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Oettinger leva Polo GTS aos 200 cv
A Oettinger tem a solução para os proprietários do Polo GTS (e do Virtus GTS) que gostariam de uma pegada um pouco mais intensa do 1.4 TSI. Por meio de sua representante no Brasil, a Strasse, a preparadora já está oferecendo no Brasil um pacote de preparação para os dois modelos e para o T-Cross (a linha Polo com motor 1.4 TSI) que eleva a potência de 140 cv para 200 cv e o torque de 25,5 kgfm para 37,7 kgfm.
A preparação consiste no remapeamento das ECU do motor e do câmbio (o que é uma boa surpresa, visto que o câmbio original não tem programação realmente esportiva), mas a Oettinger não menciona o pico de pressão do turbo, nem os detalhes do remapeamento do câmbio automático de seis marchas. O preço é um pouco salgado: R$ 13.900, mas inclui, além da preparação certificada por uma preparadora renomada, dois anos de garantia do motor e câmbio. De acordo com a Oettinger, a aceleração de zero a 100 km/h vai de 8,7 segundos para 8,5 segundos.
Além dos modelos da linha Polo, a Oettinger também pretende oferecer o pacote para o Jetta e o Tiguan equipados com o motor 1.4 TSI, mas ainda não tem data para iniciar a oferta. (Leo Contesini)
Volkswagen está perdendo US$ 2,2 bilhões por semana devido à pandemia
Como era esperado, a pandemia terá um impacto brutal sobre a economia mundial. Em entrevista à TV alemã, o CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, disse que a fabricante poderá cortar empregos devido à pandemia do coronavírus, uma vez que está perdendo US$ 2,2 bilhões por semana.
Isso porque a Volkswagen está vendendo carros somente na China, ainda com uma demanda muito baixa, e sua produção está reduzida pela metade. “Não estamos vendendo nem faturando fora da China, mas assim mesmo precisamos cobrir custos fixos de US$ 2,2 bilhões por semana”, disse o CEO na entrevista.
Para evitar as demissões, a Volkswagen diz que seria necessário retomar a produção ou adotar um procedimento disciplinar que permite retomar a produção sem colocar os funcionários em risco, o que parece inviável no momento. Em todo o mundo o grupo Volkswagen emprega 671.000 pessoas em 124 fábricas, das quais 72 ficam na Europa e 28 na Alemanha. (Leo Contesini)\
Honda Fit adota o bom senso e abandona comandos touch no ar-condicionado
Sim, telas sensíveis ao toque são bacanas. Mas você já tentou ajustar o ar-condicionado enquanto dirigia usando uma touchscreen? É complicado – sem o feedback tátil de um comando físico, você se vê obrigado a desviar o olhar da pista e correr o risco de sofrer um acidente. Simplesmente porque as telas sensíveis ao toque estão mais baratas e mais populares do que antes e, por conta disto, a indústria acha que elas precisam estar em todos os lugares.
Por outro lado, na contramão desta tendência está a Honda – que, na nova geração do Fit decidiu manter os botões giratórios fixos para o ar-condicionado. É isso aí: bom senso e ergonomia antes de modernidade e estética.
O chefe do projeto do Honda Fit, Takeki Tanaka, diz que a decisão foi motivada pela opinião dos clientes. “O motivo é bem simples – queríamos minimizar distrações para o motorista, em particular na operação do sistema de ar-condicionado e climatização”, comentou Tanaka. “Eliminamos a tela e adotamos os botões giratórios, pois recebemos feedback dos clientes que diziam que as telas eram difíceis de operar de forma intuitiva. Era preciso olhar para a tela para mudar a temperatura do ar, e por isso mudamos para um sistema que pode ser operado sem olhar, dando mais confiança a quem dirige.”
