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Quarentena derruba movimento de locadoras e afeta vendas de carros novos
Já faz algum tempo que uma fatia generosa das vendas de carros novos no Brasil é feita na modalidade direta, seja no segmento PCD ou para frotistas. Pouco mais de 40% dos carros novos são vendidos diretamente a frotistas ou pessoas com deficiência, dois dos principais segmentos das vendas diretas.
No caso dos PCD, por exemplo, eles correspondem a quase 50% dos crossovers compactos vendidos no Brasil. Já entre os frotistas, as locadoras correspondem a 13% das vendas diretas e boa parte disso se deve ao sucesso dos serviços de transporte por aplicativo. Acordos de locação entre as empresas e as locadoras facilitam o acesso de novos motoristas ao serviço, de forma que já existem cerca de 200.000 carros alugados.
Porém com a redução do número de passageiros e viagens, os motoristas estão devolvendo os carros às locadoras, encerrando seus contratos. Isso já resultou na devolução de mais de 160.000 destes veículos até agora. Sem clientes, as locadoras estão deixando de comprar novos carros. Isso não seria um problema dez anos atrás, quando as vendas diretas correspondiam 10% do volume do mercado, mas nesta ligeira recuperação do mercado entre as crises de 2014 e esta de 2020, as locadoras tiveram um papel importante no modelo de negócio das fabricantes, e uma crise no setor fatalmente irá afetar as fabricantes.
E neste momento em que as lojas estão fechadas e a economia está praticamente parada — com projeção de crescimento negativo do PIB para 2020 — a situação é particularmente preocupante. Para minimizar os danos do “lockdown” econômico, as fabricantes aceleraram as novas formas de se aproximar do cliente e de vender carros, usando aplicativos e test-drives agendados ou até mesmo abordagem pelo WhatsApp e início dos pagamentos em 2021 — o que aumenta o risco de inadimplência e torna os empréstimos mais caros.
Mesmo assim, ainda veremos mais alguns meses de vendas em baixa e, ao que tudo indica, a retomada do mercado será adiada por um bom tempo. (Leo Contesini)
Novo Golf Variant é flagrado em testes
A Volkswagen já está testando na Alemanha a nova geração da perua Golf Variant. O modelo à primeira vista parece muito com a geração anterior, contudo, um olhar mais atento perceberá que as lanternas traseiras foram cobertas por um adesivo vermelho que imita as lanternas da sétima geração.
Por baixo delas está a verdadeira lanterna, menor e mais esguia, que deverá dar à perua um aspecto mais tecnológico como nas Audi Avant atuais. O interior, claro, será o mesmo do Golf — afinal, este é um Golf com a traseira alongada —, assim como os motores 1.0, 1.5 e 2.0 turbo, com potência variando entre os 105 e os 330 cv — este último no caso da Golf R Valiant, que terá também sistema de tração integral.
Considerando que não se trata de uma mula, mas de um protótipo, é provável que o modelo seja apresentado ainda neste ano, chegando às lojas como modelo 2021. (Leo Contesini)
O Lotus Esprit do próprio Colin Chapman está à venda
Colin Chapman é uma das personalidades mais famosas e importantes no meio entusiasta – ele foi o fundador da Lotus, era um engenheiro extremamente talentoso e sempre colocava a leveza do carro e uma experiência envolvente antes da potência gratuita. E ele tinha um Lotus Esprit que, agora, está à venda.
Mais precisamente, o Esprit de Colin Chapman era um Series 3 Turbo fabricado em 1981 e equipado com um motor 2.2 de 213 cv – feito sob medida de acordo com as especificações do chefe. Estas incluíam suspensão mais baixa e firme, carroceria modificada para reduzir ruídos do lado de dentro, rádio Panasonic montado no teto, motor montado à mão com cárter seco, direção hidráulica e filtros de pólen no ar-condicionado (Chapman tinha alergia). Em termos de personalização, Chapman foi simples: só pediu um jogo de rodas BBS “snowflake” – foi o primeiro Esprit com estas rodas instaladas de fábrica.
Pouco depois de buscar o carro, Chapman foi até um aeroporto de Norwich, no leste da Inglaterra, para dar uma carona a ninguém menos Margaret Tatcher – e ela, segundo relatos da imprensa na época, ficou “tentada a dirigir o carro”, mas não chegou a fazê-lo.
O caso é que Chapman não teve a chance de curtir o carro por muito tempo – ele veio a falecer de ataque cardíaco em dezembro de 1982, aos 54 anos. O carro foi vendido pouco depois e trocou de mãos algumas vezes nas últimas quatro décadas e chegou a ser restaurado pela própria Lotus. Atualmente ele tem cerca de 17.700 km rodados e está à venda em uma loja britânica chamada Mark Donaldson Ltd. O preço? Só sob consulta. (Dalmo Hernandes)
Superformance apresenta novo Cobra MkIII-R
A americana Superformance, especializada em réplicas do Ford GT40 e do Shelby Cobra, acaba de mostrar o novo Cobra MkIII-R – a nova versão modernizada do clássico esportivo anglo-americano. Chamar de réplica é meio injusto: o MkIII-R é um Cobra melhorado, com visual clássico e componentes modernos.
Isto fica claro ao observar os detalhes – o spoiler na dianteira, o enorme radiador atrás da “grade” (que, na verdade, é só uma abertura oval), as rodas de 18 polegadas com pneus Nitto e as saídas de escoamento atrás dos para-lamas. De acordo com a Superformance, os componentes aerodinâmicos são totalmente funcionais – e nós gostamos, ainda que os fãs do Cobra clássico possam torcer o nariz.
O carro usa o mesmo chassi tubular dos outros Cobra da Superformance, e vem com suspensão independente nas quatro rodas – por braços assimétricos, com amortecedores ajustáveis da Bilstein. Os freios usam pinças de quatro pistões na frente e de um pistão atrás, e o eixo traseiro conta com um diferencial de deslizamento limitado.
Sendo um kit car – o que o isenta de diversas normas de emissões de poluentes e segurança a que os carros produzidos em série são submetidos – o Cobra MkIII-R da Superformance é vendido como chassi rolante, sem mecânica. Esta é vendida à parte e, teoricamente, você a instala por sua conta (ainda que a Superformance também ofereça este serviço). O exemplar das fotos foi equipado com um V8 Roush de sete litros e 517 cv, mas a empresa observa que não é preciso muito para chegar aos 600 cv com esta base. Eles recomendam o uso da caixa Tremec manual de cinco marchas ou do câmbio automático de quatro marchas da Ford.
Cada exemplar parte de US$ 79.990 (o equivalente a R$ 466.000 na cotação atual) e vem “pelado” – ou melhor, aliviado: ar-condicionado, direção assistida e rádio, por exemplo, são opcionais. Só serão feitos 20 exemplares do MkIII-R por ano, e os carros são totalmente customizáveis em cor e acabamento. (Dalmo Hernandes)
Volkswagen retomará produção no dia 18 de maio
As fabricantes de automóveis continuam o processo de retorno às atividades no Brasil – a próxima será a Volkswagen. A fabricante anunciou que sua unidade de São José dos Pinhais (PR) voltará a produzir automóveis na próxima segunda-feira, 18 de maio. É de lá que saem o VW T-Cross e o Fox. As demais fábricas da VW no País seguirão paradas até o fim do mês, pelo menos.
A VW diz que os funcionários trabalharão em dois turnos, e em ritmo mais lento. Além disso, assegurou que serão adotados rígidos protocolos de segurança e higienização, incluindo distanciamento adequado entre as pessoas e monitoramento de temperatura. (Dalmo Hernandes)