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Novo 2.0 turbo Toyota pode dar até 600 cv
Conhecemos bem a situação precária da indústria hoje. O futuro prometido pela legislação é elétrico, e por isso todos deviam abandonar novos desenvolvimentos de motores à combustão. Mas carros elétricos estão longe ainda de ser sucesso de venda e fonte de lucro. E ainda por cima, todo dia aparecem dúvidas sobre este futuro elétrico. O que fazer?
Quem pode, anda em duas frentes: elétrico e a combustão, em paralelo. Alguns, sem o caixa necessário para isso, como a Jaguar e a Nissan, mergulham de cabeça na eletricidade. A GM investe pesado na eletricidade, mas mantém um plano B à gasolina sem alarde, aparentemente. A Toyota faz o contrário: elétrico para ela é plano B.
Veja este novo motor que está desenvolvendo, como exemplo. Citando fontes internas da Toyota, a publicação japonesa Best Car relata que este quatro em linha turbo de 2 litros, já anunciado pela Toyota, vai produzir até 600 cv!
Segundo a publicação, este é o objetivo da versão de competição deste motor, o que mesmo assim é impressionante aos 300 cv/litro. A versão de alto desempenho em carro de rua também tem objetivos impressionantes: 400 cv e 55 mkgf de torque. Uma variante menos potente também está supostamente em desenvolvimento, visando 300 cv e 40 mkgf; mesmo esta versão já é extremamente apetitosa. O motor terá uma versão 1,5 litro turbo também.
Parece um motor perfeito para futuros carros esportivos. A Toyota está supostamente considerando versões elétricas e a combustão interna de um novo roadster MR2; rumores agora indicam que este carro teria o motor de 400 cv e tração integral GR-Four 4WD, na sua versão topo de linha. A mesma combinação pode ser usada para o retorno do Celica, potencialmente como um cupê de duas portas com motor dianteiro.
Tudo isso é apenas boato ainda, claro. A Toyota confirmou apenas o desenvolvimento desses novos motores de 1,5 litro e 2,0 litros, como parte de sua colaboração com a Subaru e a Mazda para o futuro dos motores de combustão interna (ICE). Mas sem detalhes de potência ou os carros onde serão montados no futuro.
A Toyota disse apenas que o novo motor turbo de 2,0 litros superará a atual unidade turbo de 2,4 litros em potência, sendo menor em tamanho e mais econômico em termos de combustível. O motor de 2,0 litros atenderá a rigorosas regulamentações de emissões em vários mercados globais. Além disso, sua compatibilidade com combustíveis neutros em carbono sugere que ele pode permanecer viável mesmo após potenciais proibições de motores tradicionais a gasolina e diesel. (MAO)
Ford F-150 Raptor no Brasil?
A Ford pode ter, inadvertidamente, confirmado a vinda das novas F-150 reestilizadas para o Brasil. Divulgou em sua conta do Instagram um vídeo onde exibe, além dos modelos Maverick e Ranger, a F-150 reestilizada. Nas imagens, aparece também a versão Raptor, que ainda não veio oficialmente ao Brasil. Será?
Parece certo que a versão Lariat virá para cá, junto com a reestilização, eliminando a atual versão Platinum. O novo Lariat já foi exposto pela Ford no Brasil, e deve acontecer mais cedo ou mais tarde. A reestilização, já disponível nos EUA, conta com grade nova, faróis novos, rodas diferentes e apliques cromados.
Ainda é mecanicamente o mesmo carro, com o excelente V8 DOHC de 5 litros, 405 cv e 56,7 mkgf, combinado a uma transmissão automática de dez velocidades e tração 4×4 selecionável. Novidade mesmo seria a vinda da versão Raptor, uma versão esportiva/Desert Racer/matadora de quebra-molas que é um sucesso mundial, e um carro muito divertido de verdade, ainda que muito grande para a maioria das cidades brasileiras, como toda picape do tipo.
Além do chassi reforçado e das rodas enormes off-road, a Raptor tem suspensão sofisticada preparada para alta velocidade em terrenos acidentados; é inspirada nas corridas em deserto. Nos EUA existem duas versões dela: com um EcoBoost V6 de 3,5 litros biturbo e 450 cv ou a Raptor R, com um V8 supercharged de 5,2 litros e 720 cv. O câmbio é o mesmo automático de dez marchas, com tração 4×4, em todo Raptor. Já temos a Ranger Raptor por aqui; há espaço para uma f-150 raptor? Pelo jeito, vamos descobrir. (MAO)
Teto de valor para PcD sobe para R$ 221 mil
A isenção de IPI para as pessoas com deficiência é algo que beneficia muita gente no Brasil; isso faz com que a polêmica sobre sua existência fique obscurecida. Uma vez conseguido o benefício, ninguém aceita perdê-lo, afinal de contas. A ideia dele é realmente bonita, de ajudar os portadores de deficiência. Mas um cara pode ser desculpado em acreditar que quem pode comprar um carro zero Km de R$ 200.000 não precisa realmente de incentivo; que há outras formas de ajudar a população mais carente, que nem sonha com carro zero.
