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Car Culture

Ícones dos anos 1990: Chevrolet Calibra 16v

O automóvel, como o homem, existe à imagem e semelhança de seu criador. Os Bugatti de Ettore eram claramente obras de arte móveis, produzidas sem consideração alguma aos custos, e apenas a glória máxima, a beleza absoluta, a velocidade ímpar eram objetivos. Uma imagem automobilística da pessoa chamada Bugatti. Do outro lado do espectro, o Ford modelo T era ascético, funcional, durável, confiável e justo em preço: um Henry Ford sobre rodas. E tal coisa acontece mesmo quando não há um só criador. Mesmo quando não há um Lutz ou Piëch superpoderoso para definir seu produto, os carros continuam criações humanas, mas então fruto de conflito. Sim, conflito, porque o tal do trabalho em equipe, teoricamente um nirvana de consensos alegres e desprovido de pendengas, só funciona bem de verdade se há atrito. Ninguém gosta de conflito, claro. Particularmente evito eles a todo custo, às vezes, em detrimento de meu próprio interesse. Mas sei também que não há progresso sem conflito. Some