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Zero a 300

A grade da Ram nacional | O Seven elétrico | Honda na F1 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Mais um teaser da nova Ram nacional

O lançamento a conta-gotas via teasers da nova Ram monobloco nacional, que provavelmente se chamará Ram Rampage, continua. Agora temos um video baseado em características de design, com os executivos desta disciplina podendo ter também seus minutinhos de fama.

O que sabemos até agora é que a picape baseada na plataforma da Toro/Compass que deve ser maior, mais cara e luxuosa que a Toro; depois, que terá opcionalmente um 2.0 turbo que a tornará a picape mais veloz do Brasil. Fora isso, não muito mais.

O dois litros turbo: em torno de 270 cv prometidos

Agora pudemos ver no novo video alguns detalhes a mais: uma grade dianteira, o cluster de instrumentos digitais, a tela do infotainment, alguns detalhes e materiais do interior. Nada além do esperado aqui: a grade parece, bem, uma grade de Ram né? As telas parecem ser as do Compass/Commander, com grafismos Ram.

O volante, também, aparenta ser o mesmo do Jeep Commander, mudando apenas o formato da bolsa de airbag com emblema da Ram.

O video promete requinte e materiais superiores, com o “suede-feel”; repare que não se fala em revestimento de suede (camurça), mas da sensação dele. Provavelmente materiais sintéticos plásticos como é o caso do “couro ecológico”, que é o termo corporativo hoje para o vinil.

Um designer diz que distribuiu músculos; o chefe de Design da marca que outrora compunha a Chrysler diz em inglês que ela não é grande nem pequena; um alemão chefe do design aqui no Brasil diz com um engraçado e fortíssimo sotaque que as fontes, cores e números das telas são “alinhados com a experiência Ram”; outro executivo americano diz que foi lindo trabalhar com gente de outro lugar e outro tipo de vida. Platitudes e obviedades desenhadas para não ofender ninguém e dizer nada, como é comum nesses vídeos.

A picape, porém, parece que realmente ficará interessante. Em breve, tomara que logo, veremos ela inteira e esses teasers acabam. Já não é sem tempo. (MAO)

 

Caterham EV Seven: um elétrico interessante

Se o futuro é realmente elétrico, qual será o perfeito antídoto para mastodontes ineficientes e perdulários como o GMC Hummer EV? Fácil, o mesmo antídoto para todos os outros mastodontes ineficientes e perdulários desde 1957: o Lotus/Caterham Super Seven.

A Caterham mostrou um novo Seven elétrico esta semana; não é o primeiro da história da marca, mas é um que parece bem pronto para produção. Segue a mesma receita básica dos demais modelos da linha Seven, mas substitui o motor de combustão por um powertrain puramente elétrico. Time que está ganhando não pede mudança.

O parceiro tecnológico neste carro é a Swindon Powertrain, que fornece o motor elétrico e seus componentes auxiliares. O carro tem 240 cv, pesa 700 kg, e atinge 100 km/h na casa dos 4 segundos. O torque é constante na marca dos 25,4 mkgf. Compare isso com o Hummer: pesa 4080 kg, tem 1000 cv, e tem desempenho semelhante em linha reta. E ia ser engraçado um embate em pista dos dois.

Mas o Caterham foi criado não para ser um prédio ambulante, e sim, um carro para usar em pista, em track-day. Deve ser capaz de sessões de 20 minutos de pista, seguidas de sessões de carregamento de 15 minutos e outros 20 minutos de diversão na pista. O que parece ok, se houver estações de carregamento na pista em questão. E não role uma fila né?

As baterias ocupam o lugar onde normalmente ficam o motor e a transmissão; o motor elétrico é pequeno e fica entre as rodas traseiras, dando tração à elas. A bateria tem uma capacidade útil de cerca de 40 kWh. A empresa diz que a bateria tem um buffer maior do que em um EV normal para que o pacote resista com segurança ao uso exigente da pista, seguido de carregamento rápido. O pico de potência de carregamento DC que o EV Seven pode suportar é de até 152 kilowatts.