Mas enfim. A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto que eleva o preço máximo do carro que pode ser comprado com benefícios fiscais para o público PCD. Agora, o teto passa dos atuais R$ 200.000 para R$ 221.347, mantendo a isenção total de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A proposta prevê também atualização do teto anualmente pela variação da inflação. Para virar lei, ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
A lista de doenças que permitem a classificação PCD é extensa; o benefício pode ser obtido pela própria pessoa ou seus representantes, sempre para um único carro e a cada 3 anos. A maioria das vendas é de carros automáticos, mas dependendo da doença, pode ser enquadrado carro manual também. O teto anterior era de R$ 140.000 e subiu para os atuais R$ 200.000 em 2022. (MAO)
Scorpion: o hipercarro que a Audi não fez
A Audi tem uma “realidade paralela” das mais interessantes da história do automóvel em seus supercarros. Embora ela tenha lançado apenas um supercarro em mais de 100 anos de história, ela desenvolve e desiste de lançar esportivos de ponta desde os anos 1930. E nem mesmo o lançamento do R8, que finalmente colocou a Audi nesse segmento, cessou a história de desenvolver e engavetar da marca.
Isso, porque a Audi acabou de revelar ao mundo um conceito de hipercarro desenvolvido em 2013. Batizado Scorpion, ele foi tirado dos porões da marca para ser colocado no museu da Audi em Ingolstadt, para uma exposição sobre a evolução aerodinâmica dos modelos.
A intenção da Audi era colocá-lo no mercado acima do R8, e tinha forte influência dos modelos que disputaram e venceram consecutivamente as 24 Horas de Le Mans nos anos 2000-2010. O elemento mais marcante é a barbatana estabilizadora sobre o deck traseiro, e os dutos aerodinâmicos que auxiliam na produção de downforce. O carro seria a forma da Audi explorar comercialmente o desempenho e a tecnologia dos carros de corrida.
A Audi diz que o Scorpion está encerrado e não terá seu desenvolvimento retomado, e nem pretende fazer um supercarro com tecnologias derivadas da F1. Em vez disso, a categoria deverá auxiliar a Audi a desenvolver novas tecnologias de powertrains híbridos para os carros de passeio comuns. Pode até ser. Mas, considerando o histórico da Audi, não estranhe se, daqui a 10 ou 15 anos, eles aparecerem com um protótipo de 2027, que foi engavetado e tinha tecnologias da Fórmula 1. (Leo Contesini)
Os detalhes do acidente 400 km/h da Hennessey
Passado pouco mais de um mês desde o acidente a 400 km/h da Hennessey durante testes no Kennedy Space Center, quando a fabricante tentava chegar além das 300 mph (483 km/h), uma emissora de TV local, a WKMG, teve acesso ao registro de ocorrência o acidente, revelando detalhes de como tudo aconteceu.
A emissora cita informações de um relatório recebido por meio da lei de acesso à informação local, que levou duas semanas para ser concluído e visava proteger “segredos comerciais” e informações confidenciais da Hennessey envolvidas no registro público. Até mesmo as fotos do carro após o acidente foram protegidas, aparecendo como blocos escurecidos nos documentos obtidos pela emissora.
A Hennessey havia alugado a pista da Space Florida, a empresa que opera o uso do Kennedy Space Center para testes civis. Os termos do aluguel são definidos por um contrato de 30 páginas que especifica procedimentos de segurança e contém inúmeras cláusulas de indenização para que a instalação pública não seja responsabilizada em caso de acidente — como o que o protótipo do Venom F5 da Hennessey sofreu durante o teste em 1º de julho.
O CEO John Hennessey explicou que o “veículo perdeu força aerodinâmica, fazendo com que o motorista perdesse o controle”, mas o motorista saiu ileso do acidente, algo surpreendente se considerarmos que ele aconteceu a 400 km/h — aqui é importante notar que o Venom F5 já havia passado dessa velocidade, chegando a 437 km/h em 2022 no mesmo Kennedy Space Center.
De acordo com o relatório da Space Florida sobre o acidente, um veículo de segurança e o diretor do teste chegaram 30 segundos após a parada completa do veículo. A causa foi listada como “desconhecida”, mas foi anotado que a Hennessey estava “investigando e avaliando falhas mecânicas e/ou causas”.
A Space Florida ainda disse que este tipo de teste é raro, e que costuma rejeitar os pedidos de uso da pista para testes. Eles ainda informaram que a Hennessey teve de pagar US$ 713 pelo serviço de limpeza de materiais perigosos e reparos na pista”. Os reparos, segundo o documento, foram “aplicação de materia de vedação e rejuntes em um único ponto”. (Leo Contesini)