FlatOut!
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O que virá no FlatOut em 2022? Quais os planos da equipe? E nos conte os seus!

Queridos leitores, 2022 está à vista! Alguns de vocês estão na praia, outros no sítio com os amigos, alguns correndo para organizar a festa em família, alguns na balada, alguns sozinhos. O que nos une: eu sei que, em algum momento desta noite, senão desde já, você estará devaneando ou planejando algo sobre quatro rodas. Ei, entusiastas não possuem opção – nosso coração é aferido em RPM, não em BPM. E o FlatOut é o seu boteco para se servir, para servir aos outros com suas histórias e compartilhar as cachaças e os tombos. Sempre foi, sempre será.

Em nome da equipe, desejo de coração toda a saúde, prosperidade e paz de espírito a vocês. E agradeço a companhia por mais este ano juntos. Não têm sido uma época fácil em lugar algum do mundo, mas o clichê é um fato histórico: tempos difíceis nos fazem mais fortes.

Este é o nosso tradicional e indispensável post de passagem de ano. Aqui, vamos falar o que planejamos no FlatOut para vocês neste ano que inicia, bem como iremos compartilhar alguns de nossos sonhos e metas automotivas e, bem, alguns não-automotivos também!

 

O que virá no FlatOut em 2022

Mais Fórmula 1. Neste ano, eu experimentei fazer análises das provas de F1 no meu Insta e o envolvimento e o interesse de vocês foi incrível. Agora iremos oficializar a produção destes conteúdos. Ainda estamos definindo se será algo feito nas redes sociais do Autoline, no FlatOut, no site ou no YouTube – ei, por que não em várias plataformas? Bem, tenha a certeza de que teremos F1!

Terceira novidade é uma autocobrança. Muitos de vocês nos pedem mais matérias de técnicas de pilotagem (o vídeo acima, para a Continental, é uma das poucas coisas que rolaram), estou sempre prometendo, é uma paixão minha este tema e este foi um ano em que acabei publicando pouco sobre o assunto, ainda que tenha dedicado um dia inteiro a ensinar tudo o que eu pude no 2º Track Day do FlatOut. Mais matérias disso está no topo da minha lista de prioridades. Contem com isso. Também publicamos menos entrevistas e menos MAO/Leo/Barata Drives, outra dívida que neste caso, compartilho com a equipe. Iremos melhorar neste ponto.

E por fim, uma esperança. Foi mais um ano em que foi impossível (ou seria irresponsável) organizar um encontro grande entre os leitores. Espero que essa situação pandêmica esteja no passado no decorrer de 2022 para finalmente voltaremos com o FlatOut Sunset Meet – quem sabe, com a minha banda (mais a respeito nas resoluções pessoais, abaixo). E para organizarmos um outro evento mais para o sul do País, onde temos uma base tão grande e bacana. E por outro lado, os leitores assinantes do plano FlatOuter podem contar com ao menos mais um Track Day organizado em parceria com a Crazy for Auto.

 

Agora… vamos às resoluções pessoais do power trio!

 

Aproveitar os presentes do divino (MAO)

Quando fiz este mesmo post de resoluções ao fim do ano passado, acreditava piamente que a pandemia estava no fim. Ledo engano. O ano de 2021 foi talvez pior que 2020, e ao fim dele, esta crise e inflação que parecem até piores que doença… Planejar é sempre um ato de fé, sem garantia nenhuma de sucesso, mesmo.

Mas entre tanta notícia ruim, estamos por aqui ainda, e bem. O Flatout completa oito anos, um feito incrível nessa época em que vivemos, tanto pelo estado financeiro da imprensa escrita em geral, como pelas dificuldades-bônus de pandemia e outros. E em fevereiro farei dois anos de casa; literalmente parece que foi ontem que comecei. Escrevo semiprofissionalmente desde 1999; mas estes dois anos escrevendo todo santo dia foram algo muito diferente. Um trabalho intenso, mas muito agradável, pincipalmente pelo retorno de vocês, os assinantes. Sem vocês nada disso seria possível. Obrigado. Mesmo, de coração.

