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Pagani C10 dá as caras em testes
Lembra do novo Pagani, do qual falamos aqui mesmo no Zero a 300 há uns dias? Pois aí está ele sem os enquadramentos misteriosos e luz ausente dos teasers. Bem, ele substitui o mistério de estúdio pelo mistério da camuflagem, mas ao menos podemos ver as proporções e mais ângulos do supercarro de Horacio Pagani.
E o que vemos é um design evolutivo (segura esse clichê!) do Zonda e do Huayra, com a mesma frente curta e “chapada”, com os faróis à frente da caixa de rodas, cabine avançada e traseira longa, a proporção mais parecida com a de um caça do que um supercarro. Atrás, mais elementos-padrão da Pagani: lanternas verticais e saídas de escape reunidas na parte central da traseira. O para-choques traseiro e o difusor, por outro lado, parecem mais próximos do Huayra.
Ali na traseira a Pagani já confirmou que veremos um V12 biturbo de seis litros fornecido pela Mercedes-AMG, sem nenhum tipo de assistência elétrica, que será combinado a uma transmissão manual ou automática. Horacio Pagani também disse que a meta do carro é a redução de peso — lembra quando dissemos isso no podcast sobre o T.50? De que a nova onda dos hipercarros seria a redução de peso? —, então o C10 não terá mais de 900 cv.
Apesar de estar em testes e de já estarmos na metade de 2022, o carro será apresentado ainda neste ano e as entregas começam em 2023. Um documento vazado da Pagani revelou que a reserva na lista de encomendas custa nada menos que 300.000 euros (R$ 1.500.000 em conversão direta.
Ducati fará motos na fábrica argentina da Volkswagen
Sim: uma fábrica de carros irá fabricar motos. Você deve lembrar que, há dez anos, a Volkswagen comprou a Ducati, não? Na verdade foi a Audi que comprou a Ducati, e como a Audi é uma das subsidiárias do grupo Volkswagen…
Agora, para surpresa geral, ao anunciar sua nova rodada de investimentos na fábrica argentina de General Pacheco, onde será feita a nova geração da Amarok, a Volkswagen também anunciou que a fábrica irá produzir, além da picape, as motos italianas — um caminho inverso de DeTomaso e Pagani, que saíram da Argentina para produzir na Itália.
A Volkswagen ainda não mencionou quais modelos serão produzidos ali, mas na ocasião do anuncio, a fábrica tinha uma Amarok e uma Ducati pintadas com as cores da bandeira argentina. Se a Amarok estava lá porque será o modelo produzido na fábrica, a Scrambler só podia estar lá porque será a moto produzida localmente. Ou será que ela foi a única moto que a Ducati encontrou na hora de montar a apresentação?
O anúncio da produção na Argentina pode impactar a operação da Ducati no Brasil. Atualmente a Scrambler é montada em Manaus com componentes italianos.
Nissan encerra pedidos do GT-R no Japão
Há pouco mais de um mês, em 17 de março, a Nissan anunciou o fim das vendas do GT-R na Europa, mais uma etapa da lenta despedida do GT-R R35. Antes disso, a Austrália e os EUA sequer viram a cor ou o cheiro do ano-modelo 2022. Agora, no Japão, seu país-nata, não é mais possível encomendar um GT-R em nenhuma loja.
O modelo 2022 já havia sido reduzido localmente às versões T-Spec e Nismo no Japão, o que indicava uma baixa demanda e a necessidade de vender modelos com margens maiores/maior valor percebido. No site japonês da Nissan, ao tentar ver detalhes de compra do GT-R você encontrará uma mensagem dizendo que as vendas foram encerradas porque “o número de pedidos atingiu o volume de vendas planejado”.
Isso pode significar duas coisas: que a Nissan está limitando o número de GT-R vendidos anualmente para evitar prejuízos, ou que ela simplesmente decidiu encerrar a produção do carro.
À imprensa, a Nissan se limita a dizer que não comenta planos futuros de seus modelos nem futuros anúncios. Será que o Nissan GT-R finalmente chegou ao fim? Ou ele continuará por aí enquanto não for proibido?
Lotus apresenta Emira GT4 com motor Toyota V6
Nem parece, mas a Lotus ainda tem um modelo esportivo leve movido por um motor de pistões e combustão interna, o Emira. É o sucessor do Evora, que também usa um V6 Toyota entre a cabine e o eixo traseiro, e agora acaba de ganhar uma versão GT4 ainda mais potente.
O carro foi apresentado nesta última quinta-feira (5) na pista de testes da Lotus em Hethel, na Inglaterra. Segundo a Lotus, ele é o primeiro modelo da divisão “Lotus Advanced Performance”, que será voltada à produção de modelos sob encomenda e ao relacionamento corporativo com os proprietários dos modelos mais radicais – algo como a Ferrari Corse Clienti.
O nome GT4 já entrega a intenção do Emira: disputar a categoria GT4 da FIA. Para isso, ele foi todo montado a mão, com componentes voltados às pistas e equipamento de segurança homologado pela FIA. A carroceria de compósito é mais leve que a do Emira convencional, e o motor V6 de 3,5 litros (2GR-FE) foi otimizado com um cárter seco e gerenciamento da Motec, além de receber um supercharger Harrop TVS 1900 para chegar aos 400 cv. Essa força é enviada às rodas traseiras pelo câmbio Xtrac sequencial de seis marchas, com diferencial de deslizamento limitado.
O quadro de instrumentos também é da Motec, vindo das pistas, com recurso de registro de dados e alimentado por um chicote elétrico também homologado pela FIA, assim como o tanque de combustível de 96 litros (um pouco de tortura aqui: considerando o preço médio divulgado pela ANP, encher o tanque do Emira GT4 no Brasil custaria R$ 698,88).
A suspensão continua a usar braços triangulares na dianteira, com amortecedores Ohlins TTx de ajuste duplo (compressão e retorno). As barras estabilizadoras também são ajustáveis nos dois eixos. Infelizmente a Lotus não divulgou detalhes sobre os freios, limitando-se a dizer que eles usam o sistema de ABS ajustável da Bosch, voltado para competições.
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