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O Guia de Versões Especiais do Mazda Miata | Parte 3: a terceira geração

A terceira geração do Mazda MX-5/Miata/Roadster (NC) deu as caras em 2005, com um visual muito próximo do original de 1989, porém completamente reformulado, e não apenas um facelift extenso como ocorreu na transição da geração NA para NB. Praticamente tudo no carro foi renovado, tendo permanecido apenas os repetidores das setas nas laterais e algumas engrenagens internas do diferencial.

A revolução foi além da estética, e também abrangeu a parte técnica do esportivo. Pela primeira vez ele foi oferecido com um teto rígido retrátil como alternativa à capota de tecido (e ao teto removível de fibra de vidro). Curiosamente, ele ocupava o mesmo espaço que a capota de tecido, e ambos eram abertos e fechados em apenas 12 segundos.

A suspensão deixou de lado os braços triangulares sobrepostos na traseira, mantendo-os apenas na dianteira. No lugar, o eixo traseiro passou a ser suspenso por um arranjo multilink. O motivo? Compartilhamento de componentes com o Mazda RX-8.

Sob o capô havia duas opções da recém-lançada família Mazda L (sim, o motor do qual derivou nosso Ford Duratec 2.0): um novo 1.8 16v de 127 cv com injeção direta de combustível, e um 2.0 16v de 150 cv a 170 cv, dependendo do mercado onde era oferecido. O 1.8 era combinado a uma caixa manual de cinco marchas e o 2.0, também dependendo do mercado, poderia ter uma caixa manual de seis marchas.

As novidades todas, contudo, resultaram em um carro sutilmente mais pesado — um peso extra que não foi compensado pelo aumento proporcional da potência. Dos 1.065 kg da geração NB, o Miata passou a indicar 1.110 kg (45 kg a mais) na balança, se equipado com a capota de tecido, ou 1.153 kg (88 kg a mais) com o teto retrátil. Na prática, era como andar com um passageiro o tempo todo.

Mesmo assim, o NC foi o maior sucesso da história do Miata até então, vendendo praticamente o mesmo que as duas gerações anteriores combinadas, e tornando-se definitivamente o roadster mais vendido da história. Talvez por isso, esta terceira geração também tenha sido aquela com o maior número de versões especiais — isso, claro, além do fato de ela ter sido produzida por 10 anos. Foram nada menos que 16 versões especiais entre 2005 e 2015 — mais de uma por ano, na média —, e aqui estão todas elas.

 

3rd Generation Limited – 2005

A primeira versão especial do Mazda Miata de terceira geração chegou em 2005, logo em seu primeiro ano. Batizado 3rd Generation Limited, ele era a versão de lançamento da terceira geração, e tinha detalhes cromados, soleiras de aço inoxidável e rodas de 17 polegadas.

Foram feitos 3.500 exemplares para o mundo todo, e todos na cor vermelho “Velocity Red”. Destes 3.500, 300 ficaram no Reino Unido, 750 nos EUA e 150 no Canadá. Somente depois da entrega desta série é que os modelos regulares começaram a ser vendidos.

 

Special Edition – 2008

Lembra dos Special Edition anteriores? Pois em 2008, a Mazda voltou a usar o nome mais sem-inspiração para uma edição especial de um carro tão legal. Desta vez, o Miata Special Edition tinha carroceria azul “Icy Blue” com teto marrom “Dark Saddle Brown” e bancos de couro da mesma cor, com costuras azuis como a carroceria.

Como sempre, o Special Edition ganhou detalhes na manopla de câmbio, mas desta vez ela não era de madeira, feita pela Nardi, mas feita pela própria Mazda com apenas alguns detalhes prateados. O quadro de instrumentos tinha fundo prateado escuro, com aros cromados — que também eram usados nos faróis, na grade e nos faróis de neblina. Foram feitos apenas 855 exemplares desta versão, sendo 105 com capota retrátil para o Canadá, e 750 com capota de tecido para os EUA.

 

MX-5 Niseko – 2008

Se os americanos tiveram o Special Edition, os europeus ganharam o MX-5 Niseko, uma edição especial de 800 unidades vendida apenas no Reino Unido. Ele também tinha a carroceria azul “Icy Blue”, mas poderia ainda ser comprado na cor prata “Sunlight Silver”.

O nome vem do monte Niseko, onde há um famoso resort de esqui, e está em emblemas nos para lamas dianteiros — os principais elementos de identificação desta versão.

Além desse detalhe, eles também tinham santantônio na cor do carro, tapetes com o emblema Niseko e os elementos cromados do Special Edition americano. Os motores poderiam ser o 1.8, que vinha sempre com a capota de tecido, ou 2.0, que era combinado ao teto retrátil.

