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Car Culture

O prêmio do Carde em Pebble Beach | Ruf Rodeo | Lamborghini Fenomeno e mais!

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Isotta Fraschini tipo 8A SS “paulista” ganha prêmio em Pebble Beach

O museu Carde, de Campos do Jordão (SP) esteve realmente empenhado em participar do Pebble Beach Concours d’Elegance e da Monterrey Car Week este ano. Além do Ferrari F50 premiado no The Quail, recebeu outro prêmio: o seu Isotta Fraschini Tipo 8A SS Guida Interna Sport 1928 levou o prêmio LAP of Luxury Award em Peeble Beach, e assim consagrado o carro mais luxuoso do evento.

O Isotta é algo sensacional realmente: tem carroceria de duas portas da Cesare Sala, e pertenceu originalmente ao aviador brasileiro João Ribeiro de Barros, que em 1927 comandou a primeira travessia aérea sem escalas do Atlântico Sul, no hidroavião “Jahu”, equipado com dois motores Isotta Fraschini. O carro subiu a famosa rampa do concurso de elegência ostentando placas brasileiras “mercosul”; e não pretas, as normais de carro particular.

O carro ficou famoso por ser do advogado Octavio Labrusciano Novaes, que o usou diariamente dos anos 1950 até os 1980! Depois, ao redor de 2012, carro foi desmontado até o chassi e passou por minuciosa reconstrução na oficina R&E Restaurações. No Carde, passou por restauro de novo, e foi repintado com um elegante azul escuro.

Apesar da grande influência da Isotta Fraschini de Milão na indústria até 1920, não há dúvida de que o mais importante modelo da empresa veio depois: o modelo Tipo 8A (corrente de 1924 a 1931), exatamente o modelo “brasileiro” premiado. Era um enorme chassi de luxo como um seis em linha de 7,4 litros OHC e potência a partir de 115 cv. O brasileiro era um 8A SS, o que significa dois carburadores e maior taxa de compressão, para 160 cv. A maioria dos tipo 8A são limusines gigantes e lerdas; este parece ter sido criado para ser cupê pessoal para alta velocidade. Imensamente raro e chique, não é à toa que ganhou o prêmio.

duPont Model E Touring 1927

O Carde levou também outro carro originalmente brasileiro para o evento: um duPont Model E Touring 1927. O carro é raríssimo: apenas 83 foram feitos em dois anos. Veio ao Brasil como o primeiro carro exportado para o escritório de vendas dos irmãos Miranda, então distribuidores oficiais da marca aqui.

Junto com o Isotta Fraschini, o duPont participou também do passeio Tour d’Elegance, onde os carros andam por 100 km nas estradas cênicas da redondeza, e é um pré-requisito agora para algumas categorias do concurso, provando que estão em pleno funcionamento, como deve ser.  Damos nossos parabéns ao Carde não só pelo prêmio, mas principalmente por consegui-lo com um carro com história própria aqui em nosso país. (MAO)


O Lamborghini Fenomeno

A Lamborghini mostrou seu novo esportivo topo de linha: baseado no Revuelto, mas com um motor V12 aspirado ainda mais potente, entre outras diferenças, é o Ronaldo Lamborghini Fenomeno. Não, não há relação com jogadores de futebol, engraçadinhos.

Como o Fenomeno é basicamente um Revuelto por baixo, nele está o mesmo V-12 aspirado de 6,5 litros; mas aqui são nada menos que 835 cv e 65,4 mkgf. É complementado por dois motores elétricos no eixo dianteiro, cada um gerando 150 cv e 32,4 mkgf de torque. E não acabou a história: há também outro motor elétrico entre o V-12 e o transeixo traseiro DCT, fazendo um total máximo de 1080 cv.

Claro que toda a estrutura também é compartilhada com o Revuelto. É o mesmo monocoque de carbono. A carroceria em si também é feita de carbono, mas é diferente: ângulos mais claros, mas no fim, não lá muito diferente de todo Lambo moderno; só gente aficionada sabe diferir entre eles visualmente.

Mas há um monte de novidades aerodinâmicas aqui, incluindo um duto em forma de S na parte frontal e portas redesenhadas que direcionam o ar frio para as entradas de ar na traseira. Essas entradas funcionam como enormes dutos NACA, e que remetem assim ao Countach original. A aerodinâmica, somada à potência extra, é suficiente para um tempo de 0 a 100 km/h em apenas 2,4 segundos e uma velocidade máxima de “mais de” 350 km/h.

Os freios são de carbono-cerâmica e “utilizam tecnologia emprestada do programa LMDh da Lamborghini”. Eles são acoplados a um sistema de suspensão ajustável manualmente e a um sensor “6D” que coleta informações sobre aceleração, inclinação, rolagem e guinada para determinar com precisão a aderência do veículo e fornecer potência e tração de acordo.

