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Zero a 300

O Spin 2024 | A volta do L200 Savana | O novo DCT Lamborghini e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

GM mostra a linha Spin 2024

O Chevrolet Spin é o último carro da GM ainda a venda com a plataforma GSV-EM, a que nos deu o Cobalt e o primeiro Onix. Já era para ser parte do passado, mas continua firme no mercado e, parece, com um futuro pela frente: rumores de mais uma atualização/facelift continuam a aparecer regularmente. Não é à toa: se tornou uma das formas mais baratas de se ter 7 lugares.

Enquanto a nova-nova Spin não aparece, a marca anunciou algumas mudanças para o modelo 2024 da minivan. A spin Activ, versão “aventureira”, passa a ser oferecida unicamente com 7 lugares, perdendo a opção sem terceira fileira. Os preços também receberam alterações.

O carro continua com uma versão do conhecido GM família I, um quatro em linha OHC que recebeu constante evolução por literalmente décadas desde que apareceu por aqui no Corsa 4200 em 1994. O motor recebeu sua última rodada de atualização em 2023 na Spin, com modificações arquitetura eletrônica, sistemas de exaustão, indução e armazenamento e distribuição de combustível, para atender a atual legislação de emissões brasileira.

É um motor de 1,8 litros flex, aspirado, com só duas válvulas por cilindro, por si só algo démodé, mas ainda atende muito bem as necessidades da peruona, seja em economia de combustível, seja em desempenho. Fornece 111 cv a 5.200 rpm e 17,7 mkgf a 2.600 rpm. Pode vir com transeixo manual ou automático de seis marchas, sempre com tração dianteira. O Spin é tembém um carro leve para os dias de hoje, pesando menos de 1300 kg, e as versões mais leves quase baixando da casa dos 1200 kg.

Os preços aumentaram porém, como parece ser norma hoje em dia: a versão básica LS, cinco lugares e com câmbio manual (também a mais leve, claro), aumentou pouco mais de dois mil reais para custar hoje R$ 103.990. O câmbio automático adiciona R$ 2500, e pouco mais de 30 kg. A mais luxuosa Premier de sete lugares sai por R$ 133.290, e a Spin Acitv7 custa agora R$ 135.990. (MAO)

 

A L200 Savana está de volta

Uma das tradições da Mitsubishi brasileira era a versão mais dedicada ao off-roas da picape L200, a Savana. A geração atual da picape, porém, ainda não tinha recebido uma versão deste tipo, o que mudou semana passada: conheça a nova L200 Triton Sport Savana.

Como no passado, é uma picape amarela, com um grande Snorkel preto para captar ar de admissão do motor no teto, e paralamas com alargadores pretos. Além disso, recebe uma série de aprimoramentos para o uso no fora-de-estrada, como manda a tradição do nome Savana.

A Savana Original

Uma das mais efetivas modificações para isso são as rodas aço com 17 polegadas de diâmetro calçadas por pneus GoodYear Duratrack  de medidas 265/60. Além disso vem com bagageiro com rampa, estribos laterais, caçamba com acabamento anti-riscos e caixa multifunção (um pequeno porta-malas para cargas menores) integrada.

O Amarelo Rally não é a única cor desta vez: mais três opções de cor existem, Verde Forest, Bege Jizan e Branco Fuji. A série especial é baseada na versão HPE da L200 Triton Sport. O motor é o mesmo 2.4 turbodiesel de 190 cv e 43,9 mkgf, acoplado à uma caixa automática de seis velocidades.

A Mitsubishi L200 Triton Sport Savana 2024 chegará às lojas com um preço a partir de R$ 309.990, o que a posiciona entre a HPE (R$ 296.990) e a topo de linha HPE-S, que custa R$ 326.990. (MAO)

 

Como o Mercedes-AMG One se compara a um F1 em pista?

O Mercedes-AMG One quebrou o recorde de carro de produção no Autodromo Nazionale Monza, a famosa pista italiana de Fórmula 1. Digno de nota neste recorde, porém, parece não ser o recorde em si, mas a comparação que fica imediatamente possível com os tempos da F1. Afinal de contas, se o AMG One é o mais próximo de um F1 de rua que vamos chegar, como sugere a empresa que o produz, é uma oportunidade de provar isso.

Com o piloto da AMG Maro Engel no comando, a Mercedes afirma que o AMG One deu uma volta em Monza em 1:43.902. Isso quebra o recorde anterior da volta do carro de produção de 1: 55.300, estabelecido pelo Porsche 911 GT3 RS (991.2), em pouco mais de 11 segundos. E isso é 19,872 segundos mais lento do que a volta mais rápida do piloto da Red Bull F1, Sergio Perez, que circum-navegou o circuito em  1:24,030 ano passado.

