Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Obras de demolição do Autódromo de Curitiba são retomadas após suspensão de liminar
Más notícias para os entusiastas de Curitiba e região: o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) suspendeu a liminar que impedia que o Autódromo Internacional de Curitiba (AIC) fosse demolido. Com a suspensão da liminar, as obras foram retomadas e partes da pista, boxes e arquibancadas começaram a ser retirados do terreno.
As obras haviam sido suspensas em dezembro, quando uma decisão da Vara da Fazenda Pública de Pinhais determinou que o autódromo não fosse alterado até que fosse concluído o pedido de tombamento, requerido pelos entusiastas locais, responsáveis pelo movimento #SavetheAIC. A liminar fora baseada em uma lei municipal que visa resguardar os imóveis com pedidos de tombamento, justamente para que eles não sejam modificados ou demolidos enquanto os processos são avaliados.
O pedido visava “proteger o patrimônio público para evitar a irreversibilidade das ações dentro da área objeto do pedido de tombamento e evitar que o bem público sofra qualquer tipo de alteração”. A prefeitura de Pinhais, aparentemente interessada no potencial econômico do empreendimento futuro, informou que o projeto do bairro planejado já concilia o interesse urbanístico e a preservação histórico-cultural. A prefeitura ainda informou que já houve um processo de pedido de tombamento, que foi indeferido, e atualmente há outro em trâmite, sendo analisado — o pedido enviado pelo #SavetheAIC. (Leo Contesini)
A indefinição de Hamilton sobre o Mundial de 2022
Normalmente é a Ferrari quem costuma fazer cena no início das temporadas, quando quer pressionar a FIA e a F1 a tomar alguma decisão de seu interesse. Mas nestes tempos em que tudo está virado, é a Mercedes que está pressionando a FIA. Inconformada com a decisão de Michael Masi sobre a autorização de ultrapassagem dos retardatários após o safety car ao final da corrida que decidia o título, a Mercedes iniciou uma ação junto à FIA para solicitar a revisão da decisão.
Desde então, Toto Wolff e Lewis Hamilton permanecem calados sobre a temporada de 2021 e 2022. Hamilton foi visto em público somente na cerimônia de condecoração com o título de cavaleiro do Império Britânico, quando se tornou Sir Lewis Hamilton, e na comemoração do título de construtores da Mercedes.
O silêncio da Mercedes e a indefinição sobre a presença de Hamilton na prova inaugural, contudo, aparentemente é uma forma de pressionar a FIA a acelerar a definição do processo movido pela equipe ao fim da temporada de 2021. Evidentemente a Mercedes não pedirá à FIA que retire o título de Max e o conceda a si mesma, mas, de acordo com a apuração da BBC, a equipe espera que Michael Masi e o diretor técnico de monopostos, Nikolas Tombazis, sejam demitidos e não mais ocupem cargos de direção.
A Sky Sports diz que nem mesmo pessoas próximas a Lewis Hamilton sabem se ele estará no grid ou não no GP do Bahrein. (Leo Contesini)
Noble está de volta: conheça o M500
Exibido pela primeira vez como um conceito no Goodwood Festival of Speed de 2018, o M500 é um carro mais barato e menos potente que o Noble M600 que substitui efetivamente como a única oferta da empresa. O M600 era praticamente o mesmo desde o lançamento em 2010, e a empresa estava quase que efetivamente parada. A Noble disse à revista inglesa Autocar que as primeiras entregas aos clientes começarão este ano.
O M500 é um supercarro de motor central de dois lugares construído em torno de um chassi spaceframe de aço tubular, uma maneira antiga, mas se bem projetado, ainda é incrivelmente efetiva para se fazer algo leve e rígido. E muito mais barata, e fácil de reparar, que a exótica fibra de carbono.
