ingegnere Nicola Materazzi partiu deste plano aos 83 anos de idade.

Matrazzi é mais famoso pelo seu trabalho na Ferrari: é conhecido por ser o criador tanto do 288 GTO quanto da F40, dois dos mais incríveis carros que já saíram de Maranello. Passou décadas desconhecido, mais um trabalhador anônimo dentro de Maranello, até que depois de aposentado foi “descoberto” pela comunidade entusiasta.

Nicola Materazzi nasceu em 1939 na província de Salerno, no sul da Itália, e estudou engenharia na Universidade de Nápoles. Além dos famosos Ferrari, trabalhou também depois com o Bugatti EB110, e o Edonis que o sucedeu; antes da Ferrari, Materazzi trabalhou na Lancia desde o final dos anos 1960 até meados dos anos 1970.

Lá, ele esteve envolvido no desenvolvimento dos Flavia e Fulvia, bem como o icônico Lancia Stratos. No Stratos, trabalhou nas áreas de powertrain, chassis e aerodinâmica; foi este trabalho, com o V6 Dino da Ferrari, que acabou fazendo que fosse parar em Maranello em seguida. Além de hoje ser reconhecido como o pai do F40, foi um dos principais especialistas italianos em turboalimentação desde os anos 1970.

Uma pessoa simpática, reservada e sem muitas ambições além de criar carros fantásticos, Materazzi é uma perda grande para o mundo. Mas de novo: inevitável. Teve uma vida plena, e deixou um legado incrível; fosse ele só a F40, já seria muito. Que Deus esteja contigo, e o te leve a um bom lugar, Nicola Materazzi. Você merece! (MAO)

 

Camaro de 1987 a preço de Camaro novo?

Um Camaro IROC-Z 1987, embora raro aqui no Brasil, nos EUA é bem comum e barato. Tem fama de carro de pobre lá, de redneck, de caipira, de white trailer trash que usa mullets e camisas sem manga.

É um carro sem sofisticação, com eixo rígido traseiro e um V8 antigo e com potência específica pífia, que mesmo em termos absolutos, tem desempenho de Accord ou Camry, carros tão comuns e corriqueiros nos EUA quanto um HB20 aqui.

O Camaro com mullets

Mas ainda assim, carros como este, um excepcionalmente original modelo de 1987, com a desejável opção de V8 cinco-litros multi-port injection, 218 cv e câmbio manual de cinco marchas (o 5,7 litros de 240 cv vinha somente com câmbio automático), com somente 569 milhas (916 km) originais rodadas, está ofertado em leilão online pelo site Bring a Trailer, e com dois dias para o fim do leilão, já tem uma oferta com preço de um Camaro ZL1 zero km: US$ 62.000 (R$ 318.060).

O ZL1, por sinal, como todo Camaro zero km, anda com vendas baixas, e parece estar no fim de sua vida. Por que motivo a procura deste carro de 1987 é tão grande, e o tecnicamente superior carro moderno não vende?

Um pouco disso é raridade, claro. Outro tanto, nostalgia. Mas design também pesa, o retrô-que não é retrô-e da década errada do carro moderno, já superado e desprezado por todos. O prazer de dirigir algo simples, analógico, e com um desempenho decente mesmo hoje, como é este IROC-Z, também pesa.

Mas de qualquer forma, o passado continua parecendo bem mais atraente para quem gosta de automóveis; este é mais um indício disso. Principalmente quando este passado grita “I Rock!” tão claramente como este. (MAO)

 

Califórnia está prestes a banir carros de combustão interna a partir de 2035

Depois da Europa, agora é a vez da Califórnia nos salvar dos malefícios dos motores a diesel e gasolina nos automóveis. O estado se prepara para banir a venda de veículos movidos por motores de combustão interna a partir de 2035. Como a Califórnia é um dos principais mercados dos EUA, suas regras acabam influenciando todo o mercado americano por uma questão de viabilidade econômica.

Na prática, com a Califórnia aprovando o banimento dos motores de combustão interna em automóveis, estima-se que outros 17 estados devem tomar a mesma decisão, o que corresponderia a 1/3 dos estados americanos.

A proposta é aumentar a oferta de carros novos elétricos ou híbridos plug-in (estes limitados a 20% da oferta). Em 2028 o mínimo aumenta para 51% e, em 2030, para 68%. Cinco anos depois, todos os carros terão de ser elétricos, e mesmo os híbridos serão proibidos. A medida, contudo, não visa proibir o comércio e a circulação de usados.

A justificativa é, claro, a qualidade do ar. Segundo o Conselho de Recursos do AR da Califórnia (o CARB, na sigla em inglês, que é um acrônimo-trocadilho, pois “carb” é a abreviação de “carbon”, mas também de “carburator”), a decisão irá salvar vidas, pois o banimento das vendas desse tipo de carro pode evitar 1.272 casos de morte por doenças cardiopulmonares, além de evitar 208 internações por doenças cardiovasculares, 249 internações por problemas respiratórios e 639 menos atendimentos de emergência por causa de asma ao longo de 14 anos, entre 2026 e 2040. Como contestar tamanha precisão? (Leo Contesini)

 


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