FlatOut!
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FlatOut Zero a 300

O FlatOut precisa da sua ajuda para não ser extinto no fim deste ano: crowdfunding

Caros leitores. Gostaria que houvesse uma forma mais gentil de comunicar isso, mas não há outra forma senão esta mensagem de súbito. A situação econômica do FlatOut chegou num quadro extremamente crítico… e estamos rumando em direção ao destino do Jalopnik Brasil. Precisamos da ajuda de vocês para o site não encerrar as atividades no fim deste ano e se transformar em uma lembrança passada como o Südschleife ou o banking de Monza – e até lá, caso o quadro não se reverta imediatamente, a equipe irá começar a ser desmanchar, reduzindo a quantidade dos conteúdos e quadros.

Nunca o FlatOut foi tão grande em audiência (estamos com mais de 2 milhões de visitas por mês, 1 milhão de usuários únicos), nunca estivemos presentes em tantas plataformas e com tantos quadros – veja o YouTube, com as avaliações, FlatOut Midnight, FlatOut Driving Academy e FlatOut 56 –, nunca tivemos uma equipe tão eficaz e nunca nosso reconhecimento foi tão grande pelos entusiastas…

…Mas o jornalismo se transformou em um negócio economicamente inviável já há algum tempo. Nós seguramos o quanto foi possível e a loja nos deu um pouco mais de ar, mas o oxigênio acabou: a loja ajuda, mas não consegue sustentar o site. O problema não é só no Brasil, é no mundo todo. Neste vídeo que gravei mais abaixo, explico um pouco do que está acontecendo com a crise econômica da produção de conteúdo. Mas em resumo: a esmagadora maioria da verba de publicidade digital está concentrada nas mãos do Facebook e do Google. O que resta virou uma fração, com pagamentos muito mais magros por ação, desvalorizada pelo próprio duopólio citado.

[highlight color=”eg. yellow, black”] Clique aqui para acessar a página do financiamento coletivo do FlatOut e ver os planos de assinatura, metas e entregas que faremos. [/highlight]

Se está insuficiente até para grandes editoras, que estão atrasando pagamentos e juntando dívidas milionárias, o que dizer de um veículo pequeno em estrutura (ainda que gigante em audiência) como o nosso? O agravante é que nenhuma dessas empresas fala disso, porque é “estratégico”. Ninguém quer parecer estar numa enrascada. E assim o jornalismo está morrendo asfixiado de dentro pra fora, com funcionários recebendo 30, 60, 90 dias atrasados, cortes na surdina ou passaralhos (demissões em massa) que não vão parar na própria mídia. Porque é “estratégico”, a mídia não usa seu próprio poder para falar sobre seu ferimento de morte…

No começo do FlatOut, criamos uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) que ajudou a pagar as contas essenciais do site, numa época em que a publicidade envolvia pagamentos mais generosos (mas o site era novo, então demorou até tracionarmos) e permitia que, juntando os grãos dos dois lados, conseguíssemos manter uma velocidade de cruzeiro, ainda que nunca sem decolar onde gostaríamos – é por isso que a equipe nunca foi maior ou o site tem a mesma cara de 2013. O decaimento da publicidade e o duopólio das gigantes deixou toda a cadeia de produção de conteúdo sem piso, num chão que está colapsando cada vez mais. Por isso, esta nova campanha tem um molde similar, mas tem uma missão de vida ou morte: se os entusiastas se unirem em torno dessa causa e permitirem que a gente continue, o FlatOut estará a salvo.

Mais até do que isso, se o financiamento coletivo decolar mesmo, teremos um grau de independência que permitiria que a gente não só redesenhe o site com visual maior, mais limpo de publicidade e com melhor usabilidade, mas também amplie a equipe, produza muito mais coisas (veja as metas mais abaixo). Enfim, permitiria que a gente invista no FlatOut, trazendo muito mais frutos a todos. Se vocês nos derem esta base, faremos o melhor FlatOut que pode existir – com a paz mental de podermos nos focar em produzir coisas legais e importantes para você, não em sobreviver. Seria quase uma revolução: um veículo de mídia que existe sustentado diretamente por seus apoiadores.

Mas será que isso não é idealismo demais? A grande dúvida que temos nos corações é se hoje, com a cultura do “tá na internet, tem que ser de graça”, haverá uma compreensão de que produzir conteúdo com qualidade custa caro e que estamos entre a cruz e a espada. E se haverá um grupo suficiente para sustentar o pilar. Se a disposição para manter aquilo mesmo que a galera consome for quase nula, talvez faça sentido a gente fazer uma mudança de carreira, pois estaria comprovado que conteúdo é um produto que ninguém vê valor. Espero que este parágrafo seja um equívoco épico.

O FlatOut ficará com suas atividades suspensas por uma semana. Este intervalo é não apenas para salientar a urgência do cenário, mas também um convite para reflexão: o quanto te incomodaria o FlatOut não existir mais em 2019 e o quanto você estaria disposto a ajudar para ver um FlatOut num nível que nunca antes foi visto? Com um jornalismo ainda mais aprofundado e completo, com uma série de benefícios adicionais? A resposta está com vocês. Conosco, fica o compromisso de fazer nada menos que o melhor possível até o último minuto, seja qual for o cenário.

Muito obrigado.

[highlight color=”eg. yellow, black”] Clique aqui para acessar a página do financiamento coletivo do FlatOut e ver os planos de assinatura, metas e entregas que faremos. [/highlight]