Em vez de um Volvo V8 com dois turbos adaptados pela Noble no M600, o novo carro da marca usa um Ford V6 de 3,5 litros Ecoboost, com dois turbos já integrados ao pacote pela Ford. É uma volta às origens quase: os V6 Ford Duratec, com turbos instalados pela Noble, foi o que fez a empresa famosa. O Ecoboost, uma unidade mais que provada, em uso em tudo de picapes até o Ford GT, é uma escolha perfeita, se você me perguntar. A Noble pretende trazer o M500 ao mercado com aproximadamente 550bhp.
Em vez da carroceria de fibra de carbono do M600, o M500 possui uma nova carroceria em compósito reforçado com fibra de vidro que contribui para um custo mais baixo. O chassi tubular de aço é “70% M600”, de acordo com Peter Boutwood, diretor administrativo da Noble.
Na cabine há dois assentos Recaro Podium (embora opções menos hardcore estejam disponíveis), e um pacote de instrumentos digitais simples. O M500 tem suspensão de duplo A sobreposto em cada canto, com molas coilover e amortecedores passivos. A direção é hidráulica, nada de direção elétrica. Não terá nem freios ABS ou airbags. A única opção de caixa de câmbio é um manual de seis marchas, uma caixa Graziano com o mecanismo da alavanca criado pela Noble. Se você sentiu algo diferente em regiões esquecidas de seu corpo, não foi só você.
O carro, que tem como objetivo de peso 1250 kg, e um preço final de cento e cinquenta mil libras esterlinas na Inglaterra, é realmente algo especial, um supercarro à antiga como não se vê mais por aí. Se vai ser um sucesso é outro assunto; o desempenho final, claro, não será páreo para a nova geração de supercarros da Porsche ou Ferrari. Ou mesmo os supercarros da Honda e da Chevrolet, para falar a verdade. Eu sei que quero um desesperadamente; se os compradores de supercarros pensam o mesmo, não tenho tanta certeza. Não apostaria em sucesso aqui, apesar de torcer muito para o contrário. (MAO)
Lamborghini e Porsche batem recordes de vendas em 2021
Parece que o ano passado foi realmente o ano dos bilionários trocarem de carro. Ops, comprar mais um carro, quis dizer. Não, pera: de comprar mais uma meia dúzia de carros. Agora é a vez da Porsche e a Lamborghini reportarem como foi seu ano. Como podem imaginar, foi bom pacas.
A Lamborghini, impulsionada, como não poderia deixar de ser, pelo SUV Anus Urus, vendeu nada menos que 8405 carros ano passado. Pode parecer pouco frente a fabricantes de alto volume, mas na “era de ouro” do Miura e do Countach, sofria para conseguir 400 vendas por ano. Em 2010 por exemplo, vendeu apenas 1302 carros. O crescimento da marca é impressionante, ainda que seja vendendo algo diferente do que sempre fez. O Anus Urus sozinho vendeu 5021 unidades, ou 59% do total da marca. Em seguida, vem o Huracán com 2586 carros, e o agora defunto Aventador com 789 vendas.
Na Porsche as notícias são também boas: a Porsche vendeu mais de trezentos mil carros em 2021, coisa que dá inveja em muito fabricante de “alto volume”. O número exato é 301.915 veículos, onze porcento mais que ano passado. Mais uma vez, a China representou o maior mercado único e teve um aumento de 8% para 95.671 veículos. Com um crescimento de 22%, os Estados Unidos geraram 70.025 vendas.
O que não é surpresa é o status do Macan de ser o produto mais vendido da empresa. Nada menos que 88.362 deles foram vendidos em 2021. O Cayenne não ficou muito atrás, com 83.071 unidades. Mas a surpresa mesmo foi o Taycan: vendeu mais que o 911.
