FlatOut!
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Zero a 300

O Virtus conversível | O Audi RS6 GT | O Opel Corsa Irmscher e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos a mais uma edição do Zero a 300, nossa seleção diária com tudo o que está rolando de mais importante no universo automobilístico para você não ficar rodando por aí atrás do que interessa de verdade. Gire a chave e acelere com a gente!

 

VW cria Virtus conversível para o Presidente do Brasil

É uma tradição da fábrica de São Bernardo do Campo-Anchieta da VW do Brasil. E sendo esta fábrica uma das mais antigas ainda em atividade por aqui (junto com a GM em São Caetano do Sul), é muito bom ver que algumas tradições continuam, mesmo neste estrambólico mundo moderno onde, parece, tudo que veio antes da gente é errado. Ou pior: deve ser apagado da história!

Mas divago. A notícia aqui é bem mais inocente, ainda que envolva personalidades políticas que, parece norma hoje, causam faniquitos do lado oposto da cerca. Mas na esperança que vocês entendam que o assunto é automóvel, e as tradições automobilísticas brasileiras, e assim evitem de comentar sobre a política do protagonista-presidente neste local neutro e seguro, vamos falar sobre conversíveis especiais de desfile. Uma tradição VW desde Adolf Hitler! Ops! Sorry!

Sim, o fundador passeou num VW aberto com Ferry e Ferdinand Porsche na inauguração da primeira fábrica VW, na Alemanha de 1938. Mas não vamos falar dessa controversa história, e sim da propensão da VW do Brasil de fazer parecido com políticos locais. É no mínimo interessante.

Juscelino Kubitsheck andou pela fábrica num Fusca conversível em 1959. Itamar Franco, mineirin em tempo integral e presidente por um tempo, em 1993, além de reviver o Fusca por decreto pessoal, passeou pela fábrica também num conversível especial. Depois foi a vez do ex-sindicalista Luís Inácio Lula da Silva, que agora presidente, passeou em um Polo Sedan especialmente transformado em conversível em 2003. Em 2005, repetiu o passeio agora num Fox conversível com um para-brisa parecendo de um speedster.

Agora, a VW resolveu continuar a tradição e fazer mais um conversível especial para o presidente: desta vez é um Virtus. Criado por uma equipe de 30 profissionais no tempo recorde de apenas 6 semanas, é baseado na versão Exclusive.

O carro de parada é na bonita cor Azul Biscay, mas fora o teto cortado, o corrimão para o idoso presidente se segurar, e outros detalhes, é um Virtus Exclusive normal: motor 1.4 250 TSI, câmbio automático de 6 marchas, rodas de 18 polegadas e tudo mais. Obviamente o carro é todo reforçado para compensar a falta de teto, e várias peças de acabamento tiveram que ser criadas para dar uma cara profissional à gambiarra ao projeto.

Ficou até bonitinho não? Fique à vontade para ventilar sua opinião aqui nos comentários, por favor. Sobre o carro, claro! O assunto aqui, é esse, por favor. (MAO)

 

Paris cobra mais para estacionar carros grandes

Se você acompanha este espaço, se lembra que há pouco tempo a “Federação Europeia dos Transportes e Ambiente” publicou um estudo que mostrou que os SUV estão a tornar-se demasiado grandes para as ruas e vagas de estacionamento europeus.

Os resultados de um referendo realizado na capital francesa mostram que algumas pessoas concordam em tornar a vida dos proprietários de SUVs um pouco mais difícil. Os parisienses votaram a favor de triplicar efetivamente as taxas de estacionamento deles, para 18 euros (quase 100 reais) por hora no centro da cidade e 12 euros (64 reais) no resto de Paris.

Vale ressaltar que a decisão não impactará apenas crossovers e SUVs. Os proprietários de carros normais pesando 1.600 kg ou mais terão que desembolsar o dinheiro extra. Os veículos elétricos que pesam mais de 2.000 kg também serão afetados. Aqueles que vivem ou trabalham em Paris estarão isentos, assim como aqueles que sofrem de deficiência. Além disso, os motoristas de táxi, os profissionais de saúde e os comerciantes não serão afetados pelo resultado do referendo. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, acredita que algumas cidades europeias serão incentivadas a tomar medidas semelhantes.

Reduzir peso e tamanho dos automóveis é algo que se alinha com o que pregamos aqui no FlatOut. Um carro mais leve é melhor em tudo, de desempenho a economia e emissões, chegando até num menor uso de recursos para sua fabricação. E sim, estacionamento em grandes cidades é um grande problema, complexo e de difícil solução, e carro pequeno ajuda. Nós não temos amor pelo SUV; simpatizamos com o problema das grandes cidades também. Mas incomoda um pouco um governo, por mais respaldado por voto que seja, escolhendo o que devemos ter como veículo de uso pessoal. Não?

Proibir o uso de carros grandes (que é o objetivo aqui, vamos falar a verdade) é algo profundamente indesejável por princípio: quem pode dizer no futuro o que o governo vai nos convencer ser ruim? Carro esporte? Carro, ponto final?