Tenho que agradecer também aos companheiros de labuta; ao indefectível líder Juliano Barata por conseguir sempre nos mover adiante à custa de muito trabalho. E ao meu companheiro de lida diária, o Leo Contesini, gente-boa nas horas vagas e Exmo Editor em tempo integral. E aproveito para mandar um abraço para os amigos que este ano decidiram voar sozinhos em lugares diferentes: um abração, Felipe Cluck e Dalmo Hernandez!

Mas estou aqui não para agradecer, e sim fazer resoluções para o ano que vem. Primeiro o que realmente interessa para vocês: prometo mais dedicação para os vídeos; tanto o MAO Drives quanto as entrevistas, que devem em 2022 mudar para este formato. Sem a pandemia (batam na madeira aí) e com o esquema de trabalho estabilizado depois das mudanças no Flatout no fim deste ano, será totalmente possível. Os planos que temos aqui para isso são sensacionais. Vocês vão adorar, prometo.

Já na esfera dos meus planos automobilísticos pessoais, bem… este ano me mostrou definitivamente que não preciso fazer planos nesta esfera. O universo tem uma forma única de conspirar para que o que ele deseja aconteça. De novo, planejava continuar sem comprar nenhum carro como fiz em 2020. Afinal de contas, mesmo minha mais velha se formando nesse fim de 2021, e já trabalhando, o mais novo nem entrou ainda em faculdade. Tenho contas a pagar, o tempo é de austeridade no Brasil, and all that.

Ano passado, e durante esse ano, imaginei uma picape ou furgão para se juntar á garagem: era o que eu pragmaticamente precisava. Mas era apenas uma vontade vaga; não me mexi nada para realizar este plano, além de fuçar ofertas em sites. Afinal de contas, meu Virtus manual continua um carro que está sendo maravilhoso para mim: completamente confiável, gostoso de dirigir, e extremamente econômico, espaçoso, porta-malas gigante. Talvez, pragmaticamente falando, seja o melhor carro que já tive.

Mas um dia desses aí um velho amigo, entusiasta de carteirinha, me liga. Decidiu se mudar para Portugal, se aposentar lá. Todos os seus carros precisavam ser vendidos, e eu era o tecnicamente o segundo na fila para escolher um deles, mas efetivamente o primeiro, pois o outro amigo com precedência declinara.

Esse meu amigo, o Paulo Levi, tinha neste ponto quatro carros que comprara zero km. O seu primeiro carro, um Chevette 1976 azul, ainda estava em sua garagem, hoje com mecânica inteira de um 1984, mas com o motor preparado cuidadosamente em 1989, quando o restaurou. Depois, uma Subaru Forester manual 1998, também comprada zero-km e mantida impecavelmente, hoje com 70 mil km rodados apenas. Além disso, o Mercedes-Benz A160 de sua esposa, e seu Kia Picanto de uso diário.

Para fazer uma história longa e enfadonha mais curta e palatável, o Paulo, cara sensacional que ele é, me fez um pacote irrecusável, que incluiu uma coleção enorme de revistas inglesas sensacionais, pelo Chevette e a Subaru. Desconfio que ele queria mesmo arrumar uma casa boa para seus “filhos”, e dinheiro foi uma consideração secundária. Obrigado, meu amigo; prometo estar à altura.

E assim, meus planos para 2022 agora são curtir os dois. O Chevette já ganhou um escapamento novo menos barulhento, mas continua berrando feliz, e girando alto e liso como nenhum outro Chevette que conheci, eles que são normalmente nada refinados. É meu oitavo Chevette (tinha prometido que sete era o suficiente, mas fazer o que…), e o mais bravo dos que já tive; uma delícia. E a Subaru, além de um carro de uso perfeito, na terra me faz achar que sou um piloto de WRC. Demais.

Planos para eles? Claro que milhares de ideias povoam minha mente. Fiquem de olho nos canais do Flatout: em tempo, explicarei os detalhes e planos. Mas hoje só tenho um: dirigir eles o máximo possível. A gente tem que aproveitar a maré boa; nunca se sabe quanto ela dura. (MAO)

 

Um homem na estrada (Leo Contesini)

Serei modesto em minhas metas para 2022. Elas estão divididas em duas frentes — e nenhuma delas envolve um project car ou um novo carro ou sonhos realizados. Isso tudo ficará ao deus dará (funcionou com o MAO, deve funcionar pra mim também — dizem que somos semelhantes perante deus, não?)