 

Especiais de aniversário – 2009 a 2010

Em 2009 o Miata completou 20 anos de estrada e a Mazda iniciou uma série de quatro edições especiais lançadas consecutivamente em diferentes mercados. A primeira, claro, foi na casa do Miata, o Japão.

Mazda Roadster 20th Anniversary – 2009

A versão japonesa foi batizada apenas Mazda Roadster 20th Anniversary, e era baseada na versão 1.8 do Miata, com teto de tecido e câmbio manual de seis marchas, ou no modelo 2.0, com teto retrátil e câmbio automático de seis marchas.

Por dentro, eles tinham bancos esportivos da Recaro com revestimento de alcantara preta e couro vermelho, emblemas 20th Anniversary nos para-lamas dianteiros e rodas de 17 polegadas, além de reforços estruturais no cofre.

MX-5 20th Anniversary Edition – 2010

No ano seguinte veio a versão europeia do modelo, batizada MX-5 20th Anniversary Edition. Só 2000 unidades feitas apenas com a capota de tecido e o motor MZR de 1,8 litros. Por fora, tinha detalhes cromados na grade, maçanetas e faróis, molduras cinza nos faróis de neblina e rodas de 17 polegadas, além da barra de amarração nas torres da suspensão.

MX-5 Matte and Black Special Edition – 2010

O terceiro modelo especial de aniversário veio também em 2010, também na Europa, mas especificamente para um país: a França. Seu nome era MX-5 Matte and Black Special Edition, e comemorava também o 20º aniversário do Miata na França.

Era baseado na versão 2.0, e tinha apenas a pintura preta fosca por fora com couro preto por dentro como diferencial em relação às outras versões.

MX5 Miyako – 2010

Também em 2010 veio o MX-5 Miyako, a edição de aniversário de 20 anos feita para o Reino Unido. Foi oferecido em duas versões — uma com o motor 1.8 e outra com o motor 2.0, ambas com o teto rígido retrátil.

O pacote Miyako incluía acabamento premium em couro preto perfurado, com forro e costuras vermelhas, rodas de 17 polegadas e uma barra de amarração nas torres do amortecedor. Foi oferecido nas cores prata “Aluminum Silver Metallic” com o motor 2.0 e vermelho “Velocity Red Mica” com o motor 1.8i. O 2.0 ainda tinha diferencial com deslizamento limitado e controles de tração e estabilidade. Foram feitos 500 com cada motorização.

 

MX-5 Special Edition – 2011

Reedição da Special Edition, como de praxe na linha Miata. Foram 750 exemplares oferecidos apenas nos EUA, apenas em 2011. Todos eram pintados de cinza “Dolphin Gray Mica” ou preto “Sparkling Black Mica”, com interior de couro cinza, amortecedores Bilstein e diferencial de deslizamento limitado.

 

MX-5 Sport Black – 2011

No Reino Unido o Special Edition de 2011 foi uma edition ainda mais special que a americana. Ele era chamada Sport Black, e tinha esse nome porque era preto por fora (ou quase isso) e por dentro, e vinha com o pacote Sport Tech, com rodas de 17 polegadas e diferencial de deslizamento limitado.

Os bancos, o volante, os apliques do painel e os tapetes eram todos pretos, assim como as rodas eram escurecidas. Apesar do nome, ele não tinha a cor preta como pintura principal da carroceria. Somente o teto retrátil era preto brilhante, enquanto o restante da carroceria poderia ser verde “Spirited Green”, branco “Crystal White” ou vermelho “Velocity Red”.

 

Mazda Roadster Black Tuned – 2011

Outro Miata especial com a temática negra foi o Black Tuned (ou BLACK TUNED, como era estilizado na época). Pelo nome “Mazda Roadster”, você já sacou: ele foi feito para o mercado interno japonês (JDM), e era baseado no modelo RS com o teto retrátil e o motor 2.0.

Ele era, na prática, a versão japonesa do Sport Black britânico, com o mesmo teto preto brilhante, as mesmas rodas de 17 polegadas “gun metallic”, a mesma grade escurecida, com os mesmos bancos e volante de couro preto, com os mesmos tapetes pretos e os mesmos apliques de preto “black piano” no painel.

Tinha LSD? Tinha. Barras de amarração nas torres? Também. Também tinha sistema Bose com sete alto-falantes e também era pintado de verde “Spirited Green”, branco “Crystal White” ou vermelho “Velocity Red”.

 

Miata Special Version – 2011

Parece o mesmo, mas não é. A Mazda que é pouco criativa para inventar nomes de versões especiais. Em 2011, além da Special Edition, eles lançaram também a Special Version. A diferença? Ela era simplesmente a Sport Black (ou a Black Tuned) para o mercado canadense. Por que não chamá-la de “Sport Black” ou “Black Tuned”? Quem vai saber?

