Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Lotus deve abandonar motores a combustão e concentrar-se em elétricos
A Lotus, uma das empresas mais adoradas pelos entusiastas da velha escola, parece pronta para abraçar os novos tempos sem sequer olhar para trás. Quem diz não somos nós, mas a Auto Express, que conversou com o CEO da empresa, Phil Popham. E, pelas palavras dele, a Lotus deverá lançar só mais um carro com motor a combustão interna e, depois, concentrar-se exclusivamente em carros elétricos – e sem usar os híbridos como transição.
De acordo com Popham, o principal problema dos híbridos é a falta de flexibilidade na hora de distribuir seus componentes – baterias, motor a combustão motor elétrico e transmissão adicionam peso e ocupam espaço, o que é um problema na hora de desenvolver um esportivo compacto e leve (que é o que se espera de um Lotus). “O que você quer é minimizar o peso e maximizar a performance, colocando a massa nos lugares certos para obter a dinâmica desejada.
E, nisso, os híbridos apresentam um desafio.” Por outro lado, um carro totalmente elétrico permite muito mais liberdade. “Uma coisa em que acreditamos é no futuro dos carros elétricos movidos a abteria, e nossa intenção é oferecê-los no futuro”, diz Popham. “A tecnologia de baterias é muito adequada aos esportivos – a entrega de torque, a distribuição de peso, e a flexibilidade no design e na dinâmica. Para mim, tudo indica que os motores elétricos são a solução definitiva para os esportivos.” De certa forma faz sentido – olhando pela questão do peso e do packaging, os elétricos de fato são mais alinhados à filosofia da Lotus que os híbridos.
Popham também aproveita para explicar como uma virada tão radical é possível: “O dinheiro que está chegando ao nosso departamento de desenvolvimento de produtos é algo que nunca, jamais poderíamos ter se não tivéssemos o dono ambicioso que temos” – diz o CEO, referindo-se aos chineses da Geely, que adquiriram a Lotus em 2017.
É muito para digerir – ouvir o chefão da Lotus, uma fabricante tão fortemente associada a tecnologias tradicionais, falando em abandonar a combustão e partir para os motores elétricos. Mas, segundo a Auto Express, o próximo passo após o término da produção do Lotus Evija é investir em um esportivo elétrico mais “acessível” – se o Evija custará US$ 3 milhões, falamos de algo em torno de US$ 125.000. E ele será o primeiro de toda uma linha, substituindo os atuais Elise, Exige e Evora. Então, é questão de tempo até que a Lotus vire uma fabricante de esportivos elétricos. Só o tempo dirá, porém, se com isto a Lotus não se tornará só mais uma em uma multidão de outras empresas menores e mais jovens investindo neste campo. (Dalmo Hernandes)
Assista ao “remake” moderno de C’était un rendez-vous
Há algumas semanas a Ferrari anunciou que estava produzindo um remake do clássico curta-metragem C’était un rendez-vous, no qual um rapaz acelera uma Ferrari 275 GTB (ou melhor, um Mercedes-Benz 450SEL 6.9 “dublado” por uma Ferrari) pelas ruas de Paris para encontrar sua amada.
Na versão moderna, chamada Le Grand Rendez-Vous, o piloto Charles Leclerc acelera uma Ferrari SF90 pelas ruas do principado de Mônaco. Mas não é só isto – há também uma pequena história, na qual uma florista espera o piloto enquanto ele vai buscar o príncipe de Mônaco, Albert II. Confira abaixo:
É… interessante. Assim como o original, Le Grand Rendez-Vous foi dirigido por Claude Lelouch – e a florista que aparece no início é ninguém menos que sua filha, Sarah Lelouch. Mas há alguns detalhes que divergem do original. Primeiro, estamos falando de uma produção muito mais complexa, com várias câmeras, com as ruas de Monte Carlo vazias por causa da pandemia – e uma história mais elaborada, ainda que confusa. Falta aquela atmosfera cinema vérité que fez do original uma obra tão icônica.
A produção excessivamente caprichada também escancara o fato de esta ser, no fim das contas, uma campanha publicitária – bem como alguns momentos forçados, como a equipe de funcionários de um hotel aplaudindo LeClerc e o príncipe de Mônaco, que tira uma foto de Leclerc enquanto ele recebe flores de Sarah Lelouch. Chega a ser meio… constrangedor.
Além disso, há pouco do ronco da Ferrari SF90 – a música sai de cena por apenas alguns instantes, e ainda assim o som do V8 biturbo (que já não é tão inspirador quanto o ronco de um V12 naturalmente aspirado) tem pouco volume.
Não deixa de ser interessante, mas falta muito para que possamos considerar Le Grand Rendez-Vous uma sequência digna para o clássico de 1976. Concorda? Discorda? Diga o que acha nos comentários. (Dalmo Hernandes)
Novo Alpina B5 é revelado com 621 cv
Semanas depois da apresentação do BMW Série 5 reestilizado, a Alpina aparece com a sua versão – o Alpina B5, que muitos consideram uma alternativa mais descolada ao M5. O carro usado como base é o M550i, versão imediatamente abaixo do M5 na hierarquia.
No quesito potência, ele se justifica: a potência vai de 530 cv para 621 cv no motor V8 biturbo de 4,4 litros, obtidos através de uma nova ECU. O torque permanece em 81,5 kgfm – o que está longe de ser um problema. A caixa automática de oito marchas da ZF recebe reforços da Alpina para garantir que poderá lidar com a força extra. Segundo a preparadora, é o bastante para ir de zero a 100 km/h em 3,4 segundos no caso do sedã, ou 3,6 segundos para a versão perua. A velocidade máxima também varia de acordo com a carroceria: 330 km/h no sedã ou 321 km/h na perua.