A primeira frente é aumentar meu envolvimento com meu próprio carro e, principalmente, com o prazer ao volante. Dirigir mais, queimar mais etanol, ir mais longe, desvendar novas estradas. Comecei no final de 2021, relembrei como é bom encontrar novos caminhos. Muitas vezes ficamos naquela vibe de admirar o Passo Stelvio, Nürburgring, Deals Gap/Tail of the Dragon nos EUA, e esquecemos que o Brasil é um país com todo tipo de clima e relevo, com o quarto maior território contínuo do planeta e boa parte dele transitável — ainda que você precise de um off-road para algumas regiões.

Não posso prometer, pois minha dedicação prioritária é a produção de conteúdo diário do FlatOut, mas à medida em que eu descobrir novas estradas, estabelecer meus roteiros, gostaria de fazer um guia básico com dicas para os nossos assinantes. Parece uma boa ideia, não?

A outra frente é atender um pedido dos leitores: trazer mais histórias, mais carros e, principalmente, aparecer mais em frente às câmeras – e aproveitar a experiência da estrada para isso. Não vou me alongar muito mais, mas é um velho projeto que pretendo tirar do papel em 2022.

Por último, apesar de eu falar sobre não ter projetos, nem novos carros, tenho dois modelos em mente e gostaria de transformá-los em realidade até o próximo mês de dezembro. Mas isso, como eu disse, não é algo que irei perseguir. Manterei os nomes na cabeça e, se o divino trouxer ao meu caminho, atenderei a vossa vontade. A meta principal é simplesmente dirigir mais, curtir mais o caminho. Voltar a dirigir o tanto quanto escrevo. É isso. Só isso. (Leo Contesini)

 

Uma nova base, o mesmo espírito (Juliano Barata)

Esse ano foi uma loucura tão grande que nem sei como tudo coube em 365 dias. Houve semanas de gravações e de correria que atravessaram a noite, enquanto do outro lado do balcão, em minha vida pessoal, a reforma do meu apartamento ia à toda. Entre setembro e novembro foi normal dormir três, quatro horas, por semanas a fio. A conta veio: dei uma engordada, espinhas, sistema digestivo estragado. Irritação, autoestima numa montanha-russa dos diabos, esquecimentos – ninguém é de ferro.

E nesta reduzida de ritmo que damos no fim de dezembro? Deu pra dar uma respiradinha enquanto fazia a mudança para o novo lar e a preparação do meu escritório (foto acima – eu sei, falta organizar os fios, botar livros, etc, etc), que será estúdio para muitas coisas bacanas que irei fazer para o FlatOut e para o Autoline. Sentia falta disso, de um cenário apresentável, digno do FlatOut, para dialogar com vocês de forma mais direta – e esta é justamente uma das resoluções.

A próxima está no mesmo espírito. Alguns de vocês sabem, montei uma banda com o Guilherme da Avantgarde, o Cris da Interlakes e um leitor nosso chamado Gustavo – e que tem um baterista que, bem, ainda iremos conhecer. Mas o fato é que já estamos ensaiando e esta banda irá se apresentar em 2022, seja em eventos nossos, seja em encontros de camaradas da nossa turma, como o Edu da Fullpower. Vocês irão conhecer um outro lado deste que vos escreve! No setlist, por ora, tem Motorhead, Guns, Deep Purple…

No mundo automotivo, um leitor definiu com perfeição: em 2021 eu conquistei o meu sonho, a Alfa Romeo GTAm, e agora é hora de começar o sonho do sonho – deixá-la como eu quero. Não faço promessas de prazo porque este é um projeto pessoal, feito em um carro cujos componentes são muito caros e eu tenho muita coisa pra pagar do apartamento ainda! A jornada começará na Arved’s Garage (nas fotos, imagens da viagem para a oficina) e de lá partirá para a Racer, de Fernando Kfouri, que irá cuidar do novo motor. E claro, vocês irão acompanhar tudo no FlatOut.

Eu também estou curioso para acompanhar de perto essa história desse Chevette do MAO e ajudar em tudo o que for possível para deixá-lo ainda melhor. E investigar o que raios o Leo está planejando… porque acho que ninguém da equipe sabe! Algum palpite? (Juliano Barata)