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Hennessey mostra teaser de versão de pista do Venom F5
O negócio de supercarros parece que realmente engrenou no famoso preparador texano Hennessey. Não parece, mas a empresa tem mais de dez anos de história no assunto: seu primeiro carro foi o Venom GT de 2011, na verdade um Lotus Exige com um de seus V8 Chevrolet preparados. Mas parece que agora, com o Venom F5, conseguiu uma fórmula vencedora e lucrativa. Produzindo coisa de 20 carros por ano, tem encomendas para mais pelo menos dois anos; por isso começa a imaginar aonde ir depois disso.
Esta semana mostrou o caminho em um teaser nas redes sociais: um F5 focado para uso em pista. Algo que faz todo sentido, bem mais que a incessante busca por velocidades máximas cada vez maiores que parece ser a norma neste tipo de carro. Teoricamente o Venom F5, por exemplo, pode chegar a 500 km/h, mas nunca foi cronometrado a esta velocidade. Até lugar para tentar isso é um problema.
O foco deste novo carro, a julgar pela asa traseira, deve ser o downforce. Hennessey sugeriu que levará o Venom F5 a Nürburgring, e esta nova versão parece ser a ferramenta ideal para isso. Lembrando que o F5 tem um V8 exclusivo baseado na arquitetura dos LS da GM, com dois turbos e 6,6 litros, para nada menos que 1842 cv e 165 mkgf de torque. Pesa 1360 kg. Já foi cronometrado a 437 km/h, em sua versão sem asa, então o potencial é grande aqui.
A empresa já fez 10 cupês Venom F5, ainda vai fazer mais 14 deles, e depois mais 30 roadsters. O que significa que se lançar agora um novo carro, mantendo seu ritmo de 20 carros/ano, quem fizer um pedido só receberá o carro lá pelo fim de 2025, na melhor das hipóteses. Mas parece que coisa assim não é problema hoje em dia, para os compradores ávidos para colocar mais um hipercarro exclusivo na garagem. (MAO)
BMW i Vision Dee mostra nova grade BMW
No BMW i Vision Dee, conceito apresentado na semana passada na CES em Las Vegas (uma exposição não de carros, mas de “tecnologia”), uma nova “linguagem” de desenho BMW é inaugurada, segundo a empresa. A plataforma é a do novo-Neue Klasse, tecnologia que pretende, como em 1962 no primeiro Neue Klasse, prever o futuro da marca. Será esta a primeira olhadela do desenho externo do novo-nova classe?
Por dentro e por fora, o conceito tem um design intencionalmente simples, e uma nova grade frontal. Agora é enorme não na vertical, mas na horizontal. Vamos lá, caras, decidam-se logo…
Na verdade, não vão se decidir: Adrian van Hooydonk, chefe de Design da marca, disse que a grade dianteira será adaptada para cada veículo para diferenciar melhor os modelos. A respeito da controvérsia que o M3/M4 gerou, o diretor de design do BMW Group disse:
“Sabíamos que as pessoas iriam comentar sobre ele. Também sabemos que fazer as pessoas falarem não é necessariamente ruim. O que seria ruim é se as pessoas falassem, mas não comprassem. Mas se falarem e continuarem a comprar, então está tudo certo.”
O i Vision Dee mostra também a sua mais nova interação do E Ink: o carro pode variar entre 32 cores. Ele oferece suporte a uma versão colorida com painéis de carroceria configuráveis individualmente. Não é apenas a carroceria que pode ter um acabamento que muda de cor, mas também as rodas também podem ser cobertas com E Ink. A BMW afirma que “uma variedade quase infinita de padrões” é possível e a mudança para um acabamento diferente é feita em questão de segundos.
A BMW não diz nada sobre colocar o E Ink em produção, mas certamente está desenvolvendo isso. Mesmo hoje Munique tem uma das paletas de cores das mais generosas, e seu catálogo de cores continua crescendo, e oferecendo pinturas individuais exclusivas sob encomenda até nos modelos mais baratos. (MAO)
Nissan GT-R Nismo 400R R33 de 1996 a venda nos EUA
Responda rápido: qual é o Nissan GT-R mais valioso da história? De acordo com Top Rank Imports, um especialista em trazer carros JDM para os EUA, é o GT-R Nismo 400R de 1996, e, portanto, da geração R33.
A empresa, lógico, tem um a venda, mas não divulga o preço: menciona um leilão recente em que o preço ultrapassou 100 milhões de ienes, ou cerca de US$ 757.000 (R$ 3.981.820), mas não vendeu. Na verdade, o preço pedido está na casa dos US$ 1.200.000 (R$ 6.312.000). Barrabás.
Grande parte deste valor diz respeito à raridade do 400R. De acordo com o Nissan GTR-Registry, existem apenas 40 deles, e raramente são colocados à venda. O carro em questão é um dos quatro carros pintados de prata, e tem apenas 30.000 km rodados. A Top Rank Imports adquiriu este carro de um colecionador no Canadá e, até onde sabe, é o único 400R na América do Norte.
Há também o carro em si. Nismo, a divisão de competição e preparação da Nissan, fez o motor seis em linha de 2,6 litros do GT-R dar nada menos que 400 cv, o que, em 1996, era raro até em Ferrari. Para lidar com a potência extra, a Nismo melhorou os freios e a suspensão. O resultado é um GT-R R33 que pode acompanhar a um Ferrari F40 em pista. Ou pelo menos é o que se dizia na época; com menos peso e mais potência, meu dinheiro ia para o Ferrari.
A importação de carros deste tipo, os JDM (Japanese Domestic Market, carros exclusivos do mercado japonês) são hoje um negócio comum nos EUA. Muito por causa da franquia Velozes e Furiosos e a febre do Tunning de vinte anos atrás, claro, são um fenômeno análogo aos Muscle-cars nos anos 1990; lendas inatingíveis e desejadas por crianças, que agora, adultos e bem de vida, podem finalmente conseguir comprar.
O GT-R Nismo 400R de 1996 é, portanto, o Hemi Cuda conversível de 2023. (MAO)
Tesla dá opção de volante “normal” sem custo
A Tesla lançou seu volante inspirado em manche de avião, o estranho aparato que parecia um volante normal com a parte de cima deletada, que chama de “Yoke”, em 2021, como parte de uma atualização das linhas Model S e Model X. Foi muito criticado, mas como sempre, Elon Musk acreditava ser um visionário a frente de seu tempo, e perseverou. Mas mesmo Musk não acerta todas; parece que Tesla voltou atrás.
Parece que a Tesla atualizou seu configurador on-line no início desta semana para incluir uma opção de volante redondo sem custo para o Modelo S e o Modelo X. Isso é uma boa novidade: pessoas que quiseram trocar o manche de seus carros por um volante tradicional são apresentados à uma conta de US$ 700 nos concessionários Tesla, até agora.
Além do retorno do volante, a Tesla incluiu algumas outras atualizações sutis no S e no X. Ambos os carros agora apresentam uma marca “TESLA” na tampa do porta-malas, em oposição ao logotipo tradicional da Tesla, pinças de freio vermelhas também estão de volta e o Model S Plaid supostamente possui freios melhores com maior capacidade térmica.
Atualmente, o Tesla Model S começa em US$ 106.990 (R$ 562.767) nos EUA, e a versão mais potente Plaid custa US$ 137.190 (R$ 721.619). O Modelo X, por sua vez, começa em US$ 122.190 (R$ 642.719). (MAO)