O elétrico da Porsche foi entregue a 41.296 compradores em 2021. O 911 encontrou “apenas” 38.464 vendas. Na verdade, o 911 também teve seu melhor ano, estabelecendo um novo recorde de vendas para o modelo. Só não foi o suficiente para bater o elétrico da marca. Tesla que se cuide! (MAO)
Conheça o novo Kwid
O Reanult Kwid sempre foi um produto cheio de genialidades e compromissos. Um carro ao mesmo tempo genial por navegar as legislações atuais e ainda assim pesar menos de 800 kg; por ser genuinamente barato se comparado a outros nacionais, e ainda ter desempenho decente, inclusive produzindo uma pontuação 3 estrelas em testes independentes de crash. Mas ao mesmo tempo, o desenho da carroceria imitando SUV, sua altura exagerada, seu espaço interno esquisito com a parte de cima da cabine estreita, sem contar alguns problemas bobos, mas irritantes, de qualidade, acabaram por diminuir o sucesso que deveria ser absoluto.
Mas não chegou a ser um fracasso, e vende razoavelmente bem. Agora, quatro anos depois do lançamento, a Renault tenta manter o apelo do modelo com um facelift. Em teaser divulgado ontem, a versão topo de linha Outsider com as mudanças estéticas foi mostrada.
Os faróis são divididos, com luzes diurnas de LED na parte de cima e lentes principais abaixo. O para-choque frontal é novo também, com nova entrada de ar na parte inferior. A grade frontal também mudou, e nas laterais, rodas de liga-leve com acabamento diamantado, provavelmente exclusivas da versão de topo Porfora Outsider. A traseira não foi revelada, mas deve mudar também.
Debaixo do capô, rumores dizem que o Kwid trocará o motor de 70 cv atual pelo do Sandero, o 1.0 SCe de 82 cv e 10,5 kgfm de torque. Com seu peso-pena, o Kwid já era bem fortinho com o motor antigo, e deve melhorar significativamente. O lançamento oficial acontecerá no próximo dia 20. (MAO)
Ranger Raptor poderá ganhar motor V8
Um pouco de sadismo da equipe do FlatOut: uma notícia incrível sobre um carro que nunca teremos no Brasil — e que poderíamos ter, sem grande problema. A Ranger Raptor, que é oferecida em outros mercados semelhantes ao nosso, pode estar prestes a ganhar uma versão V8 batizada Ranger Raptor R. Segundo o pessoal do site australiano Cars Guide, há um grupo de executivos da Ford pressionando o alto escalão a aprovar a produção dessa configuração da picape.
Aparentemente a ideia começou com o Bronco DR, que compartilha a plataforma com a Ranger e poderia “trasferir muita coisa para a Ranger”, segundo o diretor global da Ford Performance, Mark Rushbrook. “No fim das contas o produto tem que ser sensato e fazer sentido comercialmente. Mas eu adoraria fazer algo desse tipo. Não há planos no momento, mas vamos trabalhar para isso”, disse Rusbrook ao site.
O Bronco DR, caso você não lembre, é a versão de competição do Bronco, voltada a clientes que desejam disputar provas off-road como o Baja e o Dakar. Ele usa o mesmo V8 de 5 litros do Mustang, com 400 cv, combinado ao câmbio automático de 10 marchas.
O maior problema da Ranger Raptor R V8, contudo, é sua irmã mais velha, a F-150 Raptor, que usa um V6 biturbo compartilhado com o Ford GT. A mudança do antigo V8 para o atual V6 foi um ponto sensível no lançamento da atual geração, e lançar uma Ranger, que é um carro de categoria inferior, com o V8 do Mustang é praticamente matar a F-150 Raptor, ainda que seu desempenho seja inferior tanto em velocidade quanto em consumo de combustível.
