Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Nichols N1A revive McLaren dos anos 1960
Steve Nichols diz que foi ele que desenhou o McLaren MP4/4, carro de fórmula 1 famoso nas mãos de Senna e Prost no fim dos anos 1980. Há controvérsia aqui; tem gente que diz que são obra de Gordon Murray. O que interessa para a gente na realidade é que ele é um engenheiro pioneiro em fibra de carbono na fórmula 1, que além da McLaren, trabalhou na Ferrari, Jaguar, Jordan e Sauber. Entende do assunto, com certeza.
Mas a surpresa é que agora ele lançou uma marca de automóveis de rua com seu nome, aparentemente de novo tentando se iluminar um pouco com o brilho de seu “amigo” Gordon Murray. O primeiro carro é positivamente sensacional: chama-se Nichols N1A, e é um supercarro de rua baseado no desenho do McLaren M1A dos anos 1960.
O carro é um magnífico roadster aberto de motor central-traseiro, com toda aquela vibe maravilhosa dos carros de corrida dos anos 1960, parecendo saído direto dos desenhos animados do Speed Racer. O motor é baseado no Chevrolet LS3 V8. Tem sete litros aspirados, cárter seco, oito borboletas de injeção, e nada menos que 650 cv. O transeixo traseiro é Graziano, manual de seis marchas.
Mas preste atenção: o espartano roadster pesa apenas 900 kg. O que definitivamente chama a atenção, fazendo dele algo realmente especial. Apesar da aparência, é maior que o McLaren que o inspirou, e tem rodas de 19 polegadas na frente e 20 polegadas atrás, calçados com modernos Michelin Pilot Sport Cup 2. Controle de tração é equipamento básico, mas ABS e direção hidráulica são opcionais. Duplo A sobrepostos de braços longos estão nos 4 cantos, claro.
O chassi usa uma combinação de fibra de carbono e alumínio, enquanto o interior focado no motorista é simples e espartano. Não há teto de nenhuma forma. Um deliciosamente old-school roadster, mas moderno em sua potência e construção.
O preço não foi anunciado, mas você já sabe: vai ser caríssimo e exclusivo. Apenas 100 exemplares serão construídos. (MAO)
Etios para de ser fabricado em Sorocaba ainda este ano
O Toyota Etios é um daqueles carros que todo mundo adora odiar. Simples e ascético como um Uno Mille original, o Etios estava fadado a ser execrado por seu acabamento e desenho pouco inspirados, inaceitáveis para as sensibilidades mais sensíveis modernas.
Claro que a fama é merecida: realmente nunca foi um carro bonito, ou sofisticado. Mas quem andou nele por algum tempo sabe que é na verdade um carro com uma série de qualidades irresistíveis; é na verdade um carro muito bom para se ter e usar. É muito agradável, o carrinho. E graças a sua fama, relativamente barato.
Mas nunca foi o sucesso esperado pela Toyota, e deixou de ser oferecido no Brasil em 2021. Ainda é fabricado no Brasil, porém: a fábrica de Sorocaba oferece o carro para mercados como Argentina, Paraguai, Uruguai e Peru. Tanto o hatch quanto o sedã ainda são produzidos.
Mas agora, segundo o Motor 1 Argentina, o Etios brasileiro vai finalmente acabar. A produção deve encerrar até o fim do ano. Parece que vai acabar para dar lugar a mais um modelo SUV com margem maior: o Yaris Cross. A julgar pelo sucesso do Corolla Cross, uma manobra empresarial inteligente, se não muito simpática para os clientes de carros baratos conquistados pela Toyota com o Etios.
O SUV compacto já foi apresentado em mercados da Ásia e chegará ao Brasil em 2024. Então é isso: quer um Toyota barato? Compre usado. Ou escolha carro de outra marca. Assim já é no Brasil desde 2021, afinal de contas. (MAO)
Esta é a nova Mitsubishi L200/Triton
Depois de uma interminável série de teasers diversos, a Mitsubishi japonesa finalmente revelou a nova picape L200/Triton. É a sexta geração do veículo, e é um novo carro, com carroceria e chassi novos. Estará disponível em cabina dupla, extendida e simples.