Honestamente, isto me soa como explicar o óbvio – e fico satisfeito em ver que a Honda decidiu ouvir a voz da razão. Não é questão de ser contra a tecnologia, afinal, um bom sistema multimídia com touchscreen pode ser útil e ainda valorizar o interior de um carro. No caso do ar-condicionado, porém, trata-se de uma distração desnecessária. (Dalmo Hernandes)
Jaguar Land Rover terá três novos elétricos em 2022
A Jaguar Land Rover pretende colocar três novos carros elétricos no mercado no final de 2021, de acordo com os britânicos da Autocar. Citando uma fonte dentro da fabricante, a publicação diz que estes modelos serão uma versão eletrificada do novo XJ e os SUVs J-Pace e Road Rover, sendo que este último ainda pode mudar de nome.
Os três carros serão produzidos no Reino Unido, na fábrica da Jaguar Land Rover em Castle Bromwich. No ano passado a fabricante já havia adiantado que o novo XJ com motor a combustão seria feito lá, mas agora corre a informação de que a planta será modificada para produzir automóveis elétricos.
Agora, sobre os carros em si. Ainda de acordo com rumores, o novo XJ (tanto a versão elétrica quanto a versão a combustão) poderá adotar um visual mais parecido com as gerações antigas – diferentemente da última geração, que foi totalmente modernizada. Já o Jaguar J-Pace será posicionado acima do I-Pace, que atualmente é o único modelo totalmente elétrico da fabricante. Por fim, o Road Rover teoricamente ficará entre o Evoque e o Velar no portfólio da Land Rover.
Todos eles serão feitos sobre a mesma plataforma MLA (Modular Longitudinal Architecture) da JLR, voltada para carros de luxo com tração traseira ou integral. De acordo com a Jaguar Land Rove,r o trunfo desta plataforma é ser facilmente adaptável e poder ser usada tanto para veículos com motor de combustão interna quanto híbridos (plug-in ou não) e elétricos.
Pelo que diz a Autocar, é bem provável que o novo XJ seja o primeiro a ser revelado, com a produção começando no primeiro trimestre de 2021. Os outros dois serão revelados nos meses seguintes. (Dalmo Hernandes)
Salão de Detroit 2020 é cancelado e dará lugar a hospital de campanha
O Salão de Detroit, que neste ano já havia sido adiado para junho (em vez de janeiro, como costuma ser), agora foi cancelado de vez por conta da pandemia do novo coronavírus.
Mas o cancelamento não servirá apenas para reduzir o risco de contaminação – a decisão também ajudará no combate ao Covid-19 de forma mais direta. Isto porque o local onde o evento ocorre, o TCF Centre, em Detroit, servirá como hospital de campanha.
As autoridades de Detroit levarão 900 leitos de hospital à area de exibição, a fim de possibilitar que mais pessoas possam receber tratamento para o coronavírus. O exército dos Estados Unidos já começou a montar os leitos no último fim de semana.
Ainda de acordo com os organizadores do Salão de Detroit, a próxima edição acontecerá em junho de 2021 – quando, esperamos, tudo já estiver normalizado. (Dalmo Hernandes)
Novo Genesis G80 é apresentado
A Hyundai apresentou no último fim de semana a nova geração do Genesis G80 – o representante de sua submarca de luxo para o segmento dominado por alemães como Mercedes-Benz Classe E, Audi A6 e BMW Série 5.
A nova geração ganhou um desenho mais sofisticado, que o coloca mais perto do G90 em termos de estética. O carro ficou mais esguio, faróis retilíneos, divididos em dois níveis; teto com caimento mais suave, à la Audi A7, e uma traseira mais baixa, com a placa alojada no para-choque, e não mais na tampa (o que contribui para um visual mais limpo e “caro”). Um detalhe interessante são as faixas de LED nos faróis, que ganham continuidade os apliques dos para-lamas dianteiros.
