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Tiggo 7 Sport, mais barato, é sucesso
Qualquer movimento para se criar um carro mais barato hoje em dia é louvável. Afinal de contas, todo mundo parece querer mesmo vender mais caro, onde a margem é mais gorda; vender muito com margem pequena dá muito trabalho, parece.
Mesmo neste caso aqui: o CAOA-Chery Tiggo 7 Sport. A empresa tem a mania nada agradável de colocar o mesmo nome em todos os carros, então explica-se: o 7 é um Tiggo médio, um tamanho acima dos T-cross da VW e similares. O carro costumava custar perto de 170 mil reais, mas a versão Sport custa R$ 134.990.
Não é suficiente para fazer a gente largar tudo e sair correndo para as concessionárias da marca, mas é um bom preço para o que é o carro. Tanto que já é um sucesso, ainda que em termos relativos: de das 522 unidades vendidas no mês de fevereiro, em março foram para impressionantes 1.745 emplacamentos, segundo dados da Fenabrave. Mas tudo é relativo: 5.463 clientes preferiram o VW T-cross em março, por exemplo. O 7 nem está entre os 30 mais vendidos. Um sucesso, mas tudo é relativo.
Para diminuir o preço, a CAOA-Chery foi inteligente: o motor é um bem mais barato, e pouca coisa menos pontente: 1,5 litros Turbo de 1.5 turbo de 150 cv e 21,4 mkgf de torque associado a uma transmissão CVT com 9 relações fixas. O Tiggo 7 mais caro, ainda á venda, tem um 1,6 litros de 187 cv com transmissão de dupla embreagem e sete marchas. Há redução de equipamentos também, mas nada que interesse muito; basicamente o teto de vidro é defenestrado. Boa jogada, essa, e uma que esperamos se repita, com cada vez mais sucesso! (MAO)
Liberty media compra o MotoGP
A Liberty Media, empresa que detém os direitos comerciais da Fórmula 1 desde 2016, anunciou planos para adquirir os direitos comerciais do MotoGP, a categoria superior do motociclismo. O acordo está previsto para ser concluído até o final de 2024, a um custo de US$ 4,5 bilhões e a gestora atual, MotoGP Management, manterá 14% de participação após a venda.
Assim que o acordo for concluído, a Liberty Media terá o controle exclusivo dos direitos comerciais das corridas de Grande Prêmio não só de automóveis, mas também para motos. As possibilidades são muito interessantes, ainda que não se saiba as intenções exatas da empresa. Pode ser particularmente frutífero para a MotoGP, que teve tantos problemas para conseguir um novo contrato de TV nos EUA este ano.
Embora a Liberty Media tenha investido pesadamente no crescimento da Fórmula 1 através de grandes mudanças de cronograma e marketing, representantes da marca disseram em uma teleconferência com investidores na segunda-feira que os planos atuais para o MotoGP não são tão extremos.
Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, atual proprietária do MotoGP, continuará a dirigir a série daqui para frente. Os circuitos de rua permanecem fora da mesa, apesar da especulação desenfreada de que o MotoGP seguirá a estratégia de expansão da F1; no caso da MotoGP circuito de rua traz grandes preocupações de segurança que surgem quando se corre com motos sem amplas áreas de escape.
Continuidade é o plano, e o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, parece satisfeito com a série tal como é hoje. Maffei deixou isso claro durante a teleconferência com investidores, acrescentando que “é um produto inacreditável, não estamos planejando mudar este esporte”. Veremos! (MAO)
Este é o Fiat-Abarth 600e Scorpionissima
A Abarth está comemorando seu 75º aniversário anunciando o “Abarth mais potente da história”. Não fique animado: uma marca ligada a pequenos Fiat principalmente, potência superlativa nunca foi seu métier. O tal mais potente Abarth tem 240 cv. E pior: é elétrico. Quem achou que isso era uma boa notícia?
É o Fiat-Abarth 600e Scorpionissima. A marca publicou as primeiras fotos do carro e de seu interior como um teaser de aniversário. Esta versão de alto desempenho do Fiat 600e será lançada em junho de 2024.
