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Zero a 300

O último Supra A90 | Museu CARDE aberto | A BMW R 12 S e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Este é o último Toyota Supra “A90”

Felizmente tudo indica que não é o fim do Supra; uma nova sexta geração do cupê parece estar sendo preparada para breve. Mas é o fim desta geração do carro. Esta, a quinta geração, é baseada como sabemos no BMW Z4, e por isso foi carinhosamente apelidado de Zupra. Deve ser o fim desta parceria com a BMW, também.

Para marcar o fim desta geração, a Toyota está lançando o Supra A90 Final Edition. É uma série especial focada em pistas para os mercados da Europa e do Japão. A produção será limitada a apenas 300 unidades. Não, não veio com o motor S58 do M3 como especulado; ainda assim é um carro mais potente e interessante.

O motor BMW B58 teve potência aumentada: de 387 cv para 435 cv. O torque também aumentou muito, de 51 mkgf para 58 mkgf. Os freios dianteiros Brembo agora são maiores, e há uma suspensão KW ajustável e um silenciador de escapamento de titânio da grife Akrapovič. O pacote aerodinâmico agressivo vem com asa traseira e canards dianteiros.

O carro vem também com o mesmo reforço-gaiola traseiro de alumínio para o subchassi traseiro do carro de corrida GT4, junto com um reforço dianteiro e assoalho dianteiro também reforçado. Os engenheiros da Toyota também ajustaram a direção elétrica e aumentaram o ângulo de cambagem para melhor aderência. Por dentro, bancos Recaro de fibra de carbono. Realmente um carro sério de verdade.

As rodas também mudaram, e agora são maiores atrás, da marca TGR, medindo 19 polegadas na frente e 20 polegadas no eixo traseiro. Nessas novas rodas, claro, pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 265/35Z1R19 dianteiros e 285/30ZR20 traseiros, 10% mais largos do que antes. A série especial vem somente com a caixa manual de seis velocidades. Attaboy!

O preço, e até quando será produzido, ainda não foram informados. Também não se sabe com certeza ainda se a próxima geração será lançada em seguida ou haverá uma pausa; a Toyota não confirma nada oficialmente, mas diz que tudo será revelado em boa hora. Esperando aqui, ansiosos. (MAO)

 

Nissan tem “12 a 14 meses para sobreviver”

As coisas não andam boas para a Nissan, mundialmente. Recentemente, a empresa cortou milhares de empregos e até vendeu um terço de sua participação na Mitsubishi, para tentar fazer algum.

Vendas ruins nos EUA e no Japão levaram a Nissan a cortar mais de 9.000 empregos no início deste mês, enquanto simultaneamente cortava a produção em quase 20%. O lucro operacional da Nissan caiu 85% no terceiro trimestre, com a empresa tendo um prejuízo líquido de ¥ 9,3 bilhões (R$ 372 milhões). A empresa estima que economizará US$ 3 bilhões (R$ 18 bilhões) cortando empregos e produção enquanto tenta se reestruturar. Ainda assim, parece que os problemas continuam.

Em uma entrevista ao Financial Times, dois executivos não identificados da Nissan disseram que a empresa tem de “12 a 14 meses para sobreviver. No final, precisamos que o Japão e os EUA gerem dinheiro”, disseram eles.

A empresa está supostamente procurando um novo investidor de longo prazo, como um banco ou um grande grupo de seguros, para substituir algumas das participações acionárias da Renault. A empresa também não descartou a possibilidade de rivais como a Honda assumirem uma participação majoritária na empresa, dizendo que “todas as opções” estão na mesa. A Nissan assinou recentemente uma parceria com a Honda (e a Mitsubishi) para o desenvolvimento de veículos 100% elétricos.

A Renault está até considerando vender uma parte de suas ações para a Honda. O fabricante francês está supostamente procurando reestruturar sua aliança de 25 anos com a Nissan. Uma fonte não identificada dentro da empresa diz que uma parceria maior Honda-Nissan “só seria positiva” para a Renault. (MAO)

 

Conheça a nova BMW R 12 S

A BMW mostrou sua nova R 12 S; é essencialmente uma versão da R nineT remodelada para trazer de volta o icônico visual “roadster” alemão da R90S dos anos 1970. E não é que ficou muito legal?

Corrente de 1973 a 1976, a BMW R90S original era uma tentativa da marca de se livrar de sua imagem careta e conservadora de então. Bem no estilo dos anos 1970, ostentava uma pintura degradê laranja (ou cinza) em dois tons, uma carenagem “biquíni” e uma nova rabeta. Com 898 cm³ de seu flat-twin, tinha 67 cv, girava até 7200 rpm, e chegava a 200 km/h.

A BMW R90S

A nova R 12 S usa o mesmo motor bicilíndrico oposto de 1.170 cm³ arrefecido á ar (e óleo, claro, como todo motor “a ar”) da R nineT, com 110 cv a 7.550 rpm, apenas atualizado para atender aos padrões de emissões. O quadro de treliça de aço também é inalterado, com seção traseira aparafusada, transmissão de seis velocidades e embreagem hidráulica; a transmissão final é por cardã também, na tradição das BMW boxer desde tempos imemoriais.

