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Zero a 300

O Ram Rampage | O Honda Civic Type R no Brasil | O fim do Camaro e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

O nome é oficial: esta é a Ram Rampage

“A gente encontrou um nome histórico, que já foi usado para a marca, (que) representa muito o que o carro vai oferecer.” – disse Breno Kamei, Vice-Presidente da marca Ram para a América Latina, no novo vídeo-teaser que revela o nome da nova picape monobloco da Ram fabricada no Brasil, baseada na Fiat Toro: é a Ram Rampage.

Sim, ficou esquisito. O nome “histórico” a que o executivo menciona se refere na verdade não à marca Ram: era o Dodge Rampage. Que soa melhor que Ram Rampage, não? Como é esta Ram, a Dodge Rampage (e seu gêmeo univitelino, o Plymouth Scamp) era uma picape monobloco também, mas uma que tem espírito diferente do modelo de luxo cabine-dupla 4×4 de hoje.

A DODGE Rampage, 1982

Vendida nos EUA de 1982 a 1984, era na verdade mais para uma Saveiro/Pampa/Fiorino do que uma cabine-dupla luxuosa. Era baseada no Dodge Omni 024, a versão cupê de um Talbot francês de tração dianteira expatriado para os EUA, que para desespero dos amantes da Mopar, depois foi renomeado Dodge Charger. Não foi um sucesso nos EUA, hoje uma curiosidade com viés cômico apenas.

O dicionário diz também que uma Rampage significa “um período de comportamento violento e incontrolável, geralmente envolvendo um grande grupo de pessoas”. É o que a marca espera acontecer nas concessionárias, uma turba violenta invadindo e exigindo picapes AGORA? O nome desse evento seria chamado então “The famous Ram Rampage rampage”? Tá, parei.

Mais imagens foram divulgadas da picape neste teaser de hoje, além do nome. Muito pouco falta para vermos ela inteira, e pela lateral, será realmente parecida com a Toro. Por dentro, pudemos ver mais detalhes do painel de instrumentos digital, que é o mesmo do Compass e do Commander, mas com gráficos redesenhados para a nova marca.

De novo, só isso, e nada além do que se ventilava já por aí. Falta uma pequena recapitulação para quem perdeu os teasers anteriores, que vou tentar fazer da forma mais resumida possível, a partir de… agora!

A nova Ram Rampage será fabricada no Brasil na mesma fábrica da Fiat Toro, com quem compartilha plataforma. Promete ser uma versão maior e mais luxuosa dela, com a marca Ram, e sempre 4×4 com transmissão automática de 9 marchas. A novidade é o motor Hurricane 4 2.0 turbo de 4 cilindros em linha, usado no Jeep Wrangler nos EUA mas estreando aqui. No Jeep, com gasolina americana, são 272 cv a 5.250 rpm e 40,8 kgfm a 3.000 rpm. As opções de motor da Toro devem se repetir aqui nas versões mais baratas. Provavelmente será vendida em versões Big Horn, Laramie, R/T e Rebel, no padrão de acabamentos da Ram americana. E é isso! (MAO)

 

Honda Civic Type R lançado no Brasil (com video)

O Honda Civic Type-R finalmente foi lançado no Brasil. E o Juliano Barata já dirigiu o carro no autódromo Velo Città (com direito a um onboard POV). Aqui tem 297 cv e não 315 cv como lá fora, mas ainda é o sensacional carro turbo de tração dianteira recordista no Nurburgring.

O preço também foi divulgado: R$ 429.900 básico, ou R$ 434.900, com o pacote Traffic Alert opcional. Ou seja, R$ 135 mil mais barato que um Ford Mustang Mach 1. Um carro realmente caro para o prestígio da marca Honda; não é um BMW nem um Mercedes-Benz, então muitos vão achar caro. Tecnicamente, porém, parece um pacote extremamente interessante para quem gosta de dirigir, especialmente por ser uma das poucas opções com câmbio manual. Veja o vídeo e entenda o motivo! (MAO)

 

O fim do Camaro

Então, amigos, chegamos novamente no fim. A Chevrolet encerrará a produção do Camaro no final do ano modelo de 2024. Sim, novamente: o Camaro já morreu uma vez, em 2002, para depois ser ressuscitado por Bob Lutz e Ed Wellburn em 2010. Aí, impulsionado por um desenho retrô e um filme de Michael Bay, o Camaro foi um sucesso imediato.

