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Porsche Taycan Turbo GT é o mais potente de todos os Porsche
Conheçam aqui o mais potente e rápido Porsche da história dos potentes e rápidos Porsche. É, obviamente, um elétrico: o novo Taycan Turbo GT, ano/modelo 2025. Sim, um turbo que não tem turbo, sabemos, mas não importa. São 788 cv e 136 mkgf de torque; mas com o modo “Attack Mode” chega a 1033 cv. No “Lauch mode”, são1108 cv.
O “Attack Mode” é parecido com o push-to-pass disponível em outros modelos Taycan, disponível por 10 segundos de cada vez. O “Launch mode” libera a potência máxima por dois segundos: ajuda no tempo de 0-96 km/h, que é de 2,1 segundos com o “Weissach package”. Sem este pacote você consegue apenas 2,2 segundos, pobre de você.
E a força não acaba, claro; lembre que o torque é constante em toda rotação desde zero. O Turbo GT leva 6,6 segundos para atingir 200 km/h (6,4 segundos com o pacote Weissach). E a velocidade máxima da pista é limitada à 290 km/h. Mas se você escolher o pacote Weissach, a Porsche deixa você ir até 305 km/h.
Segundo a Porsche, tudo vem graças à “um inversor de pulso que usa carboneto de silício para enviar até 900 amperes ao motor traseiro, em vez de apenas 600 amperes no modelo Turbo S”. Este motor no eixo traseiro é novo, para toda a linha do Taycan, e oferece mais potência e eficiência em um pacote mais leve: cerca de 9 kg mais leve que o motor traseiro anterior. O Turbo GT é 71 kg mais leve que o Turbo S, quando equipado com o pacote Weissach. O que parece ótimo, até você saber que o pacote Weissach remove os bancos traseiros deste carro de 4 portas.
Sim: remove os bancos traseiros. Mas a grande novidade aqui não é isso, e sim o fato de que o pacote Weissach custa… nada! Isso mesmo, talvez a primeira vez que algo assim vem de graça num Porsche. Bom, o carro custará US$ 231.995 (R$ 1.155.335) nos EUA quando chegar lá no meio do ano, então talvez “de graça” seja um pouco de exagero. É um opcional de custo zero, vá.
Mas divago. Voltando ao Porsche: os freios carbono-cerâmicos e as rodas forjadas de 21 polegadas são mais leves que os do Turbo S, e vem com pneus Pirelli P Zero Trofeo R. A suspensão vem com ajustes específicos para o Turbo GT, e tem um novo spoiler dianteiro e traseiro. Vem com toda a aerodinâmica repensada e ajustada, na verdade, com alguns detalhes exclusivos do pacote Weissach. Com o pacote, a empresa diz que tem “até 220 kg de downforce”, mas não diz à que velocidade isso ocorre.
É um carro para bater recordes, para encantar com números. Já fez o circuito americano de Laguna Seca em 1m27s87, batendo o recorde para elétricos. O Nurburgring é circundado em 7h07,55, o sedã mais rápido de todos, elétrico ou não. Você pode não amar este tipo de carro, mas é algo que não falha em impressionar qualquer um. (MAO)
Porsche 911 vai ter versão híbrida
Segundo a Autocar inglesa, a Porsche confirmou que o 911 ganhará seu primeiro trem de força híbrido este ano, como parte de uma grande atualização do modelo. Com venda prevista para o final do ano, o Porsche 911 da geração ‘992.2’ recebe uma série de revisões, incluindo um estilo exterior sutilmente alterado, um interior redesenhado e motores a gasolina de seis cilindros atualizados.
É um dos quatro novos modelos da Porsche que chegarão em 2024, ao lado do novo Panamera, Taycan e Macan elétrico. Tem como missão manter o interesse no 911 até que uma nova geração apareça em 2027.
O híbrido vai combinar o motor traseiro seis cilindros da Porsche com um motor dianteiro elétrico, para tração 4×4 permanente. Um motor de arranque integrado de 48 V na caixa de velocidades automática DCT fornecerá, também, potência extra.
Não será plug-in, porém: a energia elétrica é armazenada em uma bateria leve de íon de lítio especialmente desenvolvida, que será produzida pelo motor, e os freios regenerativos somente, sem carregamento externo. O sistema é desenvolvido com ajuda da Rimac, empresa croata que é dona da Bugatti, e tem 45% de participação da Porsche.
O facelift do 911 virá com mais novidades: promete-se também um sucessor híbrido para o GT2 RS, e boatos falam até de um 911 GTS com o motor seis cilindros aspirado de 4,0 litros do 718 Cayman GT4. Mas a Porsche permanece calada sobre os seus planos, dizendo apenas que “as futuras regulamentações de emissões favorecem motores de maior capacidade”.