O fato é que ela era quase que totalmente igual às outras duas — sim bancos pretos, black piano no painel, teto retrátil preto, motor 2.0, rodas de 17 polegadas etc. O “quase” fica por conta da oferta de cores, que era limitada ao vermelho “Velocity Red Mica”, e à ausência do LSD e da barra de amarração nas torres. Foram feitos só 180 — o que, para o Canadá, é um volume considerável.

 

Miata Special Edition – 2012

Sim. Mais uma criativa edição especial do Miata derivada daquela Sport Black britânica. Desta vez ela foi feita para os EUA, limitada a 450 unidades.

A receita você já conhece, mas eu repito: teto retrátil preto brilhante, rodas de 17 polegadas gun metal, couro preto nos bancos, volante e portas, tapetes pretos, apliques preto “piano” no painel, LSD e barra de amarração nas torres da suspensão. Motor 2.0 e câmbio manual com short shifter ou automático. E é isso.

 

MX-5 Venture Edition – 2012

Adivinhe só qual a receita dessa versão especial? Não, desta vez não é tudo preto. Só estava brincando com sua paciência. Esta é diferente. Foram 750 unidades sendo 250 com capota de tecido e motor 1.8, e 550 com teto retrátil e motor 2.0, feitas para o mercado britânico.

Elas tinham bancos, volante e manopla do freio de mão revestidos com couro marrom “Havana Brown” e com costuras cinza, apliques “black piano” no painel, pedais de alumínio, sistema de áudio com multimídia da Sanyo, LSD e controle de tração e estabilidade.

Foram oferecidos em três cores: cinza “Metropolitan Grey”, preto “Ebony Mica” e branco “Crystal White”.


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MX-5 Senshu Roadster Coupe – 2012

Não se engane pelo nome japonês. Esta versão foi feita para o mercado alemão, limitada em 200 unidades e inspirada no uso em pista.

Ela tinha rodas de 17 polegadas, faixa de corrida na pintura, difusor traseiro, escape esportivo e suspensão rebaixada em 30 mm. Mas ao mesmo tempo tinha bancos de couro cinza com aquecimento, adaptadores para iPod e portas USB.

Foi oferecido em três cores: preto “Brilliant Black”, branco “Arachneweiss”, e vermelho “Tornadorot”. O nome Senshu significa “atleta” em japonês, e foi escolhido em uma enquete no facebook por 9.600 seguidores, superando os nomes “Arashi” (tempestade) e “Migoto”(excelente).

 

MX-5 Kuro Edition – 2012

Sabe o que significa “Kuro” em japonês? Sim, “preto”. Ao menos não dá para dizer que faltou criatividade. Até por que esta edição não repete a fórmula das outras blacks e afins. Na verdade, ela é uma das mais originais das séries especiais do MX-5.

Foram 600 unidades feitas para o mercado britânico — 200 com a capota de tecido, motor 1.8 e câmbio de cinco marchas, 400 com o teto retrátil, motor 2.0 e câmbio de seis marchas. Ambas tinham para-choques traseiros com um difusor estilizado, escape com saídas de maior diâmetro e gráficos com inspiração nas pistas na carroceria.

Por dentro, bancos de couro cinza e preto com aquecimento, paineis de porta com detalhes de couro cinza e detalhes prateados no painel, com elementos em vermelho, além de pedais de alumínio.

 

MX-5 25th Anniversary Edition – 2014

A Mazda fez um intervalo de dois anos antes de lançar uma nova edição especial — que também foi a derradeira da terceira geração do roadster. E ela foi especial mesmo, porque comemorava o 25º aniversário do carro.

Foram feitas 1.099 unidades, todas pintadas de vermelho “Soul Red Metallic”, que foi formulada especialmente para esta série, com as colunas, teto e retrovisores pintados de preto brilhante.

As rodas, 17 polegadas, claro. Dark gunmetal, claro. Bancos de couro cinza claro, sem vírgula. Para-choques traseiro com difusor e escape com saída cromada, pedais de alumínio, santantônio preto brilhante e emblemas numerados para identificar o carro na série completavam o pacote estético.

Sob o capô estava o motor 2.0, mas um pouco diferente das demais versões. Isso, porque ele tinha pistões balanceados, volante aliviado e virabrequim forjado. As versões manuais ainda recebiam amortecedores esportivos da Bilstein.


 

O Guia de Versões Especiais do Mazda Miata | Parte 1: a primeira geração

 

O Guia de Versões Especiais do Mazda Miata | Parte 2: a segunda geração