O garfo invertido de 45 mm também é ajustável para compressão, amortecimento de retorno e pré-carga da mola, e o novo modelo traz o mesmo arranjo de frenagem da R nineT; discos duplos de 310 mm e pinças de quatro pistões montadas radialmente na frente, com um disco de 265 mm, configuração de pinça de dois pistões na traseira, e com o BMW Motorrad ABS Pro.

 

A R 12 S, no entanto, adiciona rodas raiadas de 17 polegadas com aros de alumínio, e  rabeta curta com um suporte de placa de licença montado no braço oscilante traseiro. Hill Start Control, Gear Shift Assist Pro, controle de tração, manoplas aquecidas, controle de cruzeiro e um farol de curva adaptável também estão incluídos. No cockpit, você ganha dois relógios redondos, com aparência bem retrô, embora haja uma alternativa de display digital opcional.

Mais ao ponto é a nova mini-carenagem arredondada da R 12 S, que traz de volta claramente imagens da R90S.  O assento solo também remete à moto antiga. O laranja é chamado “Lava Orange” agora.  Emblemas exclusivos e listras duplas vermelhas completam a sensação premium da R 12 S e, como é fortemente baseada na R 12 nineT, há um enorme catálogo de acessórios Motorrad disponíveis também.

Uma pergunta: como que as coisas bonitas de verdade hoje em dia apenas são as que acertam a modernização de motos antigas, como é o caso da nova Moto Morini 3 1/2 Sport, e esta BMW? Como o futuro perdeu graça assim? Será que pegamos alguma curva errada no caminho para o futuro e precisamos voltar para acertar o curso?

Enfim, divago. O fato é que ter algo tão sensacional quanto esta BMW não sai barato. A moto vai sair a partir de US$ 21.590 (R$ 130.403) nos EUA, bem acima dos US$ 16.300 (R$ 98.452) cobrados lá por uma R nineT 2024. Aqui no Brasil, como referência, a R nineT custa a partir de R$ 99.900. A nova R 12 S deve estar disponível no primeiro trimestre do ano que vem. (MAO)

 

Museu CARDE abre ao público em Campos do Jordão

Já há muito tempo sabíamos da extensa coleção de carros antigos amealhada pela Fundação Lia Maria Aguiar; quando Og Pozzolli faleceu em 2017, a fundação comprou sua coleção e prometeu um museu em Campos do Jordão, SP. Mas desde então, o negócio cresceu e floresceu de uma forma incrível; a coleção é hoje sensacional mesmo em padrões mundiais, e não para de crescer. Por exemplo, acaba de receber um Tucker 48, importado dos EUA.

Dona Lia Maria Aguiar é uma das herdeiras do Bradesco; a sua Fundação atua há 16 anos em Campos do Jordão (SP), dedicada principalmente a projetos socioculturais para crianças e jovens na cidade serrana paulista. Agora, ela devolve mais uma coisa para a sociedade: encravado no meio de uma floresta nativa de araucárias, o Museu CARDE (se pronuncia cardê) finalmente está sendo inaugurado.

A abertura ao público foi ontem, dia 28 de novembro, com ingressos a R$ 120. O museu é impressionante. Ocupa um espaço de 6 mil m², construído em uma área total de 150 mil m², e nenhuma árvore foi derrubada para a construção do local, que antes abrigava uma antiga chácara de veraneio.

O museu diz que a proposta é unir “carro, arte, design e educação, transformando a maneira como pensamos no passado.” Com uma coleção de aproximadamente 100 automóveis raros e icônicos, todos funcionando perfeitamente, o museu conta a história do Brasil e do mundo através da evolução dos automóveis, apresentando-os como verdadeiras obras de arte. Por seu impacto cultural, estético ou tecnológico, cada peça tem uma história para contar.

O famoso Hispano de Lee, exposto novamente

O acervo, a cenografia e o museu são sensacionais. Por exemplo está lá o Hispano Suiza 30-40 HP 1911 de Roberto Lee. O já mencionado Tucker 48. Um Cord L-29, de 1931. Voisin C3. Um Duesenberg J, ano 1930, no Brasil! Um Isotta Fraschini Tipo 8A com carroceria Castagna, de 1925.

O Duesenberg J

Isso fora Cadillac Eldorado 1955, Chevrolet Corvette 1959, Mercedes 300 SL Roadster, Aston Martin DB5, Porsche 356, Ferrari F50 e Lamborghini Countach… As berlinetas Willys de competição, e a Carretera de Camilo Christófaro, o Lobo do Canidé, talvez o mais lendário carro de corrida brasileiro. É muita coisa até para contar. Vale a pena a visita? Que pergunta é essa? Não é se, mas quando vamos visitar, a pergunta.

Certamente o mais importante museu brasileiro; e um dos mais importantes do mundo. Parabéns a todos os envolvidos nesta incrível empreitada. O museu fica na Rua Benedito Olímpio Miranda,280, Av.Alto da Boa Vista, Campos do Jordão – SP; os ingressos podem ser comprados no site carde.org. (MAO)

 

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