Aparentemente, também, não há planos para um 911 100% elétrico. Pelos menos, até agora. (MAO)
Fabricantes de carro dedurando clientes para seguradoras
Ah, George Orwell. Se você tivesse noção do que seria a tecnologia atual! O seu livro de 1949, chamado “1984”, nos apresentou à uma entidade chamada “Big Brother”, que nos vigiava por câmeras e outros meios 100% do tempo. Acertou na mosca, mas errou numa coisa: o Big Brother não nasceu por decreto governamental, por opressão de um governo totalitário: nos entregamos de boa vontade a ele, e até pagamos para carregar conosco o dispositivo que permitiu seu sucesso. O Big Brother veio de iniciativa particular, e não governamental.
A notícia hoje é de que, assim como os celulares, os veículos modernos, conectados, são um tesouro de dados pessoais de seus donos. E, como é comum hoje, esses dados estão sendo negociados. Começou, claro, com as empresas de seguro: seu carro está dedurando seu comportamento a elas.
De acordo com reportagem do The New York Times, empresas como a GM estão vendendo os dados coletados por meio de aplicativos como o OnStar Smart Driver para corretoras de dados, que são então utilizados pelas seguradoras para determinar as taxas de seguro de cada pessoa. Uma fonte anônima que trabalhou na GM disse ao New York Times que a receita anual do programa está “na casa dos milhões de dólares”.
De acordo com o jornal, o proprietário de um Cadillac na Flórida disse à publicação que sete empresas lhe negaram o seguro, e acabou descobrindo que seu veículo havia registrado muitos casos de freadas e acelerações bruscas, bem como alguns excessos de velocidade.
A General Motors admitiu ao NY Times que compartilha “insights selecionados” sobre frenagem, aceleração e velocidade acima de 80 mph (128 km/h), mas disse que os clientes concordam em compartilhar seus dados quando assinam o contrato de usuário.
E a GM não está sozinha. Outros fabricantes que têm aplicativos similares, como Kia, Mitsubishi, Hyundai, Honda e Acura, também possuem aplicativos de feedback do motorista que compartilham dados. Eles também dizem que as informações só são compartilhadas se o motorista consentir, mas no caso da Honda, as informações sobre a finalidade dos dados estão ocultas em um documento de termos e condições de 2.000 palavras.
Todo mundo sabe como isso funciona: deveria ser proibido e pronto, não enterrado em contratos que ninguém tem tempo de ler. O carro está te dedurando na cara dura. O SEU carro, que você comprou com seu dinheiro. George Orwell, parece, era no fim um cara otimista pacas. (MAO)
O Torino de Pagani embarca para Itália
Já contamos aqui a história do Torino de Horacio Pagani. Uma história sensacional de um bem-sucedido criador de supercarros italianos que comprou seu sonho de criança, de quando ainda morava na sua Argentina natal: o IKA Torino 380W.
O Torino é um clássico portenho: é baeado no Rambler American, mas é diferente dele em vários itens cruciais. Primeiro, é redesenhado sutilmente pela Pininfarina, e é muito mais bonito por isso. Depois, o interior é mais italiano que americano, com painel de madeira e cara “continental”. O motor também difere: é o seis em linha “Tornado” da Jeep americana, que acabou sendo deportado para o extremo sul do continente americano quando foi descontinuado por lá.
É um motor americano diferente: grande, mas com um comando no cabeçote e válvulas opostas numa câmara hemisférica, via balancins. Com 3, 8 litros e três Webers horizontais duplos, o 380W é o mais lendário deles, dando 178 cv e chegando a mais de 200 km/h.
O carro de Pagani foi todo restaurado, é perfeito, lindo, e sensacional. O carro pertencia ao colecionador Ricardo Zeziola, que no ano passado ganhou fama mundial por levar seu Pronello Huayra Ford ao Goodwood Festival of Speed . A equipe de Zeziola restaurou completamente o Torino em Córdoba, Argentina.
Na semana passada, o Torino 380W embarcou para a Itália. Em 40 dias deve chegar à casa do seu novo dono. Este será o segundo Torino da coleção particular da Pagani; o outro é um dos carros de competição da lendária 84 Horas de Nürburgring de 1969.
O carro novo de Horácio é também um dos primeiros Torino, com uma série de peças de carroceria ainda vindas dos EUA, compartilhadas com o Rambler American, como explicam os restauradores em video. Um carro especial, para um cara especial, e uma história que aquece nosso coração. Tomara que dê muitas felicidades à seu novo dono! (MAO)