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Zero a 300

O novo Porsche 911 Turbo, Maserati Ghibli ganha versão elétrica, FCA e PSA se chamarão Stellantis e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Porsche revela o novo 911 Turbo com 580 cv

Eu sei que parece notícia repetida, mas o modelo que a Porsche lançou em março foi o 911 Turbo S. Estratégicos que são, os diretores da marca sabem que lançar suas versões a conta-gotas é mais rentável em termos de exposição ao público. É por isso que, passados quatro meses e uma semana desde o lançamento do 911 Turbo S, eles apresentam agora o 911 Turbo, sem S.

Visualmente ele é quase idêntico ao irmão com sobrenome no plural, diferenciando-se apenas pelas rodas com raios em Y em vez de U, e pelos discos de freio de carbono-cerâmica, que são itens de série no Turbo S e opcionais no Turbo. Como o Turbo S, ele usa um flat-6 de 3,7 litros com dois turbos de geometria variável e válvulas wastegate ajustáveis eletronicamente, mas em vez dos 640 cv do Turbo S, este tem “apenas” 580 cv — que é a mesma potência do Turbo S 991, da geração anterior.

Infelizmente a Porsche não divulgou os dados de pressão e taxa de compressão para que pudéssemos compará-lo, mas sabemos que o Turbo S 992 trabalha com 1,55 bar e tem taxa de compressão 8,7:1. Uma pista que pode indicar a diferença entre os dois motores é o próprio Turbo S 991, que tinha taxa de compressão 9,8:1 e 1,25 bar, mas não podemos cravar que sejam estas as diferenças entre o Turbo e o Turbo S.

O que podemos afirmar é que, com seus 580 cv e 76,3 kgfm, o 992 Turbo vai do zero aos 100 km/h em apenas 2,7 segundos e chega aos 318 km/h (0,1 segundo e 12 km/h a menos que o Turbo S). Como dito anteriormente, ele vem equipado de série com discos de freio metálicos, mas pode ser equipado opcionalmente com o sistema de freios de carbono-cerâmica da Porsche, além de ter o famoso PTM, o Porsche Traction Management, que distribui a força entre os eixos do carro, podendo direcionar até 50,8 kgfm para as rodas dianteiras.

Também como o Turbo S, ele é 4,6 cm mais largo na dianteira e 2 cm mais largo na traseira quando comparado aos modelos Carrera. Isso porque, além das bitolas maiores, ele também usa rodas de 20 polegadas com pneus 255/35 na frente e 315/30 na traseira. Um opcional nesse setor é o pacote PASM, Porsche Active Suspension Management, que rebaixa a altura de rodagem em 10 mm.

Algumas novidades estão longe dos olhos: há flaps adaptativos na dianteira e no spoiler, que não aparecem nas fotos. Segundo a Porsche, quando comparado ao Turbo 991, o conjunto aerodinâmico produz 15% mais dowforce. O novo 911 Turbo já está a venda na Europa e nos EUA, e deverá ser trazido ao Brasil. Considerando que o Turbo S custa R$ 1.329.000 e que o Turbo é cerca de 18% mais barato que ele, podemos esperá-lo na faixa de R$ 1.100.000. (Leo Contesini)

 

FCA e PSA se chamarão Stellantis

Lembra da fusão da FCA e da PSA? Pois então, as duas empresas serão uma só e, para evitar um nome burocrático e sem-graça como FCAPSA eles optaram por um novo nome mais sonoro e comercial: Stellantis. Apesar da sonoridade de complexo vitamínico, a origem do nome vem do radial latino “stella”, que designa algo ligado às estrelas. A FCA/PSA diz que a inspiração foi a palavra “stello”, que significa “iluminado por estrelas”.

A defesa criativa publicada no comunicado das marcas explica que “o nome homenageia a história de suas fundadoras” (o francês e o italiano são línguas latinas e, mesmo o inglês da Chrysler, teve influência latina em milhares de palavras), além de remeter à astronomia, o que “captura o verdadeiro espírito de otimismo, energia e renovação que impulsionam esta fusão”.

A fusão entre FCA e PSA foi anunciada em 18 de dezembro de 2019 e, a partir de agora, será identificada por este novo nome, que foi discutido ao longo dos últimos meses entre as duas diretorias e o grupo Publicis, especializado em relações públicas. A fusão da empresa, contudo, ainda está em processo e deverá ser finalizada até março de 2021. (Leo Contesini)

 

Jeep Wrangler Rubicon 392 pode ser produzido para enfrentar o Ford Bronco

A comoção causada pelo lançamento do Ford Bronco teve especial impacto na Jeep – que, a partir de agora, terá um rival à altura para seu tradicional Wrangler. Assim, depois de revelar o conceito Wrangler Rubicon 392, a Jeep deve colocá-lo em produção o quanto antes.

De acordo com a Road and Track, fontes ligadas à empresa dizem que já foram feitos 30 protótipos do Wrangler V8 na fábrica da Jeep em Ohio. Segundo a publicação, sua fonte diz que isto não aconteceria se o Rubicon 392 fosse um mero conceito one-off.

