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Conheça a picape da Kia: Tasman
Bom, pelo menos criativa a Kia foi nessa. Goste ou não de sua nova picape, a primeira tentativa da marca coreana nesse sentido, a gente tem que admitir que é um desenho corajoso. Tão corajoso quanto colocar um enorme focinho nos antes clássicos e discretos BMW.
É o Kia Tasman, uma picape na categoria super-competitiva da Hilux/Amarok/Ranger/S10. No lançamento, a picape será oferecida nos mercados da Coreia do Sul, Austrália, Oriente Médio e África. Australia. Vem em versões de cabine simples e dupla, e até chassi-cabine.
O desenho é, bem… peculiar. Aquilo ali é um bigode?? Enfim. O importante aqui é mencionar que tem um chassi separado, buscando versatilidade de usos, e não é monobloco como a Ford Maverick ou a Ram Rampage. A picape cabine dupla mede 5385 mm num entre-eixos de 3267 mm, bem nas dimensões padrão da categoria.
O interior é moderno, e não parece espartano: as onipresentes telas digitais estão lá por exemplo. Há um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas unido por uma tela de 5 polegadas no meio e uma tela sensível ao toque de 12,3 polegadas para o sistema de infoentretenimento.
Dependendo do mercado, a picape estará disponível com transmissões manuais de seis velocidades e automáticas de oito velocidades, juntamente com configurações de tração nas duas e quatro rodas. Na Coreia, o Tasman recebe um motor a gasolina de 2,5 litros, 277 cv e 43 mkgf de torque; suficiente para um 0-100 km/h em 8,5 segundos, e velocidade máxima limitada a 185 km/h.
Na Austrália, vem com um motor turbodiesel de 2,2 litros, 207 cv e 45 mkgf. A velocidade máxima continua limitada nos 185 km/h, mas a aceleração de 0-100 km/h aqui leva 10,4 segundos. No Oriente Médio e na África, os clientes podem escolher entre esses dois motores a gasolina e diesel.
Apesar do desenho diferentão, é na verdade uma picape bem convencional. Suspensão dianteira por duplo-A sobreposto, e um eixo traseiro rígido com feixes de mola semi-elípticas. A Kia diz que pode ultrapassar trechos alagados de até 800mm de profundidade. Pneus todo-terreno com rodas de 17 e 18 polegadas estão disponíveis, assim como vários modos de direção para enfrentar uma variedade de superfícies: deserto, lama, neve e pedras.
A Coreia será o primeiro mercado a receber o Tasman no primeiro semestre de 2025. A empresa acredita que a Arábia Saudita será um dos principais mercados para a picape, por isso a estreia mundial aconteceu no Jeddah International Motor Show. (MAO)
Conheça o novo Honda City 2025
A Honda revelou ontem os novos City 2025, que trazem diferenças entre as versões sedã e hatchback. Tanto o sedã quanto o hatch, porém, tem o mesmo preço inicial: R$ 117.500.
O Sedã tem novos para-choque, grade e acabamento. A grade recebe mais elementos horizontais e fica mais ampla, uma vez que o acabamento cromado superior fica mais estreito. O para-choque traseiro também é novo. As mudanças têm como objetivo declarado tornar o design “mais largo, elegante e sofisticado”. O comprimento aumentou fracionalmente com os novos apêndices, em 25 mm. O Hatchback tem as mesmas mudanças, mas com design diferente, com o objetivo aqui de serem “mais arrojadas”.
Novas rodas também fazem parte desta atualização. A versão de entrada LX recebe rodas de liga leve de 15”; nas verões EX, EXL e Touring são de 16”. O hatch Touring recebe sua roda própria exclusiva, também em 16”. O incômodo freio de estacionamento eletrônico (EPB) é novidade na linha, mas pelo menos vem com a útil função Brake Hold. Todas as versões exceto a LX de entrada passam a contar com discos de freio no eixo traseiro, para deixar contente todo mundo que acha que precisa deste detalhe mais caro, mas obviamente inútil num veículo como o City.
O motor e câmbio permanecem os mesmos; é o excelente 1,5 litro flex aspirado de alumínio, DOHC/16v com injeção direta e quatro cilindros em linha. Fornece ótimos 126 cv a 6.200 rpm, tanto faz se com etanol ou com gasolina, e 15,8 mkgf a 4.600 rpm com etanol (ou 15,5 mkgf a 4.600 rpm com gasolina). O câmbio é sempre automático CVT infelizmente; a Honda tem uma antiga tradição de ótimos carros com câmbio manual, e um City hatch básico assim seria uma excelente opção. Do jeito que está, é bom para o público em geral, mas uma versão manual básica ampliaria a desejabilidade para gente que gosta de dirigir, ou deseja algo ainda mais barato como taxistas e frotistas. Hashtag fica a dica.
Carregador sem fio, uma central multimídia que oferece Android Auto e Apple CarPlay também sem fio, portas USB para carregamento de energia (duas do tipo A no painel dianteiro e duas do tipo C para os ocupantes do banco de trás) mantém seu querido espertofone em casa nos City. A Honda diz ter ainda aperfeiçoado a tela da central multimídia, com melhor definição das imagens, nova interface, gráficos melhorados e três papéis de parede diferentes. A câmera de ré, também evoluiu, e agora oferece imagens com melhor resolução.
A suíte eletrônica de assistências irritantes tão adorada pelo público moderno aqui vem com função de controle de cruzeiro adaptativo (ACC), e função Low Speed Follow (LSF), quer permite seu uso a velocidades mais baixas. Além disso, mitigação de colisão frontal, assistente de manutenção de faixa e comutação automática de farol alto. O LaneWatch, que monitora o ponto cego do lado do passageiro por meio de uma câmera que transmite as imagens para a central multimídia ao se dar seta à direita.