É um recorde impressionante, claro; mas dezenove segundos são dezenove segundos: uma eternidade numa pista de corrida. Mas vamos lá: pneus são uma boa parte deste tipo de coisa, e o AMG, como pretendia bater o recorde de carro de rua, estava com pneus de rua. Uma dúvida interessante, que a empresa podia bem nos ajudar a clarificar, é de quanto seria a volta com pneus de competição, slicks.

Para quem não lembra, o AMG One é “a coisa mais próxima que você terá de um carro de F1 se rua”, segundo a empresa. Ele usa o V6 turbo de 1,6 litro do carro Mercedes-AMG F1, embora bem modificado para uso na estrada, e dois motores elétricos adicionais no eixo dianteiro. A potência do sistema combinado é de 1063 cv, distribuídos para as quatro rodas. O carro pesa 1,695 kg também, perto do dobro de um carro de F1. (MAO)

 

A nova caixa DCT do Lamborghini Revuelto

O DCT, a transmissão semiautomática de dupla embreagem, pode ter sido uma invenção original da Porsche, mas é a VW que a colocou em produção e tornou-se especialista nela. Sua aceitação foi uma curva interessante: desde que chegaram ao mainstream no início dos anos 2000, foram imediatamente aceitas como o melhor de dois mundos, e muito melhor que as automáticas ou automatizadas de então.

Mas hoje, dividida entre a melhoria das automáticas tradicionais, e a volta da paixão dos entusiastas pelo câmbio manual com pedal de embreagem, estão ficando um pouco mais raros. Basicamente estão relegados à carros onde o desempenho mensurável é importante, onde é visivelmente mais rápido que um manual ou automático. Carros onde a potência e desempenho são tão altos que sua utilização é obviamente a melhor ideia.

Carros como o novo Lamborghini LB744 Revuelto. Para ele, os técnicos da empresa alemã italiana criaram um novo e excepcional exemplar de transeixo baseado nesta tecnologia.

A empresa diz que foi desenvolvido em Sant’Agata, mas sem dúvida aproveitou a enorme experiência do Grupo Volkswagen neste tipo de câmbio, onde quer que isso tenha acontecido. É uma transmissão de oito marchas completamente nova e desenvolvida especialmente para o LB744.

É uma caixa transversal, montada longitudinalmente no carro atrás do motor, o que rompe com a tradição da Lamborghini de colocar o câmbio entre os dois ocupantes.

As engrenagens são arranjadas com números pares em um eixo e números ímpares no outro, sendo cada conjunto controlado por uma embreagem. Tal como acontece com todos os DCTs, a ideia é que, quando o carro está acelerando através de mudanças superiores, a caixa de câmbio pré-seleciona a próxima relação, mas a embreagem que a controla permanece aberta.

Quando o motorista solicita uma mudança, as embreagens abrem e fecham simultaneamente, retirando a relação anterior da marcha e introduzindo a relação mais alta exatamente ao mesmo tempo. Nesse caso da Lamborghini, se você segurar a borboleta esquerda acionada enquanto freia violentamente para uma curva, o câmbio faz quantas reduções foram necessárias, uma atrás da outra, realizando o acerto de rotações (que você faria com punta-tacco) necessários.

É um câmbio extremamente leve e compacto, relativamente, já que se sabe que baixo peso não é uma característica dos DCT’s normalmente. Pesa 193 kg, menos que o de sete marchas do Huracán. E tem mudanças de marcha mais rápidas, também. Uma das maneiras que a empresa usou para baixar o peso foi a eliminação da marcha-à-ré, que é realizada pelos motores elétricos dianteiros do carro.

O Revuelto tem dois motores elétricos dianteiros, sim, mas o terceiro atua diretamente neste câmbio DCT. Atua como motor de partida e, no modo gerador, alimenta a carga da bateria. Um mecanismo de desacoplamento com um sincronizador dedicado conecta este motor elétrico à caixa de câmbio, permitindo que seja conectado ao motor V12, ou independentemente às rodas. Dessa forma, ele pode ajudar o V12, ligar o V12 como um motor de arranque, ou ser acionado pelo V12 para gerar eletricidade. É assim que, V12 desligado, pode virar um carro elétrico com tração nas quatro rodas.

 

Uma nova variante de DCT, criado como parte de um conjunto híbrido muito interessante, que ajuda um V12 aspirado, e dá uma nova experiência de condução esportiva. Um uso interessantíssimo da tecnologia. (MAO)