Esteticamente, o carro deu um salto muito grande em relação ao anterior. Sua identidade visual é muito mais marcante – o modelo antigo ainda tinha um jeito de BMW genérico na dianteira, enquanto a traseira ecoava a de modelos japoneses como o Toyota Camry. Nem todos gostam da traseira “caída”, mas esta característica era bastante popular nos sedãs de luxo europeus de antigamente, como o Jaguar XJ por exemplo.
O novo Genesis G80 ficou mais longo e mais largo que a geração anterior, com 4.995 mm de comprimento (antes eram 4.990 mm) e 1.925 mm de largura (antes eram 1.890 mm). Mas ele também ficou 110 kg mais leve, graças ao maior uso de alumínio na carroceria (19% das peças, de acordo com a Hyundai). A fabricante diz que o novo G80 tem um centro de gravidade mais baixo, o que contribui para uma dinâmica mais afiada.
Em vez dos motores V6 de 3,3 e 3,8 litros, ou do V8 de cinco litros, o G80 agora aposta no downsizing: o motor de entrada é um quatro-cilindros de 2,5 litros com 300 cv; enquanto o modelo de topo usa um V6 biturbo de 3,5 litros e 380 cv. Na Europa, também está disponível um motor a diesel de 2,2 litros com 210 cv.
O novo Genesis G80 está disponível a partir de hoje (30) na Coreia do Sul, e o lançamento em outros mercados está previsto para o segundo semestre de 2020. (Dalmo Hernandes)
Honda CB-F: conceito inspirado na CB900F é apresentado
Com a indústria meio parada, eventos cancelados e mercado frio por conta da pandemia de Covid-19, as fabricantes estão aproveitando seu tempo livre para fazer experiências. Uma das mais recentes – e, a meu ver, das mais interessantes – é a Honda CB-F, conceito criado para celebra os 60 anos da família CB. A moto seria mostrada no Tokyo Motorcycle Show 2020, que estava marcado para o último fim de semana mas foi adiado. Então, a Honda decidiu revelá-la na Internet, mesmo.
A moto foi totalmente inspirada pela CB900F da década de 1970. Isto fica claro pelas formas retílíneas do tanque e da rabeta, pelo farol redondo e pelo esquema de cores. E é bacana a forma como os elementos modernos se fazem presentes, mas não estão na cara – como o sistema de mono-amortecedor na traseira, os enormes discos de freio, os pneus ou o painel digital. É um blend perfeito de retrô e contemporâneo.
A mecânica é exatamente a mesma da CB1000R – ou seja, um quatro-cilindros de 998,4 cm³ com comando duplo no cabeçote, arrefecimento líquido, 141,4 cv e 10,2 kgfm de torque, acoplado a um câmbio de seis marchas. A moto ainda conta com rodas de 17 polegadas, calçadas com pneus 120/70 e 190/55 (dianteiro e traseiro, respectivamente) e amortecedores ajustáveis Showa no garfo.
Visualmente, a CB-F parece muito próxima de um modelo de produção – o que pode ser um sinal de que ela de fato chegará às ruas em algum momento. Que não demore tanto. (Dalmo Hernandes)
Barril do petróleo despenca para US$ 22
Além da disputa entre Rússia e Arábia Saudita, o coronavírus também afetou o preço do barril de petróleo, que atingiu sua menor marca em 18 anos ao chegar a US$ 22 nesta segunda-feira (30). As razões para a queda do preço é a queda abrupta da demanda por petróleo resultante do isolamento forçado pela pandemia do coronavírus — estima-se que um terço da população do planeta esteja em isolamento.
Como a queda do petróleo foi superior ao aumento do dólar/desvalorização do real e a política de preços da Petrobras tende a considerar esta variação do petróleo, é possível que a gasolina acabe ficando mais barata nas refinarias nas próximas semanas — uma redução que tende a ser refletida nas bombas, já que o etanol também teve uma queda resultante da safra antecipada da cana-de-açúcar neste ano. (Leo Contesini)