Além disso, o onipresente app de celular aqui se chama myHonda Connect, e permite consultar status do veículo, acionar controles remotos como dar a partida no motor e ligar o ar-condicionado à distância, travar e destravar as portas, localizar o veículo, verificar pressão dos pneus entre outras funcionalidades.
O carro começa em R$ 117.500 para as versões LX do sedã e hatch, e chega até R$ 141.400 no Hatchback Touring, e R$ 142.400,00 no Sedã Touring. As vendas iniciam em 9 de novembro, e a garantia é de 3 anos, sem limite de quilometragem. (MAO)
Ford oferece 700 cv na F-150 cabine simples, básica
Algum tempo atrás, concessionários Ford americanos resolveram oferecer kits de Supercharger para as picapes F-150 V8 básicas, cabine simples e caçamba curta. O veículo resultante era engraçadíssimo: relativamente barato, extremamente potente, e invisível nas ruas. A Ford parece ter gostado da ideia: vai fazer isso ela mesma, no país inteiro.
É o início de uma iniciativa chamada Ford Custom Garage, que será anunciada no SEMA show deste ano. Em vez de deixar o cliente navegar meio perdido pelo catálogo de acessórios e peças de preparação da Ford, a Ford Custom Garage monta um pacote e o vende como um sistema completo, para instalação em carros novos em concessionária, ou por terceiros. Se a instalação for feita por um revendedor autorizado, ele é coberto pela garantia!
O programa é lançado com alguns pacotes de aparência para o Bronco, mas também com o tal kit de Supercharger para a F-150. Este, transforma uma aparentemente pacata picape de trabalho em uma fera com nada menos que 700 cv. Que delícia.
Apresentando este pacote na exposição estará uma picape chamada F-150 FP700S. Parte de uma picape cabine simples básica, a F-150 XL 2024, recebe o compressor no V8 de 5 litros, et voilá: uma picape de 700 cv e 81,6 mkgf. O pacote também inclui um novo sistema de escapamento, grades de ventilação para o para-lama e molas que rebaixam o carro. Como a picape base é básica, a tração é só traseira.
O preço ainda não está disponível; a Ford ainda não está exatamente pronta para vender este pacote, mas promete que o dia dele nas lojas da marca chegará em breve. O SEMA Show 2024 vai acontecer entre os dias 5 e 8 de novembro. (MAO)
Radford é processada por clientes sem carros
Deem uma olhada no trailer abaixo. Sim, a personalidade televisiva/mecânico Ant Anstead e o piloto de Fórmula 1 Jenson Button num reality show, dentro do qual revivem o antigo Coachbuilder inglês Radford, por meio de um novo carro criado em conjunto com a Lotus chamado 62-2. Os dois dizem que são “orgulhosos britânicos”, e esta é a motivação, em meio a uma inundação de clichês do gênero de programa televisivo. “Se não ficar pronto hoje, a empresa fecha!”
O carro é basicamente uma nova carroceria num Lotus Evora, mas com mais potência e capacidade de velocidade em geral. Uma história legal, e um carro bonito pacas. Mas se você desconfia que todo reality show tem realidade somente no nome, mais um indício de que é verdade: a Radford parece que está desmoronando. A empresa entrou em recuperação judicial, mas agora está sendo processada judicialmente por clientes que pagaram, mas nunca receberam seus carros.
Um desses processos, aberto em julho de 2024, envolve o cirurgião da Flórida Scott Katzman e a Lamborghini Palm Beach. A concessionária de carros de luxo alega que pagou US$ 300.000 por um Lotus-Radford Type 62-2 e enviou US$ 750.000 adicionais em nome de Katzman por um modelo Type 62-2 Pikes Peak de corrida em agosto de 2023. Nenhum carro apareceu até agora.
Outro cliente, um certo senhor chamado Timothy Tasker, pagou um depósito de US$ 101.000 para um Type 62-2 em maio de 2022 e, durante uma reunião com Anstead, bem como com o cofundador Jenson Button, Tasker disse que lhe disseram que as primeiras entregas começariam no final de 2022 e continuariam ao longo de 2023. No entanto, Tasker decidiu que queria seu dinheiro de volta em outubro de 2023 devido à “falta de progresso”. Segundo ele, a Radford “entendeu” suas preocupações e disse que ele receberia um reembolso total. No entanto, a empresa deixou suas ligações e e-mails sem resposta e ele ainda não recebeu seu depósito de volta.
Em março, o sócio de Radford, Pastor Velasco, entrou com uma ação judicial contra Anstead e o cofundador Daniel Bednarski. O coproprietário de Radford, Roger N. Behlr Jr., também entrou com uma ação judicial, alegando que Anstead e o cofundador Daniel Bednarski administraram mal os fundos da empresa.
Anstead afirma que a empresa continua comprometida em desenvolver, construir e entregar o Type 62-2 aos clientes. “Como pessoas que lideram esta empresa, entendemos os desafios únicos que vêm com a construção de uma marca de carros premium, incluindo a importância de ter parceiros cujos valores e visão se alinham completamente com nossa missão”, ele afirmou. “Como muitos empreendimentos, nossa jornada apresentou oportunidades e desafios. Somos gratos pelo apoio contínuo de nossa comunidade e continuamos totalmente dedicados a promover a prestigiosa herança da marca.”
De qualquer forma, uma triste cadeia de eventos, esta. Vamos esperar atentos para descobrir como vai terminar. (MAO)