Não, o carro não está a venda. Certamente é um desenvolvimento paralelo necessário para proteger a empresa de proibições em rua e pista de seus carros atuais. Colocá-lo a venda agora não faz sentido: o preço, que obviamente não foi mencionado, será muito superior ao do mais caro e veloz dos Caterham hoje. E um tanque dura o dia todo em pista, pode ser reabastecido em 5 min para voltar para casa no fim, o carro é mais leve e mais veloz em pista e tudo mais.

A empresa diz que é “uma plataforma de teste para ver como um trem de força EV funciona para os casos de uso específicos de nossos clientes”. O EV Seven fará sua estreia pública durante o Goodwood Festival of Speed deste ano em julho. E um outro carro-conceito elétrico da Caterham deve ser revelado ainda este ano. (MAO)

 

Conheça o novo Corsa 2024

Deve haver alguma cláusula no contrato de venda da Opel, firmado entre a GM e a Stellantis. Só assim consigo explicar o fato da Stellantis não vir a países como o Brasil, com forte tradição de gosto pelos produtos da Opel, e vender de novo carros que dariam um calorzinho nos corações brasileiros. Já imaginaram termos por aqui Astras, Vectras, e Corsas de novo?

E mais: com marca Opel, e não aquele símbolo Chevrolet modificado para caber exatamente no buraco onde ia o Opel “Blitz” (raio). Mas parece que não vai acontecer. Uma pena.

Enquanto isso, na Europa, a Opel continua indo bem, aparentemente até melhor do que quando era parte da GM. E o Corsa F acaba de receber um face-lift significativo para o MY 2024. As versões a gasolina e elétricas receberam uma atualização que inclui a nova grade “Vizor”, já usada nos carros maiores.

Os faróis Matrix não só têm um novo design, mas foram tecnicamente aprimorados pela incorporação de 14 elementos de LED individualmente controláveis. A Opel chega ao ponto de dizer que os faróis “garantem uma luminosidade de estádio”, ao mesmo tempo em que proporcionam uma experiência ainda melhor sem reflexos para os motoristas que se aproximam em direção contrária.

Embora o interior pareça ser herdado da versão anterior, há um novo sistema de infotainment opcional de 10 polegadas alimentado por um processador Snapdragon.

Os motores são mild hybrid de 1,2 litros com 100 ou 136 cv, acoplados à uma nova transmissão automática de dupla embreagem. Se juntam às versões sem eletrificação anteriores, de 74 cv (1,2 litro aspirado) e 130 cv (1,2 litro turbo), mantidos em produção.

O Corsa-e vem com 136 cv e uma autonomia de 357 km no ciclo WLTP. No futuro próximo, a Opel também venderá uma variante mais forte com 156 cv, 27 mkgf e 402 km de autonomia. As primeiras entregas aos clientes ocorrerão no quarto trimestre de 2023. (MAO)

 

Honda retorna à F1 com a Aston Martin

A Honda começou a fornecer motores para a a Red Bull Racing em 2019. Depois de conseguir o o título do Campeonato de Pilotos em 2021 com Max Verstappen, encerrou sua participação na categoria. A RBR continuou com motor próprio, na verdade o mesmo Honda, inclusive com suporte técnico dos japoneses. E como sabemos, a partir de 2026 os motores da RBR serão Ford. Ou, pelo menos, se chamarão Ford; não está claro ainda exatamente como isso se dará.

Agora vem a notícia que a Honda retornará como fornecedora de powertrain em 2026, agora para a Aston Martin. As empresas chegaram a um acordo para trabalharem juntas a partir de 2026, quando muitas regras devem mudar. Os carros de F1 usarão três vezes mais energia elétrica do que agora, enquanto o V6 turbo de 1,6 litro funcionará com combustível totalmente sintético.

A Honda diz que as lições aprendidas durante o desenvolvimento do novo trem de força para a Aston Martin serão bem aproveitadas em carros de rua, incluindo um “modelo elétrico esportivo emblemático”, provavelmente o novo NSX-e. Na verdade, sabemos, muito pouco da F1 acaba nas ruas, a não ser em casos específicos como o Mercedes-AMG One; mas a imagem de que isso acontece tem que ser mantida para justificar o investimento. (MAO)