O carro vem com um aumento na rigidez torcional de 60%, o que deve melhorar muito o comportamento. A carroceria, toda de aço de alta resistência, é mais leve também. Sem entrar em detalhes, a Mitsubishi diz que o veículo utilitário agora é maior do que antes, mas o ganho de peso foi minimizado pelo uso de materiais mais leves.
Dois sistemas de tração nas 4 rodas são oferecidos. O primeiro, Super Select 4WD-II, permanente, tem um diferencial autoblocante central que envia 40 por cento da potência para a frente e os restantes 60 por cento para a traseira. Este sistema de tração nas quatro rodas mais sofisticado tem vários modos de utilização selecionáveis, inclusive boqueio dos diferenciais para off-road pesado. O Easy Select 4WD é o sistema tradicional part-time.
O motor é um quatro em linha turbodiesel de 2,4 litros disponível em três versões: 148 cv/ 33,6 mkgf, 181 cv/ 43,8 mkgf e finalmente 201 cv/ 47,9 mkgf. Transmissões manuais (shift-by-wire) e automáticas de seis velocidades são oferecidas.
O interior também é novo, e, surpresa, ainda possui mostradores analógicos. Existem controles separados para o ar condicionado. No geral, o painel tem um layout simples e funcional. A comutação entre 2WD e 4WD é feita através do seletor montado entre os bancos onde também encontrará um botão para os modos de condução.
Já à venda na Tailândia, o novo L200 / Triton será gradualmente introduzido no resto do mercado asiático e na Oceania antes de ser colocado à venda no Japão no início de 2024. (MAO)
ECD Range Rover revive os anos 1970 com V8 de 430 cv
A ECD Auto Design é uma empresa especializada em modificar Land Rover Defender (o tradicional, pre-2016, claro) e Jaguar E-type no idioma restomod. Tem sedes em Kissimee, Flórida, e no Reino Unido. Agora mostrou um novo produto: um Range Rover de primeira geração deliciosamente retrô, mas, é claro, com mecânica modernizada. A empresa chama essa criação de Projeto Oliver Plaid.
Originalmente o carro das fotos era um Land Rover Range Rover Classic dos anos 1990, mas tal qual a Singer, a ECD faz “backdating”: agora parece um carro dos anos 1970. O V8 Rover ex-Buick de alumínio e 3,9 litros é trocado por algo muito mais potente, mas não muito maior por fora: o onipresente Chevrolet LS3, com 6,2 litros. A empresa não diz a potência, mas esses motores produzem normalmente algo na casa dos 430 cv. Potência que nunca foi vista num Range Rover original desta geração, nem dividida pela metade.
O V8 recebe sonoros e chiques escapamentos com a grife Borla, e é acoplado a uma transmissão automática de seis velocidades. A tração nas 4 rodas e os eixos são os originais, assim como a suspensão pneumática é a original.
O interior é desenhado com inspirações retrô também. Os bancos têm centros de xadrez verde e laterais de couro Nappa bege. Os sobretapetes são verde-oliva e debaixo deles, carpete também verde, novo e de alta qualidade. O painel de instrumentos original desapareceu; o novo cluster vem da Dakota Digital. Um aparelho de som Blaupunkt com suporte a Bluetooth e alto-falantes Infinity Kappa adicionam tecnologia moderna a este carro retrô.
Basicamente é um Range Rover dos anos 1990 com aparência de 1970, e um potente motor V8 moderno. O acabamento não está no nível dos Singer, mesmo vendo por fotos, mas o vibe dos anos 1970 é uma ótima ideia, e ficou bem interessante.
O preço não foi revelado; aparentemente, se você precisa perguntar… (MAO)