Agora, o fato de a preparação no motor ser basicamente eletrônica não significa que a Alpina poupou trabalho no B5. O sistema de tração integral é retrabalhado para ganhar um viés mais traseiro – ou seja, mais força vai para as rodas de trás. O sistema de arrefecimento recebe três novos radiadores, um radiador de óleo maior para o câmbio, e um intercooler maior para o motor. Fora isto, há também suspensão retrabalhada, com molas mais curtas e firmes, amortecedores recalibrados e freios de maior diâmetro.
Esteticamente, o carro ganha emblemas Alpina, incluindo a tradicional aplicação no spoiler dianteiro; as rodas raiadas que também já são icônicas da preparadora, em uma versão de 20 polegadas que pode ser preta ou prata; interior em couro Lavalina tingido, que pode ser personalizado pelo cliente; e até mesmo gráficos customizados para o quadro de instrumentos digital e o sistema multimídia.
Tanto capricho custa a partir de US$ 210.000 (o equivalente a pouco mais de R$ 1 milhão na cotação atual) e já pode ser encomendado. O Alpina B5 é vendido como carro completo, e não como um kit para ser instalado em qualquer M550i. (Dalmo Hernandes)
Chevrolet divulga S10 reestilizada em vídeo ao vivo
A Chevrolet divulgou neste último fim de semana o visual da picape S10 reestilizada para a linha 2021. A imagem do carro apareceu por alguns instantes durante a transmissão ao vivo de um feirão de carros novos realizada no sábado (12).
As imagens foram compartilhadas pelo pessoal do Autos Segredos, e mostram que o modelo terá uma nova dianteira, novamente inspirada pela Colorado americana. Ela ainda mantém a grade ampla, predominante na dianteira, porém com barras superiores que a tornam mais convencional, fazendo a parte inferior parecer uma tomada independente. Na traseira a picape não terá nenhuma alteração. Por dentro ela deverá receber apenas atualizações do sistema multimídia.
Sob o capô também nada muda: os motores 2.5 Flex e 2.8 turbodiesel continuam combinados ao câmbio manual de seis marchas e automático de seis marchas, respectivamente. (Leo Contesini)
Mudanças no Código de Trânsito serão votadas nesta terça-feira
Há quase duas semanas noticiamos aqui mesmo no Zero a 300 que a Câmara dos Deputados “acelerou” a tramitação do projeto que altera o Código de Trânsito Brasileiro. Com isso, a votação do projeto está agendada para esta próxima terça-feira (16), sem a possibilidade de adiamento.
A proposta foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Infraestrutura e Transportes, Tarcísio de Freitas, e visa modificar o sistema de pontuação e suspensão da CNH, além de prever advertência em vez de multa para os condutores que transportarem crianças com menos de 10 anos sem assentos adequados.
O projeto original previa a ampliação do sistema de pontuação de 20 para 40 pontos — um a proposta da qual o FlatOut discorda, conforme explicado anteriormente neste post. A justificativa para a ampliação é que o uso de radares ocultos faz com que os caminhoneiros sejam mais facilmente multados e, com isso, estejam mais sujeitos a atingir o limite de pontos. Contudo, como a Polícia Rodoviária Federal já racionalizou a fiscalização nos últimos meses, focando apenas nos pontos críticos e nas lombadas eletrônicas, tal medida é desnecessária.
Além disso, a proposta foi modificada pelo relator da proposta, o deputado Juscelino Filho, que propõe que o limite de pontos seja de 40 pontos somente se o motorista não tiver nenhuma infração gravíssima em 12 meses, 30 pontos se ele tiver somente uma infração gravíssima, e 20 pontos se tiver duas infrações gravíssimas. Uma mudança ainda desnecessária e permissiva demais, em nosso ponto de vista.
Quanto às cadeirinhas, atualmente ocorre a chamada “insegurança jurídica”. O Código de Trânsito Brasileiro prevê o uso do equipamento adequado às crianças menores de 10 anos, porém não regulamente o uso nem a punição aos infratores. Em 2010 tivemos a chamada “lei das cadeirinhas”, que era, na verdade, uma resolução do Contran para regulamentar a utilização e a punição.
Contudo, legalmente a imposição de penalidade não pode ser regulamentada por uma resolução; apenas por força de lei — o que torna a cobrança de multa inconstitucional. Com a alteração, a previsão de penalidade será incluída no Código de Trânsito, porém a proposta original prevê apenas a advertência por escrito, que isenta do pagamento da multa, mas mantém a pontuação na CNH. (Leo Contesini)
Próximo especial de The Grand Tour já está pronto
Apesar da pandemia que parou o mundo, os produtores de The Grand Tour conseguiram finalizar o próximo episódio especial desta última temporada do programa e já o entregaram ao pessoal da Amazon — o que significa que, em breve, teremos um novo episódio disponível no serviço de streaming. Quando? Bem… nem a Amazon sabe ainda.
O episódio finalmente trará o trio de volta aos carros, depois de atravessar o leste asiático em barcos no especial “Seamen”. Desta vez, eles irão à ilha de Madagascar, a qual atravessarão com três carros modificados: um Bentley Continental GT, um Ford Focus e um Caterham Seven, todos modificados para rodar fora do asfalto. (Leo Contesini)