Depois de “””vazar””” na internet antes da apresentação oficial, a sétima geração do BMW Série 5 foi lançada nesta quinta-feira (13) com uma nova plataforma, design discretamente evoluído, novo interior, novos motores e uma série de tecnologias autônomas.
Como vimos há alguns dias, o design do novo Série 5 (G30) tem forte influência do atual Série 7. Do irmão maior vieram a grade com contorno cromado espesso, os vincos nas laterais e o formato das lanternas traseiras — que são de LED, assim como os faróis. Já a silhueta do novo Série 5 permaneceu praticamente a mesma de seu antecessor. É como se a BMW tivesse feito um Série 7 sobre o antigo Série 5.
Segundo a BMW, a decisão de adotar um design evolutivo em vez de uma mudança drástica no visual, como aconteceu com a geração anterior, foi baseada em pesquisas com consumidores e influenciada pelo número recorde de vendas da geração F10.
Apesar da nova plataforma CLAR as dimensões também mudaram pouco em relação ao antecessor: ele ficou 3,6 cm mais longo e cresceu apenas 0,7 cm no entre-eixos, 0,6 cm na largura e 0,2 cm na altura. As bitolas, por outro lado, firam aumentadas em 5 mm na dianteira e 3 mm na traseira, chegando a 1.605 mm e 1.630 mm respectivamente.
São medidas aparentemente insignificantes, porém suficientes para melhorar o espaço para as pernas no banco de trás — que também foi remodelado para que sua parte central tenha um assento mais definido — e para aumentar o volume do porta-malas em 10 litros.
E embora as dimensões tenham sido mantidas, a nova plataforma permitiu a redução de cerca de 100 kg em relação ao antecessor. Isso se deve ao uso predominante de alumínio, magnésio e titânio no assoalho e paredes do monobloco, e até à adoção de chicotes elétricos mais leves.
Se o design mudou pouco visualmente, em termos aerodinâmicos ele melhorou significativamente, com coeficiente 0,22 — o melhor da categoria. Isso foi conseguido com a ajuda de aletas ativas na grade dianteira que podem ser fechadas quando o motor não precisa de maior capacidade de arrefecimento.
Nesta nova geração o BMW Série 5 deverá ter apenas as versões sedã e perua. O desajeitado GT, que já está em testes, poderá ser rebatizado como Série 6 GT nesta nova geração para substituir o Série 6 Coupé.
Sob o capô do novo modelo você encontrará três motorizações diferentes a gasolina: o B48 de quatro cilindros, o B58 de seis cilindros e o N63 V8, todos sobrealimentados por turbo. A marca ainda não revelou a potência dos modelos de entrada, com motor quatro-cilindros, mas já anunciou que o seis-em-linha produzirá 251 cv no 530i e 340 cv no 540i. Acima deles estará o M550i, que usará o V8 biturbo com 461 cv para encarar o Audi S6 e o Mercedes-AMG E43.
No final de 2017 virá o novo M5, que terá o mesmo V8 4.4, porém preparado pela divisão M para produzir ao menos os 611 cv do atual Competition Edition. Ele também deverá adotar o sistema de injeção de água e será oferecido com tração integral.
Todos os modelos serão oferecidos com câmbio manual de seis marchas (lá fora) ou automático de oito marchas da ZF. O M5 será o único com embreagem dupla.
A suspensão também foi revisada para lidar com a maior rigidez à torção e o peso mais baixo da nova plataforma. Ele continua usando braços triangulares sobrepostos na dianteira e sistema five-link na traseira, porém com cargas recalibradas. Diferentemente de seus rivais, o Série 5 não terá a opção de suspensão a ar, e usará apenas amortecedores ajustáveis eletronicamente e barras estabilizadoras ativas. Outro opcional inédito será o sistema de esterçamento das rodas traseiras.
Por dentro, o Série 5 também foi inspirado pelo Série 7, com quadro de instrumentos digital, materiais sofisticados e de alto padrão, e um console central voltado para o motorista. No topo há um monitor de 8,7 polegadas que exibe as informações do sistema multimídia e do sistema iDrive – ambos podem ser operados por gestos ou comandos de voz.
O novo BMW Série 5 deverá chegar ao Brasil no início de 2017. Os preços ainda não foram definidos.