FlatOut!
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Zero a 300

O novo Caterham | O Ferrari para Le Mans | Quatro novos Honda para o Brasil e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Caterham planeja carro esporte elétrico para fazer companhia ao Seven

Não, o Super Seven não vai morrer; seria como a Porsche parar de fazer 911. Desde que Graham Nearn, o concessionário da Lotus de Caterham, Surrey, Inglaterra, comprou os direitos de produção do Lotus Super Seven em 1973, comprou também um desenho atemporal e imortal, que só parará de vender se for proibido por lei.

Mas ser proibido por lei é uma possibilidade hoje em dia, sabemos. Especialmente na Europa, decidida a proibir motores de combustão interna. A Caterham poderia continuar fabricando Seven apenas, ficando abaixo do limite de 1000 carros/ano, mas se quiser crescer, precisa de um elétrico.

A revista inglesa Autocar revela que a Caterham Cars está trabalhando em um plano ambicioso de três frentes para a era da eletrificação pós-2030. O Seven a gasolina deve continuar por pelo menos mais uma década, usando esse tempo para desenvolver um Seven elétrico mantendo o desenho original. Mas pretende também lançar um roadster elétrico aerodinâmico totalmente novo que se baseará nos valores tradicionais da Caterham de leveza, desempenho, simplicidade e agilidade.

O Seven EV ideal, segundo a empresa, pesa menos de 700 kg e tem objetivos bem claros: os proprietários podem chegar com o carro totalmente carregado em um track day, fazer voltas na pista por 20 minutos, recarregá-lo por 15 minutos e repetir os 20 minutos de pista. A empresa diz que se não conseguir isso, não o lançará. Objetivos inteligentes, esses, mas ainda obriga que o carro chegue na pista em cima de um reboque, e não rodando como hoje. Bom, melhor que nada, né?

A Caterham produziu 500 carros ano passado, e vendeu 670 deles, os 170 remanescentes ficando numa lista de espera. Esta lista agora exige que o comprador espere um ano por seu carro. A empresa vai investir em expansão para acabar com a espera, como primeiro passo de seu plano de futuro.

Até sua proibição, não haverá Seven elétrico, visto que a demanda para os carros tradicionais continua maior que a capacidade, e ninguém compraria um Seven elétrico se puder ter um tradicional, diz a empresa. Mas será desenvolvido como proteção à futuras legislações.

A grande novidade é o novo elétrico: projetado ser um modelo adicional, não para competir com o Seven. O novo modelo seria construído em uma nova fábrica em volumes maiores que o Seven, ao redor de 1000 carros/ano, e teria um preço base mais alto do que o Sevens de hoje. Não há data oficial ainda, mas espera-se que seja mostrado em 2026. (MAO)

 

Ferrari volta à Le Mans com o 499P

Sim, é verdade, a Ferrari vai retornar às competições de carro esporte de longa duração como Le Mans. A empresa de Maranello revelou seu novo Le Mans Hypercar, que competirá no ano que vem no Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC).

É o novo “499P”, uma nomenclatura tradicional que indica deslocamento unitário de cilindro, e que o motor está atrás, Posteriore. Ou “Protótipo”? A empresa diz que é o segundo, mas vou ignorar este desperdício de uma referência histórica bacana. Outra tradição respeitada: mais rápido ou não, será o mais belo carro da pista com certeza.

Os 499 cm³ aqui devem ser multiplicados por seis para chegar os 3 litros totais, o carro híbrido tendo como motivador principal um V6 twin-turbo com este deslocamento. É um motor de competição dedicado, novo, e não tem nada a ver com os de rua, apesar de ter a mesma configuração de V a 120°.

O motor desenvolve 680 hp/689 cv (pelo regulamento, é o máximo) e funciona em conjunto com um motor elétrico montado na frente de 272 cv. A bateria de 900 V, derivada da F1, é recarregada durante a desaceleração e a frenagem. O trem de força está ligado a uma transmissão sequencial de sete velocidades e é limitado a uma potência combinada de 689 cv.

