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Zero a 300

O último Lamborghini V12, de novo | Matchbox faz 70 anos | A perua M3 da AC Schnitzer e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Lamborghini Invencible e Autentica: os últimos Aventador

Lamborghini Invencible

Se você acabou de receber seu Aventador Ultimae, comprado por um sobrepreço decente por ser o “último Lambo V12”, pode se sentir enganado a partir de agora.

A Lamborghini acaba de mostrar dois carros baseados no Aventador, veículos únicos criados como mais uma homenagem ao seu supercarro V12 que, pela enésima vez, parece que dessa vez, realmente, sério, prometo… vai acabar. São o cupê Lamborghini Invencible e o “roadster” Lamborghini Autentica.

O cupê e roadster têm uma carroceria totalmente em fibra de carbono, diferente do Aventador, com elementos que remetem a vários Lambo especiais do passado recente. O Invencible é finalizado em um tom de vinho metálico chamado “Rosso Efesto”, e Hefesto, você sabe, era o ferreiro dos Deuses do Olimpo, e Deus do fogo. O Autenteica  é cinza; aqui chamado de “Grigio Titan”. Titans, você sabe, são os ancestrais dos Deuses do Olimpo. Megalomania? Imagina…

Lamborghini Autentica

No interior, o painel minimalista dispensa o sistema de infotainment e tem saídas de ar impressas em 3D, que são propagandeadas como modernidade, mas na verdade é subterfúgio para criação de peças únicas sem ser necessário se gastar dinheiro num ferramental.

O V12 vem na versão mais potente disponível na Lamborghini. É o motor do Ultimae, um grande V12 de 6,5 litros, aspirado, que dá 780 cv e  73,4 mkgf de torque. O câmbio é um dupla-embreagem de sete marchas, e a tração é permanente nas quatro rodas. Os números de desempenho não foram divulgados, mas o Ultimae, essencialmente a mesma coisa, fazia o 0-100 km/h em 2,8 segundos e chegava a 355 km/h.

A Lamborghini evita falar de valor de venda. Como são carros únicos, não é possível nem imaginar quando alguém pagará (pagou?) para ter o privilégio de compra-los. Os Ultimae saíram por US$ 500.000 nos EUA, coisa de R$ 2.575.000, mas nem isso é alguma referência aqui. Um milhão de dólares? Dez milhões? É só dinheiro, aparentemente, uma consideração secundária aqui.

A empresa promete que esses dois são o fim da linha para o Aventador. Sério agora, gente, último dos últimos mesmo. Um substituto é prometido para o primeiro trimestre de 2023. Certamente para garantir um dinheiro extra, muito foi dito sobre este ser o último Lamborghini V12. Mas o próximo carro também será V12 aspirado, apenas auxiliado por baterias e motores elétricos, então esse papo de “último”, como sempre, é um exagero. Mas totalmente proposital; ansiedade é uma poderosa ferramenta de venda. (MAO)

 

Matchbox comemora 70 anos com coleção especial

Quando era criança nos anos 1970/1980, ninguém aqui no Brasil sabia algo sobre os Hot Wheels da Mattel americana; brincávamos e colecionávamos exclusivamente os carrinhos da Matchbox inglesa.

Matchbox é uma marca popular de carrinhos em escala, concebida pelo engenheiro inglês Jack Odell em 1953, que revolucionou a categoria de veículos de brinquedo com uma escala única, preço acessível e disponibilidade em massa. A marca foi produzida pela Lesney Products inglesa, muito antes dos Hot Wheels aparecerem em 1968.

O nome vem porque os carrinhos “Matchbox” originais eram vendidos em caixas semelhantes àquelas em que os fósforos eram vendidos. Os Hot Wheels foram criados justamente como concorrentes dos carrinhos ingleses, mas os superaram em popularidade e em 1997, a Mattel comprou a marca Matchbox.

A marca continuou, porém, o que significa que está fazendo 70 anos agora em 2023. E para comemorar a efeméride, uma linha de carrinhos em edição limitada foi lançada, para homenagear sua tradição.

A linha comemorativa contará com detalhes especiais em platina e estará disponível em sete coleções diferentes, apresentando veículos icônicos de todo o mundo nas últimas sete décadas. Estarão disponíveis ao longo do ano e são a primeira de várias comemorações que a marca planejou para 2023.