Se a Jeep não pretendia produzir o Wrangler V8, justificando a decisão com a dificuldade de adaptar o cofre, faz sentido que os planos tenham mudado após a chegada e o hype em volta do Ford Bronco – que, em sua versão mais potente, tem um V6 Ecoboost de 2,7 litros e 318 cv. O conceito Rubicon 392 é equipado com um V8 Hemi de 6,4 litros e 457 cv, e possui personalidade mais aventureira, com pneus de 33 polegadas, rodas com beadlocks e capacidade para ir de zero a 100 km/h em “menos de cinco segundos”.

Road and Track procurou a Jeep para tentar descobrir mais detalhes sobre os protótipos, mas a empresa recusou-se a comentar. E a fonte consultada também não soube informar quando o Wrangler V8 supostamente será produzido. Mas já dá para perceber que a briga vai ser boa e está longe de acabar. (Dalmo Hernandes)

 

Maserati Ghibli Hybrid é apresentado

Lançado em 2013, o Maserati Ghibli andava (anda) meio esquecido – talvez o fato de não ter mudado muito em sete anos. Agora, o irmão menor do Quattroporte recebe uma leve reestilização, com grade redesenhada e nova assinatura de LED nas lanternas traseiras.

Por fora e por dentro há detalhes em azul – a cor que atualmente é associada a carros híbridos, elétricos e “verdes”. Eles estão nas saídas de ar das laterais, no emblema da “Maserati” nas colunas traseiras e nas pinças dos freios; e também nas costuras dos bancos. Nada que grite “ei, estou dirigindo um híbrido!” como era o padrão há poucos anos. Também há novidades práticas: o quadro de instrumentos agora é totalmente digital, e a tela da central multimídia agora tem 10,1 polegadas. Antes eram 8,4 polegadas, abaixo do padrão do segmento – que, na Europa, é dominado pela tríade alemã Mercedes-Benz Classe E, BMW Série 5 e Audi A6.

A maior mudança, porém, está debaixo do capô. Em linha com seus planos de eletrificação, a Maserati dá ao Ghibli um conjunto híbrido pela primeira vez. Ele é composto pelo familiar 2.0 turbo, um supercharger elétrico (que a marca chama de e-Booster), um alternador de 48V e uma bateria montada na traseira. A Maserati diz ter optado por um híbrido leve em vez de um sistema plug-in para reduzir peso – ainda que o sedã tenha seus 1.950 kg, o que não é pouco.

Segundo a Maserati, o conjunto é capaz de entregar 334 cv e 45,8 kgfm de torque moderados por uma caixa automática ZF de oito marchas. Com isto, o Ghibly Hybrid vai de zero a 100 km/h em 5,7 segundos, com máxima de 255 km/h.

Ainda que seja um lançamento mais tímido, o Ghibli Hybrid é só parte de uma onda de eletrificação que a Maserati traz em curso. Em 2021 versões totalmente elétricas do cupê GranTurismo e do GranCabrio, sua variante aberta. Sem esquecer do supercarro híbrido MC20, que deverá ser um híbrido com o recém apresentado motor V6 Nettuno. (Dalmo Hernandes)

 

Ex-Versa, Nissan V-Drive 2021 parte de R$ 57.190

Na linha 2021, o Nissan Versa atual passa a se chamar V-Drive. A mudança de nome deve-se à chegada da nova geração – e, como já fizeram várias outras fabricantes instaladas no Brasil, a Nissan decidiu manter a geração antiga como opção de entrada. O novo Versa tinha estreia planejada para o mês de junho, mas a pandemia forçou a fabricante a adiá-la para agosto, mas a Nissan decidiu já preparar o terreno.

O sedã agora terá quatro versões – antes eram cinco: 1.0 manual, 1.6 manual, 1.6 Special Edition CVT e 1.6 Plus CVT. Os motores são os mesmos: o 1.0 três-cilindros de 77 cv e 10 kgfm, sempre com câmbio manual de cinco marchas; ou o 1.6 quatro-cilindros de 111 cv e 15,1 kgfm, que pode ter câmbio manual ou CVT.

O V-Drive 1.0 manual, que custa R$ 57.190 vem de série com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas, computador de bordo, volante com ajuste de altura e preparação para som. A versão 1.6 manual traz os mesmos itens, mais abertura interna do porta-malas, por R$ 60.890.

Já o V-Drive Special Edition, de R$ 68.690 além do câmbio CVT, vem com todos os itens anteriores mais central multimídia com tela de 6,7 polegadas e volante multifuncional. Por fim, o V-Drive Plus acrescenta rodas de liga leve de 15 polegadas, retrovisores com ajuste elétrico, bancos de couro e porta-malas com iluminação.

A Nissan ainda não diz quando o V-Drive começará a ser vendido. Considerando, porém, que a maior parte dos detalhes sobre ele já é conhecida, dificilmente seu lançamento passará de agosto. (Dalmo Hernandes)