A cabine do Scorpionissima parece interessante, porém: vem, com estofamento em couro e Alcantara, um par de bancos “Scorpion”, volante mais esportivo, costuras em amarelo limão e letras Abarth no painel. O infoentretenimento é de 10 polegadas com gráficos específicos da Abarth. O modelo também herda o “Gerador de Som” do Abarth 500e, produzindo ruídos falsos durante a partida e aceleração, lembrando um motor a combustão. Tem como desligar, será? Barulho falso é como masturbação: o resultado é o mesmo, mas sabemos que não é a mesma coisa.
Confesso que fiquei assustado com o fato de que as rodas são de vinte polegadas. O Fiat 600 original de 1956 calçava 12 polegadas. Jesuis.
A empresa não nos forneceu as especificações detalhadas, mas confirmou que ele terá 240 cv, um aumento saudável em comparação com os 156 cv do Fiat 600e. Um novo diferencial mecânico autoblocante ajudará a colocar toda essa potência no chão através das rodas dianteiras.
A edição de lançamento do Scorpionissima será oferecida num número limitado de 1.949 unidades, em homenagem ao ano de fundação da Abarth. Mais detalhes serão revelados na sua estreia oficial, marcada para junho deste ano. (MAO)
KTM e MV Agusta agora estão juntas
Seu fundador, o magnata da indústria da aviação Conde Domenico Agusta, adorava corridas e investiu enormes quantidades de dinheiro no Departamento de Corridas da MV Agusta para torná-lo a equipe dominante no esporte durante anos. E vitoriosa ela foi, muito. Mas essas vitórias nunca se traduziam em vendas, com estratégias de motos de rua que pouco refletiam as vitórias em pista.
E mesmo quando a MV Agusta foi ressuscitada por Claudio Castiglioni da Cagiva, o seu foco estava na imagem do mito, mas nenhuma estratégia de gestão foi lançada porque no seu entusiasmo Claudio pensava que o regresso da marca geraria automaticamente um enorme sucesso no mercado.
O entusiasmo de Castiglioni atrapalhou até o projeto do primeiro novo modelo MV Agusta: o imensamente elegante F4 750 desenhado pelo Maestro Massimo Tamburini. Embora incrivelmente bonita, a moto foi atormentada por falhas mecânicas devido ao projeto barato (mas muito caro para a MV Agusta) para o qual Claudio havia contratado nada menos que a Ferrari Engineering, porque parecia lógico associar aquele lendário nome automotivo ao retorno de MV Agusta no domínio das superbikes. Demorou anos para resolver os problemas e as vendas foram pelo ralo. Anos confusos se seguiram, com participação até da Mercedes-AMG, mas parecia que a marca não sobreviveria.
Agora chega a notícia de que em 22 de março de 2024, a Pierer Mobility (dona da KTM) assumiu o controle formal e total da MV Agusta. Uma nova liderança foi oficialmente anunciada e assumiu o cargo. Agora, o CEO e presidente da MV Agusta é Herr Hubert Trunkenpolz, membro do conselho executivo da Pierer Mobility AG. Trunkenpolz é um membro da família austríaca que originalmente deu vida à marca KTM Motor – o “T” da KTM.
Dr. Luca Martin assume o papel de vice-CEO e diretor administrativo. Filippo Bassoli foi nomeado diretor de marketing e diretor administrativo. O ex-CEO da MV Agusta, o russo Timur Sardarov, permanece na empresa como vice-presidente, embaixador da marca e consultor. Sardarov manterá o controle conjunto e uma participação de 49,9% na empresa.
Na sua apaixonada mensagem de despedida como CEO, Sardarov sublinhou a conclusão bem-sucedida de um plano de cinco anos para revitalizar a empresa e iniciar uma progressão que agora, sob a orientação do Pierer Mobility Group, irá finalmente produzir lucro após décadas de perdas.
Sardarov disse: “MV Agusta incorpora paixão e um senso único de romance que me cativou desde o primeiro dia. À medida que continuo a servir como vice-presidente dedicado, estou empenhado em apoiar a empresa e o seu sucesso contínuo.” Assim esperamos. Vida longa ao sonho de Domenico Agusta! (MAO)