Ainda mais pelo fato de que se pagar caro para estacionar certamente não será problema para o dono de um carro como o Rolls Royce Cullinan, um leviatã de 2700 kg que custa aqui no Brasil cerca de seis milhões de reais: o sujeito paga e pronto, é só dinheiro, e isso ele tem de sobra. Também parece que políticos como a Madame Hidalgo não terão problemas com seus carros oficiais, isenções e motoristas. Mas para o pai de família que usa o seu antigo e adorado Toyota Land Cruiser para ir à cidade, ficará inviável. O povo, claro, é que paga a conta, para variar. E manipular o povo contando historinhas paulatinamente até que ele aceite uma ideia absurda, modus operandi mais que conhecido para este fim. (MAO)

 

Conheça o Opel Corsa Irmscher

Será que há alguma cláusula na compra da Opel pela Stellantis que a impeça de vender carros Opel em países como o Brasil? Não sei vocês, mas adoraria ver aqui Opel Corsa, Astra, e Zafira de volta; mesmo eles sendo hoje Peugeots com uma cara diferente. Ia ser engraçadíssimo, apesar de incômodo para os tradicionais fãs da Opel Chevrolet aqui.

Vejam este exemplo: o atual Opel Corsa, equipado com um kit da Irmscher. A empresa já ofereceu um pacote para o atual Opel Corsa F no passado, mas este foi agora renovado para ser compatível com a versão recentemente renovada.

Começando pelo exterior, as extensões do para-choques e as saias laterais mais profundas parecem algo que a Opel poderia oferecer como parte de um acabamento OPC, GSi ou GSe, se ainda fizesse isso. O mesmo se aplica ao capô e teto opcionais com acabamento preto combinados com detalhes em vermelho. Há até uma asa extra montada no spoiler traseiro.

Rodas de liga leve “Turbo Star” de 18 polegadas, disponíveis em acabamento preto ou bicolor., também são parte do pacote. Além disso, a suspensão rebaixada aproxima o carro do solo em 30 mm.

Este kit de aparência pode ser aplicado em qualquer Corsa, inclusive o 100% elétrico. Mas a empresa com o nome insoletrável oferece pacotes de preparação também, restritos a versões movidas à combustão interna: o 1,2 litro Turbo ganha 20 cv, para um total agora de 156 cv.

OK, é só um Peugeot 208 com roupagem Opel. Mas algo me diz que a marca faria um grande sucesso por aqui. Se for juridicamente possível, claro. (MAO)

 

Conheça o Audi RS6 Avant Performance GT

A Audi ganhou para si um confortável quinhão de mercado quando criou o RS2 nos anos 1990; o de peruas com desempenho de supercarro. Um conceito que parece sensacional, por mexer com aquele velho desejo de se ter um carro para qualquer atividade, e não somente uma; o mesmo desejo que fez aparecer os SUV de alto desempenho, com ainda mais sucesso. Um cara podia dizer que pelo preço de um atual RS6 pode se comprar 3 carros de uso mais focado e melhor em cada função específica, mas eu que não vou ser chato desse jeito. Não, pera…

A notícia hoje é que há uma nova versão do RS6 Avant Performance: o GT. Como você pode imaginar, vai adiante no conceito de perua como carro esporte de altíssimo desempenho.

Na verdade, não há aumento de potência: o GT usa o mesmo motor V8 biturbo de 4,0 litros do Avant Performance, produzindo 630 cv e 86,4 mkgf de torque. Mas com alguns ajustes, o GT faz o zero a 96 km/h em 3,2 segundos – um décimo de segundo mais rápido que o RS6 performance normal. E é mais veloz conforme a velocidade aumenta: até 200 km/h o GT é 1,5 segundos mais rápido. E neste carro o limitador sobe para, pasme, 300 km/h. Sim, uma perua limitada a 300 km/h.

A altura do carro também é rebaixada em 10 mm, por meio de uma suspensão com coilovers ajustáveis. Barras estabilizadoras mais rígidas, amortecedores ajustáveis eletronicamente de três vias e um diferencial central atualizado com maior bias traseiro, e pneus Continental Sport Contact 7 mais aderentes fazem um pacote deveras interessante, mesmo se você não chegue a 300 km/h.

Se você vive nos EUA, vai ter que engolir, ou curtir, o espalhafatoso livery inspirado em clássicos Audi 200 de competição IMSA americana, nos anos 1990. Outros mercados, felizmente, terão opções de cor normais.

O capô é de fibra de carbono, com opção parcial ou totalmente exposta. Um novo design de para-lama abre as saídas atrás das rodas dianteiras para melhor fluxo de ar, enquanto os emblemas GT identificam o carro especial no exterior. O interior é revestido em couro preto e Alcantara, com costuras vermelhas nos bancos. Há novos bancos esportivos com encosto de carbono e o indefectível emblema de edição limitada no console central diz quanto você é um cara especial e cheiroso.

A Audi planeja construir apenas 660 exemplares do RS6 GT.  Apenas 85 unidades estão chegando aos EUA e apenas 7 ao Canadá, e ainda não há informações se algum virá ao Brasil. Não há informação de preço para o GT ainda, também, mas barato não será, claro: um RS6 Avant Performance normal custa aqui R$ 1.193.990. (MAO)