Como não podia deixar de ser hoje em dia, virtue-signalling é parte do pacote de aniversário: uma parte da coleção do 70º aniversário é feita de zinco reciclado. Também é meta da empresa fabricar todos os brinquedos e embalagens com 100% de materiais plásticos reciclados ou de base biológica até 2030. (MAO)

 

Conheça a perua M3 da AC Schnitzer

O BMW M3 em versão perua é ainda uma grande novidade de nossos dias atuais. Um pedido de longa data dos fãs, agora finalmente está disponível na geração atual do famoso carro alemão. E com isso, claro, os tuners também podem fazer sua mágica nelas; a primeira é a tradicional AC Schnitzer.

A empresa de Aachen oferece dois estágios de preparação para o seis em linha turbo de 3 litros da BMW. O primeiro aumenta a potência para 598 cv cavalos e 76,5 mkgf de torque. O segundo aumenta a potência para 618 cv, com o mesmo torque.

Um kit de molas rebaixa a frente do M3 de 15 a 20 mm. Opcionalmente, os clientes também podem ter coilovers ajustáveis. As rodas forjadas AC3 ou as de liga leve AC1 de 20 polegadas são também opções da AC Schnitzer.

Um kit de carroceria funcional adiciona um Splitter dianteiro que aumenta o downforce no eixo dianteiro para até 40 kg a 200 km/h.  Um spoiler traseiro no teto faz o mesmo no eixo traseiro, dando 20 kg a 200 km/h. Um novo difusor ajuda a gerenciar o fluxo de ar na parte traseira enquanto emoldura um escapamento em carbono. O kit de carroceria também adiciona detalhes no capô e para-choque dianteiro.

Por dentro, um volante esportivo AC Schnitzer, em couro Nappa preto perfurado e Alcântara preto costurados com fio cinza claro. Borboletas de troca de marcha de alumínio, maiores, e uma pedaleira diferente são os detalhes mais proeminentes.  Para quem acha que ter apenas uma BMW M3 perua não é exclusividade suficiente, a AC Schnitzer é uma opção cheia de tradição e significado para os fãs da marca. (MAO)

 

Porsche deve fazer SUV elétrico de sete lugares, maior que Cayenne

O novo K1, segundo a Autocar

Não é novidade para ninguém que o mercado de SUV e crossover de luxo, que não para de expandir, é um interessantíssimo e lucrativo. Com muito pouco hardware a mais que o presente em versões equivalentes de marcas “menores”, os produtores de artigos de luxo podem exagerar no sobrepreço que parece que os compradores nem ligam. É realmente uma galinha de ovos de ouro, uma licença para imprimir dinheiro. Ninguém quer ficar de fora.

Talvez o criador desta categoria com o Cayenne de 2002, a Porsche agora prepara um passo mais adiante neste caminho. De acosro dom a Autocar inglesa, um crossover elétrico de luxo, com sete lugares, maior que o Cayenne, está sendo preparado pela Porsche para chegar em 2027. Será o topo de linha da Porsche não só em tamanho; em preço também. Provisoriamente tem o codinome K1, segundo reportagem da Autocar.

Quando chegar, liderará uma linha crescente da Porsche, composta por sete modelos individuais. O K1 oferecerá o que há de mais moderno em motor elétrico síncrono, bateria de alto desempenho e tecnologia de carregamento rápido – desenvolvimentos que, segundo especialistas da sede da empresa em Zuffenhausen, na Alemanha, estenderão seu preço muito além do que é hoje o topo de preço da companhia. Espere algo na faixa do equivalente a 1,5 milhão de reais, na Europa.

Espera-se que a base do K1 seja a Premium Platform Electric (PPE), uma vez que compartilhará uma linha de produção com o próximo Macan elétrico, na mesma plataforma, previsto para 2024.

A produção do novo modelo EV está programada para a fábrica da Porsche em Leipzig – o mesmo local responsável pelos atuais Macan, Cayenne e Porsche Panamera com motor de combustão interna. O movimento da Porsche aqui continua sendo para cima em preço, onde parece estar, afinal de contas, o futuro do automóvel. (MAO)