Agora, sobre a vinda da Ranger Raptor para o Brasil, há quem diga que ela não tem apelo, mas é importante lembrar que a RAM vendeu seu lote da 1500 V8 sem grande dificuldade por aqui. Será mesmo tão inviável, Ford? Nem precisa ser esta hipotética V8. O modelo V6 biturbo que vocês pretendem lançar agora no início de 2022 já estaria de bom tamanho. (Leo Contesini)
Piaggio Ape no Brasil
Quem gosta da maravilhosa e indefectível Vespa, um veículo mais imortal que qualquer 2CV ou Fusca, conhece bem essas criações para lá de estranhas da Piaggio, a marca da motoneta que todos amamos. São triciclos baseados na mecânica da motoneta; um quatro lugares semiconversível que parece um Rickshaw motorizado, onde o motorista vai na frente “dirigindo uma Vespa”, e três passageiros atrás. Não é surpresa que este tipo de veículo é imenso sucesso no sudeste asiático e na China, portanto. Existe também uma pequena picape com cabine na mesma família.
Esses veículos, chamados Piaggio Ape, agora chegam ao Brasil, pelo grupo 2W Motors, importadora das motos Husqvarna desde 2015 e que detém algumas concessionárias da Royal Enfield por aqui. Os veículos da Piaggio Commercial Vehicles serão disponíveis na versão de carga ou de passageiros.
Ambos terão a opção por uma motorização a combustão convencional ou ainda propulsão 100% elétrica. A 2W Motors ainda não fechou os preços oficialmente, mas devem ficar entre R$ 35 mil e R$ 40 para os modelos a gasolina.
O Piaggio Ape Cargo é equipado com um motor monocilíndrico de 305 cm³ arrefecido a água, com 14 cv a 4.100 rpm e 2,4 kgfm de torque a 3.100 rpm. Ele é acoplado a um câmbio mecânico de 5 velocidades com marcha a ré. Com rodas de 10 polegadas e freios a tambor, o triciclo consegue levar 557 kg de carga. O Ape Passenger é um pouco menos potente: 230 cm³ refrigerado a ar, com 12 cv a 4.500 rpm e 1,8 kgfm a 3.100. O câmbio é de 4 marchas com ré. A versão elétrica, desenvolvida em parceria com a brasileira WEG, fornece 32 cv (24 kW) e 7,3 kgfm de torque, ou 20 cv (15 kW) e 5 kgfm, respectivamente. Ambos trazem baterias de íon-lítio de 16 kWh que fornecem uma autonomia declarada de 90 km.
São veículos antigos, arcaicos, clássicos da austeridade do pós-guerra europeu, ou do sudeste asiático. Mas nos dias de hoje, não deixam de ser estranhamente atraentes, pelo simples fato de serem diferentes, úteis e claramente divertidíssimos. (MAO)
Bugatti faz recall de todos os Chiron Pur Sport
Se recentemente você comprou um par de Bugatti Chiron Pur Sport, um para você e outro para sua esposa usarem quando estão de férias no chalé em Beaulieu-sur-Mer, infelizmente temos más notícias: peça a seu mordomo para deixar os carros disponíveis, e contatar a Bugatti: todos os Chiron Pur Sport já vendidos são objeto de recall.
O problema aparentemente é nos pneus do carro. De acordo com o resumo do National Highway Traffic Safety Administration, a borracha dos pneus traseiros do Pur Sport pode começar a rachar após 4000 km de uso. Nem você nem a patroa pretendem experimentar os 350 km/h que o carro é capaz de fazer, eu sei, e provavelmente vão precisar de dez anos para completar 4000 km de qualquer forma. Mas a troca é gratuita, e você não chegou aonde está por perder boas oportunidades.
A Bugatti na verdade ainda não desenvolveu um pneu sem o problema, mas diz que substituirá os pneus traseiros a cada 3000km ou 1,5 anos nesse meio tempo, apenas por segurança. Inclusive, disse que se você por algum milagre já dirigiu 4000 km em seu Chiron Pur Sport, ela recomenda que você pare de dirigir o carro até obter pneus novos. Assim que os novos pneus terminarem o desenvolvimento, eles serão substituídos novamente. Tudo isso será feito gratuitamente. (MAO)
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!