Os dois carros levarão os números de corrida #50 e #51, com o primeiro representando meio século desde que a Ferrari competiu pela última vez em corridas deste tipo. Sim, desde 1973 não compete mais, barrabás…

O carro será totalmente homologado antes do final do ano. Sua estreia no automobilismo está programada para ocorrer em meados de março de 2023, durante a rodada inaugural do WEC nas 1000 milhas de Sebring. (MAO)

 

Icon mostra um novo Derelict: Mercedes-Benz 300SEL 1971

Se você acaba de voltar de uma viagem de 50 anos a Urano, e portanto nunca ouviu falar da Icon 4×4 e de Jonathan Ward, aqui vai o TL;DR: Ward é um ex-ator mirim que abriu uma empresa de restauração de Toyota Land Cruiser na Califórnia.

O sucesso desse negócio, e a criatividade de Ward, se somaram para criar a Icon: uma oficina que realiza os mais malucos, caros e bem feitos restomods do mundo. Basicamente 3 tipos: O FJ40/Bandeirante, o Ford Bronco de primeira geração, e depois desses dois, criações únicas que mantém a pintura gasta do carro original chamados “Derelict”.

Para o SEMA show deste ano, Ward trouxe mais um de seus Derelict, desta vez algo diferente dos tradicionais carros americanos dos anos 1950 que costuma fazer. É um Mercedes-Benz 300 SEL de 1971.

O carro, como todo Derelict, mantém a carroceria com pintura gasta. Mas tudo é restaurado, e apesar do carro original ser monobloco, aqui um chassi especial com suspensão independente nas quatro rodas, direção por pinhão e cremalheira elétrica, e enormes freios Brembo, é instalado. É desenhado e projetado pela Art Morrison, como todo carro de Ward.

O motor é um sacrilégio para os mercedeiros, mas certamente uma ótima escolha: é o LS9, o V8 vareteiro de 6,2 litros com compressor da GM. Dá 647 cv, e é acoplado à uma caixa automática da GM. É quase um 300SEL 6.3 então, ainda que o LS pese metade do motor Mercedes 6.3, e produza 3 vezes sua potência.

As rodas são enormes e os pneus de perfil baixo modernos, mas são desenhadas para parecerem antigas, inclusive com suas calotas. Mais uma incrível criação sob medida desta verdadeira casa de produção de sonhos malucos que é a Icon. Quanto custa? Difícil dizer, mas se sabe que este tipo de trabalho deles nunca sai por menos de meio milhão de dólares. Ouch! (MAO)

 

Honda confirma Type R e mais três lançamentos no Brasil

A Honda confirmou quatro lançamentos para o ano que vem. São o Civic híbrido e sua versão esportiva Type R, o inédito ZR-V e o novo CR-V.

A boa notícia do Type R prevê um embate com seu arquirrival da Toyota, o GR Corolla, ambas grandes novidades para nosso mercado tão carente, apesar do inevitável preço alto. O novo Civic híbrido agora será o carro de luxo da empresa, importado. O ZR-V será posicionado acima do HR-V, enquanto o CR-V híbrido é o SUV “grande” da marca que já conhecemos de outros carnavais.

Honda CR-V

Em janeiro chega o Civic híbrido. Produzido na Tailândia, chega aqui com motor 2.0 aspirado e dois motores elétricos na transmissão. Na Tailândia, são 141 cv no motor 2.0 e 184 cv no conjunto elétrico, que pode ser recarregado pelo motor a combustão ou nas desacelerações. O motor a gasolina de 2,0 litros é usado principalmente para alimentar o gerador de eletricidade, mas em estrada, pode acionar as rodas diretamente, porque aparentemente é mais eficiente dessa maneira. Não é híbrido em série, soma de potência; é um ou outro.

Já o Type R chega ainda no primeiro semestre, e a boa notícia é que receberemos a versão mais potente do 2.0 turbo, com 330 cv e 42,8 mkgf de torque. O câmbio é manual de seis marchas, e a tração é dianteira, como sabemos.

O Civic Híbrido

O Honda ZR-V também já estava confirmado para o Brasil e deve chegar por aqui no segundo semestre de 2023, importado do México. É um carro pouco maior que o HR-V, e usa a plataforma do Civic. Não há confirmação de motorização ainda, mas nos EUA usa um 2.0 aspirado de dois litros e 160 cv.

Honda ZR-V

Já o novo Honda CR-V Hybrid virá apenas na versão Touring, mais completa, com motor 2.0 a gasolina com injeção direta e dois motores elétricos, dando 207 cv e 34,1 mkgf de torque combinados. (MAO)