O Fenomeno é o mais recente de uma linha de poucos modelos introduzidos pelo departamento de design do Centro Stile da Lamborghini nos últimos 20 anos. O primeiro foi o Reventón, seguido por carros como o Sesto Elemento, o Veneno, o Centenario, o Sián e o revivido Countach.

O carro estreou no The Quail, durante o Monterrey Car Week; não há informações oficiais sobre preço ou disponibilidade. Não importa: já imaginamos sem muita margem de erro que custa na casa dos milhões e já está tudo vendido. Apenas 29 unidades estão destinadas à produção. (MAO)


Ruf Rodeo

Há cinco anos, a Ruf apresentou seu conceito Rodeo, sua versão do popular conceito 911 fora de estrada. Bom, popular entre bilionários, claro; ver um ao vivo ainda é raro fora de lugares como Monaco. Agora, três anos depois, o primeiro exemplar foi revelado no The Quail, durante a Monterey Car Week.

Os Ruf, lembre-se, não são Porsches: tem seu próprio VIN, e são carros zero km modernos, ainda que baseados no desenho e mecânica do 911. O chassi é um monobloco de fibra de carbono sob medida, o que, nesse caso, segundo a empresa, o torna o único veículo off-road do gênero. O carro de estreia ostenta um acabamento Jordan Black, complementado por rodas forjadas Centerlock brancas.

Para garantir que o Rodeo esteja pronto para os rigores do off-road, a Ruf integrou barras de proteção nos para-choques dianteiro e traseiro. Os alargadores dos para-lamas também ajudam a acomodar a bitola traseira 142 mm mais larga e a bitola dianteira 41 mm mais larga em comparação com o Ruf SCR “de rua”.

O carro vem com um motor boxer de seis cilindros, 3,6 litros, turboalimentado e arrefecido a líquido, com impressionantes 610 cv e 85,2 mkgf de torque. A tração é integral permanente, e o câmbio é manual de seis marchas.

A suspensão é via um conjunto de coilovers acionados por pushrod com amortecedores ativos e braços duplo A sobrepostos. Esses novos amortecedores também aumentam a altura do solo em 242 mm e são complementados por freios de carbono-cerâmica com pinças de seis pistões e discos de 350 mm nos quatro cantos. A Ruf pode fazer um para você, sob encomenda, por apenas US$ 1.250.000, nos EUA. (MAO)


Ferrari Daytona SP3 vende por US$ 26 milhões

OK, leilão de caridade sempre distorce os preços de qualquer coisa; basta destinar o retorno para algo socialmente aceito, que os bilionários já dispensam as poucas inibições que tinham em gastar quantidades obscenas de dinheiro em um automóvel qualquer. Mas mesmo assim, esta foi a maior surpresa do Monterrey Car Week deste ano.

Uma Ferrari Daytona SP3 foi vendida por US$ 26 milhões no leilão da RM Sotheby’s. Isso é mais de 10 vezes o preço original sugerido pelo fabricante, que já era um absurdo para começar.

Lembre-se: o SP3 é um carro novo essencialmente, ainda em fabricação. Mas não, você não pode comprar um na loja da Ferrari mais próxima. Não, tolinho, não! Todos os 599 exemplares do SP3 já foram vendidos antes do anúncio público, comprados por clientes fiéis da marca contatados previamente, por cerca de US$ 2,25 milhões cada carro.

Seguindo a tradição de Ferraris de edição limitada, todos os 499 proprietários do Monza SP1 e SP2 foram “convidados” a comprar o SP3; quem declinar, vai para o fim da fila para o próximo, aparentemente. Os 100 exemplares restantes foram vendidos a colecionadores particulares que possuem Ferraris de edição limitada anteriores. O boato que rola é que para comprar um SP3 zero km, é necessário ter um histórico de compras de Ferraris de mais de US$ 30 milhões. Ser bilionário tem seus problemas né? Coitados. É um dos motivos de gente como Jay Leno dar uma banana para a marca. Mas é uma estratégia de venda de grande sucesso.

No caso do carro em questão, toda a renda foi revertida para a Fundação Ferrari, uma organização que apoia a educação. Também representou a última chance de comprar um SP3 novo; junte os dois fatos, e se entende o preço. De qualquer forma, para ter um SP3, o cara teve que dar 30 milhões de dólares para a Ferrari; ainda que para a Fundação Ferrari, nesse caso específico.

O Daytona SP3 é equipado com um motor V12 de 6,5 litros aspirado, compartilhado com o 812 Superfast; marca o retorno da Ferrari aos motores V12 aspirados em posição central-longitudinal-traseira para carros de edição limitada sem sistemas elétricos híbridos desde o Ferrari Enzo de 2002. É um carro fabuloso, claro. Mas um cujo marketing deixa um gosto ruim na boca, especialmente durante esse fim-de-semana de exposição de riqueza sem freio social que é o Monterrey Car Week. Ainda bem que o tal fim de semana já acabou, e podemos voltar a vida normal. (MAO)