2010: o Camaro renasce!

Agora, 13 anos depois e uma nova geração também retrô em 2016, chegamos ao fim de novo. O que deu errado? O carro em si tem os seus defeitos (design primeiro que função criou área envidraçada quase nula, e outros problemas de packaging) mas é universalmente considerado, tanto na quinta geração (2010-2015) quanto na atual sexta, um carro muito bom de dirigir esportivamente, e veloz tanto em pista quanto em reta. E com opções de motor diversas, todas ótimas.

2016: a sexta e última geração

Uma dessas versões já acabou prematuramente: a Chevrolet anunciou o fim imediato da versão de 4 cilindros em linha turbo. O 2.0 litros turbo era o motor básico, mas não é nada fraco: dava nada menos que 279 cv e 40,8 mkgf de torque, e podia vir com câmbio manual ou automático. O V6 de 3,6 litros, que agora é o motor básico, produz 340 cv e menos torque: 39 mkgf.

Mas essa é uma notícia secundária: o fato é que estamos no fim dele. Para ganhar mais algum celebrar a efeméride, o fabricante lança a inevitável edição especial de colecionador. É uma edição especial bem preguiçosa: somente uma cor exclusiva, parece, chamada Panther. Estará disponível nas versões LT/RS, LT1, SS e ZL1.

Um fim melancólico para um favorito dos manicacas. Descanse em paz, camarada. Uma hora dessas, tenho certeza, como já aconteceu antes, você volta. Notícias de “última chance”, nesta indústria, sempre são exageradas. (MAO)

 

Um raro Alpina B2S vai à leilão

O cupê BMW E9 está se tornando um clássico cada vez mais desejado, especialmente em sua versão mais especial, os 3.0 CSi e CSL. É um carro belíssimo como só um carro desenhado nos anos 1960 pode ser, com colunas finas e área envidraçada grande, que dá um interior iluminado e uma sensação de leveza e proporção artística ao desenho, longe da brutalidade e o interior-sarcófago do carro moderno.

Mas fora isso, é um BMW simples, confiável, e com um desempenho ainda entusiasmante. Não deve nada em desempenho à BMW’s 30 anos mais novos, e tem tudo que realmente gostamos em BMW: solidez, suspensões de primeira, independentes, e freios bons; distribuição de peso 50/50% ou próximo disso; um delicioso seis em linha suave, forte, torcudo e girador lá na frente. E o câmbio manual. Lembra dele? Ah, a saudade.

Se todo E9 já é algo extremamente desejável hoje (e mais chique que qualquer coisa zero km), imagine então este. É um ainda mais raro Alpina B2S. Está disponível num leilão virtual do site americano Bring a Trailer, e hoje, oito dias para o fim, o lance mais alto é de US$ 95.000.

Este B2S em particular começou a vida como um 3.0 CSi, entregue novo na França a um feliz comprador em 1973. O 3.0 CSi é a variante com injeção eletrônica Bosch do E9, com o motor seis em linha grande M30, que dava já saudáveis 200 cv a 5500 rpm. O E9 pode ser um cupê grandinho, mas pesa apenas 1450 kg.

Permaneceu assim por quatro anos antes de ser convertido para especificação B2S em 1977, com cabeçote Alpina, pistões forjados e um retorno à carburação na forma de três gloriosos Weber 45 DCOE. A transmissão é Getrag manual de cinco marchas.

Além disso, tem toda lista de acessórios desejáveis dos anos 1970: amortecedores bilstein, direção assistida hidráulica, rodas Alpina de 16″, spoiler dianteiro, vidros elétricos, ar condicionado e bancos dianteiros Scheel-Mann.

Um carro realmente magnífico, sem par hoje em dia. Ah, a saudade. (MAO)